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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

terça-feira, 16 de março de 2010

DIREC12 realiza Audiência Pública de Apresentação do Centro de Educação Científica de Serrinha

A Diretoria Regional de Educação, a Prefeitura Municipal e Secretaria de Educação de Serrinha, convidam para Audiência Pública de Apresentação do Centro de Educação Científica de Serrinha, a ser realizada no dia 17 de março (quarta-feira), às 19h30, no Auditório da UNEB-Campus XI, Serrinha (próximo a Rodoviária).

O Centro, iniciativa do Governo do Estado, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e a ASSDAP (Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa), tem como objetivo oferecer formação científica e incentivar o desenvolvimento de atividades de pesquisa para crianças do Ensino Fundamental II, da rede pública municipal e estadual que estejam cursando da 6ª à 8ª série.

O Centro funcionará no antigo Colégio André Negreiro, onde atenderá a demanda de 400 alunos, sendo que o curso terá duração mínima de um ano, e será desenvolvido no horário oposto da aulas regulares, dando condições aos alunos de trabalharem com conteúdos na área de meio ambiente, matemática, tecnologia, ciências. O projeto contará com uma Coordenação Pedagógica, com profissionais na área de física, biologia, química, mecatrônica, eletrônica, arte-educação, história e matemática.

Mais informações: www.direc12.ba.gov.br

Professores paralisam as atividades em Feira nesta terça

Professores das redes municipal e estadual paralisam as atividades nesta terça-feira, em Feira de Santana. A categoria reivindica, dentre outras coisas, a equiparação do salário com o piso estipulado pela legislação federal, de R$ 900.

Os professores farão um ato de protesto em frente a sede da Prefeitura Muncipal, no Paço Maria Quitéria, na avenida Getúlio Vargas. O movimento é encabeçado pela APLB Sindicato, e deverá contar com docentes de outras cidades da região. Outro movimento foi deflagrado pela categoria no início do mês.

fonte:www.tribunafeirense.com.br

BORGES EXIGIRIA OTTO OU LEÃO; ASSESSORIA NEGA


O senador César Borges (PR), por meio da sua assessoria de imprensa, negou ao Bahia Notícias que haja uma exigência da parte dele para que o governador Jaques Wagner indique nomes mais de centro na composição da sua chapa majoritária. Informações de bastidores davam conta de que o republicano não gostaria de integrar um bloco com nomes à esquerda, como Lídice da Mata (PSB) e Waldir Pires (PT), e teria revelado a preferência pelo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Otto Alencar, ou pelo deputado federal licenciado, João Leão (PP), que deixará a Secretaria de Infraestrutura no fim do mês. De acordo com a comunicação do parlamentar, as especulações não têm fundamento, uma vez que as conversas têm sido feitas diretamente com o chefe do Executivo baiano, que deve costurar internamente a montagem da coalizão para apresentar as propostas a serem definidas com as possíveis alianças. Deputados petistas já se manifestaram contrários à união devido às eleições proporcionais, fato que seria o verdadeiro protagonista do impasse. Borges, que é presidente estadual do PR, não aceitaria uma composição individual para não prejudicar os integrantes do seu partido.

GEDDEL TERIA PRIVILEGIADO MUNICÍPIOS BAIANOS


O Correio Braziliense edição desta terça-feira (16) divulga que o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, encaminhou boa parte dos recursos do Ministério à disposição de municípios baianos, de modo a facilitar a sua candidatura ao governo. “Em 2009, foram despejados em cidades baianas 67% do total de recursos destinados ao auxílio de prefeituras de todo o país. Vinte e um são governados pelo PMDB. Isso significa que mais da metade das cidades que receberam dinheiro para o Programa de Aceleração do Crescimento, transposição do Rio São Francisco, emendas ou para a Defesa Civil são administradas por correligionários do ministro. A oposição recebeu aportes em cinco cidades — quatro comandadas pelo PSDB e uma pelo DEM. As maiores beneficiadas são a capital Salvador, governada por João Henrique (PMDB), que recebeu R$ 71,7 milhões, e a pequenina Coronel João Sá, na divisa com Sergipe. Com 18,1 mil habitantes, o município administrado por Carlinhos Sobral (PMDB) teve R$ 46,3 milhões em investimentos da pasta. Cidades do Rio Grande do Sul receberam R$ 27,4 milhões, em um distante segundo lugar: 11,8% do total”.

Wellington Lima e Silva - chefe do MP-BA


Coluna Justiça: Como foi a posse do senhor como novo chefe do Ministério Público da Bahia?
Wellington César Lima e Silva: Foi tranqüila, muito prestigiada, embora somente tenha sido publicada no Diário Oficial no dia 10 de março e a cerimônia tenha sido no dia 12. Foi um dia de extrema felicidade, porque era o dia do aniversário de meu pai que faleceu há dois anos. Nós éramos ligados em demasia. Muitas pessoas compareceram como juízes, desembargadores, promotores, procuradores, funcionários, advogados, parlamentares, executivos e presidentes de tribunais.

CJ: O senhor já esperava a indicação ou foi uma surpresa?
WS: Tinha uma expectativa de que fizesse por merecer através de todo o processo que levou à indicação do meu nome. Os colegas me honraram com a minha inserção na lista tríplice, muito embora eu tivesse saído candidato mais tardiamente do que outros, à medida que o colega Olímpio, que figurou em segundo lugar, já tinha sido candidato a procurador-geral e também a presidente da associação, e a colega Norma tinha sido duas vezes presidente da associação e vice-presidente da Conamp. Tudo isso daria uma vantagem eleitoral aos outros candidatos. Para mim, dadas as condições, foi uma expressiva votação.

CJ: O que te levou a ter a vontade de se candidatar e querer chefiar o MP-BA?
WS: Eu tinha um candidato para votar que é o meu atual adjunto Dr. Rômulo Moreira. Ele quis se candidatar. Em função disso, nós fizemos uma avaliação até o último momento e achamos que existia ali um espaço que poderia ser ocupado por mim.







CJ: Mas o que te credencia a chefia o Ministério Público da Bahia?
WS: O que me credencia é a vontade de gerir a instituição e a convicção de que terei a responsabilidade necessária para me desobrigar e cumprir essa tarefa.

CJ: Quais são suas principais metas como Procurador-geral do MP-BA?
WS: Nós temos muitas frentes de trabalho. O MP-BA vem em uma tendência de crescimento muito grande. Temos por delegação constitucional uma missão incrivelmente extensa de atribuições. Nós vamos utilizar tudo de positivo que já foi feito, além de incrementar outras possibilidades que ainda não aconteceram. Minha ideia é pegar toda a experiência exitosa ocorrida em um setor e transferir para outro. Quero reintroduzir no MP-BA as experiências mais exitosas com relação aos MPs do Brasil. Externamente temos que dialogar com os Ministérios Públicos de outros Estados.

CJ: O governador afirmou, em entrevista, que um dos itens que o levou a escolher o novo chefe do MP-BA foi uma conversa que teve com todos os três candidatos mais votados e com então Procurador-geral Lidivaldo Britto. O que foi tratado durante essa conversa com o senhor?
WS: A conversa com o governador foi franca, extensa e muito profícua. O governador, naquela oportunidade, teve uma postura de homem de Estado e se preocupou em abordar os temas mais estratégicos para o interesse público. Tive a impressão de que o elevadíssimo nível do diálogo poderia ser um fator decisivo para a escolha, pois foi uma conversa de muita densidade e uma característica analítica bastante acentuada. Eu fiquei muito satisfeito com o resultado da conversa.







CJ: Muito se fala da relação do judiciário com o executivo e legislativo. Como o senhor vê a relação entre os três poderes?
WS: Compreendo a relação entre os três poderes com absoluta naturalidade, porque esse é um modelo de tripartição do poder no sentido de que a função pública, tanto na sua fisionomia executiva quanto judiciária e legislativa, possam cooperar de forma harmônica. Eu não consigo identificar nenhum motivo para que essas relações institucionais tenham dificuldade. Penso que o modelo construído é de convergência e que possibilita que cada um dessas entidades possa de fato concorrer para que seja produzido um resultado favorável pelo coletivo.

CJ: Em contato com a Coluna Justiça, o advogado Celso Castro, diretor da fundação Faculdade de Direito (Ufba), afirmou que essa polêmica em torno de sua indicação não tem motivo de existir. O senhor compartilha da mesma opinião?
WS: Eu acho que quando determinadas expectativas se consolidam, é natural que a não concretização de um outro resultado produza alguma insatisfação momentânea, e daí decorreu essa situação.

CJ: Qual avaliação o senhor faz da gestão anterior?
WS: Eu avalio que as gestões que me antecederam, tanto a do Dr. Achiles Siquara quanto a do Dr. Lidivaldo Britto, foram gestões profissionais e que tiveram o sentido de responsabilidade muito grande. Entendo que foram contribuições importantes para o MP-BA.

CJ: O senhor vai dar continuidade ao modelo de gestão executado por Lidivaldo Britto?
WS: Pretendo aproveitar as coisas significativas e aperfeiçoar ou implementar aquilo que não foi possível realizar.

CJ: Desses itens que não foram realizados, o que o senhor já tem em mente para implantar nesta gestão?
WS: Alguns desses tópicos envolvem detalhes muito técnicos, que não seria necessário pormenorizar aqui, mas o fundamental e estruturante seria dizer que é preciso desdobrar os caminhos que foram iniciados e se revelaram com padrão de excelência e aceitação da coletividade a ter limites mais largos.







CJ: O senhor rechaça a possibilidade de a indicação do senhor pelo governador ser considerada política?
WS: Rechaço completamente. A indicação do governador recaiu sobre a minha pessoa após exames profundos de todas as variáveis e especificidades de cada candidato. Tenho certeza absoluta de que o governador construiu a decisão muito lentamente porque quis pautar uma ótica republicana da responsabilidade e analisar todas as características dos candidatos.

CJ: Para finalizar, queria que o senhor deixasse uma mensagem aos servidores do MP-BA e à sociedade.
WS: Para os servidores deixo a mensagem de que eles são parceiros, que a minha visão de mundo não contempla diferenciações, mas contempla a necessidade de reconhecer que essa obra coletiva não é feita apenas por promotores e procuradores, mas também pelos funcionários que são responsáveis em larga medida pelo funcionamento do MP-BA. Para a sociedade, gostaria de dizer que o Ministério Público vai estar cada vez mais servindo e lutando pelos seus interesses. E para a imprensa, especialmente ao Bahia Notícias, quero ter um relacionamento muito próximo, solidário, uma parceria estratégia que produza bons resultados e que frutifique cada vez mais.

Citado como mentor de cartel, Cutrale doou R$ 1,9 mi em 2006

A Suco Cítrico Cutrale Ltda doou R$ 1.933.500,00 para 42 candidatos nas eleições de 2006, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral. A lista registra apenas doações legais declaradas pela empresa, de propriedade de José Luis Cutrale.

