Sem conseguir oferecer vagas em creches para metade das crianças de zero a três anos do país (cerca de 11 milhões), o Brasil cria ainda outro problema: empurra mulheres para o desemprego. Para especialistas, criar espaços coletivos pode ser uma saída, mas aumentar investimento para o setor é primordial.
O país tem uma meta, registrada no Plano Nacional de Educação (PNE), de garantir que 50% da população nessa faixa etária esteja matriculada em creches até 2024. Em 2016, no entanto, a cobertura foi de 32% (3,4 milhões).
De acordo com o especialista em educação Vital Didonet, assessor para assuntos legislativos da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), estima-se que cheguemos a apenas 42% no prazo final, deixando milhares de crianças fora da creche, com todas as consequências que isso acarreta no seu desenvolvimento e aprendizagem, além do drama das mães que precisam trabalhar.
A gerente de Projetos da organização sem fins lucrativos Todos pela Educação, Thaiane Pereira, aponta como fundamental que o acesso à creche seja para quem mais precisa. Ela lembra que 31% das 67 milhões de mães brasileiras são solteiras.
A matrícula numa creche é facultativa, mas o direito das famílias deque seus filhos sejam atendidos é garantido pela Constituição. A candidata a Deputada Estadual Edylene Ferreira, acredita que, embora seja um desafio, é importante que mais investimentos sejam destinados para este fim. “Sem dúvida é necessário rediscutir a ampliação da destinação dos recursos para os municípios, para que estes possam construir e manter creches que atendam às necessidades das famílias. Não é só uma questão de educação, mas que também afeta a geração de renda e a estrutura da família,” declarou a candidata.Fonte:ASCOM/EDYLENE FERREIRA