Embora a Rede tenha decidido pregar o não voto em Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno, a líder do partido e ex-presidenciável Marina Silva disse que ainda não está declarando seu voto. Aliados de Fernando Haddad defendem que a ex-senadora seja procurada com um pedido de manifestação de apoio ao petista. O ex-prefeito também fez aceno a ela.
"Eu ainda não estou declarando meu voto, estou declarando a posição da Rede Sustentabilidade", afirmou Marina na noite desta quarta-feira (10), após reunião em Brasília na qual foi firmada a posição de sua legenda.
A ex-senadora revive o drama de 2014, quando teve que decidir se apoiaria alguém no segundo turno (ela optou pelo tucano Aécio Neves e passou quatro anos tendo que responder sobre a escolha).
Nesta quarta, ela reafirmou que fará "oposição a qualquer um dos projetos que venha a ser vencedor" e falou que tem "fortes críticas" a Haddad, mas vê no candidato do PSL um perigo para grupos vulneráveis. "Bolsonaro representa um risco imediato à democracia, à defesa dos direitos humanos, à defesa do meio ambiente."
A Rede recomendou que seus filiados e simpatizantes "não destinem nenhum voto ao candidato Jair Bolsonaro e, isso posto, escolham de acordo com sua consciência votar da forma que considerem melhor para o país".
Pesquisa Datafolha mostrou que os eleitores de Marina são mais favoráveis a um apoio dela a Haddad do que a Bolsonaro.