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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.
DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

segunda-feira, 11 de março de 2013

Após quase 10 anos, Luz para Todos ainda está longe da meta

Um dia chamada de "mãe do Luz para Todos" pelo então presidente Lula, Dilma Rousseff completará seus quatro anos na Presidência da República sem acabar com a exclusão elétrica do país. Desde que foi lançado, em 2003 (Dilma era ministra de Minas e Energia), o programa Luz para Todos alcançou cerca de 3 milhões de famílias. De acordo com o governo, restaria atender 342,7 mil, o que ocorreria até 2014. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de distribuidoras nos Estados, porém, mostram um quadro diferente. No início deste ano, o saldo de moradias sem energia elétrica chegava a 1 milhão --de um total de 58,5 milhões de residências no país, segundo o IBGE. A diferença existe porque, com o avanço de novas moradias, a base do governo se defasou. Além disso, muitas dessas residências ficam em locais de difícil acesso. No atual ritmo de atendimento, mais de 285 mil devem continuar sem luz depois de 2014. "Vai ficar um passivo em regiões mais isoladas", afirma Sérgio Lima, coordenador do programa na Bahia. O Estado lidera o ranking das ligações necessárias para a chamada universalização: são 323 mil residências sem luz, ante 220 mil do Pará e 91 mil do Amazonas. ILUMINAÇÃO NATURAL: O povoado de Rio Preto, em Cotegipe (820 km de Salvador), é um exemplo disso. "Luz para todos, aqui, só a da lua", diz o aposentado Luiz Francisco dos Santos, 77. As 21 casas do distrito não têm energia. Santos, que sofreu um derrame em 2002 e anda de cadeira de rodas, diz estar "até acostumado" com a situação. "É muito ruim, mas fazer o quê? Pelo tempo que eu vejo dizer que vai chegar [a luz], já virou passado." Vizinho, o lavrador Elcio Macedo, 42, não se conforma em estar numa espécie de "ilha solitária", pois há luz em outra comunidade a 20 minutos de caminhada. Ele, que diz ainda não ter arranjado nenhum serviço em 2013, reclama dos efeitos do candeeiro, a lamparina a óleo que ilumina as noites. "A criançada, além de não conseguir estudar direito, toda hora fica adoecida por causa da fumaça preta." A falta de luz traz outros problemas. "A gente compra uma carne na feira de sábado e precisa comer toda de uma vez, sem conseguir guardar para o domingo", diz a lavradora Irenice Xavier, 49. Beneficiária do Bolsa Família, ela superou a linha oficial da miséria, de R$ 70 por pessoa. Por outro lado, aguarda há anos uma tomada em casa. "O pessoal vem aqui, promete que agora será nossa vez, mas a luz não chega."FONTE:UOL

domingo, 10 de março de 2013

Rádios comunitárias podem ficar isentas de pagamento de direitos autorais


A Câmara Federal analisa o Projeto de Lei 4975/13, do deputado Giovani Cherini (PDT-RS), que autoriza as rádios comunitárias a transmitirem obras teatrais e musicais sem prévia autorização do seu autor. A legislação atual (Lei 9.610/98) proíbe o uso de obras teatrais, composições musicais ou lítero-musicais e fonogramas, em representações e execuções públicas sem prévia e expressa autorização do autor ou titular. O autor da proposta argumenta que a exceção aberta às rádios comunitárias se justifica porque essas rádios “exercem papel de vital importância em nosso País, notadamente no que tange à democratização das comunicações, proporcionando informação, cultura, entretenimento e lazer a pequenas comunidades”. Para Giovani Cherini, a cobrança do pagamento de direitos autorais dessas rádios “configura flagrante injustiça, e que pode até inviabilizar seu devido funcionamento”. Com informações da Agência Câmara. 

Baianos fazem protesto no Farol da Barra contra escolha de Feliciano

Dezenas de soteropolitanos se concentraram no Farol da Barra na tarde deste domingo (10) para protestar contra a escolha do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. O parlamentar e pastor Feliciano também vai enfrentar manifestações contrárias a sua permanência na presidência do colegiado em pelo menos 15 cidades brasileiras. Acusado de  homofobia e racismo, o deputado-pastor reclama de um fiel em vídeo gravado durante culto religioso. "Doou o cartão, mas não doou a senha, aí não vale. Depois vai pedir um milagre a Deus, e Deus não atende, vai falar que Deus é ruim", afirma Feliciano.

