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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

terça-feira, 16 de julho de 2019

Áudios da PF ligam secretário de Segurança do AM a grupo de extermínio


Interceptações telefônicas da Polícia Federal colocam o atual secretário da Segurança Pública do Amazonas no centro de um círculo de pessoas envolvidas com grupo de extermínio, violência policial e com um apresentador suspeito de mandar matar para ganhar audiência na TV.

Coronel da reserva da Polícia Militar amazonense, Louismar Bonates assumiu o cargo de secretário em janeiro. Manaus é das capitais mais violentas do país, e está em meio a guerra de facções pelo controle do tráfico de drogas. Em 2005, ainda na ativa na PM, ele foi um dos alvos de interceptações telefônicas da PF que deram base a uma operação policial que levou à prisão um grupo de PMs suspeito de ligação com extermínio de pessoas.

?Segundo relatório da PF obtido pela Folha de S.Paulo, com o resumo das principais conversas interceptadas com autorização judicial, o nome de Bonates é citado 1.875 vezes em diversas situações, entre elas falando com o amigo Felipe Arce Rio Branco, tenente-coronel e ex-chefe do serviço de inteligência da PM.

Arce foi condenado, em agosto de 2017, a 33 anos de prisão pela morte do ex-policial civil Santos Clidevar Lima. Após ser preso pela PF, um traficante —que era genro de Clidevar—, disse ter pago R$ 12 mil a Arce pelo assassinato. As investigações levaram a PF a encontrar o corpo enterrado no sítio de Bonates, nas imediações de Manaus, segundo a polícia e a Promotoria.

Nesse mesmo sítio, segundo ligações telefônicas, Arce e Bonates realizavam encontros com a participação de outros suspeitos de participação do grupo de extermínio. As gravações apontam ligação de Bonates e de Arce com o então deputado Wallace Souza (1958-2010), apresentador do programa de TV “Canal Livre”, e suspeito de mandar matar pessoas para aumentar audiência na TV.

Wallace é tema de um documentário da Netflix, “Bandidos da TV”, que reconstrói a trajetória do apresentador. Arce é outro que aparece no documentário. Em uma conversa interceptada, em julho de 2005, ele fala de um espancamento. Diz que “prendeu um conterrâneo" e que deu “um bocado de porrada nesse filho da puta”. Quando o interlocutor pergunta se “encheu ele de bolo” [palmatória], Bonates responde: “Bolo uma porra, vou perder tempo dando bolo? Tem coturno pra quê?"

Outro oficial da PM que aparece em uma série de telefonemas com Bonates é o hoje coronel Jair Martins da Silva, conhecido como “Urso”. Em 2008, Martins foi acusado de participar de um grupo suspeito de encomendar a morte de um pistoleiro que havia recusado a missão de matar uma juíza no estado.

Também fazia parte do grupo, o soldado da PM Givanil de Freitas Santos e, ainda, Raphael Wallace Souza, filho de Wallace Souza, o apresentador de TV. Questionado pela Folha de S.Paulo sobre o fato de Bonates não figurar entre os suspeitos da morte da pessoa enterrada na chácara dele, o promotor de Justiça Edinaldo Medeiros, respondeu, via assessoria de imprensa, que os autores do homicídio eram, de fato, policiais militares, mas que não havia indícios suficientes contra o então tenente-coronel Bonates.

“Quando presos, os policias indicaram o local onde o corpo foi enterrado, revelando, inclusive, detalhes, como o fato de a vítima teve de cavar a própria cova antes de ser morta. O local onde o corpo foi encontrado era uma chácara que pertencia ao coronel Louismar Bonates que, segundo os depoimentos, era frequentada pelo coronel Arce e outros policiais. Embora fosse proprietário do local, as investigações não apontaram indícios de participação do coronel Bonates nesse fato”, afirmou, em resposta por escrito.Fonte:Fonte:por Rogério Pagnan e Fabiano Maisonnave | Folhapress