A força-tarefa da Operação Lava Jato formalizou nesta terça-feira (11) a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso envolvendo o Sítio de Atibaia. O ex-presidente, preso desde o último dia 7 de outubro no caso do tríplex do Guarujá, teria sido beneficiário de reformas bancadas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o petista e a esposa, Marisa Letícia, se “portavam como proprietários de fato e possuidores do Sítio de Atibaia”.
Além do ex-presidente, denunciado por corrupção passiva, aparecem como denunciados Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro e Agenor Magalhães, por corrupção ativa, e José Carlos Bumlai, Rogério Pimentel, Emílio Odebrecht, Alexandrino Alencar, Carlos Paschoal, Emyr Diniz, Roberto Teixeira, Fernando Bittar e Paulo Roberto Gordilho, por lavagem de dinheiro.
“Foi assim, nesse contexto de utilização ampla e livre do local, em decorrência da relação de intimidade entre as famílias Bittar e Lula, que foram efetuadas obras subreptícias no Sítio de Atibaia em benefício do ex-Presidente da República por parte de José Carlos Bumlai, Odebrecht e OAS”, afirma a denúncia do MPF.
O parquet pede o bloqueio de bens no valor de R$ 155 milhões, correspondente ao valor total da porcentagem da propina paga e lavada pela Odebrecht, OAS e Schahin em razão das contratações de que trata esta ação penal pela Petrobras. O MPF requer ainda que o valor seja devolvida a cifra à petrolífera.