O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, minimizou os casos de assédio cometidos por brasileiros durante a Copa do Mundo na Rússia. O político disse em entrevista ao portal “UOL”, que o caso não foi tão grave já que não “morreu ninguém”. Lummertz, que está em Moscou para uma ação da Embratur, alega que os brasileiros “andam intolerantes com as falhas humanas”.
Ele se refere aos vídeos que viralizaram nas redes sociais em que torcedores homens aparecem com mulheres estrangeiras pedindo que elas repitam palavras ofensivas em português. “(A repercussão foi grande) por causa das redes sociais, não pelo fato em si. Porque não morreu ninguém, ninguém foi assassinado.
Perante o mundo real, eu entendo o simbolismo, mas o simbolismo não representa nada estatisticamente”, afirmou, segundo o “UOL”. O político ainda disse que o assunto repercutiu muito no Brasil porque o país vive uma era de intolerância: “Aqui existe um outro nível de tolerância com a falha humana.
Perdemos completamente a tolerância com a falha humana no Brasil. Nós estamos em uma era, no Brasil, em que agimos como se as pessoas fossem obrigadas todas a serem perfeitas e ninguém pudesse cometer erros, o que é uma grande mentira”, aponta. Ainda de acordo com a reportagem, o Ministro descreve os casos como “bobagens de pessoas abobadas que estão passando vergonha”.
O político ainda cita que mais de 70 mil brasileiros foram à Rússia, e a imagem não será manchada por “cinco ou seis”. “As pessoas se preocupam com tolices, bobagens cometidas por cinco ou seis pessoas em 70 mil. Estamos deformando as coisas no país. O Brasil é um país também adolescente na forma de avaliar as coisas.
As pessoas que agiram mal, elas agiram mal. Está errado, e aí? Qual o problema? Estão passando vergonha. Deviam estar preocupados com os 62 mil assassinados e recordes de acidentes de trânsito que temos no planeta. As pessoas estão se matando. Estamos preocupados com cinco pessoas que fizeram bobagem. Nas Olimpíadas, aquele nadador americano não fez uma bobagem? Bobagem faz parte da vida, tolices, erros”, afirmou Lummertz.