Como retaliação aos deputados da base aliada que votaram contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara, o Palácio do Planalto deve publicar uma série de exonerações de servidores indicados por esses parlamentares. A lista conta com mais de 20 nomes, segundo informações do blog Painel, da Folha de S. Paulo.
Os ministros do PSDB, no entanto, devem permanecer em seus postos para preservar o desempenho da Esplanada. As substituições, na maior parte dos casos, ficarão a cargo dos líderes da base, mas em alguns Estados a infidelidade foi tão grande que as nomeações serão feitas pelos poucos que ficaram ao lado do presidente. Um exemplo disso é Sergipe, em que dos oito deputados, dois votaram pelo arquivamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com a publicação, preocupados com o eminente desfalque, alguns parlamentares enviaram mensagens a integrantes do Planalto, pedindo para que analisassem o "histórico" de parceria e não apenas o dia da votação.
A publicação estima ainda que um dos penalizados será o deputado Waldir Maranhão (PP-PI), que havia feito às pazes com Temer após tentar anular o impeachment de Dilma Rousseff (PT). No entanto, com o voto contra Temer na última quarta (2), ele deve perder o indicado que nomeou para a direção da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).