Cutrale foi citado como mentor de um cartel na indústria de suco de laranja pelo empresário Dino Tofini, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, 15.

"Ele chamou as indústrias do setor para fazer uma composição, com o objetivo de comprar a laranja por um preço mais acessível para a indústria", acusou Tofini, que também se beneficiou do esquema na década de 90. "Era um negócio cruel".

Entre os candidatos que receberam doações da Cutrale para financiamento de campanha estão Antonio Pallocci Filho (R$ 50 mil), deputado e ex-ministro da Fazenda; Arlindo Chinaglia (R$ 25 mil), deputado petista e ex-líder do governo na Câmara; e José Aníbal (R$ 25 mil), deputado do PSDB de SP e ex-líder tucano na Câmara.

Também receberam doações José Sarney Filho (R$ 100 mil), deputado (PV-MA) e filho do ex-presidente do Senado, José Sarney; Jutahy Magalhães Júnior (R$ 25 mil), deputado (PSDB- BA); Severino Cavalcanti (R$ 20 mil), ex-presidente da Câmara (PP-PE); Paulo Renato Souza (R$ 50 mil), ex-ministro da Educação de FHC e deputado (PSDB-SP); e Teotônio Vilela Filho (R$ 50 mil), atual governador de Alagoas pelo PSDB.

As maiores contribuições foram destinadas a Orestes Quércia, ex-governador de São Paulo e candidato derrotado ao Senado pelo PMDB paulista, e para Amir Lando, também derrotado na disputa pelo governo de Rondônia pelo PMDB: R$ 200 mil cada.

O deputado José Aníbal disse que, apesar das doações recebidas, não tem "nenhuma relação" com a Cutrale. "O pessoal da Fiesp que me avisou sobre essa doação durante a campanha, eu nem sabia até então", diz.

"Eu tive até um contencioso com eles quando era secretario de Ciência e Tecnologia há 10 anos", conta, em referência à desapropriação de um terreno na região de Araraquara pertencente à companhia.

Terra Magazine entrou em contato com a Cutrale para falar sobre as acusações de Tofini, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Segundo a Folha, a denúncia de formação de cartel na indústria de suco de laranja vem sendo investigada pela SDE (Secretaria de Direito Econômico) desde 2006, quando foi deflagrada a operação Fanta.

Aluno da educação básica custa R$ 2.632 ao ano, diz relatório


Um aluno da educação básica custou ao Brasil R$ 2.632 anuais, sendo que o maior investimento está nas séries finais do ensino fundamental (6° ao 9° ano), com um custo de R$ 2.946 por estudante ao ano. É o que aponta estudo sobre o investimento público em educação em 2008, divulgado nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Educação (MEC).

De acordo com a série histórica divulgada pelo ministério, de 2000 para 2008 o valor investido por aluno na educação básica passou de R$ 808 para R$ 2.632 ¿ mais do que triplicou. Apesar do aumento, ainda é pouco mais do que os valores mensais cobrados por escolas particulares.

No ensino superior, o valor investido por aluno foi de R$ 14.763 . É como se cada universitário custasse cinco vezes mais do que um estudante da educação básica. Apesar de ainda ser grande a discrepância, essa relação vem diminuindo.

Em 2000, por exemplo, o investimento em um aluno do ensino superior era 11 vezes maior do que na educação básica. A meta do MEC é reduzir para quatro essa proporção, o que é recomendado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Ministro explica por que só certos grupos terão direito à vacina contra o H1N1


o ministro da Saúde José Gomes Temporão,respondeu a perguntas enviadas por internautas sobre a imunização contra a gripe suína, ou influenza A (H1N1).

O principal questionamento dos internautas foi sobre a restrição da vacina, na rede pública, a certas faixas etárias. "Não há acesso, no mercado internacional, para vacinar 190 milhões de brasileiros", respondeu o ministro na entrevista. "O governo fez um esforço enorme para contratar a entrega de 90 milhões de doses."

Temporão também alegou que o objetivo da vacinação não é erradicar o vírus, mas proteger os indivíduos mais propensos a desenvolver quadros graves da doença. Até o dia 19, profissionais de saúde e povos indígenas serão imunizados. A partir da próxima segunda-feira (22), até o dia 2 de abril, a vacinação será destinada a gestantes, doentes crônicos e crianças de 6 meses a 1 ano e 11 meses.

Jovens de 20 a 29 anos devem receber a vacina entre os dias 5 e 23 de abril. De 24 de abril a 7 de maio será a vez das pessoas com mais de 60 anos que sofrem de doenças crônicas. A última fase ocorre entre 10 e 21 de maio e será voltada para adultos de 30 a 39 anos.

Já na rede privada, pessoas de qualquer idade devem ter acesso à imunização, segundo o ministro.

Autor de lei que prevê morte para gays em Uganda diz que ser homossexual é vício


O deputado governista David Bahati, 35, apresentou em Uganda um projeto de lei que prevê a pena de morte para alguns casos de prática homossexual. O projeto causou polêmica no país e fora dele e está nos estágios finais de tramitação no Parlamento de Uganda (África central).


O autor defende o projeto e diz que a família de Uganda corre riscos decorrentes do ativismo dos gays. "Temos nossos valores. Isso não inclui a homossexualidade. Acreditamos que a pessoa não nasce com isso. É algo que é aprendido e pode ser "desaprendido". É como fumar. Torna-se um vício", disse, em entrevista à Fábio Zanini, da Folha de S. Paulo.



Bahati, do partido governista, o Movimento de Resistência Nacional, que tem 211 dos 258 membros do Parlamento unicameral (81%), diz que conta com o apoio do governo.

Antes de apresentar o projeto, no final do ano passado, ele reuniu-se com o gabinete, comandado pelo presidente Yoweri Museveni, e recebeu o sinal verde.

A expectativa de Bahati é que a matéria seja votada ainda no primeiro semestre. Para virar lei, precisará ser sancionada por Museveni.

Bahati cita pesquisas científicas ao dizer ainda que "se você é gay, tem três vezes mais chances de ter Aids que um ser humano normal".

"Além disso, a homossexualidade pode reduzir a expectativa de vida em quase 20 anos. Você pode destruir seu reto. Alguns precisam usar fraldas, como crianças", explica, sem dar detalhes sobre as tais pesquisas.

"Vamos focar no núcleo da proposta. Homossexualismo é um direito humano? Acredito que não deva ser", completa.

Vinte anos depois, bloqueio de poupança do Plano Collor ainda assombra o país




A proposta de bloquear ativos financeiros era um enredo a procura de um autor no início dos anos 90, quando a inflação alcançava taxas de dois dígitos ao mês e economistas se encaravam perplexos diante da resistência do "dragão" (como a escalada de preços foi apelidada na época).

Embora rigorosamente criticado hoje como um "pesadelo", que deixou de saldo a pior recessão da história recente do país e desorganizou a vida de milhões, o plano Collor 1 hoje é reavaliado por economistas como uma uma medida radical para um quadro de emergência da economia brasileira.

Para Zélia, hiperinflação exigia "medidas drásticas"

A sucessão de planos econômicos do governo anterior --Cruzado, Bresser e Verão-- não haviam sido capazes de reverter a escalada assustadora dos preços. E deixava como herança uma sociedade que havia estabelecido uma falsa adaptação ao estado caótico do país: enquanto a população corria aos supermercados assim que recebia seus salários para a famosa "compra do mês", o governo era obrigado a renovar o financiamento, dia a dia, da dívida pública, numa roda viva que praticamente inviabilizava as ferramentais normais do Estado para gerir uma economia.



Quando o então presidente Fernando Collor de Mello disse que derrotaria a inflação por "ippon" (pontuação que encerra o combate no judô), além de uma bravata, manifestava uma necessidade premente do país. Tudo poderia ficar muito pior, como as experiências da Alemanha no pós-guerra mostravam.

"Havia uma discussão enorme sobre a possibilidade de fazer isso [o bloqueio], já que as pessoas estavam crescentemente perplexas sobre o que fazer com uma inflação que não parava de subir", afirma o professor da PUC-SP, Carlos Eduardo Carvalho, que estudou o Plano Collor em seu doutorado. "Um plano ortodoxo, convencional, já não era mais uma ideia bem aceita", acrescenta.

Em março de 1990, o governo recém-eleito apresenta o plano Collor, que previa o bloqueio por 18 meses de todos os recursos financeiros em conta corrente acima de 50 mil cruzados novos, medida que será relaxada pouco tempo depois para os agentes públicos e algumas organizações civis. Também ficam congeladas as aplicações financeiras, inclusive o famoso "overnight", aplicação popular entre membros da classe média.

O governo se comprometia a retornar o dinheiro com juros (6% ao ano) e correção monetária no tempo previsto, em parcelas mensais no 19º mês, o que, 20 anos depois, resultaria em uma enxurrada de ações na Justiça contra o sistema financeiro.

Além de espanto geral e das críticas de praxe, o plano também foi alvo de alguma aprovação, inclusive por algumas das vozes mais autorizadas da economia brasileira, como o ex-ministro Mario Henrique Simonsen. A população não saiu às ruas contra o presidente (sairia algum tempo depois, mas por outros motivos). Editado por meio de medidas provisórias, foi aprovado pouco depois pelo Congresso Nacional.

Em princípio, os efeitos foram drásticos sobre a inflação: em março daquele ano, o IBGE havia calculado uma taxa de 84,32% para o índice de preços IPCA, que já vinha de salto de 72,78% em fevereiro. Em abril, o mesmo índice de preços teve variação de 44,80%; em maio, de 7,87%.

O "sucesso" do plano durou pouco: em junho, a inflação já mostrava suas garras (9,55%) e em julho já havia voltado para a casa dos dois dígitos (12,95%), patamar do qual não arredaria tão cedo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

HOSPITAL ESTADUAL X HOSPITAL MUNICIPAL?