Morre no Rio de Janeiro a atriz Rosita Lopes

Morreu de falência múltipla dos órgãos na noite deste sábado (9), no Rio de Janeiro, a atriz Rosita Thomaz Lopes, que interpretou Letícia, na novela "Brilhante", e Úrsula Pelegrini, em "Pátria Minha". A atriz completaria 93 anos em junho e estava em seu apartamento na companhia de dois filhos. Rosita teve uma longa carreira no teatro e começou a atuar aos 40 anos de idade. Atual na companhia Tônia-Celi-Autran, criada pelos atores Tônia Carrero, Adolfo Celi e Paulo Autran. Na televisão, seu primeiro trabalho foi em "A Morte sem Espelho", de 1963. Viveu a personagem Odete na primeira versão de "Anjo Mau", e atuou em novelas como "Marron Glacê", "Guerra dos Sexos" e "Perigosas Peruas". Seu último trabalho foi em 1999, quando interpretou Fabíola na novela "Força de um Desejo", da Globo. Com informações da Folha. 
Um aplicativo que permite aos consumidores verificarem se os descontos anunciados pelo governo na conta de luz estão sendo aplicados corretamente está disponível na internet por iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), informa a Agência Brasil. O cálculo pode ser feito no site www.energiaaprecojusto.com.br. Para saber o percentual de redução, basta selecionar o estado e a distribuidora, o nível de tensão e o tipo de tarifa (residencial, baixa renda, rural). Também é preciso informar o consumo da unidade em quilowatts-hora. A ferramenta calcula automaticamente qual o percentual de desconto que foi aplicado, o valor atual da tarifa e quanto sairia sem a redução. Também informa o valor e o percentual dos impostos incididos na conta. Em janeiro deste ano, o governo federal anunciou uma redução na conta de luz dos brasileiros, em média de 18% para as residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e serviços.
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, as estatísticas oficiais mostram que, ao menos do ponto de vista da violência contra o sexo feminino, não há motivos para festejar. Em 70,19% dos casos da violência doméstica contra a mulher, o agressor é o companheiro ou o cônjuge da vítima. Quando se acrescenta os demais vínculos afetivos (ex-marido, namorado e ex-namorado), esse dado sobe para 89,17%. No Brasil, uma mulher é agredida a cada cinco minutos e, quase sempre, o crime acontece dentro da própria residência do casal. É o que revela a reportagem de capa do Correio Braziliense deste domingo (10). Em entrevista ao Bahia Notícias, a  superintendente de Políticas para as Mulheres de Salvador, Mônica Kalile, fala sobre um fenômeno que pode ser qualificado como duplamente covarde: o crescimento da violência contra a mulher idosa.
O vice-governador Otto Alencar (do PSD), um dos nomes que podem se impor como candidato ao governo do estado, no que pese a precipitação da Executiva petista ao indicar quatro nomes “pré-candidatos”, revela que, a princípio, “mirava o senado”. Observa-se que ele procura não criar conflito nem confrontos no agrupamento ao qual está integrado. Ser candidato ao Senado e  ao governo do estado é a mesma coisa nas eleições de 2014, com funções absolutamente diferentes, assim como influência e poder. São duas eleições majoritárias. Como se sabe, o Senado representa a federação (são três representantes por estado) e a eleição para a composição da Casa é alternativa. Em uma eleição (a que reelegeu Wagner, por exemplo) eram duas as vagas, para onde foram eleitos Lídice da Mata e Walter Pinheiro. Já na próxima, há apenas uma vaga. Expira o mandato de João Durval Carneiro no final de 14. A eleição ao Senado fica, então, exatamente igual a de governador. Assim posto, é claro, claríssimo, que ser candidato a governador e a senador, a possibilidade para a eleição para um cargo ou o outro são exatamente iguais.O que mais vale, então? Eleger-se para o Legislativo (Senado) ou comandar o Executivo baiano? A resposta é fácil até para Pedro Bó. Não é, Terta?

FRASES DA SEMANA


Cuida bem dela.
Ana Maria Braga mandou um recado para o ator Junno Andrade, namorado de Xuxa, durante entrevista com a rainha dos baixinhos.
Só o tempo amenizará.
Antônia Fontenelle , viúva de Marcos Paulo, sobre a ausência do marido, morto em novembro de 2011

Ipatinga (MG) recebe reforço para investigar morte de repórter

As polícias Civil e Militar em Ipatinga (220 km de Belo Horizonte) iniciaram um trabalho conjunto em busca dos suspeitos pelo assassinato do jornalista Rodrigo Neto de Faria, atingido por três tiros na madrugada de sexta-feira (9). Agentes da capital mineira foram deslocados para a cidade, onde passarão ao menos 15 dias para investigar o caso. O repórter de 38 anos fazia cobertura policial para a "Rádio Vanguarda" e o jornal "Vale do Aço" e, segundo o deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, havia denunciado à comissão o envolvimento de policiais em crimes conhecidos na região. Neste domingo (10), o delegado de Ipatinga Ricardo Cesari já contou com o apoio da Polícia Militar e de ao menos quatro agentes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Belo Horizonte para buscar informações sobre o caso. No total, 12 policiais civis fizeram diligências durante o dia. "A investigação está a cargo da Polícia Civil, mas as denúncias anônimas recebidas no telefone 181 também são informadas à Polícia Militar. Hoje, este caso é uma prioridade", disse Cesari. Segundo ele, nenhuma hipótese sobre o crime foi descartada, mas a principal linha é a de que tenha relação com a atividade profissional de Faria. A Polícia Civil já tem alguns suspeitos. Na última quinta-feira (7), Faria saiu do jornal por volta das 21h e foi a uma lanchonete que costumava frequentar, segundo o editor-chefe do "Vale do Aço", Luiz Carlos Kadyll. Testemunhas contaram à polícia que, depois da meia-noite, quando o jornalista entrava no carro para ir embora, homens em uma moto passaram pelo local e dispararam contra ele. Não houve anúncio de assalto, e os bens --notebook, máquina fotográfica, celular e carteira-- foram deixados no local.

