Cogitada para assumir o Ministério da Saúde em lugar de Eduardo Pazuello, a médica cardiologista Ludhmila Hajjar relatou, nesta segunda-feira (15), em entrevista a CNN Brasil, ter sofrido ameaças de morte. Ela ainda relatou ter tido seu número de celular divulgado em diversos grupos de Whatsapp, além de perseguição dentro de um hotel onde estava hospedada em Brasília.
“Eram três pessoas que diziam ter o número do meu quarto e que eu já estaria aguardando. Diziam ser parte da minha equipe. Repito, eu não temo. Só me assusto em saber que esse tipo de gente está atrapalhando a sociedade brasileira”, revelou a médica durante a entrevista.
Em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, Hajjar recusou o convite. Em entrevistas posteriores, a médica fez uma série de crítica ao modo de condução da pandemia no país. A médica defende o isolamento social, a vacinação em massa da população e é crítica do chamado "tratamento precoce", que usa medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, pautas que são o oposto das defendidas por Bolsonaro.
Com a recusa da médica, outros nomes, tem sido lembrado. Dentre eles o cardiologista Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e o deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), que é conhecido como "Dr. Luizinho".