terça-feira, 25 de junho de 2013
Barbosa diz que país vive crise de legitimidade e nega intenção de se candidatar
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse nesta terça-feira (25), após reunião com a presidente Dilma Rousseff, que o país vive uma crise de legitimidade. O comentário foi feito em relação à onda de protestos que ocorre no país desde o início do mês.
"Num momento de crise como o atual, a propositura de reformas via emenda constitucional seria viável? Nós temos uma crise de legitimidade. Precisamos de medidas que mitiguem e suprimam essa crise de legitimidade", declarou.
Questionado sobre pesquisa do instituto Datafolha feita entre manifestantes de São Paulo, em que ele foi apontado como o candidato com a maior intenção de votos, Barbosa negou intenção de se candidatar a presidente. "Me sinto lisonjeado [pela pesquisa], apesar de nunca ter sido político. É excelente para a minha vida pessoal, para meu histórico. Aquilo [intenções de voto] são manifestações espontâneas, de poucas camadas da população brasileira", declarou em coletiva de imprensa no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o qual também preside.
De acordo com o instituto, Barbosa, que não é filiado a nenhum partido político, foi mencionado por 30% dos entrevistados, contra 22% da ex-senadora Marina Silva, que tenta montar a Rede Sustentabilidade para concorrer ao Planalto em 2014. Dilma (PT) aparece em terceiro na lista, com 10% das menções.
O ministro evitou comentar a proposta da presidente Dilma de fazer um plebiscito que autorizaria uma Constituinte sobre a reforma política. "Já houve corrigenda [do pronunciamento]. Cheguei [à reunião com Dilma] mais para dizer minha opinião pessoal do que para discutir as medidas concretas... nem sei se foram concretas... Anunciou algumas medidas pontuais", limitou-se a dizer.
Renan diz que apoia plebiscito de Dilma e sugere mais 2 pactos
O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (25), em pronunciamento na Mesa do Senado, que apoia o plebiscito sobre a reforma política proposta pela presidente Dilma Rousseff.
"Iremos ajudar ativamente a implementar os pactos propostos pela presidente Dilma Rousseff à nação. Vamos cooperar e nos comportaremos como facilitadores da mudança." Segundo ele, talvez a presidente Dilma Rousseff não tenha "tido tempo" de consultar os parlamentares sobre seu projeto de reforma política, sugerido ontem em forma de plebiscito que autorizaria uma Assembleia Constituinte sobre o assunto.
Renan disse ainda que o Congresso sugere "humildemente" mais dois itens ao pacto proposto por Dilma ontem. Segundo Renan, os dois novos itens, que devem se somar aos cinco da presidente, são os pactos pela segurança pública e o pacto federativo.
Sobre o pacto de segurança pública, Renan fez propostas como destinar recursos da União para investimento maciço em segurança pública e apreciar um projeto de crime contra a vida que já está em tramitação no Congresso e que endurece as penas dos crimes contra a vida, como homicídio e espancamento. Nesse projeto, os acusados não poderiam responder em liberdade e seria extinta a "bolsa-prisão", auxilio para mulheres de presidiários.
Em relação ao pacto federativo, Renan disse que o acordo teria que permitir "aos Estados recuperarem sua capacidade de investimento perdida frente à centralização dos recursos nacionais".
O senador disse ainda que propõe que juízes e promotores do Ministério Público sejam presos caso condenados, o que não ocorreria hoje.
Ainda no leque de iniciativas em resposta aos protestos, o presidente do Senado propôs que 10% do PIB (Produto Interno Bruto) seja direcionado à saúde.
O presidente do Congresso disse que vai propor em regime de urgência um projeto de lei que define o passe livre para estudantes em todo o país. "E desta vez a proposta chega fortalecida, na medida que já indicamos a fonte de onde estes recursos serão tirados", disse ele. Segundo o senador, este gasto pode sair dos royalties do petróleo.
Além das duas medidas, o senador propôs um pacote de ações, projetos de lei e votações no Congresso. "Nós apoiamos a redução do número de ministérios [são 39 atualmente], para que assim estes recursos possam ser gastados em prioridades maiores", disse Calheiros. "A sociedade, em sua maturidade democrática, está atenta e nos cobrando", afirmou ele.
Fora isso, Calheiros propôs aprofundar as desonerações no sistema de transporte público, Ficha Limpara os servidores públicos, punição com prisão para juízes e promotores condenados (o que segundo ele não acontece), criar a carreira pública de médico, obrigar médicos formados em universidades públicas a prestarem serviços ao SUS gratuitamente após formados por um período, ampliar a Lei de Acesso à Informação e a transparência na gestão pública, entre outros pontos.