Botafogo vence Vasco, conquista 7ª Taça Guanabara e mantém longo jejum do rival

O Botafogo levou a melhor mais uma vez em uma decisão contra o Vasco. Neste domingo, o Alvinegro de General Severiano venceu por 1 a 0 e conquistou a sua 7ª Taça Guanabara. O lateral direito Lucas marcou o gol do título em partida disputada no Engenhão. Com o resultado, o Cruzmaltino segue sem triunfar em um turno no Rio de Janeiro há nove anos. Nas últimas dez finais entre os adversários, o clube da Estrela Solitária venceu nove e está antecipadamente garantido na finalíssima do Estadual. Se também conquistar a Taça Rio, o time do técnico Oswaldo de Oliveira será campeão carioca sem a necessidade de uma decisão. Dono da vantagem do empate, o Vasco iniciou a partida adotando forte marcação e buscando sair nos contra-ataques. Por sua vez, o Botafogo tentava agredir a meta adversária com frequência. A primeira chance clara foi cruzmaltina. Aos 9min, Carlos Alberto recebeu cruzamento na área pela esquerda, mas finalizou do lado de fora da rede de Jefferson. A equipe de General Severiano respondeu com falta cobrada aos 15min por Lodeiro. Alessandro fez boa defesa. O forte calor na Cidade Maravilhosa não impediu um clássico disputado e bastante corrido. A preocupação vascaína com Seedorf era clara, enquanto o Botafogo tentava neutralizar Carlos Alberto e Bernardo. O Gigante da Colina tinha dificuldades para trocar passes em sequência. Com isso, o Alvinegro voltou melhor após a parada técnica. Tanto que teve boa oportunidade aos 35min. Fellype Gabriel recebeu passe na área do Vasco e finalizou por cima do gol de Alessandro. A primeira etapa terminou com o Botafogo pressionando. Aos 46min, Seedorf cobrou falta para mais uma defesa de Alessandro. Os times foram para o vestiário com a festa das torcidas nas arquibancadas. O padrão não mudou no início do segundo tempo. Precisando vencer, o Alvinegro se atirou ainda mais ao ataque. Aos 19min, Seedorf cruzou com perigo da ponta esquerda. A bola bateu em Thiago Feltri e passou com rente à trave esquerda de Alessandro. O Cruzmaltino respondeu aos 30min. Carlos Alberto tentou voleio no canto esquerdo de Jefferson. O goleiro evitou o gol. Mas aos 34min, o Botafogo conseguiu marcar o gol do título. Após jogada pela esquerda, Bolívar recebeu cruzamento na área e tocou para Lucas. O lateral chegou na entrada da defesa vascaína e mandou firme no fundo do gol de Alessandro. O Vasco ainda marcou aos 37min, mas o gol foi anulado pela arbitragem em razão de impedimento. Não deu tempo para mais nada. Festa Alvinegra e decepção vascaína no Engenhão.

17% dos homens se queixaram de disfunção erétil


Além de todas as consequências negativas que a alteração na quantidade e na qualidade de sono pode causa, o desempenho sexual também pode ser afetado. A pesquisadora Monica Andersen, do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), tem um estudo muito interessante que relaciona esses dois aspectos – sono e sexo. Um projeto realizado com animais apontou que ratos privados de sono, da fase REM (período dos sonhos) pontualmente, apresentaram uma excitação sexual maior. Porém, apesar do desejo aumentado, foram incapazes de realizar o ato sexual com as fêmeas, não conseguindo ter a função erétil adequada.
Em 2007 foi realizado um importante levantamento epidemiológico, denominado de Episono, com 1.042 voluntários, da cidade de São Paulo. Nesse estudo, 17% dos homens se queixaram de disfunção erétil. Nos jovens entre 20 e 29 anos, apenas 7% citaram essa alteração. Na faixa etária acima dos 60 anos, quando os homens também costumam apresentar distúrbios do sono, esse número aumentou para 63%. Quem passa menos tempo na fase REM do sono apresenta chance maior de apresentar esse problema. Os homens que despertam muitas vezes ao longo da noite são os que mais se queixam desse problema. Essas duas alterações ocorrem frequentemente em pessoas que sofrem de apnéia obstrutiva do sono. No caso do Episono, 32,9 dos voluntários apresentaram diagnóstico positivo para esse distúrbio do sono.
Em resumo, os homens que têm uma boa noite de sono, sem queixas, têm pequenas chances de desenvolver problemas relacionados ao desempenho sexual, porém aqueles que não possuem um bom padrão de sono, têm o risco triplicado. Mas calma que para aqueles que não dormem bem, ainda tem uma boa notícia: atividade física tem se mostrado um importante aliado contra a disfunção erétil. Resumindo, para se garantir um bom desempenho sexual é imprescindível dormir bem e praticar atividade física regularmente.

A obesidade infantil é um problema de saúde pública. Crianças obesas ou com sobrepeso podem ser vistas em todos os continentes, o problema é considerado uma pandemia. Crianças tomando cada vez mais cedo medicamentos que antes só eram prescritos a adultos ou idosos.  De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado. Os resultados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. A pesquisa mostra de maneira clara como o sobrepeso e obesidade aumentaram nas últimas décadas em meninas e meninos brasileiros conforme ilustração no gráfico abaixo.
Pela gravidade do problema, políticas públicas tornam-se necessárias nessa luta.  Mas, enquanto aguardamos auxilio governamental, cabe aos pais mais do que nunca cuidar do que as crianças comem. A dieta deve fornecer energia e proteínas em quantidades adequadas para garantir o crescimento e desenvolvimento, sem oferecer quantidade exagerada de gordura. O importante é evitar os fatores de risco para  essas doenças crônicas.
Para a criança em idade pré-escolar, a família é a influência primária no desenvolvimento dos hábitos alimentares. As atitudes alimentares dos pais e irmãos mais velhos são a referência para os menores. Assim, é responsabilidade dos pais selecionar e oferecer alimentos nutricionalmente completos para o devido desenvolvimento da criança.
Algumas orientações para ajudar a diminuir a prevalência da obesidade infantil:
- O cardápio da criança em idade escolar deve incluir cinco a seis refeições diárias, incluindo o café da manhã, o lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite. As crianças precisam de horários certos para a alimentação, o que  ajuda na criação dos hábitos saudáveis para a vida. A alimentação deverá garantir a nutrição adequada para o desenvolvimento e crescimento, considerando também a atividade física (tipo e frequência).
- Deve-se encorajar o consumo de arroz e feijão e também cereais integrais, laticínios, legumes, verduras, frutas, carnes magras, frango, ovos e peixe. A alimentação deve ser concentrada em nutrientes.
- O ambiente ao redor da mesa, deve ser positivo, livre de repressão e agitação.
- Deve-se evitar substituir uma refeição completa por lanches.
- O consumo de frutas deve ser diário, no mínimo 3 frutas ao dia.
- Verduras e legumes devem estar no prato no almoço e jantar.
- Deve-se encorajar o consumo de peixes marinhos pelo menos 2 vezes na semana.
- Os lanches na escola devem ser nutritivos com frutas (frescas,  secas ou desidratadas), suco de frutas, água de coco, pães, queijos, sanduíches saudáveis, biscoitos e bolo simples.
- Evitar bolachas recheadas, refrigerantes, salgadinhos, doces, balas, pois podem interferir negativamente no apetite para as refeições completas. Torna-se necessário que os pais expliquem que o consumo exagerado desses alimentos podem prejudicar a saúde.
- Evitar refrigerantes do tipo cola, que são ricos em sódio, resultando em aumento da sede e do consumo do refrigerante, que é antinutricional.
- O peso deverá ser controlado pelo equilíbrio da ingestão alimentar e do gasto energético, através da prática de alguma atividade física regular.
- Atividade física ao ar livre deve ser estimulada em família: bicicleta, andar no parque, pular corda, jogar futebol, peteca.
- Os pais devem estipular limites de tempo para computador, TV, controlando assim o tempo de sedentarismo.
A boa notícia é que o risco das doenças crônicas não transmissíveis como a obesidade pode ser modificado com a melhora do estilo de vida e a inclusão de hábitos alimentares saudáveis.
Crianças aprendem por imitação, os pais devem servir de modelo, fazer as refeições à mesa para dessa forma estimular o consumo da alimentação equilibrada.
O combate à obesidade infantil  é um dever de todos.FONTE:VEJA

