Quando o assunto é formação no ensino superior, as mulheres representam a maioria em relação aos homens. No entanto, as oportunidades de emprego e valores do salário ainda são inferiores nos 36 países-membros que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com o estudo "Panorama da educação, divulgado nesta terça-feira (11), em 2017, cerca de 50% das mulheres entre 25 e 34 anos tinham Ensino Superior contra apenas 38% dos homens.
Os dados revelaram ainda que há 10 anos atrás, a diferença não era tão grande: 38% para as mulheres e 30% para os homens. Mesmo com maior nível de escolaridade, as mulheres são "penalizadas no mercado de trabalho", conclui o relatório. A estimativa da OCDE é que 80% das diplomadas trabalhem, enquanto entre os homens esse percentual é de 89%. Além disso, essas mulheres ganham 26% menos que o sexo masculino. Para a organização, a disparidade salarial pode ser justificada "pelos períodos mais longos de inatividade, ou de desemprego, entre as mulheres, que podem atrasar os aumentos de salário".
REALIDADE BRASILEIRA
Segundo o G1, no Brasil, a diferença foi de 6%. Em 2017, as mulheres que tinham entre 25 e 34 anos com nível superior era de 20%, enquanto entre os homens o percentual era de 14%. A diferença também cresceu em relação a 2007, as taxas eram de 12% e 8% entre mulheres e homens, respectivamente. Quanto a penalização no mercado de trabalho, a realidade brasileira também não é diferente. Das que têm diploma superior, 83% estavam empregadas, enquanto os homens era de 91%. A diferença salarial foi de 35% inferior ao dos seus pares masculinos.