Meus amigos,acredito que boa parte da nossa população tiveram a oportunidade de ouvir hoje pela manhã na Rádio regional am,a participação do diretor do hospital municipal(estadual)o meu amigo UBALDO,homem correto e dedicado.foi dito que já se pode observar mudanças no atendimento médico naquela unidade de saúde,e que o sofrimento da população já não é
tão grande,será mesmo?bom,vamos ter que conferir essa informação,mas de qualquer maneira,eu acredito no trabalho desenvolvido por UBALDO.o que me chamou atenção,foram
as declarações do DR.Lomes,que é médico,mais nem por isso se "furtou"na hora de falar
a verdade.segundo o empresário e comentarista do programa passando a limpo,quem teve a oportunidade de administrar o hospital municipal não se "esforçou"para oferecer um bom atendimento a população."claro que eles não tinham interesse,são na maioria donos de hospitais,ai eu pergunto;estes senhores vão prejudicar os seus próprios negócios?
claro que não.sem citar nomes,Lomes disse também que esse negócio de médico a frente de órgãos públicos e até da política,o povo não suporta mais,"é preciso ter coragem
para mudar esse costume,dar emprego só porque o sujeito tem alguns votos isso é errado.teve gente ai que nunca explicou o sumisso de equipamentos e de muito dinheiro
lá do hospital municipal,quem quiser conferir vá até a secretaria de saúde,tá tudo lá
nas apurações que foram feitas",disse Lomes.olha meus caros amigos,Lomes está correto em fazer estas denúncias,realmente a verba da saúde sempre foi muito mal aplicada,e o hospital jamais cumpriu com sua finalidade,atender a população dessa região.agora,por uma questão de justiça,lembro-me muito bem,que o ex-prefeito Ferrerinha investiu um bom dinheiro para reabrir o hospital,mais foi infeliz quando colocou seu colega e amigo DR.Hamilton safira para administrar o hospital,nada contra
a este grande médico,mais até mesmo por estar a frente da direção do hospital Santana e com idade "avançada",DR.hamilton não teve "pique"para colocar as coisas em ordem.como não sou de ficar rodeando,acho que aquele hospital nunca foi bem administrado,aquilo ali sempre foi um cabide de emprego,ali funciona como "comité"
político de alguns "politiqueiros" dessa cidade,que aliás,é maioria.não aprovo o governo de OSNY CARDOSO,que na minha opinião é "NEÓFITO",mais vejo que ele está no caminho certo quando quer bem longe figuras carimbadas da política local.

JOSÉ RIBEIRO-RADIALISTA

"PASSANDO A LIMPO"UMA NOVA FORMA DE FAZER RÁDIO.


Meu Caro Amigo,
José Ribeiro

Agora dia 19 de Março, marca 01 ano de uma nova forma de fazer rádio em nosso município.
Equipe do PASSANDO A LIMPO, estreava na co-irmã rádio Continental, Direção Geral Sandro Pinheiro, com uma formação diferenciada das demais emissoras da época.
Coragem, Determinação e sebretudo o profissionalismo de cada um dos componentes originais da formação desse projeto elaborado cuidadosamente. Brasília, Fernando, Maurílio e Clodoaldo. 04 Ases e uma missão "PASSAR NOSSA CIDADE A LIMPO".
Elaboração de trilha, Chamadas, Enquetes, Revesamente de Âncora, Bgs e o que é mais "COMPLICADO". Entender cada um dos componentes e saber suas especialidades e suas fraquezas. Com o passar do tempo, a pressão de fazer oposição não é pra todos e houve uma mudança, que pra mim foi fundamental. Fabiana entrava em nossa EQUIPE, e o Clériston se integrava no projeto pela manhã, dessa forma, todo o jornalismo era com a competência de nossa Direção.
O Clima era ótimo, quem não gostava da interação entre todos, Fabiana cedinho mandava ver, Clériston é um ótimo profissional (Uma verdadeira ARAPONGA), Fernando é a maior revelação de 2009 sem dúvida, Brasília muito experimentado e o meu talismã Maurílio Souza, PERFEITO.
Dessa forma atingimos picos de 68% de audiência, 40.000 ouvintes por minuto, Simplesmente FANTÁSTICO.
Como navegar é preciso, e a política DETERMINA onde nossa voz venha fazer a diferença. Fazem parte do Grupo Lomes, os meninos Fernando Lima, Maurílio Souza e a menina Fabiana Ferrari.
Fico muito feliz que apartir dessa união, dessa interação com o público e com essa metodologia, todos os componentes, vem dando o seu recado, de forma que o maior pagamento que posso ter, é por onde andar ouvir os rádios ligados onde voces estão....

Feliz ANIVERSÁRIO
PASSANDO A LIMPO

Um Abraço,

Sandro Pinheiro

VIII COPA MASTERS DE SERRINHA


O desportista que compareceu a Estação do Trem para assistir ao confronto de gigantes só não vibrou com o gol; mas rolou muita adrenalina e muita emoção durante os setenta minutos da partida.
As duas equipes queriam conquistar os três pontos e, conseqüentemente quebrar a invencibilidade uma da outra. No entanto a força dos homens da defesa superou a vontade dos atacantes e o placar permaneceu virgem.
Os donos da casa ainda tiveram a infelicidade de perder o guarda metas Uédson, logo aos 30 minutos e o atacante Romário, aos 39´; porém, não demonstraram inferioridade técnica em nenhum momento.
Final: Trem d´Alegria 0x0 Sukatão.
Resultados dos Jogos da 4ª rodada * DOMINGO, 14/03 (08h30) 4ª rodada
16- Trem d´Alegria 0x0 Sukatão (Estação do Trem)
17- Cajueiro 0x4 Sucam (Cajueirão)tass
18- Copo 0x2 Alto da Bandeira (Barrokão)
19- Baú 3x0 REC (Estrelão)
20- Guanabara 0x2 ACEC (Germanão)
Folgou: Lagoa de Fora

PRÓXIMOS JOGOS * DOMINGO, 21/03 (08h30) 5ª rodada
21- Sukatão x Lagoa de Fora (Denokão)
22- Sucam x Trem d´Alegria (Funasão)
23- Alto da Bandeira x Cajueiro (Bandeirão)
24- REC x Copo (Hijão)
25- ACEC x Baú (Virakopus)
Folga: Guanabara

Principais Artilheiros:
Com 5 Gols:
Catinha (Baú);

Com 4 Gols:
Nenga Matos, Jorge Coutinho e Zé Carlos Nascimento (ACEC);

Com 3 Gols:
Tuka Maya (Sucam) e Costa (Trem d´Alegria);

Com 2 Gols:
Louro Bujão (Alto da Bandeira), Gil Markes (Lagoa de Fora), Nikaninha e Ditão (Sucam), Tova e Uédson (Trem d´Alegria).

Goleiro Menos Vazado:
Barrão (Sukatão), 0 gol sofrido em 4 jogos. (280 minutos consecutivos sem tomar gol)

Raio X
Jogos Realizados: 20
Gols Marcados: 61
Média de Gols: 3,05
Gols Mandantes: 31
Gols Visitantes: 30
Vitórias da Casa: 8
Vitórias Visitantes: 9
Empates: 3
Cartões Amarelos: 83
Cartões Vermelhos: 5
Atos de Indisciplina: 1
Público Total: 6.220
Média de Público: 311
Maior Público: 600 (ACEC 6x1 Cajueiro), 21/02
Menor Público: 120 (Copo 0x1 Sukatão), 28/02
Jogadores Inscritos: 264

Árbitros que atuaram nas quatro rodadas (20 jogos):
Adenilso Leite, Ariedson Cordeiro, Cleilton Ramos Lima, Joel Pereira, Feliciano Viana Filho, Neicrécio Mendes, Romilson José Reis, Rubenilson José Reis (2 vezes)
Antonio Batista, José Sidnei F; de Jesus, Lourival Silva e Willian Oliveira Lima (1 vez).

Classificação Geral:
1- Sukatão, 10 Pontos Ganhos
2- ACEC, 9
3- Sucam, 9
4- Trem d´Alegria, 7
5- Baú, 6
6- Alto da Bandeira, 57- Lagoa de Fora, 4
8- Guanabara, 4
9- Copo, 3
10- Cajueiro, 0
11- REC, 0

Jorge Luiz da Silva
Serrinha, Bahia.

Ouça o nosso programa: Esporte Comunitário (de 2ª a 6ª feira, das 20h00 às 20h30), na Rádio Continental, 1330.
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GOVERNADOR JAQUES WAGNER QUER "DESTRUIR OS ADVERSÁRIOS",DISSE GEDDEL.


Sete partidos políticos, acusados de irregularidades e fraudes contábeis, não pagaram nada ao Fisco depois de terem a imunidade tributária suspensa pela Receita Federal em 2007. PT, PSDB, PMDB, DEM, PR, PP e PTB não pagaram a multa devida nem restituíram os impostos que deixaram de recolher. Seis deles já recorreram ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, e disputarão as eleições de outubro deste ano sem qualquer punição, já que os recursos têm efeito suspensivo, sustando a cobrança das dívidas. Em entrevista ao jornal O Globo, Carlos Alberto Barreto, presidente do Carf, acredita que o julgamento deve ficar para 2011, já que o órgão tem mais de 50 mil processos para analisar e essas ações, que teriam valor inferior a R$ 10 milhões, estariam fora da sua lista de prioridades.

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Quatro meses antes do início oficial da campanha eleitoral, os pré-candidatos ao Governo da Bahia não perdem tempo e cumprem uma longa agenda de visitas pelo interior do Estado. O ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) esteve no município de Campo Formoso para assinar ordem de serviço da construção de sistema de esgotamento sanitário no município, financiado com recursos do Ministério da Integração Nacional. Sem ter a máquina pública e mão, e consequentemente obras para inaugurar, o ex-governador Paulo Souto (DEM) compensa a desvantagem ao viajar por seis cidades só no fim de semana: Itabuna, Itapitanga, Ubaitaba, Jitaúna, Apuarema e Aiquara. “É claro que utilizar a prerrogativa de lançar obras é sempre um atrativo, mas não creio que seja uma desvantagem para nós. Quem está à frente do governo tem que responder pelos problemas enfrentados em algumas áreas”, acredita. O governador Jaques Wagner (PT), em missão oficial no Oriente Médio com o presidente Lula, interrompeu sua agenda de viagens pelo interior. Mas ele admite que todos os dias tira as manhãs para percorrer o estado - já visitou 340 dos 417 municípios baianos. “Eles já começam a construir uma imagem favorável. Do ponto de vista eleitoral, essas ações são vantajosas”, avalia o cientista político Jorge Almeida, estudioso do marketing político. O advogado Ademir Ismerim, especialista em direito eleitoral, explica que a inauguração de obras públicas pode ser feita até 3 de julho, mas é proibido utilizar os eventos para pedir votos ou fazer qualquer alusão ao processo eleitoral. “O pré-candidato pode se reunir, em ambientes fechados, mesmo que seja para articular a candidatura dele. Ele chega à cidade, faz um encontro que tenha como tema a candidatura, não há problema, caso seja em um ambiente fechado”, diz Ismerim.

