Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) apontou que pelo menos 1.872 cidades do Brasil não consegue gerar receita suficiente sequer para pagar o salário de prefeitos, vereadores e secretários. O problema atinge um em cada três municípios brasileiros que acabam por depender das transferências de Estados e da União para bancar o custo crescente da máquina pública.
Alguns desses municípios foram criados após a Constituição de 1988, que facilitou esse movimento, e ainda não conseguiram justificar sua emancipação. Essa falta de autonomia financeira, porém, não impediu que voltasse ao Congresso um projeto de lei que permite a criação de 400 novos municípios.
De acordo com o Estadão, a situação mais grave é enfrentada nas pequenas cidades, que não atraem empresas e indústrias que contribuiria com empregos e renda, e consequentemente com a arrecadação. Essas cidades geralmente contam com o comércio local para movimentar a economia e, para evitar a impopularidade, as prefeituras cobram poucos impostos. Há cidades em que o IPTU só começou a ser cobrado depois que a crise econômica ficou crítica.