Pelas estimativas da confederação nacional dos bancários, o reajuste deverá ser de 3,78%, que é a inflação estimada para o período, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais 1,18%.
A categoria aceitou, nessa quarta-feira (29), a proposta feita pelos patrões em assembleias em São Paulo e outras cidades. Para o Sindicato dos Bancários de Osasco e Região, a maior vantagem foi conseguir manter direitos da convenção coletiva em vigor, que são anteriores à reforma trabalhista. "Os bancários já são uma referência de conquista de direitos para todos os trabalhadores. Somos uma das únicas categorias com uma convenção coletiva nacional e nossa mobilização avançou esse ano", disse Ivone Silva, presidente do sindicato.
Os cálculos da entidade são de que, entre 2004 e 2019, a categoria terá aumento real acumulado de 23,5% nos salários e de 44,7% no piso.
A nova convenção deverá ser assinada na sexta-feira (31) e valerá por dois anos. Em setembro de 2019, os bancários terão a reposição da inflação de mais 1% de ganho real.
Ao todo foram dez rodadas, em uma negociação que começou em junho. A primeira proposta era para repor somente a inflação, o que não foi aceito pelos trabalhadores. Depois, ofereceu-se mais 0,5%, o que também rejeitou.
REAJUSTE
Os bancários de bancos públicos e privados terão reajuste salarial de 5%, aumento deverá cobrir a inflação do período e garantir ganho real de 1,18% para a categoria.
Como fica a partir de setembro:
- Piso escritório após 90 dias: R$ 2.302,52
- Piso caixa/tesouraria após 90 dias: R$ 3.110,40
- PLR: 90% do salário + R$ 2.355,76 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido, dividido linearmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 4.711,52
- Auxílio-refeição: R$ 35,18 por dia Cesta alimentação e 13ª cesta: R$ 609,87 Auxílio creche ou babá (para filhos até 71 meses): R$ 468,42
Como é hoje:
- Piso escritório após 90 dias: R$2.192,88
- Piso caixa/tesouraria após 90 dias: R$ 2.962,29
- PLR: 90% do salário + 2.243,58 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido, dividido linearmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 4.487,16
- Auxílio-refeição: R$ 33,50 por dia ou R$ 737 por mês
- Cesta alimentação e 13ª cesta: R$ 580,83
- Auxílio creche ou babá (para filhos até 71 meses): R$ 446,11.Fonte:Folhapress