"Confesso a vocês que duvido que juízes que já me julgaram e que vão me julgar estejam neste momento com a tranquilidade que eu estou. Estou com a tranquilidade dos justos, dos inocentes. Eu sei que não cometi crime", declarou. De acordo com a Folha de S. Paulo, Lula pediu que os desembargadores que vão julga-lo leiam as peças de acusação e defesa.
"Não posso ser condenado por um crime que não cometi", disse. O ex-presidente também reiterou as críticas aos agentes da Operação Lava Jato. "Defendo um Ministério Público forte. Mas quem participa de uma instituição forte tem que ser uma pessoa com competência. não pode ser uma pessoa volúvel. Não pode ser uma pessoa que aprendeu a empinar pipa no ventilador", disse.
Lula contou ainda que durante o depoimento que fez em Curitiba perguntou a Sério Moro se poderia ir para casa e dizer aos netos que havia falado com um juiz justo. "Ele [Moro] vacilou", disse. Mesmo se condenado, o ex-presidente afirma que pretende manter a serenidade e viajar pelo país. "Estou disposto a enfrentá-los.
Hoje consigo entender que eles resolveram fazer uma cirurgia no Brasil. Passaram a vender para a sociedade que o Brasil tinha uma doença grave chamada PT, Dilma, e era preciso tirar essa doença do Brasil", afirmou. Sobre a possibilidade de não participar da eleição, Lula disse que "se o PT quiser, estarei candidato aconteça o que acontecer".