O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, afirmou, na noite deste domingo (5), que a seleção da Argentina estava ciente, desde sábado (4), de que os jogadores que vieram do Reino Unido ao Brasil seriam deportados.
"Então a nossa primeira impressão [após reunião com Conmbebol, CBF e
delegação argentina] é de que haveria o acatamento do que foi
determinado, que é 'mantenha-se isolado e prepare-se para a
deportação'", disse Barra Torres. "Foi isso que foi recomendado."
Mais cedo, o duelo entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias para a
Copa do Mundo, na Neo Química, foi interrompido com apenas seis minutos
de partida após a entrada de agentes da Anvisa no gramado.
Segundo a Anvisa, quatro atletas argentino deram informações falsas e
ocultaram que estiveram no Reino Unido nos últimos 14 dias. Por regras
sanitárias de enfrentamento da Covid, eles não poderiam ter entrado no
Brasil, para evitar a disseminação de variantes do novo coronavírus.
À reportagem da Folha de S. Paulo, Barra Torres disse que a Polícia
Federal foi acionada apenas neste domingo de manhã, embora o caso já
tivesse sido debatido entre a agência e cartolas do futebol.
"A Polícia Federal não é acionada cada vez que alguém chega em
situação sanitária inadequada. Se fosse assim, a gente precisaria ter
uma Polícia Federal do tamanho do exército da China, talvez", afirmou.