Goleiro Bruno: um exemplo para a rapaziada do futebol


Henry Castro não comete infração de trânsito. Ao entrar no carro, o promotor de Justiça de 35 anos verifica se todos os passageiros estão com cinto de segurança, inclusive os do banco de trás. Não faz retorno em local proibido. Na direção, só atende ao celular em um caso: quando a mulher é quem chama. "Eu preciso cuidar dela, uai!". O potiguar se sente em casa em Minas Gerais, onde vive há nove anos. Henry é um perna-de-pau com a bola nos pés, desde os tempos do recreio nas escolas de Natal. Já nos campos da Justiça, o aluno, sempre número 1 da turma, acumula vitórias. A mais notória delas foi conquistada no caso sobre a morte de Eliza Samudio. Um dia depois do júri que sentenciou o goleiro Bruno Fernandes a 22 anos e três meses de prisão, o promotor exibia satisfação com a condenação. Para Henry, o resultado é mais um elemento relevante para condenar Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, como executor de Eliza, no julgamento que começará em 22 de abril. Ele acredita que um dos grandes mistérios desse caso, no entanto, jamais será desvendado: "Não tem corpo para entregar. Ele foi destruído. Eu me surpreenderia enormemente se houvesse um corpo a ser entregue". Nos últimos meses, dedicou-se a destrinchar as 17.000 páginas do processo de maior repercussão da sua curta e prodigiosa carreira. Ainda assim, encontrou tempo para fazer aulas de tênis, estudar italiano e francês e cultivar seu apreço pela astrologia e a numerologia. Na tarde desta sexta-feira, Henry Castro falou com exclusividade ao site de VEJA:
Como a condenação do Bruno pode servir de exemplo para a sociedade?
Pedagogicamente, a condenação do Bruno demonstra que alguém que alcança projeção e acesso a bens não está blindado perante a Justiça. Bruno manipulou todos os recursos humanos e financeiros não só para a execução do crime, como também para se blindar. Mas essas blindagens costumam ser frágeis e passíveis de fissuras. Dinheiro, influência e poder não asseguram que o estado e a sociedade transijam com o crime. Dinheiro não garante a irresponsabilidade de ninguém. Por isso, a condenação do ex-goleiro foi um exemplo para os jogadores, para a rapaziada toda do futebol.
Mas com dinheiro é possível contratar os melhores advogados.A contratação de bons advogados não é e nem deveria ser um facilitador para um criminoso. Neste caso, não foi. Não foi relevante a contratação de profissionais caros e o manejo de testemunhas mentirosas. Nem mesmo a torcida que a sociedade tinha, mais ou menos velada, para que o Bruno fosse inocente.
O senhor acha que as pessoas torciam pelo ídolo Bruno?A sociedade torcia pela sua inocência, e não pela sua absolvição. São coisas bem diferentes. As pessoas queriam que ele fosse inocente, afinal, era uma história escabrosa protagonizada por um ídolo que saiu da miséria para o estrelato esportivo. Seria mais confortável para o inconsciente coletivo a história do Macarrão ciumento, talvez homossexual, que queria eliminar um incômodo ou uma rival.

Quando a sociedade parou de torcer por ele?Quando o Macarrão falou. Ali começou a haver uma inversão dessa torcida. Comecei a perceber isso nas ruas, mas principalmente nos comentários que as pessoas publicam nas matérias da internet. Leio os comentários todos. Porque ali é coisa de cidadão, de jurado em potencial. Ele é meu jurado de amanhã e peguei muitas dicas ali. Uma coisa é o comentário do jornalista, outra é o cidadão que está opinando ali. O júri é popular, coisa que a defesa esquece.

Só neste momento?E agora, quando o Bruno falou. Ele não disse que mandou, nem que pediu. Mas quando falou que imaginava, que sabia, que aceitou e beneficiou-se, acabou de uma vez por todas. Sepultou qualquer empatia entre ele e a sociedade. Claro que tem os cegos, mas no geral, agora, a empatia está rompida em definitivo.

Ele esteve confuso e, segundo o senhor, mentiu em determinados momentos do interrogatório. Qual foi a pior das frases dele?
Para mim, quando ele admitiu que aceitou. É pior do que falar que se beneficiou, já que qualquer pessoa pode beneficiar-se sem aceitar aquele fato.