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A Política Federal enviou relatório ao Ministério da Justiça e à Casa Civil em que revela que atualmente há exatos 29.839 inquéritos, distribuídos pelas 27 superintendências regionais do órgão, em andamento para investigar crimes contra a administração pública. Os delitos detectados são corrupção, peculato, tráfico de influência, fraudes em licitações, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação e concussão (extorsão praticada por funcionário público). Em um período de sete anos, foram deflagradas 1.023 operações, nas quais 13.024 suspeitos foram presos – nos dois últimos anos (2008 e 2009) foi o período em que a PF mais trabalhou: 523 missões que culminaram com 5.138 prisões. O relatório pede a criação de duas divisões: uma para reprimir desvios de recursos e outra para investigar servidores e políticos envolvidos em malversação. A PF assegura que a nova estrutura a ser criada contará com remanejamento de pessoas, o que tornaria ínfimo o gasto. As divisões representarão "forte instrumento de combate àquilo que já se pacificou ser a principal mazela do país”, avalia o relatório. Para incluir a nova estrutura em seu organograma, o órgão precisa que elas sejam criadas por decreto presidencial. Informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), pré-candidato ao Governo do Estado, enviou nota ao Bahia Notícias para criticar a declaração do governador Jaques Wagner (PT) de que montará uma chapa para "destruir os adversários". Se dizendo “perplexo”, o peemedebista rebateu: “Entrarei na disputa eleitoral com disposição construtiva, de discutir a Bahia, de mostrar o quanto nosso estado merece muito mais. Esta postura de Wagner se assemelha a de antigos adversários que ele ajudou a derrotar na Bahia. O governador tem mais em comum com o passado do que a cor dos cabelos”, disse, sem citar nomes, mas obviamente se referindo ao ex-senador Antônio Carlos Magalhães, que era chamado carinhosamente pelos seus pares de “cabeça branca”.

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Tucano - Encontro discute recuperação do Parque das Águas do Jorro


A recuperação do Parque das Águas, no balneário turístico de Caldas do Jorro, na região nordeste do estado, está na pauta da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur). Construído pelo governo estadual em 1973, o equipamento até hoje não recebeu nenhuma grande reforma. Esta semana, o secretário de Turismo, Domingos Leonelli, e o prefeito do município de Tucano, Rubinho Arruda, discutiram o assunto.

De acordo com o prefeito, toda a infraestrutura do parque necessita de reformas. “Precisamos, principalmente, recuperar os banheiros de água quente, as piscinas, reconstruir o muro que cerca o parque e pavimentar a área”.



“Solicitamos ao prefeito um projeto de reforma para que possamos pedir ao Ministério do Turismo os recursos necessários para melhorar a infraestrutura do parque. Queremos concluir a recuperação daquele belíssimo parque ainda este ano”, afirmou Leonelli.



Além da recuperação do parque, o prefeito discutiu a necessidade de investir nas tradicionais festas juninas de Tucano, para aquecer o turismo na região. Para facilitar a divulgação do São João do Jorro, Leonelli sugeriu a união dos gestores de Tucano, Araci, Quijingue, Cipó e Euclides da Cunha, para viabilizar uma campanha conjunta do São João no polo turístico dos Caminhos do Sertão.



Caldas do Jorro



A Estância Hidromineral Caldas do Jorro está situada a seis quilômetros da sede do município de Tucano e a 245 quilômetros de Salvador. Na praça principal, jorra a “água milagrosa”, de 48 graus. No Parque das Águas existem banheiros privativos de água quente, para maior comodidade dos turistas, piscinas, bares, restaurante, camping e dois toboáguas. Graças ao poder de cura da sua água, Caldas do Jorro tornou-se o maior pólo turístico da região.



Com uma rede hoteleira bastante diversificada, o Jorro possui mais de mil leitos para abrigar o visitante. Durante feriados prolongados como Réveillon, Carnaval, Semana Santa e São João, a cidade recebe mais de 5 mil turistas, incluídas também as pessoas que ficam hospedadas nas casas de veraneio.

Papa quer adotar novas medidas contra casos de pedofilia


O papa Bento XVI está determinado a adotar novas medidas contra os padres pedófilos que podem constar na carta pastoral que prepara para o episcopado da Irlanda, afirmou o arcebispo Rino Fisichella. Bento XVI não está parado ou preso em uma torre diante da avalanche de casos de pedofilia que envolvem a Igreja Católica, afirmou Fisichella, presidente de Academia Pontifical pela Vida.

"É uma pessoa clara, determinada, extremamente lúcida em sua análise, uma lucidez que o leva a tomar as medidas necessárias", declarou Fisichella ao jornal Corriere della Sera. Segundo o arcebispo, a carta pastoral que o Papa deve enviar ao episcopado irlandês, questionado desde o fim de 2009 por ter acobertado durante décadas abusos sexuais cometidos por religiosos, será "uma nova ilustração de suas posições claras, determinadas, sem vontade de dissimulação".

Os casos de pedofilia revelados nas últimas semanas, em particular na Alemanha, Áustria, Holanda, Suíça, "prejudicam o conjunto da Igreja", disse, antes de destacar: "A intolerância total para nós não é facultativa, é uma obrigação moral", destacou Fisichella. As novas medidas que o Papa deve anunciar podem, segundo o arcebispo, que também é um dos teólogos italianos mais reputados, se inspirar na experiência americana, 10 anos depois do escândalo de pedofilia que envolveu a Igreja no país.

"Vi aqui um discernimento muito mais seletivo na escolha dos candidatos (ao sacerdócio) e um envolvimento sem precedente na formação acadêmica e espiritual", explicou Fisichella, entrevistado quando estava nos Estados Unidos. Segundo o teólogo, as gerações anteriores de seminaristas perderam a noção da importância da espiritualidade.

"A partir dos anos 1960 se difundiu uma cultura que considerava que tudo era aceitável". Sobre o celibato, Fisichella explicou que os padres "não são frustrados".

"Fazemos uma escolha livre de devoção e de amor para a Igreja e os que nos são confiados", disse. "A grande maioria dos sacerdotes vivem esta dimensão felizes e de maneira séria", concluiu.

Eleições provocarão quatro meses de "recesso branco" no Congresso


O Senado vai renovar este ano dois terços das 81 cadeiras parlamentares na Casa, cenário que vai esvaziar os trabalhos legislativos a partir do recesso parlamentar de julho. Entre os meses de julho e outubro, praticamente não haverá trabalhos na Casa em consequência das eleições --prática que não interrompe o pagamento dos salários e benefícios a cada um dos 594 congressistas.

Como 54 senadores vão perder o mandato em outubro, a maioria vai dedicar o segundo semestre para as campanhas, o que, pela tradição, compromete as votações na Casa.

Na Câmara, o cenário se repete, já que todos os 513 deputados têm que disputar cargos eletivos em outubro se desejarem permanecer na Casa --ou em outros cargos eletivos do Legislativo e do Executivo-- nos próximos quatro anos.

Na prática, o Congresso vai ficar com suas atividades paralisadas entre os meses de julho e outubro, sem que os parlamentares deixem de receber salários e gratificações previstas pela Câmara e Senado. No período, batizado de "recesso branco", não há votações em plenário, nem nas comissões da Casa. A presença não é obrigatória, o que evita cortes nos salários.

A expectativa é que as Casas realizem duas semanas de esforço concentrado --uma em agosto, outra em setembro-- para não paralisar por completo as suas atividades ao longo dos quatro meses pré-eleitorais. Alguns parlamentares só retomarão as atividades no final de outubro, caso disputem ou apoiem candidatos que vão chegar ao segundo turno.

Muitos parlamentares admitem que o modelo de "esforços concentrados" adotado pelo Congresso nos últimos anos não trouxe resultados práticos à atividade legislativa em ano eleitoral. A convocação para os trabalhos no período tem demonstrado pouca eficiência uma vez que os parlamentares estão envolvidos diretamente nas campanhas estaduais --com muitos que nem chegam a retornar a Brasília.

Segundo cálculos da ONG Contas Abertas, cada deputado pode chegar a custar mensalmente R$ 108,6 mil por mês aos cofres públicos --incluindo o salário e os benefícios concedidos. Em um ano, o valor pago a cada parlamentar é da ordem de R$ 1,3 milhão. Em ano eleitoral, os gastos são os mesmos, apesar dos deputados estarem fora da Casa por pelo menos quatro meses.

No Senado, cada parlamentar tem em média um custo mensal de R$ 168,8 mil, também incluindo o vencimento e as regalias existentes, de acordo com a ONG. Com isso, cada parlamentar da Câmara e do Senado recebe por mês, em média, R$ 138,7 mil. A ONG tomou como base o salário mensal de R$ 16,5 mil por mês, destinado aos parlamentares, assim como o 13º salário, 14º e o 15º salários --pagos no início e no final de cada sessão legislativa.

Os parlamentares também contam com a verba indenizatória no valor de R$ 15 mil mensais (para gastos como aluguel, manutenção de escritórios estaduais e locomoção, entre outros), assim como outros benefícios, como: verba de gabinete, auxílio-moradia (para quem não ocupa imóveis funcionais), despesas mensais com caixa postal e telefônica, além da cota de passagens aéreas.

Trabalho

Os deputados e senadores argumentam que não deixam de exercer suas atividades parlamentares no período em que se dedicam às campanhas eleitorais --o que justifica a manutenção dos salários e benefícios. "Em todos os lugares do mundo, quando você tem eleição, o parlamentar se dedica mais à atividade política. É um equívoco achar que o parlamentar trabalha só quando está no Congresso", disse o senador Francisco Dornelles (PP), presidente do PP.

Na opinião de Dornelles, no período eleitoral os parlamentares têm a oportunidade de manter contato direto com os eleitores --o que considera necessário para o bom andamento de seus trabalhos no Legislativo. "O deputado ou senador tem que ir lá nesse período prestar contas do seu mandato ou pedir desculpas, se não tiver exercido bem sua representação", afirmou.

Para o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, os regimes democráticos convivem com o afastamento de seus congressistas durante períodos eleitorais.

"A democracia é um regime cheio de defeitos, mas é o melhor que a gente conhece. Acho que a gente pode funcionar em regime de esforço concentrado", afirmou.

Virgílio disse que, mais grave que o esvaziamento do Congresso no período eleitoral, é a sua paralisia em períodos nos quais deveria estar funcionando a todo vapor. "Não é o fato do Congresso parar, é o fato de não estar produzindo nada", criticou.

domingo, 14 de março de 2010

ENTREVISTA COM O DEPUTADO FERNANDO DE FABINHO


Por Rafael Rodrigues-BAHIA NOTICIAS

Bahia Notícias: O senhor esteve em Brasília, acompanhado do governador Jaques Wagner (PT), nesta quinta-feira (10), logo após ter confirmado a sua adesão à candidatura de reeleição de Wagner na Bahia e o seu apoio à ministra Dilma Rousseff (PT), da Casa Civil, para a disputa nacional. Como foi sua primeira ida à Brasília como um membro da base governista?


Fernando de Fabinho: Nós tivemos com o ministro Alexandre Padilha (da Secretaria de Relações Institucionais. Foi mais uma apresentação. Trabalhei a vida inteira na oposição, então eu precisava de uma apresentação formal, uma apresentação em que o governador abalizasse essa nossa entrada no apoio em Brasília ao Governo Federal, porque éramos oposição lá e cá.


