A procuradora-geral da República Raquel Dodge determinou a criação de força-tarefa para apurar as causas e responsabilidades da tragédia em Brumadinho. Os procuradores do caso indicarão os nomes para composição do grupo para Dodge. O grupo conduzirá as investigações junto com a Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais e a Defensoria Pública da União (DPU).
Raquel Dodge sugeriu a inclusão de representantes de familiares das vítimas no comitê criado pelo governo Federal e ofereceu o Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos do Ministério Público (Sinalid) para auxiliar na identificação dos desaparecidos a partir do cruzamento de dados que devem ser coletados nos próximos dias. Para ela, é preciso alterar os protocolos científicos que atestam a segurança das barragens onde são depositados os rejeitos da mineração.
"É preciso aprimorar esses protocolos científicos porque eles têm falhado. Minas Gerais tem quase 700 barragens que estão classificadas em razão do risco de rompimento e é preciso garantir que esse risco seja realmente baixo e que essas informações sejam confiáveis”. Ela reiterou o compromisso do MP em continuar para que os riscos possam ser prevenidos com o objetivo de que desastres como os de Mariana, há pouco mais de três anos, e de Brumadinho, não mais ocorram.