O Bruno foi condenado a 22 anos e três meses. Por causa da progressão de regime, deve ir para a rua em 2017. Nas redes sociais, as pessoas têm falado que a pena foi baixa. O senhor concorda?

Exatamente. A frustração está conectada diretamente. Partiu-se da torcida pela inocência para o inconformismo com a pena. Não foi uma pena, foi uma pluma, uma penugem. Segunda-feira, inclusive, vou apresentar o recurso. A pena deveria tangenciar trinta anos. É extremamente razoável a frustração da população.
O senhor acha que o Bruno queria matar o próprio filho?
Entendo que sim. Mas o Bola não quis. Temos que entender que o Bola é psicopata, mas o Bruno é perverso. Existe uma diferença entre eles. O psicopata é consciente nas consequências dos seus atos. Ele é mais requintado, mais elaborado, deixa menos rabo para trás. É o Bola! O perverso é ejaculatório, descontrolado, sabe? Ele sai fazendo porque ele dita, mas é também um trapalhão inconsequente. O perverso é uma força da natureza. Ele quer, ele é desejo. É o Bruno, a bruta flor do querer, como na música do Caetano Veloso.

Por isso nunca foi encontrado o corpo?
Exatamente. O psicopata tem rito, e o Bola é um psicopata.

Quem planejou tudo?
O Bruno desejou e deu comando, tipo 'faça-se a luz'. E quem planejou mesmo foi o Macarrão e o Zezé (José Lauriano de Assis Filho, policial civil aposentado). O Bola executou.

E quando o senhor vai denunciar o Zezé?
Não vou falar sobre isso ainda. O fato é que não existe mandado de prisão algum.

Os dois pilares da defesa do Bola, que será julgado no próximo dia 22 de abril, são, primeiro, o de não existir corpo. Em segundo, o de não ter sido encontrado sangue dentro da casa dele em Vespasiano, onde Eliza teria sido morta por asfixia e teve a mão cortada e dada aos cachorros...
Certo. E também não havia sangue nem da carne com a qual normalmente se alimenta um cachorro. Não é interessante? A casa caiu para eles muito antes de a polícia chegar àquele endereço, quando a criança foi resgatada, ou seja, na noite do dia 25 de junho. A polícia só esteve na casa do Bola no dia 7 de julho, e o crime foi praticado em 10 de junho, houve esse hiato de quase um mês. Não se achou sangue nenhum. Absolutamente nenhum.

O depoimento do Bruno é relevante para a condenação do Bola?
Em primeiro lugar, o júri entendeu que o Bruno foi o mandante. E ele afirma que eles contrataram o Bola para matar a Eliza. O Macarrão foi o intermediário. Macarrão que, por sua vez, disse que o homem para quem ele entregou a Eliza é o mesmo que tinha as tais 'conversas sinistras' com o Bruno. Ele diz: 'Ele ligava para o meu celular pedindo para falar com o Bruno'. A condenação do Bruno foi terrível para o Bola. O bom moço dessa história foi condenado.

Mas o Bruno fala que foi o Macarrão quem contratou o Bola.

Quem confessa, confessa sempre ao seu modo, sempre atenuando a própria responsabilidade. E para isso é preciso agravar a responsabilidade do outro. Agora eu tenho o mandante, o Bruno, o intermediário, o Macarrão, e falta o assassino.

Você vai levá-los ao Tribunal do Júri para o julgamento do Bola?
Não tem nenhuma chance de eu dar conversa pra esses caras. São bandidos! Já chega o que eles disseram, não quero saber de mais nada vindo deles. Macarrão, na situação em que está hoje, por qualquer 5.000 reais ele fala o que mandarem.

O senhor conta com a possibilidade de achar o corpo?
Não tem corpo para entregar. Esse corpo foi destruído. Psicopata tem uma metodologia. Ele destruiu os corpos como fez em casos anteriores. Eu me surpreenderia enormemente se houvesse um corpo a ser entregue.

Então o senhor acha que não será possível o sepultamento que a mãe de Eliza quer?

Infelizmente, não.

Houve algum acordo para beneficiar o Macarrão e a Dayanne, que acabou absolvida?
Não houve. A Dayanne foi presa, denunciada e processada por responsabilidade, ou irresponsabilidade dela e do ex-marido dela, que se blindaram com mentiras. Provavelmente não teria ficado quatro meses presa se tivesse dito a verdade desde o início. Se falasse que fez constrangida pelo Zezé lá atrás...Mas ela colheu o fruto da mentira dela.

Mas o senhor acredita na absolvição dela?
Acredito. Pedi a absolvição e foi dada da maneira que eu pedi. A autoria do sequestro foi reconhecida. Foi perguntado se a criança Bruno Samudio foi sequestrada. Sim! A ré Dayanne concorreu para este crime? Sim. Aí depois o jurado absolve a ré, no quesito que pedi.

E com Macarrão, houve acordo?
O Macarrão fez uma confissão parcial e a doutora sobrevalorizou a confissão dele, reduzindo em oito anos a pena, sim. Mas não recorri (12 anos por homicídio triplamente qualificado) por uma questão estratégica, que todo mundo descobriu semanas depois. Para eu pedir o registro de óbito de Eliza, tinha que ter a condenação do Macarrão transitada em julgado. Não foi acordo. Foi estratégia de atuação no processo para ter o atestado de óbito de que ela foi morta na Rua Araruama, 173, bairro Santa Clara, Vespasiano. O atestado diz que ela morreu por asfixia na casa do Bola! É o endereço da morte, baseado na decisão do júri. E agora o júri do Bruno reconheceu de novo.

E como ficou a situação do Bola?
(Garagalhadas). Isso veremos dia 22 de abril...

