A campanha é uma iniciativa da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Enccla), que reúne mais de 70 órgãos e entidades em funcionamento no país. Por meio da denominada Ação 6 de 2017, coordenada pelo CNMP, a rede busca consolidar propostas de prevenção à prática da corrupção, fomentando a integridade social e a educação para a cidadania. Janot citiu um estudo realizado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) em 2008. Na ocasião, estimou-se que o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) sugado pela corrupção variava entre 1,38 % e 2%, o que poderia, naquele ano, gerar desvio de 45 a R$ 69 bilhões.
Se a pesquisa fosse realizada em 2016, mostraria que a corrupção consume entre 2% e 3% do PIB, passando mais de R$ 100 bilhões. O déficit orçamentário da União neste ano gira em torno de R$ 150 bilhões. "Por essa razão e pela convicção de que o país enfrenta uma situação de corrupção sistema e endêmica, que atinge todos os setores públicos e todas as instâncias de poder, o enfrentamento à corrupção foi alçado, nos últimos anos, como prioridade na atuação do Ministério Público brasileiro", afirmou.
Janot ainda disse que nunca se viu tantas investigações, tantos agentes públicos e privados investigados, processados e presos. Durante o lançamento da campanha, foi divulgado o edital de chamamento público, que visa a selecionar e certificar iniciativas educacionais, já implementadas ou embrionárias, que tenham como objetivos a prevenção primária à corrupção, o fomento à integridade social e a educação para a cidadania. As propostas selecionadas serão publicadas, no fim deste ano, à sociedade, para livre consulta e replicação, em um banco de propostas acessível pela internet. O site da campanha é o www.todosjuntoscontracorrupcao.gov.br. Fonte:Bahia Noticias