Os 513 deputados federais eleitos declararam gastos que somam R$ 538,3 milhões em despesas contratadas nas eleições deste ano. Os eleitos para compor a Câmara dos Deputados conquistaram, no total, 53.317.003 votos. Isso significa, portanto, que o custo médio de cada voto foi de R$ 10,10.
Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ainda deve notificar, no prazo de cinco dias, os candidatos que não apresentaram as contas até esta terça-feira (6). Após a notificação, os candidatos têm um prazo de 72 horas para regularizar a situação.
A deputada federal Shéridan (PSDB-RR) teve o valor mais alto na relação entre despesas e número de votos. Na disputa por manter sua cadeira na Casa, ela recebeu 12.129 votos e declarou ter gasto R$ 2,3 milhões. Shéridan desembolsou R$ 190,22 por cada voto que conquistou.
Por outro lado, o custo do voto mais baixo foi registrado pelo deputado eleito Alexandre Frota (PSL-SP). Frota conquistou 155.522 votos e informou um gasto de R$ 14.119,77. Cada voto saiu por R$ 0,09.
Além de Shéridan, outros deputados que tiveram o custo de voto mais alto concorreram em estados com menor número de eleitores, como Roraima, Amapá e Acre.
Eleição 2018: Despesas eleitorais
Dos 513 deputados federais, 246 declararam ter despesas milionárias – ou seja, de, no mínimo, R$ 1 milhão. A recordista em gastos foi a deputada Paula Belmonte (PPS-DF). Ela informou despesas no limite do teto fixado para a disputa à Câmara (R$ 2,5 milhões).
Logo depois de Paula, os tucanos Aécio Neves (MG) e Bruna Furlan (SP) também ficaram próximos ao limite de gastos. Cada um informou despesas de R$ 2,4 milhões.
Entre os 20 deputados federais eleitos que menos gastaram, 18 são filiados ao PSL. O menor valor foi declarado por Daniel Silveira (PSL-RJ), que registrou R$ 10.291,00 em despesas. Tio Trutis (MS) e Alexandre Frota (SP), ambos do PSL, tiveram despesas de R$ 12 mil e R$ 14 mil, respectivamente.
Eleição 2018: Número de votos
O deputado federal mais votado neste ano foi Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), com 1,8 milhão de votos. Em seguida, vem Joice Hasselmann, também do PSL de São Paulo, com 1 milhão de votos. Líder do número de votos em 2014, Celso Russomanno (PRB-SP) teve a terceira maior votação neste ano, com cerca de 500 mil votos.
Os deputados que tiveram o menor número de votos neste ano tiveram até 10 mil votos e foram eleitos por estados com menos habitantes: Pastor Manuel Marcos (PRB-AC), Joênia Wapichana (Rede-RR) e Jesus Sérgio (PDT-AC).
Eleição 2014: Custo de cada voto
As despesas totais dos 513 deputados eleitos foram de R$ 751 milhões nas eleições de 2014. Com o reajuste pela inflação, o montante atualizado chega a R$ 960 milhões. Isso significa que, considerando o reajuste, naquela eleição, o custo médio de cada voto foi de R$ 16,52.
Na eleição de 2014, 87 deputados federais (17% do total) informaram ter gastos acima de R$ 2,5 milhões – valor que posteriormente foi definido como limite para as despesas na campanha para deputado federal. Naquele ano, o tempo de campanha foi de 90 dias (ante 45 dias atualmente) e a doação de empresas ainda era permitida.
Em 2014, o custo de voto mais alto foi do deputado Édio Lopes, que disputava pelo PMDB de Roraima. Ele teve 15.290 votos e registrou gastos de R$ 2,4 milhões. Lopes desembolsou R$ 157,51 por cada voto que conquistou.
Já o custo de voto mais baixo naquela eleição foi de Marco Feliciano, então filiado ao PSC de SP. Feliciano recebeu 398.087 votos e declarou despesas de R$ 144 mil. Cada voto saiu por R$ 0,36.
Eleição 2014: Despesas eleitorais
O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi o recordista de despesas nas eleições de 2014. O petista declarou gastos que somam R$ 8,5 milhões. Marco Antônio Cabral, então filiado ao PMDB do RJ, registrou a segunda campanha mais cara para a Câmara entre os eleitos. O filho do ex-governador Sérgio Cabral teve, na época, gastos de R$ 6,8 milhões.
Iracema Portella (PP-PI) ficou em terceiro lugar naquele ano, com gastos de R$ 6,7 milhões.
Já o deputado Cabo Daciolo, que concorreu pelo PSOL do RJ, ficou com a campanha menos cara nas eleições de 2014. Daciolo informou despesas de R$ 38 mil. As outras duas campanhas menos caras foram de Dr João, que disputou pelo PR do RJ, e Eduardo Bolsonaro, então filiado ao PSC de SP. Ambos tiveram gastos próximos a R$ 50 mil.
Eleição 2014: Número de votos
Quatro anos atrás, o deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP) foi o mais votado para a Câmara dos Deputados. Na época, Russomanno conquistou 1.524.361 votos. O segundo mais votado naquele ano foi Tiririca (PR-SP). Então candidato a deputado pelo PP do RJ, Jair Bolsonaro teve a terceira maior votação para o cargo em 2014.
Já os deputados que tiveram menos votos foram eleitos por Roraima e contabilizaram até 10 mil votos: Carlos Andrade (PHS-RR), Maria Helena (PSB-RR) e Abel Galinha (PDT-RR).Fonte:G1