segunda-feira, 20 de abril de 2020
Vilas-Boas vê Bahia 'um pouco melhor' durante pandemia do coronavírus
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, foi mais um participante da série de lives que o Bahia Notícias vem fazendo durante a pandemia do novo coronavírus. Ao comentar a situação do estado, o gestor da pasta destacou a taxa de letalidade (confira os dados aqui) por causa da doença e decretou que a Bahia está "um pouco melhor" em relação aos demais estados. Durante a entrevista, ele apontou que o "platô" da doença está previsto para "meados de junho".
"Não tenho nenhuma dúvida. Os números são claros. Apesar de sermos um dos estados que mais faz testes, estamos na 16ª colocação no coeficiente. Somos o 18º em letalidade da doença. Somos o último estado do Nordeste em letalidade. É 4, 5 vezes menor em relação aos estados que estão na frente. Nossa situação é um pouco melhor", disse.
Vilas-Boas também atualizou a situação da aquisição de respiradores para colaborar no tratamento a doença. Segundo o secretário, a concorrência pelos aparelhos tem sido grande.
"Fizemos uma aquisição de mais de 600 respiradores. Essa compra foi feita de uma empresa chinesa, mas tem havido dificuldades de retirar o equipamento. A disputa pelos aparelhos tem sido ferrenha. Isso exige intermediação diplomática. Estamos lutando contra isso", indicou.
A situação do hotel Riverside, que vai receber pacientes com coronavírus (confira), também foi comentada por Vilas-Boas. O secretário explicou a mudança de planos e pediu para que os vizinhos não tenho medo de infecção.
"Originalmente havíamos planejado internar pacientes crônicos. Entretanto, conseguimos dar alta para vários paciências e não temos o perfil de pacientes que projetamos. Decidimos colocar pacientes clínicos com coronavírus. As pessoas não precisam ter medo porque não espalha pelo ar. Para isso, é preciso ter contato direto com saliva ou objeto. As pessoas do condomínio e quem mora ali o lado não precisa ter medo", disse.
"Existe uma diferença entre aerosol e gotícula. Quando a pessoa espirra ou tosse, as partículas de umidade podem ter vírus. O coronavírus não fica muito tempo no ar. Para contaminar alguém, é preciso tossir na face do outro. Ninguém consegue emitir saliva por mais de um metro. Por isso é pedido que as pessoas se afastem", acrescentou.Fonte:Bahia Noticias