Levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base no Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), mostrou que a média de preços das despesas básicas
das famílias, com os principais alimentos, combustíveis e residência,
aumentou 33% no país, nos últimos 12 meses. As informações são da
Agência Brasil.
A cesta de despesas básicas é composta por itens
como arroz, feijão-carioca, carnes, frango inteiro, leite longa vida,
óleo de soja, gás de botijão, energia elétrica residencial, gasolina,
etanol, óleo diesel e gás veicular.
A FecomercioSP avalia que a
inflação não concentrada e o fato de esses serem produtos essenciais
para a alimentação tornam ainda mais difícil para os consumidores
economizarem. De acordo com o levantamento, entre março de 2020 e julho
de 2021 –período de pandemia–, o avanço médio dos preços no Brasil, para
esta cesta específica, foi de 30,3%.
No mês de julho, a cesta
de despesas básicas das famílias influenciou 18% no orçamento das
residências, o que significa que a cada R$ 20 gastos com despesas
básicas no mesmo período do ano passado, equivale agora a quase R$ 27.
Quando
se observa a participação das despesas com esses itens em relação ao
total, há variação conforme se consideram as faixas de renda. A lista de
despesas básicas representa 31,1% do orçamento de quem recebe até dois
salários mínimos; 20% do orçamento para quem ganha de dois a dez
salários mínimos; e 11%, na classe mais alta, com rendimento de 25
salários mínimos.
Entre os estados, o Piauí tem a cesta mais
cara, equivalendo, em média, a 32% do total das despesas das famílias,
mas podendo chegar a 43,3% do orçamento de famílias de baixa renda.
Quando
a região apresenta renda média mais alta, como são os casos de Distrito
Federal, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, a participação das
despesas básicas no orçamento da família fica no intervalo entre 14,3% e
19,5%. Na classe mais rica do Distrito Federal, por exemplo, com mais
de 25 salários mínimos, o porcentual das despesas com os itens básicos
de consumo equivale a 9,3% do rendimento do trabalhador.