"Não haverá recuo nem recesso. Vamos votar este pacote de medidas agora, nos próximos 10 ou 15 dias", disse ao encerrar. Ao sair do Congresso, Renan seguiu para reunião com a presidente Dilma Rousseff.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Dom Itamar Vian diz que manifestações devem acontecer de forma pacífica e ordeira
A arquidiocese de Feira de Santana apoia as manifestações que estão ocorrendo em diversas cidades do país. De acordo com o Arcebispo Metropolitano de Feira de Santana, Dom Itamar Vian, a iniciativa é excelente, porque os jovens estão reivindicando políticas públicas, mas ele ressaltou que as manifestações devem ser pacíficas e ordeiras.
“Infelizmente com tantas coisas importantes sendo denunciadas, há pessoas que abusam e se aproveitam dessa situação para saquear e destruir o patrimônio. Nós concordamos com as manifestações, porém de forma pacífica. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil publicou uma nota manifestando o apoio ao movimento, mas os patrimônios públicos e particulares devem ser resguardados”, ressaltou.
Dom Itamar afirmou que teve a oportunidade de ver uma manifestação parecida com a que está acontecendo, que foi o movimento Diretas Já.
“Os jovens daquela época se mobilizaram e foram as ruas como estão indo agora. Devemos ficar atentos, porque quando a juventude se mobiliza algo de importante deve ser tratado, como é a corrupção, a educação, a habitação, a questão da impunidade e tantas outras prioridades que deveríamos ter no país”, afirmou.FONTE:ACORDA CIDADE
PM manda manifestante 'apagar' fotos: 'Se eu pegar, vou saber onde você mora e é daquele jeito'
Um vídeo recebido pelo Bahia Notícias revela mais um momento de abuso de poder de parte dos policiais militares que atuaram na manifestação do último sábado (22) na região do Iguatemi, em Salvador. Além da agressão a fotógrafose jornalistas, inclusive do BN, cidadãos também foram abordados de forma truculenta e "orientados" a deletar registros dos excessos cometidos pelos defensores da ordem pública. Na filmagem, é possível verificar um PM a puxar uma mulher pelos cabelos e exigir que ela apague o conteúdo do seu telefone celular. Ela resiste, diz ter "direitos" e salienta: "Você é pago pelos meus impostos". Em meio à violência, outro agente chama um rapaz que acompanhava para o lado e, em tom amistoso, avisa: "Apague e o seu problema estará resolvido. [...] Estou conversando com você numa boa. Aqui, ninguém vai te fazer nada, né? Mas, se eu pegar a sua foto, eu vou saber onde você mora e é daquele jeito. [...] Eu estou te tratando mal? Estou te dando a real". Nas imagens, o PM "mediador" é identificado como Damasceno.
Duas mulheres morrem atropeladas durante protesto em GO
Pouco antes das 7 horas desta segunda-feira (24), quando interditavam a pista da BR 251, próximo à cidade de Cristalina, município goiano do Entorno do Distrito Federal, duas mulheres acabaram mortas por atropelamento durante um protesto. As vítimas foram atropeladas quando ajudavam a fechar a pista com pneus. Um levantamento preliminar apontou que o motorista de um Gol teria avançado contra o grupo de manifestantes. Ele teria fugido sem prestar socorro às mulheres, que morreram no local. As vítimas ainda não foram identificadas. A manifestação reivindica a legalização de lotes do setor Marajó e melhorias em serviços públicos como infraestrutura, saúde, segurança e transporte. A rodovia liga Cristalina a Unaí (MG), também no entorno do DF. Com esse caso, sobe para quatro o número de mortes ligadas à onda de manifestações pelo País. Na quinta (20), o estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, foi atropelado e morto por um motorista que avançou sobre as pessoas que protestavam em Ribeirão Preto. Na sexta (21), morreu em Belém a gari Cleonice Moraes, de 54 anos, que foi intoxicada por gás lacrimogêneo ao tentar fugir da confusão de um protesto.
Mara Maravilha sobre homossexualidade: "Não concordo com essa aberração"
A cantora Mara Maravilha se declarou contra a união de pessoas do mesmo sexo e comparou a homossexualidade a uma aberração. As afirmações foram dadas durante o programa "Morning Show", da RedeTV!, desta segunda-feira (24).
