Só falta assinar! Peça fundamental para o acesso do Vitória à Série B do Brasileirão, o técnico João Burse revelou, nesta segunda-feira (26), que já tem um acerto para continuar no clube na próxima temporada. Em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama, o comandante afirmou que o vínculo deve ser formalizado nesta semana.
"Já conversamos durante a semana passada. Está tudo apalavrado, conversado, falta assinar. Mas não tem nenhuma situação fora daqui. O torcedor pode ficar tranquilo que estamos totalmente focados no planejamento para a sequência", destacou.
De acordo com Burse, já há um planejamento feito com a diretoria para a próxima temporada, inclusive de jogadores que vão permanecer e que vão embora do Leão.
"Hoje tirou folga para todos, e amanhã se reapresenta. A comissão técnica e a diretoria se reúnem para ajustar os detalhes. Eu, como treinador, o próprio Edgar [Montemor, diretor de futebol], também, vai ajustar questões de sequência de contrato. Já sabemos quem vai ficar e quem não vai, atletas que estamos monitorando. Nunca paramos com o futebol. Estamos assistindo jogo, temos banco de dados, sabemos o que queremos de característica. Estaremos amanhã nos alinhando para depois ajustar o que falta. A volta está planejada para o fim de novembro", explicou.
Na visão dele, a Série B exige muito mais do que a Série C. "Sabemos da responsabilidade que é a Série B. Seremos bem criterioso para montar um elenco forte desde o Baiano", destacou.
Ao todo, João Burse comandou a equipe em 14 jogos. Ele obteve sete vitórias, seis empates e uma derrota. Aproveitamento de 64,2%. Apesar disso, não se considera responsável exclusivo pelo acesso rubro-negro.
"Sou muito grato a tudo o que o clube fez por mim. É uma história que começa no sub-17, depois vai para o sub-20, sub-23. Conseguir comandar o Vitória no momento de maior dificuldade, João é só mais um dentro do processo. É um trabalho de muitas mãos. De comissão técnica, staff, diretoria, torcida, que nos abraçou. Naquele momento do jogo em que oscilamos, a torcida continua gritando. Tudo isso contribuiu para que tivéssemos o acesso", ponderou.
Inclusive, o técnico revelou que teve um momento que chegou a ter incertezas sobre o quanto a equipe poderia evoluir para buscar o acesso. E foi logo em sua estreia, um empate com o Altos, fora de casa.
"Tivemos uma semana de trabalho e não fizemos um jogo bom. Mas entendemos que os jogadores passam por 2, 3 treinadores e as características estão enraizadas ali. Então, naquele momento, vimos que eles estavam com um pouco de cada treinador. Já tinha pedido algumas situações durante a semana que funcionaram por alguns minutos. Esse jogo foi o que balizou onde estavam os erros, que na verdade não são nem erros, são comportamentos. Queria um 4-4-2 mais organizado, com atacantes voltando para marcar, essa construção no 4-3-3, e depois com mais uma semana de trabalho eles começaram a entender", relembrou.
Um dos motivos que o fez ir ganhando a confiança foi o fato de o grupo estar fechado, contou. "Conquistamos isso diariamente, a confiança do atleta. Mostrando para eles o que queremos, elogiando, chamando a atenção. Foi um grupo que desde o início abraçou a ideia, o porquê tá saindo, o porquê tá entrando. Os atletas que não eram relacionados acompanhavam os treinos, treinavam em alta. O que estava no banco vibrava pelo companheiro. Esse ambiente de energia boa não acontece por acaso. Um grupo muito unido, que se gosta, mas na hora que tem que fechar a cara, fecha", disse.
No Vitória, Burse já havia passado pelas divisões de base. Em 2015, no comando da equipe sub-17, ele conquistou a Copa do Brasil da categoria. O profissional também dirigiu os times sub-20 e sub-23.