Agora com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente, Zezé Di Camargo traça um paralelo para explicar seu ponto de vista. "Se estou em um avião, não vou torcer para que ele caia porque quero que o piloto se foda. É ignorância isso", disse, em entrevista concedida na sexta-feira (6), dois dias antes dos ataques de extremistas às sedes dos três Poderes, em Brasília.
"Se estou em um avião, não vou torcer para que ele caia porque quero que o piloto se foda. É ignorância isso. Agora o Brasil tem um piloto novo, tenho que torcer por ele. Sempre tive opiniões políticas buscando o que seria o melhor, nunca pensando em usufruir de governo, ter favores de governo. Já cedi música de graça para campanhas políticas pensando em um país melhor. Cheguei à conclusão que não era o melhor para o Brasil e mudei de opinião. Não sou Bolsonaro, não sou Lula, sou Brasil. E aquilo que acho melhor eu vou torcer. Não sou de esquerda nem de direita, mas acho que Brasil tem que estar bem, independentemente de quem esteja no poder", disse.
"Que faça o melhor ao país. Quem tem que estar na frente é o povo, quem paga é o povo. Venho de origem pobre e sei o que é dormir sem comer, sem ter prato de comida na mesa. Por isso acredito e penso que quem tem de estar bem é o povo. Quem fizer bem para o país eu estarei do lado. Torço para que a gente encontre o caminho. Acho que o Brasil [na época do Bolsonaro] estava caminhando para um momento bom, mas mudou a rota e vamos torcer para que ela traga frutos", acrescentou.