O fim do foro privilegiado é defendido por 70% dos eleitores, segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta quarta-feira (3) pelo jornal Folha de S. Paulo. Ainda de acordo com o levantamento, 24% são favoráveis à manutenção da prerrogativa e 6% não souberam opinar. Com o foro privilegiado, deputados, senadores e ministros só podem ser investigados e processados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No caso de governadores, a corte é o Superior Tribunal de Justiça (STJ). O benefício, porém, está na berlinda: um projeto tramita no Senado para o fim do foro para autoridades e foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). De acordo com a pesquisa, a rejeição ao foro privilegiado aumenta com o grau de escolaridade: o índice é de 82% entre os entrevistados com nível superior, 74% dos que tem ensino médio e 57% dos que estudaram até o ensino fundamental.
Homens (75%) são mais contrários a manutenção do foro do que as mulheres (66%). Em relação às regiões brasileiras, o Sul concentra a maior parte das pessoas que defendem o fim do dispositivo: 75%. Na sequência vem o Sudeste (75%), Centro-Oeste e Nordeste (64%) e Norte (61%). Entre os simpatizantes de partido, os que mais rejeitam o foro privilegiado são os que tem afinidade com o Psol (79%). Já os simpatizantes do PMDB são os que mais defendem a manutenção da prerrogativa (62%).