BN: Como está sendo essa experiência de mudar de grupo político após vinte anos de carreira política?


FF: É uma coisa nova. É a primeira oportunidade que eu mudo de grupo político. Tenho vinte anos fazendo política no mesmo grupo. É como se você estivesse saindo de um time e entrando em outro. Você conhece todos os jogadores de nome, pessoalmente, mas não tem uma convivência. Então é uma nova convivência para mim, uma nova caminhada política, em um novo grupo.


BN: De quem partiu a idéia de mudar de grupo, de uma vontade pessoal sua ou de um convite do governador?


FF: Olha só, o governador Jaques Wagner quando me recebeu lá na governadoria deu uma resposta a essa pergunta que eu gostaria de repetir aqui para você: nós nos encontramos. Nos encontramos, conversamos, e estamos juntos, preparados para enfrentar esse novo desafio de começar tudo de novo em um novo grupo, com uma nova maneira de fazer política, uma nova condução do processo político no Estado. Nós vamos nos integrar nessa nova maneira de trabalhar para o povo da Bahia.


BN: Mas como deu esse “encontro”? Por que neste momento?


FF: Desde que eu cheguei a Brasília, no primeiro mandato, que eu cheguei na oposição, e naquele período tivemos a oportunidade de receber vários convites para poder fazer parte da base aliada do governo Lula, e a gente entendeu no primeiro mandato que não deveríamos estar presentes. No segundo mandato também tivemos convites, que sempre surgiram. Graças a deus eu sempre tive um bom relacionamento com todos os segmentos do governo, e grandes amigos em todos os lados. Só que era preciso também que você percebesse o interesse por parte do governo. O importante não é só ir mais um deputado para a base do governo, é você perceber que o governo, a figura e a pessoa do governador, também tem interesse na sua adesão, no seu trabalho, com o espaço político que você ocupa.


BN: O senhor fala sobre “uma nova maneira de fazer política”. O que diferencia da maneira anterior, simbolizada na figura do senador Antônio Carlos Magalhães?


FF: A política na Bahia, é preciso que isso fique claro, depois da ausência de Luis Eduardo Magalhães e do senador Antônio Carlos, ela tem uma filosofia totalmente diferente. A nova forma de fazer política, principalmente para um partido como o PT, que está no Governo do Estado, é exatamente ter o poder e a condição de aglutinar. O PT sempre foi mais fechado, 100% esquerda, e a gente observa que o governo Wagner ele abre os horizontes, permite o acesso de pessoas e isso, como ele mesmo disse, aprendeu com o presidente Lula e está aplicando aquilo que deu resultado no Governo Federal aqui no Estado. Então ele está agregando, aglutinando, recebendo, diversos políticos e diversos partidos e isso é uma nova maneira de fazer política no nosso estado.


"O fundamento maior é o bem estar do cidadão, e aí se encaixa o PT, o Democratas, o PDT, o PPS, o PSTU"


BN: Então está correta a tese do governador Jaques Wagner de que o Carlismo acabou?


FF: Não é que acabou, mas eu acho que o carlista na Bahia ele vai funcionar sempre como funciona o Peronismo na Argentina e em diversas outras tradições política que existem em outros estados brasileiros. Aqui vai continuar tendo sempre aquelas pessoas que militam dentro da filosofia do Carlismo. O Carlismo se confunde exatamente com a direita, direita de centro. É comum, pela liderança que ocupou o senador Antônio Carlos, que é incontestável e que todos nós reconhecemos, e não reconhece somente o homem da esquerda, do centro e da direita, reconhece todos os baianos e brasileiros a sua ascensão política e sua capacidade de liderar a política no Estado. Não é a toa que viveu politicamente e sempre lutou em 50 anos de vida pública, é realmente um homem diferente. Nós temos que entender que agora é diferente. Com a sua ausência, se busca exatamente o espaço para trabalhar de forma de aglutinar, e vão se formando vários grupos, várias lideranças vão surgindo. Uma liderança muito forte, como foi o tempo inteiro a do senador Antonio Carlos, ela impede que novas lideranças surjam. Não porque ele quisesse impedir, mas é porque ela é tão forte, que consegue abafar e impedir que novas lideranças venham surgir no estado durante aquele período que ele fortemente comandou a política no estado.


BN: Essa política de aglutinação do governador põe fim à ideologia na política baiana, como compreendem alguns cientistas políticos em entrevistas à imprensa?


FF: Eu acho que a ideologia que todos os políticos ela vai parar exatamente naquilo que consta em todos os estatutos, que é exatamente o bem social, o resultado para o ser humano. Então todos os estatutos de todos os partidos tem lá um artigo determinando que o interesse maior do partido é o bem comum, é o social bem feito, é estar à disposição em defesa de ações que dêem resultados para o ser humano. A ideologia partidária hoje, o princípio maior, o fundamento maior, é o bem estar do cidadão, e aí se encaixa o PT, o Democratas, o PDT, o PPS, o PSTU, enfim. Ai são mais outras ações, até mesmo de forma individual, que busquem fazer a diferença.


BN: Como avalia a reação de setores do PT à possível composição com o senador César Borges (PR) em uma das vagas para o senado na chapa de Wagner. É viável politicamente, ou os candidatos podem perder voto?


FF: Eu acho que não. Estamos exatamente pensando a política na Bahia de uma forma diferente, agindo de uma forma diferente. Isso aconteceu a nível nacional com o presidente Lula, que disputou várias eleições fechado, sem fazer alianças, e sua primeira vitória foi quando ele buscou ampliar esse arco de alianças, e são com essas alianças que ele governa o país e tem tido resultados positivos. O governo Wagner busca espaço para fazer novas alianças, e isso não prejudica. Amplia as chances de vitória do governador.


BN: E as reações contrárias no PT...


FF: Isso é natural. Em todo o grupo quer seja da direita, do centro, da esquerda, no momento que você tem adesões que vem de outros partidos, há aqueles que ficam felizes e há aqueles que acham que não deveria dar aquele espaço, que não deveria receber. A política é muito dinâmica e temos às vezes querelas paroquiais. Há deputados amigos que nós temos, em cidades do interior, os nossos embates políticos, as nossas lutas pelas idéias. Então isso termina às vezes respingando nas adesões de forma a rejeitar. Há projetos políticos dentro de grupos, principalmente em um grupo grande como é o do governador Wagner. Isso (a adesão), imagino, pode ameaçar aquele projeto político, ou retardar o projeto de alguém, de forma que essas reações se tornam naturais.


BN: Essa disputa de votos dentro da base, tão diversa, pode gerar algum conflito entre os aliados?


FF: Eu acho que não. Democraticamente todos os candidatos têm o interesse de buscar os seus votos. Quem vai decidir para quem vão os votos é o eleitor, que vai ter um leque para escolher aquele que tenha a capacidade de lhe representar. Se eu penso mais assim, então é esse o candidato que acompanha meu pensamento. Isso é bom para a democracia.


BN: Já definiu quais as candidaturas vai apoiar nestas eleições?


FF: Não, isso nós estamos esperando o momento certo. Vamos conversar um pouco mais com o governador e vamos trabalhar politicamente um deputado federal e um estadual, ou até mais de um, com a intenção de ajudar politicamente o governo do estado.


"O que importa é que nós tomamos essa decisão e isso não afetará de forma nenhuma o relacionamento do amigo, irmão e companheiro José Ronaldo"


BN: Como está a situação de sua filiação ao PP?


FF: No momento continuo filiado ao Democratas. Eu entendo que não é necessária a minha desfiliação nesse momento. No momento certo, ai nós vamos começar a trabalhar com mais intensidade para poder integrar a um partido político.


BN: Como foi a conversa com o ex-prefeito José Ronaldo, que lidera o seu antigo grupo político na região de Feira de Santana?


FF: Uma conversa de amigos fiéis, que a gente aprendeu a gostar independente da política, daquele que aprendeu a ser companheiro, a ser conselheiro. A amizade que nos nutre é muito grande e muito forte, mas isso não impede as posições políticas. Independente de qualquer coisa, se a amizade existe, é porque existe o respeito mutuo e na minha decisão o respeito existiu. Eu sei que ele não teve nenhum interesse que isso acontecesse, ele buscou nessa conversa entre nós que continuássemos juntos, isso é natural. Mas o que importa é que nós tomamos essa decisão e isso não afetará de forma nenhuma o relacionamento do amigo, irmão e companheiro José Ronaldo.


BN: Depois de não ter sido indicado por José Ronaldo para ser o candidato do DEM à Prefeitura de Feira de Santana, o senhor veio se afastando da política local. Não indicou secretários para a prefeitura e desmontou sua estrutura política local. Porque este afastamento?


FF: Antes da indicação para a prefeitura de Feira de Santana nós tomamos, de cunho puramente pessoal, uma decisão política de não me candidatar em 2010. No momento que se toma essa decisão, não justifica continuar trabalhando politicamente, manter estruturas, já que você não vai estar na disputa de 2010. Na questão da indicação de nomes para a prefeitura, foi uma questão puramente de decisão interna de grupo. Se eu fosse o escolhido pelo prefeito José Ronaldo nós teríamos naquela oportunidade, opinião minha, uma divisão em nosso grupo. Talvez nós não tivéssemos os companheiros que estiveram conosco na eleição de Tarcísio Pimenta (atual prefeito de Feira, do DEM).


BN: Por que haveria essa divisão?


FF: Se eu fosse o indicado de José Ronaldo talvez os outros deputados do próprio grupo que também tinham interesse para serem indicados talvez não estivessem nos apoiando, e talvez houvesse essa divisão, que não era prudente e não era importante. Precisávamos ganhar a eleição.


BN: Por que a decisão de não disputar as eleições em 2010?


FF: Decisão puramente pessoal. Eu entendi que vinte anos na vida pública, viajando por demais essa Bahia, vivendo 24 horas por dia o momento político e sem viver a família, sem cuidar dos negócios. Eu decidi que deveria pensar um pouco mais nessas questões, e entendi que não teria como, se não me afastasse principalmente das eleições, da busca do voto, da assistência direcionada a cada liderança política.


BN: O senhor então pensa na possibilidade de abandonar a política?


FF: Não, a prova esta aí. Estamos juntos com o governador, vamos lhe ajudar na sua eleição e esperamos no futuro ter um aproveitamento para continuar ajudando.


"A gente chega de forma simples, humilde, mostrando que a gente veio para trabalhar, para ajudar, para colaborar, e esperar o resultado das eleições (...), e a partir daí se colocar à disposição no próximo governo"


BN: Através de alguma secretaria?


