O
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) descartou, ontem (2), a
possibilidade de uma permanência do auxílio emergencial por tempo
indeterminado. De acordo com ele, continuar beneficiando famílias com os
R$ 600 iria “arrebentar com a economia do Brasil”, já que, segundo ele,
há um gasto mensal de R$ 50 bilhões.
“Alguns (governadores) estão defendendo o auxílio indefinido. Esses mesmos que quebraram os estados deles, esse mesmo governador que quebrou seu estado, tá defendendo agora o emergencial de forma permanente. Só que, por mês, são R$ 50 bilhões. Vou arrebentar com a economia do Brasil”, disse Bolsonaro, não revelando para quem a fala foi direcionada.
Saindo do Palácio da Alvorada, o presidente, enquanto revelava suas opiniões, dirigiu sua moto e foi a uma padaria, localizada no Largo Norte, bairro nobre de Brasília, onde voltou a criticar os defensores do lockdown e a comentar sobre a situação financeira dos comerciantes informais.
“Tem o dono da padaria aqui. A dificuldade que é contratar gente, nesse emaranhado de leis, direitos. Vocês da imprensa, que apoiaram o lockdown, como é que a economia vai voltar à normalidade agora? Eu sempre falei que era a vida e o emprego (…) Aqui por exemplo, alimentação, os danos foram pequenos, quase não existiram. Os informais, simplesmente, dizimados”, disse.
Após se dizer curado da Covid-19, Jair Bolsonaro retomou suas viagens. Na última semana, ele visitou o Nordeste e o Sul do país. Já sua mulher, Michelle Bolsonaro, confirmou estar infectada pelo novo coronavírus.