O presidente Michel Temer aproveitou um jantar nesta terça-feira (24) oferecido pelo vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), para fazer um último apelo a parlamentares por votos contra a denúncia por obstrução de Justiça e organização criminosa.
Segundo relatos feitos ao Blog sobre o encontro fechado, Temer disse aos presentes – cerca de 30 pessoas – que acredita que muitos parlamentares se sentem constrangidos em declarar apoio a ele pois "a campanha é tão grande, e a luta não é política, é moral".
Temer disse no jantar que é procurado por pessoas que dizem o adorar, que ele "honra o país", mas justificam que não podem votar nele nesta quarta-feira (25) por conta da pressão das bases eleitorais. O presidente disse que o único sentimento que tem é de "pena" desses parlamentares.
"O único sentimento que tenho é de pena. Aquela figura, que, às vezes, é até maior do que eu, vai se apequenando, e a impressão que tenho é que é do tamanho do meu sapato", afirmou o presidente aos convidados do jantar na casa de Fábio Ramalho.
Temer apelou aos deputados que peçam votos e transmitam "entusiasmo" aos demais parlamentares na sessão desta quarta. Ele disse acreditar que os presentes no jantar votariam "com o coração" contra a denúncia.
O presidente voltou a atacar os delatores da JBS e afirmou que "todos" devem ficar "ruborizados" quando escutarem o diálogo entre os empresários da JBS. Temer voltou a dizer que é vítima de uma "conspiração", mas que resiste por estar ao lado da "verdade".
Aos presentes, o presidente disse que as instituições estavam desarticuladas. "Temos de restitucionalizar o país."Fonte:G1