A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta terça-feira (15), oito pessoas, em uma operação contra lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas. Carlos Alexandre, conhecido como Ceará, doleiro da Lava Jato foi preso novamente.
De acordo com o G1, além dele, outros dois operadores financeiros atuam no esquema. Um deles, Edmundo Gurgel Junior, foi investigado anteriormente pela PF no caso Banestado, na Operação Farol da Colina, segundo a Polícia Federal.
Segundo a PF, Carlos Alexandre firmou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, conforme a PF, ele voltou às atividades ilegais.
A PF informou que vai comunicar a PGR e o STF sobre a prisão do réu colaborador para que a quebra do acordo firmado seja avaliado.
Efeito Dominó
Batizada de Efeito Dominó, a operação é um desdobramento da Operaçãp Spectrum, deflagrada em 2017. Na ocasião, Luiz Carlos da Rocha – o Cabeça Branca, um dos maiores traficantes da América do Sul, segundo a PF – foi preso em Sorriso (MT).
Ao todo, são 26 mandados judiciais. Há 18 de busca e apreensão, cinco de prisão preventiva (que é por tempo indeterminado) e três de prisão temporária. Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba.
Os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e em São Paulo.
Crimes de lavagem de dinheiro, contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa e associação para o tráfico internacional de entorpecentes são apurados pela Operação Efeito Dominó.