Conhecido por não ter papas na língua, o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) enfrentou, nos últimos 25 anos, processos de 50 pessoas por calúnia, difamação ou pedidos de indenizações por danos morais após declarações do pedetista. Segundo levantamento do jornal O Globo, são 99 ações e recursos em andamento, oito delas protocoladas só em 2018.
Em ao menos seis casos, Ciro já foi condenado a pagar R$ 315 mil em indenizações. Em relação aos processos em andamento, os valores das causas somam mais R$ 914,7 mil. Ainda conforme a publicação, quem ocupa a primeira posição no ranking de número de ações contra o pedetista é o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que soma 39.
Em seguida, aparece o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB-SP), com sete processos. Depois, o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso em Curitiba no âmbito da Lava-Jato. Pelo menos um dos possíveis concorrentes do pedetista na disputa à Presidência também já entrou com ações contra Ciro. Chamado de "moralista de goela", Jair Bolsonaro (PSL-RJ) acusou o rival de calúnia e injúria depois que o pedetista declarou que o deputado recebeu doação eleitoral de R$ 200 mil da JBS.