FF: Não teve essa conversa entre eu e governador. Nós conversamos bastante sobre a política na Bahia, mas não entramos nesse processo de exigências, até porque estou chegando agora, o governo está no seu último ano. É um processo de aglutinação. Eu não vou disputar a eleição, então não tem porque ficar exigindo cargos, direções, cargo pelo interior do estado. Por que você vai prejudicar alguns amigos políticos que têm esses cargos, que estão usufruindo dessas indicações? Apenar para dar essa satisfação para o eleitorado? A gente chega de forma simples, humilde, mostrando que a gente veio para trabalhar, para ajudar, para colaborar, e esperar o resultado das eleições, que a gente percebe que será um resultado positivo para o governador Jaques Wagner e a partir daí se colocar à disposição no próximo governo.


BN: Acredita que os eleitores que sempre votaram no senhor, e naturalmente votavam também no candidato escolhido por ACM ao Governo do Estado, estariam propensos a mudar e aceitar a sua orientação para votar em Wagner?


FF: Veja só, é o que eu tenho conversado sempre, e conversei também com o governador. Todas essas mudanças têm naturalmente as suas reações, os prós e os contras, tem aqueles que lhe acompanham e tem aqueles que também não podem, ou acham que não devem lhe acompanhar por uma série de fatores. Seja pela ideologia política ou pela própria estrutura política que ele vive em seu município, em que o seu adversário termina sendo o próprio Governo e ele entende que não deve se aliar nesse momento, e assim sucessivamente. Mas o que importa é que nós temos consciência que os eleitores, dentro desse universo de 160 mil votos que tive na última eleição, e muitos que a gente consegue conquistar durante esse período que nós estamos trabalhando politicamente, com certeza muito estarão conosco. Eu espero que a maioria absoluta esteja comigo na eleição do governador Jaques Wagner.


BN: Pretende retornar eleitoralmente à política em 2012? Falo da disputa para a prefeitura de Feira de Santana.


FF: É muito cedo para se comentar desse assunto. O interesse do momento é fazer o trabalho que estou fazendo e o futuro nós entregamos ao senhor do Bonfim para que ele continue nos protegendo e dando norte nessa caminhada.


BN: A maioria dos aliados do governador hoje veio do seu antigo grupo político, e sua saída para apoiar Wagner simboliza esse movimento. Essas mudanças de grupo têm se tornado corriqueiras nas política baiana e, de certa forma, esvazia o grupo dito carlista, liderado na Bahia pelo DEM. Como está o clima dentro desse grupo político com esse fenômeno? Como o partido está se organizando para disputar as eleições desse ano sem a estrutura que tinha há quatro anos atrás? Acredita que a vitória da oposição na Bahia é viável?


FF: Eu prefiro não fazer um comentário maior a respeito dessa colocação. Os grupos políticos, independente do resultado da eleição, eles tem que se posicionar. A candidatura do ex-governador Paulo Souto é uma realidade dentro do grupo político dos Democratas, e outras que vão ser postas, a candidatura do ministro Geddel Viera Lima (PMDB) também é uma realidade. O embate político, ele só torna-se democrático e satisfaz o eleitorado no momento que você tem opções de escolha. Vai ser escolhido aquele que a população entender que tem condições de fazer um grande trabalho. O que a gente percebe, acompanha e tem a oportunidade de ver são resultados de pesquisas que dá a reeleição de Wagner no próximo pleito. Essa é a realidade que todos nós estamos acompanhando e os números não nos deixam mentir nessa colocação.


"Tudo que aconteceu no governo Lula foi com as mãos de Dilma trabalhando para que se tornasse realidade. Há um equilíbrio, um entrosamento e um entendimento muito grande entre Dilma e Lula, e isso reflete no reconhecimento já na população"


BN: Sobre a possibilidade de Tarcísio Pimenta também aderir ao governo. Alguns deputados da base comentam sobre essa articulação. O senhor conversou com ele sobre essa questão?


FF: Não. Por incrível que pareça, eu ainda não tive condições de conversar com o prefeito Tarcísio Pimenta. Não dialogamos nada sobre o futuro e uma possível adesão dele ao Governo do Estado.


BN: Como é sua relação hoje com seus antigos adversários políticos, a exemplo dos deputados Zé Neto e Sérgio Carneiro (ambos PT)?


FF: Na minha vida política, uma coisa que eu sempre busquei preservar foi o bom relacionamento com os nossos pares e com todos os políticos no estado. Graças a Deus em todos os municípios que eu fiz política eu sempre tive bom relacionamento com meu grupo político e também um relacionamento cordial com todos os adversários, muitos até amigos. Na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal também. Sempre transitei em todos os grupos políticos normalmente sem maiores empecilhos. Eu costumo utilizar sempre a filosofia dos rios. Na hora que o obstáculo aparece o melhor é desviar e seguir caminho para atingir o objetivo e eu sempre trabalhei dessa forma.


BN: Há poucos dias atrás o senhor estava na bancada de oposição ao governo do presidente Lula, e consequentemente era contrário à candidatura da ministra Dilma. Não há nenhum incômodo nessa mudança radical de posição?


FF: Veja bem, eu posso antecipar para você que nos dois últimos anos eu já não fazia oposição ao Governo Lula. Eu procurei parar para acompanhar a movimentação política do presidente Lula, do próprio Governo Federal, que é natural que tenha suas falhas, mas temos consciência que temos grandes feitos, grandes resultados, principalmente no ganho que mais queremos, que é o social, no atendimento àquele que mais precisa do poder público. Nos dois últimos anos não fiz oposição. Me mantive neutro buscando analisar, observar e acompanhar todo o desenrolar da caminhada. O que eu pude analisar nesses dois anos foi o crescimento de forma absoluta do presidente Lula junto ao eleitorado, aonde ele se identifica da melhor forma possível; um crescimento do país mesmo diante dessa crise toda que nós enfrentamos em 2009 e o crescimento também da candidatura da ministra Dilma, que é uma mulher muito competente, sabe o que faz e tem condições tranquilamente de fazer um grande trabalho à frente do Governo Federal. Ela desenvolve um belíssimo trabalho no seu ministério. Há um reconhecimento nacional das ações da ministra Dilma no governo do presidente Lula. E o presidente Lula lhe escolhe com muita propriedade e coloca à disposição do eleitorado brasileiro essa mulher que lhe deu sustentação.Tudo que aconteceu no governo Lula foi com as mãos de Dilma trabalhando para que se tornasse realidade. Há um equilíbrio, um entrosamento e um entendimento muito grande entre Dilma e Lula, e isso reflete no reconhecimento já na população brasileira, com seu crescimento político nos últimos meses.

sábado, 13 de março de 2010

REVISTA VEJA DETONA TESOUREIRO DO PT


O novo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é uma peça mais fundamental do que parece nos esquemas de arrecadação financeira do partido. Investigado pelo promotor José Carlos Blat por suspeita de estelionato, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no caso dos desvios da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), Vaccari é também personagem, ainda oculto, do maior e mais escandaloso caso de corrupção da história recente do Brasil: o mensalão - o milionário esquema de desvio de dinheiro público usado para abastecer campanhas eleitorais do PT e corromper parlamentares no Congresso. O mensalão produziu quarenta réus ora em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre eles não está Vaccari. Ele parecia bagrinho no esquema. Pelo que se descobriu agora, é um peixão. Em 2003, enquanto cuidava das finanças da Bancoop, João Vaccari acumulava a função de administrador informal da relação entre o PT e os fundos de pensão das empresas estatais, bancos e corretoras. Ele tocava o negócio de uma maneira bem peculiar: cobrando propina. Propina que podia ser de 6%, de 10% ou até de 15%, dependendo do cliente e do tamanho do negócio. Uma investigação sigilosa da Procuradoria-Geral da República revela, porém, que 12% era o número mágico para o tesoureiro - o porcentual do pedágio que ele fixava como comissão para quem estivesse interessado em se associar ao partido para saquear os cofres públicos.




A revelação do elo de João Vaccari com o escândalo que produziu um terremoto no governo federal está em uma série de depoimentos prestados pelo corretor Lúcio Bolonha Funaro, considerado um dos maiores especialistas em cometer fraudes financeiras do país. Em 2005, na iminência de ser denunciado como um dos réus do processo do mensalão, Funaro fez um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Em troca de perdão judicial para seus crimes, o corretor entregou aos investigadores nomes, valores, datas e documentos bancários que incriminam, em especial, o deputado paulista Valdemar Costa Neto, do PR, réu no STF por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em um dos depoimentos, ao qual VEJA teve acesso, Lúcio Funaro também forneceu detalhes inéditos e devastadores da maneira como os petistas canalizavam dinheiro para o caixa clandestino do PT. Apresentou, inclusive, o nome do que pode vir a ser o 41º réu do processo que apura o mensalão - o tesoureiro João Vaccari Neto. "Ele (Vaccari) cobra 12% de comissão para o partido", disse o corretor em um relato gravado pelos procuradores. Em cinco depoimentos ao Ministério Público Federal que se seguiram, Funaro forneceu outras informações comprometedoras sobre o trabalho do tesoureiro encarregado de cuidar das finanças do PT:




• Entre 2003 e 2004, no auge do mensalão, João Vaccari Neto era o responsável pelo recolhimento de propina entre interessados em fazer negócios com os fundos de pensão de empresas estatais no mercado financeiro.

• O tesoureiro concentrava suas ações e direcionava os investimentos de cinco fundos - Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica), Nucleos (Nuclebrás), Petros (Petrobras) e Eletros (Eletrobrás) -, cujos patrimônios, somados, chegam a 190 bilhões de reais.

• A propina que ele cobrava variava entre 6% e 15%, dependendo do tipo de investimento, do valor do negócio e do prazo.

• O dinheiro da propina era carreado para o caixa clandestino do PT, usado para financiar as campanhas do partido e subornar parlamentares.

• João Vaccari agia em parceria com o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e sob o comando do ex-ministro José Dirceu, réu no STF sob a acusação de chefiar o bando dos quarenta.



O PATROCINADOR
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, indicou Vaccari para tesoureiro do partido na campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff, embora dirigentes da sigla tenham tentado vetar o nome do sindicalista, por ele ter "telhado de vidro"


Lúcio Funaro contou aos investigadores o que viu, ouviu e como participou. Os destinos de ambos, Funaro e Vaccari, se cruzaram nas trilhas subterrâneas do mensalão. Eram os últimos meses de 2004, tempos prósperos para as negociatas da turma petista liderada por José Dirceu e Delúbio Soares. As agências de publicidade de Marcos Valério, o outro ponta de lança do esquema, recebiam milhões de estatais e ministérios - e o BMG e o Rural, os bancos que financiavam a compra do Congresso, faturavam fortunas com os fundos de pensão controlados por tarefeiros do PT. Naquele momento, Funaro mantinha uma relação lucrativa com Valdemar Costa Neto. Na campanha de 2002, o corretor emprestara ao deputado 3 milhões de reais, em dinheiro vivo. Pela lógica que preside o sistema político brasileiro, Valdemar passou a dever-lhe 3 milhões de favores. O deputado, segundo o relato do corretor, foi cobrar esses favores do PT. É a partir daí que começa a funcionar a engrenagem clandestina de fabricação de dinheiro. O deputado detinha os contatos políticos; o corretor, a tecnologia financeira para viabilizar grandes negociatas. Combinação perfeita, mas que, para funcionar, carecia de um sinal verde de quem tinha o comando da máquina. Valdemar procurou, então, Delúbio Soares, lembrou-lhe a ajuda que ele dera à campanha de Lula e pediu, digamos, oportunidades. De acordo com o relato do corretor, Delúbio indicou João Vaccari para abrir-lhe algumas portas.