No Tribunal de Júri há algumas trocas de ofensas entre acusação e defesa. O senhor guarda alguma coisa pessoal?

Nunca. Não me incomodo, porque eu sou atacado, mas bato também. Não faço ataques pessoais. Se chamo de mentiroso, mostro a mentira.
Chamar o Lúcio Adolfo (advogado de Bruno, baixinho e gordinho) de tamborete de forró é um pouco pessoal.
Ele ficou magoado, né? (risos) Tamborete é o apoio que serve para o cara que toca o triângulo ou a sanfona num forró. Que fica dando o equilíbrio do pé de quem está tocando, em cima.
E o apoio é para quem? Para o Ércio (Quaresma, advogado do ex-policial Bola)?
Eles se traíram (Henry Castro gargalha).
O Bruno chorou durante o depoimento, mas não chorou na sentença. O senhor acreditou nas lágrimas dele?Foi falso. Foram lágrimas de crocodilo. Ele tentou se fazer de coitado para comover o júri. Na leitura da sentença, já sabendo que o jogo estava perdido, Bruno resgatou sua postura pedante e sequer fingiu um novo choro.
O senhor foi muito elogiado pela sua sustentação oral, com frases de efeito. O senhor tinha um roteiro preparado?Não. Todo nordestino é repentista (gargalhadas).FONTE:VEJA

O quebra-cabeça dos palanques estaduais para 2014

O debate sobre a eleição presidencial de 2014 começou cedo. Quatro potenciais candidatos já iniciaram suas articulações de olho na disputa do próximo ano: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (sem partido). A possibilidade do fim da polarização entre PT e PSDB, aliada à fama de bom articulador do pré-candidato tucano Aécio Neves e à crescente influência de Eduardo Campos, deu ainda mais relevância à montagem dos palanques estaduais. Em cada unidade da federação, as forças em jogo têm um quebra-cabeça para resolver. E já surgiram os primeiros problemas, especialmente na ampla base de Dilma. Hoje, o PSDB governa oito estados; PSB, seis; PMDB, cinco; e o PT, quatro, além do Distrito Federal. A desordem do quadro partidário brasileiro se evidencia nos cenários estaduais. Não são poucos os exemplos de siglas adversárias no plano local e aliadas em âmbito nacional - ou vice-versa. O quadro de 2014 apresenta desafios distintos para as diferentes forças em jogo. Na candidatura petista, o problema é a possível cisão em alguns estados onde há mais de um pré-candidato na base de apoio de Dilma. Sem a máquina federal nas mãos, os tucanos podem perder alianças tradicionais nos estados. Enquanto isso, o PSB admite a dificuldade de construir palanques em todos as regiões do país. Para a "Rede" de Marina Silva, que poderá se configurar como a principal novidade partidária em 2014, o caminho deve ser a independência. O palanque estadual é importante porque permite ao candidato presidencial andar lado a lado com lideranças locais que podem lhe render votos - por serem mais próximos do eleitor, esses políticos regionais muitas vezes atuam como fiadores do candidato nacional. Dentro da heterodoxa base da presidente Dilma, os entraves para a montagem dos palanques são mais evidentes. Os maiores dizem respeito ao PMDB, o partido do vice-presidente, Michel Temer. O presidente da sigla, senador Valdir Raupp, cita os estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul como os principais problemas para a unificação das candidaturas na base. "Estamos conversando, tenho certeza de que vamos chegar a um acerto", diz Raupp.FONTE:FOLHA

Bilhete de Cotia leva R$ 16,1 milhões na Mega-Sena 3

Um apostador de Cotia (SP) acertou as seis dezenas do concurso 1.475 da Mega-Sena, realizado neste sábado (9), em Cuiabá (MT), e vai levar sozinho um prêmio de R$ 16,1 milhões. Os números sorteados foram: 12 - 13 - 37 - 44 - 48 - 51. De acordo com a Caixa, 111 bilhetes acertaram a quina e vão levar um prêmio de R$ 20.277,36 cada um. Outros 9.065 apostadores fizeram a quadra e receberão R$ 354,70 cada. A estimativa de prêmio para o próximo concurso, que será realizado na quarta-feira (13), é de R$ 3 milhões, informou a Caixa. Nos sorteios da Mega-Sena, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica da Caixa. O valor da aposta mínima, com seis números, é de R$ 2.

