segunda-feira, 4 de novembro de 2019
Bolsonaro defende filho: “Deputados são invioláveis por opiniões”
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu neste sábado (02) o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que levantou a possibilidade de o governo decretar um novo AI-5 no Brasil caso a esquerda “radicalizasse” sua atuação.
“Vamos respeitar a Constituição. Deputados e senadores são invioláveis civil e penalmente pelas suas opiniões”, disse o presidente ao ser questionado sobre o assunto. “Lá na frente, se a população achar que ele não foi bem, não vota mais nele”, completou.
Bolsonaro disse ainda que não acredita que seu filho será punido pelo o que postou nas suas redes sociais porque isso seria “perseguição política” e abriria brecha para punir outros parlamentares.
Depois de explicar que Eduardo Bolsonaro se referia às manifestações no Chile, o presidente defendeu mudar a lei antiterrorismo para que ela também enquadre incêndios causados por manifestantes.
Reformas
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que deve mandar algum projeto de reforma na próxima terça-feira (29) ao Congresso Nacional. Ele não deixou claro, contudo, se seria a tributária ou a administrativa – porque, de acordo com ele, caso algo alterasse até o dia da divulgação, a imprensa diria que seu governo recuou.
“O que for menos difícil tem que ir na frente. Qualquer das reformas é bem-vinda”, disse em referência às reformas tributária e administrativa. “O Paulo Guedes gostaria que todas já estivessem aprovadas”, completou.
Em seguida, o presidente elogiou o desempenho econômico da sua gestão ao dizer que os juros estão em 5% e que podem chegar a 4,5% até o fim do ano.
Bolsonaro também criticou a fiscalização que órgãos ambientais fazem dos produtores rurais. “Tem que ter fiscalização sim, mas não de forma xiita”, opinou.
Ele lembrou dos US$ 10 bilhões prometidos pela Arábia Saudita para investimentos no Brasil e afirmou que na sua opinião, os recursos poderiam ser usados para “recriar um modal ferroviário”.
Uma possibilidade, prosseguiu, seria criar uma saída para o oceano Pacífico, “poupando vários dias” na exportação de produtos para a China. “A China está muito interessada em começar negociação de etanol”, disse.