Para marcar a primeira conversa com Vaccari, Funaro ligou para o celular do sindicalista. O encontro, com a presença do deputado Costa Neto, deu-se na sede da Bancoop em São Paulo, na Rua Líbero Badaró. Na conversa, Vaccari contou que cabia a ele intermediar operações junto aos maiores fundos de pensão - desde que o interessado pagasse um "porcentual para o partido (PT)", taxa que variava entre 6% e 15%, dependendo do tipo de negócio, dos valores envolvidos e do prazo. E foi didático: Funaro e Valdemar deveriam conseguir um parceiro e uma proposta de investimento. Em seguida, ele se encarregaria de determinar qual fundo de pensão se encaixaria na operação desejada. O tesoureiro adiantou que seria mais fácil obter negociatas na Petros ou na Funcef. Referindo-se a Delúbio sempre como "professor", Vaccari explicou que o PT havia dividido o comando das operações dos fundos de pensão. O petista Marcelo Sereno, à época assessor da Presidência da República, cuidava dos fundos pequenos. Ele, Vaccari, cuidava dos grandes. O porcentual cobrado pelo partido, entre 6% e 15%, variava de acordo com o tipo do negócio. Para investimentos em títulos de bancos, os chamados CDBs, nicho em que o corretor estava interessado, a "comissão" seria de 12%. Funaro registrou a proposta na memória, despediu-se de Vaccari e foi embora acompanhado de Costa Neto.

Donos de uma fortuna equivalente à dos Emirados Árabes, os fundos de pensão de estatais são alvo da cobiça dos políticos desonestos graças à facilidade com que operadores astutos, como Funaro, conseguem desviar grandes somas dando às operações uma falsa aparência de prejuízos naturais impostos por quem se arrisca no mercado financeiro. A CPI dos Correios, que investigou o mensalão em 2006, demonstrou isso de maneira cabal. Com a ajuda de técnicos, a comissão constatou que os fundos foram saqueados em operações fraudulentas que beneficiavam as mesmas pessoas que abasteciam o mensalão. Funaro chegou a insinuar a participação de João Vaccari no esquema em depoimento à CPI, em março de 2006. Disse que Vaccari era operador do PT em fundos de pensão, mas que, por ter sabido disso por meio de boatos no mercado financeiro, não poderia se estender sobre o assunto. Sabe-se, agora, que, na ocasião, ele contou apenas uma minúscula parte da história.

A história completa já havia começado a ser narrada sete meses antes a um grupo de procuradores da República do Paraná. Em agosto de 2005, emparedado pelo Ministério Público Federal por causa de remessas ilegais de 2 milhões de dólares ao exterior, Funaro propôs delatar o esquema petista em troca de perdão judicial. "Vou dar a vocês o cara do Zé Dirceu. O Marcelo Sereno faz operação conta-gotas que enche a caixa-d'água todo dia para financiar operações diárias. Mas esse outro aqui, ó, o nome dele nunca saiu em lugar nenhum. Ele faz as coisas mais volumosas", disse Funaro, enquanto escrevia o nome "Vaccari", em uma folha branca, no alto de um organograma. Um dos procuradores quis saber como o PT desviava dinheiro dos fundos. "Tiram dinheiro muito fácil. Rural, BMG, Santos... Tirando os bancos grandes, quase todos têm negócio com ele", disse. O corretor explicou aos investigadores que se cobrava propina sobre todo e qualquer investimento. "Sempre que um fundo compra CDBs de um banco, tem de pagar comissão a eles (PT)", explicou. "Vou dar provas documentais. Ligo para ele (Vaccari) e vocês gravam. Depois, é só ver se o fundo de pensão comprou ou não os CDBs do banco."

O depoimento de Funaro foi enviado a Brasília em dezembro de 2005, e o STF aceitou transformá-lo formalmente em réu colaborador da Justiça. Parte das informações passadas foi usada para fundamentar a denúncia do mensalão. A outra parte, que inclui o relato sobre Vaccari, ainda é guardada sob sigilo. VEJA não conseguiu descobrir se Funaro efetivamente gravou conversas com o tesoureiro petista, mas sua ajuda em relação aos fundos foi decisiva. Entre 2003 e 2004, os três bancos citados pelo corretor - BMG, Rural e Santos - receberam 600 milhões de reais dos fundos de pensão controlados pelo PT. Apenas os cinco fundos sob a influência do tesoureiro aplicaram 182 milhões de reais em títulos do Rural e do BMG, os principais financiadores do mensalão, em 2004. É um volume 600% maior que o do ano anterior e 1 650% maior que o de 2002, antes de o PT chegar ao governo. As investigações da polícia revelaram que os dois bancos "emprestaram" 55 milhões de reais ao PT. É o equivalente a 14,1% do que receberam em investimentos - portanto, dentro da margem de propina que Funaro acusa o partido de cobrar (entre 6% e 15%). Mas, para os petistas, isso deve ser somente uma coincidência...

Desde que começou a negociar a delação premiada com a Justiça, Funaro prestou quatro depoimentos sigilosos em Brasília. O segredo em torno desses depoimentos é tamanho que Funaro guarda cópia deles num cofre no Uruguai. "Se algo acontecer comigo, esse material virá a público e a República cairá", ele disse a amigos. Hoje, aos 35 anos, Funaro, formado em economia e considerado até por seus desafetos um gênio do mundo financeiro, é um dos mais ricos e ladinos investidores do país. Sabe, talvez como ninguém no Brasil, tirar proveito das brechas na bolsa de valores para ganhar dinheiro em operações tão incompreensíveis quanto lucrativas. O corretor relatou ao Ministério Público que teve um segundo encontro com Vaccari, sempre seguindo orientação do "professor Delúbio", no qual discutiu um possível negócio com a Funcef, mas não forneceu mais detalhes nem admitiu se as tratativas deram certo.

VEJA checou os extratos telefônicos de Delúbio remetidos à CPI dos Correios e descobriu catorze ligações feitas pelo "professor" a Vaccari no mesmo período em que se davam as negociações entre Funaro e o guardião dos fundos de pensão. O que o então tesoureiro do PT tinha tanto a conversar com o dirigente da cooperativa? É possível que Funaro tenha mentido sobre os encontros com Vaccari? Em tese, sim. Pode haver motivos desconhecidos para isso. Trata-se, contudo, de uma hipótese remotíssima. Quando fez essas confissões aos procuradores, Vaccari parecia ser um personagem menor do submundo petista. "Os procuradores só queriam saber do Valdemar, e isso já lhes dava trabalho suficiente", revelou Funaro a amigos, no ano passado. As investigações que se seguiram demonstraram que Funaro dizia a verdade. Seus depoimentos, portanto, ganharam em credibilidade. Foram aceitos pela criteriosa Procuradoria-Geral da República como provas fundamentais para incriminar a quadrilha do mensalão. Muitos tentaram, inclusive o lobista Marcos Valério, mas apenas Funaro virou réu-colaborador nesse caso. Isso significa que ele apresentou provas documentais do que disse, não mentiu aos procuradores e, sobretudo, continua à disposição do STF para ajudar nas investigações. Em contrapartida, receberá uma pena mais branda no fim do processo - ou será inocentado.

Durante a semana, Vaccari empenhou-se em declarar que, no caso Bancoop, ele e outros dirigentes da cooperativa são inocentes e que culpados são seus acusadores e suas vítimas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o tesoureiro do PT disse que o MP agiu "para sacanear" e que os 31 milhões de reais sacados na boca do caixa pela Bancoop teriam sido "movimentações interbancárias". Os documentos resultantes da quebra do sigilo bancário da entidade mostram coisa diferente. Entre os cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma ou para seu banco, o Bradesco, "a imensa maioria", segundo o MP, continha o código "SQ21" - que quer dizer saque. Algumas vezes aparecia a própria palavra escrita no verso (veja reproduções). Se, a partir daí, o dinheiro sacado foi colocado em uma mala, usado para fazer pagamentos, ou depositado em outras contas, não se sabe. A maioria dos cheques nominais ao banco (que também permitem movimentação na boca do caixa) não continha informações suficientes para permitir a reconstituição do seu percurso, afirma o promotor Blat. "De toda forma, fica evidente que se tratou de uma manobra para dificultar ou evitar o rastreamento do dinheiro", diz ele.

Na tentativa de inocentar-se, o tesoureiro do PT distribuiu culpas. Segundo ele, os problemas de caixa da cooperativa se deveram ao comportamento de cooperados que sabiam que os preços iniciais dos imóveis eram "estimados" e "não quiseram pagar" a diferença depois que foram constatados "erros de cálculo" nas estimativas. Ele só omitiu que, em muitos casos, os "erros de cálculo" chegaram a valores correspondentes a 50% do preço inicial do apartamento. Negar evidências e omitir fraudes. Essa é a lei da selva na política. Até quando?

Ações para saúde são discutidas em Serrinha

Os municípios que compõem a 12ª Diretoria Regional de Saúde participaram da Oficina do Pacto 2010-2011, na cidade de Serrinha, com o objetivo de avaliar o desempenho das ações de saúde e planejar as metas para este ano e 2011.

No evento, realizado na quarta-feira (10), estavam presentes, coordenadores municipais da Vigilância Epidemiológica, da Vigilância Sanitária e da Atenção Básica, além dos respectivos gestores de saúde, sob a coordenação dos técnicos regionais.

Eles avaliaram os resultados alcançados em 2009, segundo as prioridades do pacto pela saúde, e estabeleceram as metas do Pacto pela Saúde.Também foram discutidos assuntos como a redução da mortalidade infantil de materna, a melhoria da qualidade da água para consumo humano, a ampliação da cobertura da estratégia saúde da família e dos serviços de atenção à saúde da mulher e a atualização das bases de dados de informação em saúde.

Prefeito de Bom Jesus da Serra é preso pela PF


A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado, 13, Edinaldo Meira Silva (PMDB), conhecido como Gazo, prefeito do município de Bom Jesus da Serra (a 474 km de Salvador), no sudoeste baiano. O prefeito é acusado de compra de votos no município durante campanha para sua reeleição em 2008 e de interferir na investigação das denúncias. A prisão preventiva do gestor foi decretada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) nesta sexta.

