O chefe do Ministério Público Militar (MPM), Jaime de Cássio Miranda, deflagrou um lobby junto ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a todos os senadores para a escolha do próximo procurador-geral da República.
A indicação é uma prerrogativa do presidente. O nome precisa ser chancelado pela maioria absoluta do Senado, após sabatina. São necessários, no mínimo, 41 votos dos 81 senadores
O procurador-geral da Justiça Militar encaminhou ofício ao Palácio do Planalto e a senadores questionando a forma como se dará a sucessão de Raquel Dodge. O documento é datado de 18 de fevereiro.
Dodge termina seu mandato em setembro de 2019, após dois anos. Ela pode ser reconduzida ao cargo.
A sucessão, porém, segue aberta no MPF (Ministério Público Federal) e há atualmente uma disputa interna em torno da Operação Lava Jato. Dodge se posicionou contra a criação de um fundo de R$ 2,5 bilhões gerido por procuradores com recursos recuperados de corrupção na Petrobras.
COTADOS PARA A DISPUTA
Raquel Dodge - Atual procuradora-geral, pode buscar a recondução ao cargo
Luciano Mariz Maia - Número dois de Dodge, é apontado por adversários como alternativa do grupo
Januário Paludo - Membro da Lava Jato no Paraná, é próximo de Deltan Dallagnol e Sergio Moro
Nicolao Dino - Ligado ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot, esteve na última lista tríplice, em 2017
Lauro Pinto Cardoso - Foi secretário-geral na gestão de Janot e é oriundo da carreira militar
Vladimir Aras - Tem o apoio dos procuradores jovens que ascenderam na gestão de Janot
Mario Bonsaglia - Figurou na última lista tríplice e é apontado como outsider
José Robalinho - Presidente da ANPR, que organiza a eleição, tem sido abertamente crítico a Dodge.Fonte:Folhapress