terça-feira, 7 de julho de 2020
'Otimista': Diretor do Butantan diz que vacina pode estar disponível no final de 2020
Em entrevista à rádio CBN, na manhã desta terça-feira (7), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que está otimista com a possibilidade de disponibilizar a vacina contra o novo coronavírus "no final desse ano, começo do ano que vem". As informações são do portal Viva Bem, do Uol.
O governo de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (6), que vai iniciar os testes com a vacina CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac, no dia 20 de julho.
De acordo com Covas, a vacina está numa fase adiantada de seu desenvolvimento, pois estudos preliminares apontam que ela consegue proteger as pessoas em um nível acima de 90%.
O diretor afirmou ainda que 60 milhões de doses da vacina serão disponiblizadas a partir de setembro. No entanto, ela só será distribuída quando for registrada e tiver sua eficácia comprovada.
A CoronaVac está na terceira fase de testes, podendo ser administrada a um maior número de pessoas. Em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal, um estudo clínico será feito com 9 mil voluntários.
Uma parte desses indivíduos vai recer a vacina, e outra parte receberá um placebo, sem efeito. A ideia é ver se o corpo do paciente que receber o imunizante vai ser estimulado a produzir anticorpos contra o novo coronavírus.
"Esse estudo clínico deve acontecer muito rapidamente agora, durante a vigência da quarentena. Esperamos concluir 9 mil voluntários, no máximo, até outubro. Uma vez concluída a inclusão dos voluntários, aí nós dependemos da análise dos resultados, que pode aparecer muito rapidamente. Quando você compara o grupo vacinado com o grupo controle, os resultados estatísticos podem aparecer muito rapidamente. Se esses resultados aparecerem ainda esse ano, nós podemos registrar a vacina em regime de urgência, porque é uma vacina extremamente necessária e a partir daí, nós já teremos a vacina", explicou.
Covas aponta que os voluntários serão obrigatoriamente profissionais da saúde por uma razão de "ordem prática", pois eles estão em contato frequente com o vírus.