O deputado federal Jorge Sola (PT) não hesitou em afirmar que o juiz [Sérgio Moro] que condenou o ex-presidente Lula “ganhou de presente” o Ministério da Justiça. No ato “Lula livre”, realizado no Campo Grande, em Salvador, na tarde deste domingo (7), ele frisou que Lula foi preso de forma ilegal, sem crime, como forma de retirá-lo do processo eleitoral e impedi-lo que fosse candidato.
“E deste lá o país está sendo destruído. Deste o golpe que destituiu a presidenta Dilma [ Rousseff] só temos perdido direitos, o Brasil tem perdido recursos nas políticas públicas e agora querem destruir a previdência social. E então, a pauta pela liberdade de Lula é a luta pela retomada do governo brasileiro de devolver gestões de políticas públicas para a maioria da pública”, conclamou.
Sola avaliou ainda que a equipe ministerial composta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) “é a mais desqualificada da história da República”.
Ele leva em conta, o que classifica, como um “desastre” atrás do outro, que vem ocorrendo na nova gestão. “Estão destruindo o Ministério da Educação, estudantes não conseguem o Fies, correm o risco de não terem o Enem; o Ministério da Saúde com cortes de recursos drásticos e mais todo descalabro que vem acontecendo envolvendo o ministro do Turismo [Marcelo Álvaro Antônio] , com provas claras de utilização de recursos ilegais por candidatos laranjas para beneficiar sua campanha. Portanto, o nosso papel, o papel do Congresso é buscar que o estrago não seja tão grande a ponto de repercutir por gerações em nosso país”, disparou.
A PRISÃO DE LULA
Lula foi preso em 7 de abril do ano passado após ter sido condenado a 12 anos e um mês em segunda instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em janeiro de 2018, sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo.
Antes ele havia sido condenado em primeira instância a 9 anos e meio pelo ex-juiz Sérgio Moro – hoje ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
Nas próximas semanas, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar um recurso especial da defesa de Lula, cujos argumentos foram monocraticamente rejeitados em novembro do ano passado pelo relator, ministro Felix Fischer.
Os advogados do ex-presidente pediram que o STJ avalie se o processo deve ser remetido à Justiça Eleitoral, com base na recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - o que anularia a sentença dos desembargadores do TRF-4. Fonte:Bocão News