Mais rígida, Lei Seca ainda enfrenta resistência de motoristas em SP

"Vou fazer o teste [do bafômetro], não vou dar trabalho. Tem banheiro aqui? Como o senhor se chama?", pergunta o motorista de uma caminhonete S10, visivelmente bêbado, a um policial militar. "Não adianta ficar me enrolando", rebate o PM, em uma blitz na Barra Funda, zona oeste, na madrugada do dia 24 de fevereiro. "Jamais vou atropelar você. Tomei um licor, estou ciente. Mas calma." Mais de dois meses após a nova Lei Seca entrar em vigor, motoristas ainda bebem e dirigem em São Paulo. Entre os dias 21 e 24 de fevereiro, a sãopaulo acompanhou nove blitze para conferir a quantas anda o cumprimento da lei. Em toda a capital, por noite, uma única equipe da Polícia Militar organiza de três a quatro bloqueios em rotas de bares e restaurantes, normalmente em bairros do centro ou próximos a esses. Iniciam-se por volta das 22h e encerram-se às 4h. Ao todo, no período acompanhado pela reportagem, foram multados por embriaguez 34 dos 507 motoristas que sopraram no bafômetro, uma taxa de 7%. "Agora, não tem volta: ou essa lei pega ou pega", afirma o deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP), autor do substitutivo que tornou a legislação mais rigorosa. Até dezembro, a lei federal, de 2008, não havia "pegado" na cidade. E, para que isso ocorra, é consenso que será necessário a combinação de fiscalização, campanhas, mudança de hábitos e mais transporte público. Tudo de forma contínua. Por enquanto, o que se ouve nas ruas são promessas, lamentos e tentativas de despistar. "É a comemoração do meu aniversário, não dá desconto?", questionava, em tom de brincadeira, um motorista cujo teste deu positivo. Ele foi parado na Vila Olímpia, zona oeste, às 22h09 do dia 21. Às 23h43, numa segunda blitz no mesmo bairro, outro motorista admitia ter bebido a caminho de uma festa. "Foi um vacilo, ingeri uma dose de uísque", lamentava-se. O motorista ligou para um amigo e pediu que o buscasse no local --a lei permite a entrega do carro só para outro condutor sóbrio. O amigo apareceu e assumiu o volante. Saíram. Porém, no quarteirão seguinte, a poucos metros da polícia, trocaram de lugar. O motorista multado voltou a dirigir, e o amigo seguiu em outro veículo. Na avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, na zona oeste, à 1h14, a manobra de outro motorista não funcionou. Ao ver a blitz, ele engatou a ré e tentou escapar. Foi perseguido e escoltado até o ponto da operação. "Errei o caminho", anunciou ao sair do carro. Além de ter consumido três latas de cerveja, sua habilitação estava vencida. "Desculpe aí, gente, eu estava numa festinha ali." No dia seguinte, a avenida Zaki Narchi, no Carandiru, zona norte, recebeu a primeira blitz da noite. Às 23h37, um motorista ignorou a ordem para parar. Acabou cercado. "Juro por Deus que não vi [a ordem]", dizia, ao tentar se desculpar. Para os policiais, ele não havia freado de tão alcoolizado que estava. O bafômetro indicou 0.56 mg/L, o suficiente para ser preso. Mais tarde, na avenida Engenheiro Caetano Álvares, também na zona norte, outro motorista teve como destino a delegacia, agora por se recusar a soprar no bafômetro. "Acabei de sair da balada. Não vou negar que bebi. Não sou mentiroso", justificava-se, em voz alta, para o amigo que o acompanhava. "O bagulho [álcool] demora oito horas para sair do sangue. Se bebi às 18h, vou ser pego", estimava. Depois de discutir com o policial, ele aceitou entrar no veículo da PM e seguiu para o DP. Restou ao amigo ir para casa caminhando --a polícia não se responsabiliza pelo transporte dos passageiros. No sábado, na Vila Buarque, no centro, uma motorista recorreu a um mito sobre o bafômetro para questionar os policiais. "Falei que tava tomando xarope, moço. Isso pega até licor de bombom." Antes, afirmara que era asmática e, portanto, faltaria fôlego para soprar. Diante da insistência dos policiais, fez o teste. Resultado? Positivo. Ilustrações Raul Aguiar COMPORTAMENTO: O que se vê nas blitze decorre, em parte, da resistência de motoristas a abandonar o hábito de beber e, em seguida, dirigir. "Vou à casa do meu sogro, tomo uma cerveja ou uma taça de vinho e retorno dirigindo", admite o farmacêutico Abud Gaspar, 30. "Parece que não caiu a ficha." A mulher dele, Renata Gaspar, 33, atribui à lei o "impasse" provocado no jantar em que comemoravam dez meses de casamento, no mês passado. "Não podia brindar com vinho", queixa-se. O casal passou a reunir os amigos em casa, na Aclimação, a fim de evitar cair numa blitz. Lilian Casertani, 30, e o marido, Fabrício, 36, adotaram um rodízio. Se optam por beber longe de Santana, na zona norte, onde moram, um dos dois se abstém do álcool. "Mas a gente arrisca de vez em quando", revela ele. Quando não estão dispostos a correr riscos, escolhem um bar perto de casa. A estratégia assemelha-se à do casal Abelardo Silva, 52, e Olga Alves, 55. Na noite do último dia 1º, voltaram da Bela Vista, no centro, para um bar perto da casa deles, no Tatuapé, zona leste. "Lá, era local de uma possível blitz. Aqui, a possibilidade é muito pequena", disse Abelardo. "Não é esse rigor que vai resolver. Quem causa acidente é quem bebeu bastante." As pessoas reagem de forma diferente ao álcool. Não se pode, entretanto, "fazer uma lei para cada pessoa", diz Alice Chasin, representante no país da Associação Internacional de Toxicologistas Forenses. "Há pessoas que metabolizam o álcool mais lentamente que outras. Por isso, o indicado é que [a tolerância] seja zero." No Brasil, é proibido beber e dirigir desde 1997. Desde então, a lei sofre alterações. Hoje, aparece entre as mais rigorosas do mundo. A última mudança, continua Alice, pode retomar o efeito gerado pela legislação anterior, de 2008. "No começo, as dosagens de álcool de pessoas envolvidas em acidentes diminuiu. Depois, voltou a subir." A lei de 2008 estabelecia o limite de até 0.1 mg/L de álcool por litro de ar alveolar, permitindo a ingestão de alguma quantidade de bebida --não é possível estimar um número mínimo de doses porque cada organismo reage de um jeito. Definia, ainda, como provas para a comprovação do crime de embriaguez, acima de 0.34 mg/L, o bafômetro e o exame de sangue. Com isso, na prática, o motorista que bebera a mais se recusava a se submeter aos testes. Assim, arcava com a multa e recorria à Justiça para escapar da prisão. O peso de outras provas, como o relato policial, dependia de juiz para juiz. "Cheguei a ver decisões que desprezavam o bafômetro", afirma o promotor Tomás Ramadan, do Ministério Público paulista. Motoristas, por sua vez, criaram estratégias para driblar a fiscalização. "Eu só pegava o carro para ir embora depois das 5h", revela o auxiliar Fernando Henrique Domingues, 25. "Saía de alguma festa e olhava na internet para ver se tinha blitz", conta a executiva de contas Andrea Accyoli, 36. Há contas no Twitter e aplicativo para smartphone que centralizam, em tempo real, alertas de usuários sobre a localização de blitze. TOLERÂNCIA ZERO Sancionada em dezembro, a nova lei "dispõe de todos os instrumentos para pôr a casa em ordem", segundo o desembargador Damião Cogan, presidente da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça paulista. "Ficou claro que qualquer quantidade [de álcool] gera infração administrativa, o que acho bastante razoável." No fim do ano, o juiz Fábio Munhoz Soares, da 17ª Vara Criminal, notou um aumento no número de prisões por embriaguez ao volante, provável resultado das blitze. "A lei só surtirá eficácia se as operações se tornarem uma constante. Tem de haver sempre, senão cairá naquela mesmice." A "mesmice" era a sensação de que as blitze haviam sumido. "A fiscalização [em São Paulo] não era um programa", diz o deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ), autor da lei de 2008. Ele cita como modelo a fiscalização adotada no Rio de Janeiro, onde foi criado em 2009 um programa com campanhas educativas e fiscalização. Hoje, são 250 agentes, divididos em 14 equipes. Em São Paulo, as operações são executadas por PMs toda noite --a corporação não informou quantos agentes fazem blitze. Mas, conforme surgem casos que devem ir para a delegacia, PMs (dois por motorista) saem do local. Como não há reposição, o poder de fiscalização é reduzido. Procurada, a PM não informou se considera o total de blitze suficiente e os resultados desde dezembro. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) promete iniciar ações integradas, já testadas. Nelas, PMs atuam com o Detran e as polícias Civil e Técnico-Científica. "Devemos fazer no meio do mês, num fim de semana, na capital, e no restante do Estado até o fim deste mês", diz Daniel Annenberg, diretor-presidente do Detran paulista. Há cobrança por fiscalização mais efetiva e por ações educativas e opções de transporte público. "Um tema como esse envolve campanhas publicitárias, pedagogia e palestras em escolas", defende Francisco Fonseca, professor de ciência política da FGV (Fundação Getulio Vargas). "Que as autoridades cumpram sua obrigação de baratear o táxi, fazer o metrô funcionar a noite toda e pôr segurança na rua", afirma Percival Maricato, diretor jurídico da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Sem citar valores, ele afirma que o setor teve uma "terrível queda de faturamento" neste ano. A Secretaria Municipal de Transportes diz que está estudando a melhor forma de operar o "Táxi Amigão", de 2009, que reduzia em 30% a tarifa de táxis no período das 20h às 6h. Sobre a circulação de mais ônibus na madrugada, a pasta diz que a população pode sugerir alterações --hoje, 98 linhas operam no período, o equivalente a 7% das 1.350. Que a lei é rigorosa é fato, mas, para funcionar, ela precisa de ajuda.

