segunda-feira, 13 de abril de 2020
Ministério da Saúde paga até 185% a mais por produto contra o coronavírus
A pandemia do novo coronavírus faz com que o Ministério da Saúde pague até 185% a mais no preço de produtos necessários para abastecer as redes públicas federal, estadual e municipal. As informações são da Folha de S. Paulo.
Uma análise de 34 contratos emergenciais assinados pela pasta desde o início da crise mostra que o órgão desembolsa a empresas distintas valores muito maiores com a mesma descrição técnica. Um exemplo são as sapatilhas para hospitais.
O órgão pagou R$ 0,07 por cada par numa compra de 100 mil itens feita em 2 de março, antes da declaração de pandemia, com um fornecedor. Menos de um mês depois, no dia 26, assinou contrato com outra empresa, pagando R$ 0,20.
No caso do álcool gel, o frasco de 500 ml foi vendido à pasta por R$ 3,91; no início de abril, o valor pulou para R$ 6,68, aumento de 70%.
Ao ser procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde atribuiu o aumento à flutuação cambial e à questão mercadológica, de oferta e demanda. As variações de preço também se repetem em outros itens como kits para leitos de UTI, luvas, máscaras, toucas e reagentes.