Condenado e preso em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dito a interlocutores do PT que seria melhor esperar até o Carnaval antes de definir a estratégia de oposição ao governo Jair Bolsonaro.
De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, Lula avaliou que Bolsonaro terá dificuldades para executar propostas radicais apresentadas durante a campanha eleitoral devido ao "sistema de pesos e contrapesos" da democracia. Na pauta do capitão da reserva estão prioridades como a reforma do Estatuto do Desarmamento.
Para petistas, o ex-presidente acredita que o Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF) podem atuar como moderadores das propostas de Bolsonaro. "Tem que ver os próximos passos. Certamente ele não será a pessoa que foi na campanha", teria dito o ex-presidente, segundo relatos.
O PT, neste primeiro momento, vai se opor a medidas pontuais de Bolsonaro como a tentativa de aprovar pontos da reforma da Previdência ainda antes da posse desde o primeiro momento. Mas o discurso de combate ao "fascismo" não é suficiente.
ELEIÇÃO
De acordo com estes relatos ouvidos pela reportagem, Lula passou "dias de angústia" no último final de semana, quando foi proibido de receber visitas. Ele reclamou de ter passado o dia de seu aniversário, sábado (27) sozinho.