Componente do vinho previne envelhecimento, prova pesquisa de Harvard Comente

Um novo estudo da Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, reuniu provas definitivas que um composto do vinho tinto ativa uma proteína no corpo humano responsável por promover a longevidade. A má notícia é que seriam precisos cem copos para chegar às melhoras obtidas pelas cobaias. A pesquisa indica, ainda, que uma nova geração de fármacos com propriedades semelhantes às da bebida alcoólica poderá ser usada para tratar e prevenir doenças relacionadas ao envelhecimento humano. Esse grupo de drogas, por enquanto, está em testes clínicos. David Sinclair, coautor do artigo publicado na revista Science, afirma que mais pesquisadores devem investir no estudo de proteínas como a SIRT1, só que sintéticas, já que a bebida está longe de ser a fonte ideal da juventude. "O vinho tinto tem poucos miligramas do resveratrol, bem abaixo dos níveis dados aos ratos durante os testes pré-clínicos. É preciso beber, ao menos, cem copos para chegar ao mesmo nível que ajudou a melhorar a saúde das cobaias; é a razão principal para investir em drogas sintéticas e poderosas." O grupo desvendou o mecanismo molecular de interação do resveratrol – um composto natural encontrado na casca das uvas, assim como no amendoim e nas frutas vermelhas – e a SIRT1, proteína que "recarrega" as baterias do corpo ao acelerar as mitocôndrias, organelas que produzem os radicais livres (moléculas instáveis que atacam as proteínas do DNA dentro do nosso corpo). "Nós descobrimos um aminoácido na SIRT1 que media essa ativação da proteína com outras moléculas pequenas, tanto no laboratório, quanto nos organismos vivos", explica Sinclair. "Esse aminoácido foi usado por todos os compostos testados – 118 ao todo, incluindo o resveratrol – para ligar a SIRT1." Fim da polêmica Desde 2006, alguns estudos científicos passaram a suspeitar da eficácia do composto do vinho tinto no combate ao envelhecimento, sugerindo que a ativação da SIRT1 acontecia artificialmente – ou seja, a reação não ocorria normalmente dentro do nosso organismo e poderia ser induzida só em laboratório. As dúvidas surgiram, diz o pesquisador, quando moléculas sintéticas e fluorescentes foram usadas para evidenciar esse processo in vitro – elas indicavam o trajeto das proteínas, por exemplo. Mas quando elas eram retiradas, a SIRT1 não "ligava" mais e os estudos cravaram que a ativação era casual. Para por fim à polêmica, o grupo de Sinclair resolveu estudar o efeito dessas moléculas sintéticas no corpo e descobriu que elas simulavam a ação de um grupo de aminoácidos e atrapalhavam o funcionamento da SIRT1 – ela só voltava a funcionar, quando o resveratrol substituía as moléculas fluorescentes.FONTE:UOL