O presidente Jair Bolsonaro foi até a Suíça para o Fórum Econômico Mundial no avião Airbus comprado pela Presidência em 2004 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Batizado de “AeroLula” por opositores do governo na época, a compra do avião foi alvo de críticas no Congresso Nacional.
Na ocasião, a oposição argumentou que o governo de Lula havia sido irresponsável ao gastar uma fortuna para a compra e a manutenção de um avião luxuoso de última geração, em vez de usar o dinheiro para obras sociais e construção de estradas. Um dos críticos, de acordo com reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo, foi o atual ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, então deputado federal pelo PFL, hoje DEM.
Os valores que envolvem o uso do “AeroLula” na viagem de Bolsonaro e sua comitiva, incluindo o combustível e as diárias da tripulação, não foram divulgados pela Presidência. Procurada pela Folha, o governo informou que não divulgará “por questão de segurança, nos termos” de um decreto de 2012, do governo Dilma Rousseff (PT).
O “AeroLula” foi adquirido da francesa Airbus por cerca de R$ 150 milhões em valores da época, ou aproximadamente R$ 323 milhões em valores atualizados pelo IGP-M. O governo Lula também assinou na época um contrato com a empresa aérea TAM no valor de R$ 15,4 milhões para manutenção do Airbus num período de cinco anos.