A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu acesso à íntegra do depoimento em que um dos delatores da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, disse à Justiça que foi "quase coagido" por procuradores da Operação Lava Jato a "fazer um relato" sobre as obras da empreiteira no sítio de Atibaia. A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
"Tive que construir um relato", afirmou o delator, que agora é testemunha numa ação de improbidade administrativa na 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.
Lula é parte interessada, pois foi condenado em primeira instância no processo do sítio. Em fevereiro, a juíza Gabriela Hardt, substituta do ex-juiz Sergio Moro, o condenou a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro ao ter recebido R$ 1 milhão em propinas referentes às reformas no sítio . O petista nega as acusações.