"Têm muitos pais, muitas mães, muitas pessoas que não concordam com essa aberração. Eu não acho bonito nem um homem e uma mulher ficarem se atracando, esse tipo de coisa é particular. Imaginem duas mulheres, dois homens, em público? Eu não acho bonito. Agora, se acontecer de eu presenciar uma cena destas, se estiver me incomodando, eu não vou fazer baixaria, eu me retiro", disse Mara, que é evangélica.
Mara disse ainda que acredita que existe cura para os homossexuais. Ela defendeu o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos.
"Muitos pensam igual ao pastor Feliciano. Eu, particularmente, gosto muito do pastor Marco Feliciano e o respeito muito. E, assim como ele, eu e todos nós podemos ter as nossas opiniões. Você tem que respeitar o gay e tem que respeitar também a opinião de quem não pensa como o gay", disse Mara.
Para a cantora, cada homossexual pode buscar a cura. "Eu conheço muitos homossexuais que querem a cura, que queriam viver livre disso. Mas, isso é de cada um. Essa discussão tem um outro lado também. Nós, que não concordamos com muitos comportamentos, estamos sendo vítimas de preconceito. Eu não concordo com essa aberração. Eu não estou falando de forma generalizada. Estou falando dessas pessoas que pensam em dar um beijo na boca da companheira, porque vai se promover com essa causa".
Em artigo para jornal inglês, Romário critica Dilma e diz que só a Fifa lucrará com a Copa
O deputado federal Romário escreveu artigo para o jornal inglês The Guardian, onde deixou clara sua posição sobre os dinheiro público usado para a viabilização da Copa das Confederações e Copa do Mundo no Brasil. O ex-atacante criticou a presidente Dilma Rouseff por, segundo ele, não seguir à promessa de que os gastos não iria onerar os cofres públicos.
Pentacampeão mundial, o Brasil esportivo sempre cultivou o senso comum de que o futebol alienava a população dos problemas sociais. Mas, ironicamente, é a preparação do País para receber a Copa do Mundo que acaba mobilizando brasileiros. Levantando a bandeira sem cor partidária, a população pede o fim da corrupção e do desperdício do dinheiro público, lamentavelmente tão comum em nosso Brasil. Mas os jovens ignoraram o forte apelo do futebol no congraçamento de povos e nações e passaram a promover pacíficas passeatas nas capitais.
Em momento oportuno, essas fortes manifestações populares ocorrem em plena Copa das Confederações, reforçando o ambiente democrático que vivemos. É da rua que vem o apelo para o fortalecimento do Judiciário, por exemplo. Com legislação frágil, é comum se prorrogar o cumprimento das decisões da Suprema Corte, contribuindo para o avanço da corrupção e impunidade dos ladrões do dinheiro público.
Como deputado de primeiro mandato e já em meu terceiro ano legislativo, sinto-me à vontade para criticar, porque há bom tempo me manifesto contra algumas barbaridades que por aqui ocorrem.
Estive com o governo federal quando o Brasil conquistou a sede da Copa do Mundo. Naquele momento, os dirigentes do país e nossa realidade política e econômica eram outras. As projeções para que o Mundial fosse um instrumento eficaz para geração de empregos e renda, promoção do turismo e fortalecimento da imagem do Brasil incentivaram-me a apoiar a proposta para receber a Copa.
Como campeão do mundo, tenho a dimensão do gigantismo e do poder desse evento para as cidades-sedes, em geral. Porém, fomos atingidos, também, pelas turbulências da economia mundial, aqui repercutindo na necessidade de o governo redimensionar sua política de gastos e investimentos, mas sem prejudicar a liberação de recursos para a Copa, mantendo os compromissos firmados com a poderosa FIFA.
Assim, a preparação das cidades para a Copa do Mundo passou a ter prioridade sobre outras necessidades da população. Os financiamentos foram direcionados para obras do futebol, em detrimento da saúde, da educação e da segurança, principalmente. A falta de investimentos na educação, por exemplo, contribuiu para que crescesse o número de pessoas sem ocupação, repercutindo, lamentavelmente, em desocupados que foram para as ruas, aumentando a insegurança nas principais capitais do país.
Em muitas cidades, a situação das instalações escolares é deplorável, sem condições mínimas para que ali se processe um aprendizado adequado pelos jovens. Os professores da rede pública, por sua vez, são muito mal remunerados. A desmotivação desses profissionais repercute no desempenho de suas funções e o resultado dessa falta de prioridades para o setor é que o Brasil figura em penúltimo lugar no índice de qualidade da educação, num ranking de 39 países, segundo a empresa Pearson. Pior: um a cada quatro alunos que inicia o ensino fundamental no abandona a escola antes de completar a última série, segundo Relatório de Desenvolvimento 2012 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNDU).
