quinta-feira, 16 de julho de 2020
Coronavírus: 522 mil empresas fecharam as portas em junho por conta da pandemia
A pandemia do novo coronavírus continua trazendo sérios prejuízos para diversos setores da economia. Só na primeira quinzena de junho, 39,4% das 1,3 milhão de empresas suspenderam os serviços de forma temporária ou definitiva em todo o Brasil. Segundo informações divulgadas pelo Estadão, foram 522,7 mil negócios encerrados no período. Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estatísticas Experimentais do IBGE.
De acordo com o levantamento, entre as empresas fechadas por conta da pandemia, 518,4 mil (99,2%) eram de pequeno porte (tinham até 49 empregados), 4,1 mil (0,8%) de porte intermediário (de 50 a 499 empregados) e 110 de grande porte (mais de 500 empregados). Entre as empresas com atividades encerradas por causa da pandemia, 258,5 mil (49,5%) eram do setor de serviços, 192,0 mil (36,7%) do comércio, 38,4 mil (7,4%) da construção e 33,7 mil (6,4%) da indústria.
Ainda de acordo com Estadão, o Brasil tinha na primeira quinzena de junho, aproximadamente 4 milhões de empresas, sendo 2,7 milhões (67,4%) em funcionamento total ou parcial, 610,3 mil (15,0%) fechadas temporariamente e 716,4 mil (17,6%) encerradas em definitivo.
A reportagem aponta ainda que entre os serviços que tiveram a maior proporção de empresas fechadas em definitivos, 46,7% ou 334,3 mil, seguido por comércio (36,5% ou 261,6 mil), construção (9,6% ou 68,7 mil) e indústria (7,2% ou 51,7 mil).
Para 70% das 2,744 milhões de empresas brasileiras, a pandemia do novo coronavírus teve um impacto negativo sobre os negócios. Já para 16,2%, o efeito foi pequeno ou inexistente, enquanto 13,6% relataram um impacto positivo.
O IBGE estimou que 1,2 milhão de empresas em funcionamento, ou uma fatia de 44,5%, adiaram o pagamento de impostos desde o início de março, sendo que 51,9% delas consideraram ter recebido apoio do governo na adoção dessa medida.
Outra informação importante destacada pela reportagem, é que apenas 12,7% das empresas - das 347,7 mil em funcionamento na primeira quinzena de junho - conseguiram o crédito emergencial para arcar com a folha de pagamento salarial.