Geddel relatou que as ligações para Raquel Pita, mulher de Funaro, foram feitas para prestar "solidariedade" depois que o doleiro foi preso. “Eram ligações absolutamente humanitárias”, explicou. Durante o depoimento, o ex-ministro disse que “ligações amigáveis devem ter feito bem” a Raquel.
“Digo isso porque amigos de longa data me lançaram ao degredo, me lançaram ao vale dos leprosos”, comentou, segundo a Folha de S. Paulo. À Justiça Federal, Geddel lamentou sua prisão e disse que foi "condenado à pior das penas". "Não há remissão, não há indulto, não há anistia, não há graça. Fui condenado à morte civil.
As conversas que tinha sobre Funaro eram as mesmas que se tinha sobre José Dirceu, nesse redemoinho de notícias”, declarou. Geddel foi preso pela primeira vez no âmbito das operações Sépsis e Cui Bono, que apuram irregularidades na Caixa Econômica Federal. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro ligou 17 vezes no período de dois meses para Raquel Pita com o objetivo de saber se ele faria delação premiada. Na denúncia apresentada à Justiça, os procuradores sustentam que Geddel tentava impedir a colaboração.