Na área da saúde a situação é grave e preocupante. São comuns os casos de doentes que recorrem aos hospitais públicos e têm seus problemas agravados pela falta de profissionais e até medicamentos para os primeiros socorros. Seguidamente, a imprensa registra mortes de pacientes em longas filas de hospitais, sem que ele tenha o atendimento inicial. Quem responde por essa irresponsabilidade criminosa?
Os problemas na educação, saúde e segurança vêm de governos anteriores, colocando o país em situação de vulnerabilidade social, apesar do fortalecimento dos índices de nossa economia. O país está entre as 10 maiores potências mundiais, mas como entender esse honroso ranking diante de necessidades extremas da população, com prejuízos sociais evidentes?
É nesse contexto que o Brasil se prepara para 2014. Não creio que a Copa resolva todos os nossos problemas, mas, como tenho dito, há um grande risco de que esse megaevento aprofunde os que já temos.
Ainda no governo do então presidente Lula da Silva, a proposta era termos um evento com participação maciça da iniciativa privada e transparência nos gastos públicos. Ocorreu exatamente o contrário. De um orçamento inicial de R$ 25,5 bilhões para estádios, mobilidade urbana, melhorias em portos e aeroportos, temos, hoje, investimentos de R$ 28 bilhões, segundo o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luiz Fernandes. Mas, na minha avaliação, este orçamento ainda pode aumentar muito.
Por que estamos organizando a mais cara das últimas Copas, sem os legados comunitários prometidos? A Copa no Brasil já está custando espetaculares R$ 28 bilhões de financiamentos e investimentos públicos, quase três vezes o aplicado na Alemanha, em 2006, e no Japão, em 2002. E o que dizer da África do Sul, que gastou quatro vezes menos do que o Brasil, R$ 7,1 bilhões? Além disso, os gastos de todas as cidades sedes foram além do previsto na reforma ou construção dos seus estádios. Em Brasília, capital da República, o Tribunal de Contas do Distrito Federal identificou o pagamento de serviços em dobro e até de serviços não realizados. Além disso, do orçamento inicial de R$ 650 milhões, o estádio de Brasília já consumiu R$ 1,2 bilhão, praticamente o dobro do previsto inicialmente.
Quanto às obras de mobilidade urbana para melhorar o tráfego nas cidades sede a situação é caótica. Dos 82 empreendimentos previstos, 25 não cumpriram o cronograma e apenas três mantêm orçamentos atualizados e prazos em dia. Se forem concluídas, estas reformas representarão apenas 5% do que estava previsto. Uma vergonha para o governo e ótimos motivos para a população protestar, com razão.
São números como esses que nos deixam indignados e contribuem para que apoiemos as manifestações populares, a fim de inverter a lógica desse sistema que privilegia o capital em detrimento do social. Não será para no estádio de futebol que os brasileiros buscarão a cura para suas doenças. E já não encontram socorro nos hospitais públicos, pois esse sistema está falido e precisa de uma reação enérgica do governo, sob pena de fragilizar a autoridade institucional.
Enquanto isso, a FIFA anuncia que terá um lucro de R$ 4 bilhões com a Copa no Brasil, livre de impostos. Esse contraste de lucro fácil contrasta com a total ausência de legados efetivos, como os da mobilidade urbana. A presidenta Dilma Rousseff repete o ex-presidente Lula, afirmando que realizaremos "a melhor Copa de todos os tempos". Não creio, pois falhamos no item básico, o de deixar à população um legado que orgulhasse a todos nós. Até aqui, só a FIFA está lucrando e é por isso, também, que a população vai às ruas para protestar, com razão.
Oposição acusa Dilma de atropelar o Congresso ao propor plebiscito da reforma política
A oposição acusou nesta segunda-feira a presidente Dilma Rousseff de atropelar o Congresso Nacional ao propor a realização de plebiscito sobre a reforma política. Com críticas ao discurso de Dilma sobre os protestos que se espalham pelo país, os presidentes do PSDB, DEM e MD (Mobilização Democrática) avaliam que a presidente não deu respostas suficientes aos brasileiros que protestam por melhores condições de vida.
"É uma competência exclusiva do Congresso convocar plebiscito. Para desviar atenção, ela transfere ao Congresso uma prerrogativa que já é do Legislativo e não responde aos anseios da população", disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Em reunião com governadores e prefeitos, Dilma sugeriu hoje a realização de plebiscito para ouvir os brasileiros sobre a convocação de um Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a reforma política. Como as consultas populares são de competência do Congresso, caberá ao Legislativo viabilizar a proposta da presidente.
