Sérgio Zveiter entrou para a galeria de traidores de Michel Temer ao apresentar na CCJ da Câmara o parecer sugerindo a aceitação da denúncia contra o presidente.
Ato contínuo, peemedebistas passaram a defender a expulsão do carioca do partido. Mas o PMDB não é uma legenda convencional. Internamente, avalia-se que a medida o vitimizaria.
Carlos Marun e outros deputados da sigla – alguns ocupantes de cadeiras importantes – arquitetam algo bem mais destruidor para Zveiter, que certamente ganhou votos ao tentar atirar Temer aos leões, apesar de seu relatório ter sido derrotado na CCJ.
O plano é procurar Sérgio Cabral e pedir a ele para preparar, de dentro da cadeia, uma mensagem dizendo que sempre teve Zveiter na mais alta conta e que o considera um dos seus homens de confiança.
Ninguém sabe, porém, qual seria a disposição de Cabral em atender a um pleito dos correligionários, já que o ex-governador cultiva uma mágoa gigantesca de parte deles.
O sonho dourado dessa turma é fazer um vídeo de Cabral elogiando o deputado, que foi seu secretário, mas dificilmente haverá autorização para gravá-lo na penitenciária.
O objetivo da arapuca, obviamente, é arruinar o capital político de Zveiter, recém-conquistado com o parecer contra Temer, e atacar a honra do parlamentar. Afinal, quem no Rio apoia um homem de confiança de Cabral?
De quebra, em outra frente, o PMDB vai substitui-lo na CCJ. Agora, Zveiter terá a oportunidade de conhecer o verdadeiro DNA peemedebista.Fonte:Veja