sábado, 25 de abril de 2020
Justiça de Goiás bloqueia R$ 3 milhões e bens do ex-jogador Cafu
A Justiça de Goiás bloqueou R$ 3 milhões e bens do ex-jogador e pentacampeão Cafu. Marcos Evangelista de Morais é acusado de fazer parte de um esquema de pirâmide financeira que envolvia a negociação de bitcoins - moedas virtuais. A defesa do ex-capitão da Seleção Brasileira pode recorrer da decisão, tomada em caráter liminar.
Na última terça-feira (21), o juiz Aureliano Albuquerque Amorim assinou a liminar após uma ação civil coletiva movida pelo Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo de Goiás (Ibedec). De acordo com o processo, Cafu é apontado como "embaixador" da empresa Arbcrypto, junto com outros dois empresários Alexandre Cesário Kwok, Enéas Tomaz que também tiveram bens e valores bloqueados pela mesma decisão, que serve para reparar possíveis lesões financeiras sofridas pelos investidores. Porém, o magistrado afirma que "não se tem certeza da quantidade de pessoas que estariam lesadas e nem os valores efetivamente envolvidos, havendo que se ter cuidado na fixação de bloqueio".
No processo, o Ibedec alega que Cafu e os outros dois empresários se uniram para a realização de um sistema de pirâmide financeira, por meio de bitcoins, prometendo ganhos irreais via cadastramento no site. No entanto, a página virtual não oferecia "as mínimas informações para segurança do consumidor, restando claro que já não está mais pagando os rendimentos ou dando retorno dos investimentos realizados pelos seus clientes".