O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negocia com membros do PSB uma aliança para as eleições 2018. Na última quinta-feira (24), inclusive, o petista se reuniu com o governador Paulo Câmara (PSB-PE), antigo desafeto do petista, e a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, no Recife.
De acordo com a coluna Poder, Lula quer para sua coligação o grupo socialista que é contra a gestão Michel Temer. A aticulação é considerada um preparo para a possível campanha de Fernando Haddad à Presidência, caso seja mantida em segunda instância a condenação de Lula.
O ex-prefeito de São Paulo já tem feito viagens pelos país, dá entrevistas para analisar a conjuntura política e sempre diz que Lula é candidato, mas não descarta a possibilidade de ser lançado em seu lugar. A candidatura de Haddad pode ser suficiente para que o PT pelo menos não desapareça nacionalmente. A ala governista do PSB, que inclui o ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), está negociando com o DEM. Para atrair a fatia descontente com a adesão a Temer, Lula oferece a vaga de vice na chapa majoritária e apoio à candidatura de Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo em 2018.
O vice-governador quer se candidatar ao Palácio dos Bandeirantes, mas foi desconsiderado em nome de uma aliança nacional do PSDB com o DEM e, talvez, o PMDB. O porém é que França é considerado muito próximo de Geraldo Alckmin, o que dificultaria um aliança nacional com o PT contra o padrinho. De acordo com a Folha, o PT também cogita aliança com o PCdoB - aliado natural - e desidratação da candidatura de Ciro Gomes, levando o PDT à esfera lulista por gravidade.