O caso vem sendo investigado há pouco mais de dois meses. O delegado-chefe da Polícia Federal em Vitória da Conquista, Eduardo Adolfo Assis, disse que não poderia divulgar muitos detalhes para a imprensa porque as investigações estão sob segredo de Justiça.

Além do prefeito Edinaldo Meira Silva, a PF prendeu também um funcionário particular, que não teve a identidade revelada. Segundo o delegado da PF, Edinaldo Meira vai ficar à disposição da Justiça Eleitoral. Ele vai ser encaminhado para o Presídio Nilton Gonçalves, em Conquista.

Durante o período que o prefeito ficou neste sábado na sede da PF, em Conquista, três advogados e quatro pessoas ligadas a ele permaneceram em frente ao local e não paravam de falar ao telefone. “Estamos apurando os fatos para verificar as medidas que serão adotadas para recolocar o prefeito em liberdade”, informou o advogado Anderson Cardoso Moreira.

Bahia não enfrenta surto de meningite, diz Sesab



“A Bahia não está enfrentando um surto de meningite e não existe motivo para alarme, embora a doença meningocócica seja sempre motivo para preocupação, por se tratar de uma infecção grave do sistema nervoso central”. A afirmativa é da superintendente de Vigilância e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado, Lorene Pinto.

Dados do Departamento de Informática do SUS (Datasus) apontam que a situação na Bahia não é diferente de outros estados. Segundo a Sesab, a Bahia é o quarto em incidência de doença meningocócica, com 1,1 casos por 100 mil habitantes, antecedido por São Paulo, com 2,2 casos por 100 mil habitantes, Distrito Federal e Amazonas, com 1,7 e 1,2 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.

Os dados mostram ainda que as maiores taxas de letalidade foram registradas no Mato Grosso do Sul e Sergipe, com 33%. A Bahia ficou em sétimo lugar, com 24,5%.

Segundo Lorene Pinto, mesmo considerando que metade dos casos de meningite registrada é do tipo viral, de menor gravidade, há o registro das meningites bacterianas, que trazem maior preocupação, pela rapidez com que o quadro se instala.

Homem mantém ex-mulher e filho de 1 ano reféns em Manaus

Um homem mantém a ex-mulher e o filho, um bebê de 1 ano e 8 meses, reféns há mais de 30 horas em uma casa no bairro São Francisco, em Manaus (AM). Segundo informações da Polícia Militar, Dortel de Almeida Carneiro, 22 anos, mantém Tatiane Silva dos Reis, 23 anos, e o filho, em cárcere privado pelo menos desde a quinta-feira à tarde. O fato só foi descoberto quando o atual namorado da mulher foi procurá-la.

O casal estaria separado há pouco mais de três meses e, segundo a polícia, Dortel não aceita a separação. As negociações são coordenadas pelo comandante do Batalhão de Policiamento Especial, major Amadeu, que conversa com Carneiro a cada 40 minutos para tentar convencê-lo a se entregar.

No local há muitos curiosos. A casa fica em um beco apertado, o que dificulta o acesso das viaturas, não só da polícia, mas também do Corpo de Bombeiros. "Este é o procedimento normal para caso ele (Dortel Carneiro) tente atear fogo na casa. E se alguém se ferir também estamos com uma ambulância a postos aqui", disse Émerson Cursino, assessor de comunicação dos Bombeiros.

Tanto a energia elétrica quanto o fornecimento de água da casa foram cortados. Dortel chegou a entregar um facão para os policiais, mas há informações de que ele mantém os dois reféns sob a mira de uma pistola. Nenhum parente dos envolvidos falou com a imprensa, mas a PM confirmou que a mãe de Dortel Carneiro está participando das conversas junto com os policiais militares.

Móveis luxuosos de Michael Jackson serão leiloados em Las Vegas


Um luxuoso mobiliário que o cantor americano Michael Jackson encomendou antes da morte será leiloado em junho em Las Vegas, ao lado de outros objetos pessoais do rei do pop, anunciou a casa de leilões Julien's.

As 22 peças que Jackson encomendou à empresa italiana Colombostile Artisans, para mobiliar a casa em que residiria durante a série de apresentações "This Is It" em Londres, serão leiloadas em 25 de junho no cassino e hotel Planet Hollywood.

Antes da venda, uma exposição com as peças e a recriação da casa de Jackson em Kent, Inglaterra, ocorrerão no Museu Newbridge Silverware of Style Icon's na Irlanda, entre 16 de março e 30 de maio.

A mostra também passará por Las Vegas de 14 a 25 de junho.

A coleção inclui cadeiras adornadas com ouro, que têm preço de US$ 18.500, e duas cadeiras banhadas a ouro com o desenho de uma águia de duas cabeças (US$ 60 mil).

Também conta com uma mesa estilo século XVII (US$ 120 mil) e um sofá barroco em veludo vermelho (US$ 150 mil).

Também serão leiloados 200 objetos pessoais de Jackson, como por exemplo uma luva com cristais Swarovski a US$ 30 mil.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ronaldo não reage a decisão de Fabinho e descarta candidatura a vice

VALDOMIRO SILVA(FOTO)
O ex-prefeito José Ronaldo evitou a imprensa, nos últimos dias, logo depois que o deputado federal Fernando de Fabinho, que era o seu grande aliado, ter abandonado seu grupo político para unir-se ao governador Jaques Wagner. Por uma semana, ele não falou aos jornalistas e radialistas locais.
Na imprensa, especulou-se que o ex-prefeito estaria abalado com o fato.

Afinal, dias antes, em sua última entrevista para os meios de comunicação locais, Ronaldo havia comentado, sobre uma conversa que teve com Fabinho, que nada sabia sobre a decisão do deputado.

Foi criada uma situação de desencontro de informações, a esse respeito. Fabinho, afinal, disse que comunicou pessoalmente a Ronaldo sobre sua saída do grupo, para se integrar ao bloco de sustentação do governador.

Os radialistas Luiz Santos e Leon Wanderley, do programa “Linha Direta”, da Rádio Sociedade, chegaram a encontrar o ex-prefeito na saída de uma missa, tentaram gravar uma entrevista mas Ronaldo negou-se a falar.

Foi a primeira vez que o ex-prefeito, sempre muito solícito com a imprensa e bem disposto diante dos microfones, se recusou a conceder entrevistas por um período tão longo, sequer retornando as ligações que lhe foram feitas ao celular. Ontem, no horário do almoço, localizei Ronaldo, por telefone. Estava em sua residência.

Ele ainda não estava receptivo a ideia de uma entrevista. Mas foi convencido a falar. Disse que espera uma decisão sobre seu futuro político – será candidato a deputado federal ou senador, nas próximas eleições – até o fim do mês. Falou das viagens, em ritmo intenso, por todo o interior da Bahia, nos últimos meses. Disse que praticamente descarta a possibilidade de ser candidato a vice-governador.

E, sobre Fernando de Fabinho, fez um breve comentário. Poucas palavras, nenhum sinal de confronto com o deputado, seu ex-correligionário. Perguntado se sente-se traído, ele se nega a falar a respeito. A seguir, principais trechos da entrevista.

PERGUNTA: O senhor tem viajado muito. Praticamente não pára em Feira de Santana, nas últimas semanas...

RESPOSTA: Há um ano, tenho viajado pelo interior, visitando municípios e acompanhando companheiros. Praticamente já visitei todas as regiões da Bahia. A receptividade tem sido boa. Acompanharei todo o processo e participarei ativamente até o dia da eleição.

PERGUNTA: Quando os feirenses vão saber qual cargo o senhor deve disputar no próximo pleito?

RESPOSTA:Existem muitas conversas com partidos e pessoas. Acredito, e é o desejo nosso, que até o final de março todo o processo seja concluído.

PERGUNTA: Quais são as chances de o senhor ser candidato ao Senado, deputado federal ou vice-governador?

RESPOSTA: Meio a meio entre ser candidato ao senado e a deputado federal. Entendo que a vice-governadoria deveria ser destinada para uma pessoa do PSDB.

PERGUNTA: Comenta-se muito que, uma vez eleito deputado federal, o curso normal das coisas seria o senhor ser candidato a prefeito em 2012. Isto seria possível?

RESPOSTA: A questão de uma pessoa ser candidata a prefeito independe de que ela seja senador ou deputado. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Conheço parlamentares que foram eleitos para o senado e que depois se tornaram prefeitos. Reconheço que o prefeito tem o direito de pleitear a reeleição. Normalmente a pessoa que é eleita pensa em ser reeleita. Se ele tem essa idéia, acho que o direito da reeleição é de Tarcízio Pimenta, tenho muita consciência a respeito do assunto.

PERGUNTA: As pesquisas apontam o governador Jaques Wagner favorito para vencer as eleições em primeiro turno...

RESPOSTA: Pelo que sei, as pesquisas divulgadas dão empate técnico. A pesquisa feita pela DataFolha, de dezembro, dava 39% para o governador, 24% para Paulo Souto e 11% para Geddel Vieira. Pesquisa não divulgada que tive acesso dá 39% para Wagner, 32% para Paulo Souto e 13% para Geddel. Acredito que a eleição será disputada. Ninguém pode cantar de galo no momento.

PERGUNTA: E o senador César Borges? O Democratas ainda tem esperança de que ele seja candidato pela coligação?

RESPOSTA: O senador Cesar Borges me disse que ainda não tem nenhum acordo com o governador. Esse quadro está indefinido.

PERGUNTA: Se diz que o grupo do ex-governador Paulo Souto, do qual o senhor faz parte, tem poucas opções para compor a chapa majoritária...

RESPOSTA: Ao contrário. Temos vários nomes para o Senado: César Borges, Ronaldo, João Almeida, José Carlos Aleluia, são algumas opções. Esse processo se afunila com conversas até o final deste mês.

PERGUNTA: Sobre o deputado Fernando de Fabinho, como o senhor avaliou a decisão de romper com seu grupo político e aderir ao governo Jaques Wagner? E como fica a relação do senhor com ele, depois disso?

RESPOSTA: Eu ouvi, em uma entrevista do deputado, que ele disse manter o mesmo respeito e amizade que tinha por mim antes de tomar essa decisão. Eu tenho a dizer que também continua o meu respeito por ele, do mesmo modo que ele tem por mim.

PERGUNTA: Politicamente, o senhor não se sente traído pelo deputado?

RESPOSTA: Não quero tratar desse assunto, falar de traição. No momento, estou fazendo política, em busca de um projeto. Não cabe esse tipo de sentimento.

REPORTAGEM-VALDOMIRO SILVA-JORNAL TRIBUNA FEIRENSE.COM.BR