A oposição diz ser favorável à consulta popular, mas discorda da convocação de Assembleia Constituinte específica para discutir a reforma política. "Nenhum de nós é contra consulta popular, mas fazer plebiscito sobre o que o Congresso precisa fazer? Não adianta querer entrar agora com manobra diversionista. A reforma é importante, mas vamos cuidá-la com o devido amparo legal", atacou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).
Os presidentes dos partidos de oposição avaliam que Dilma adotou um "discurso velho" ao dialogar com os manifestantes, que têm uma nova forma de protesto --além de ter "transferido" ao Congresso, governadores e prefeitos problemas que são de sua administração.
"A presidente esqueceu que seu partido governa o país há mais de 10 anos, mas parece alguém que acabou de assumir o mandato. Ela transfere ao Congresso essa responsabilidade e aos Estados e municípios a competência para desonerar transporte público", afirmou Aécio.
O presidente do MD, Roberto Freire (PE), disse que a presidente deveria orientar sua base de apoio no Congresso a aprovar propostas que são de interesse da população. "Por que o governo não orienta a sua maioria a derrotar a PEC 37? Por que não orientar a base a apoiar uma CPI para investigar as obras da Copa?", questionou.
Em defesa do plebiscito, aliados da presidente Dilma Rousseff afirmaram que a única maneira de o Congresso aprovar a reforma política é com a realização de Assembleia Constituinte específica para discussão do tema. "Se não tiver um Congresso específico, a gente debruçado em tantos temas não vai conseguir fazer isso", disse o líder do PT, senador Wellington Dias (PI).
Líder do governo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) afirmou que uma decisão da população vai forçar o Congresso a modificar o sistema político brasileiro. "Eu sou a favor da ideia da Constituinte. Já fizemos várias votações sobre a reforma política, em diversos momentos, mas essa reforma não andou. Talvez um pacto com a população faça com que a reforma ganhe um outro ritmo."
Os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), não se manifestaram sobre a proposta de Dilma. Renan estava no Senado quando Dilma fez discurso a governadores e prefeitos com a proposta, mas deixou a Casa sem se manifestar. "Eu estava em outra reunião quando ela falou", desconversou o peemedebista.
MANIFESTO:
A oposição divulgou um manifesto com propostas a serem adotadas pelo governo e pelo Congresso em resposta às reivindicações da população. Intitulado de "Os brasileiros querem um Brasil diferente", o manifesto assinado pelos presidentes do DEM, PSDB e MD diz que a "agenda" proposta pela oposição se contrapõe a "discursos vazios e reiteradas promessas não cumpridas pelo governo federal que comanda o país há mais de dez anos".
Uma das propostas é a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito no Congresso para investigar os gastos com a Copa do Mundo de 2014, além da realização de auditoria nas despesas investidas pelo Executivo no mundial de futebol.
Os partidos dividiram a "agenda" em três áreas, com propostas de transparência e combate à corrupção, gestão e federação, e no campo ético e democrático.
Entre as propostas, estão a revogação imediata do decreto que proíbe a divulgação de gastos da Presidência da República em viagens internacionais, a liberação do acesso aos gastos do governo com cartões corporativos, a divulgação de valores e custos de financiamentos do BNDES, assim como a revelação dos negócios realizados pela Petrobras nos últimos dez anos.
Também há sugestões nas áreas de educação, saúde e segurança, a redução pela metade no número de ministérios e adoção de política de "tolerância zero" com a inflação.
"A presidente frustrou todos os brasileiros. Nossas propostas podem ser adotadas pelo governo e vamos ficar atentos para que não se reedite aqui a falta de respostas do Poder Executivo", afirmou Aécio.FONTE:UOL
Dilma quer plebiscito que autorize Constituinte para reforma política
Em reunião com prefeitos e governadores das 27 unidades federativas, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto, em Brasília, que irá pedir um plebiscito que autorize uma Constituinte para fazer a reforma política. O último plebiscito do país ocorreu em 2011 -- foi sobre sobre a divisão do Estado do Pará, que foi rejeitada.
"Eu trago propostas concretas e disposição política para construirmos pelo menos cinco pactos em favor do Brasil", anunciou. São eles:
1- pacto pela responsabilidade fiscal nos governos federal, estaduais e municipais, para "garantir a estabilidade da economia" e o controle da inflação;
2 - pacto pela reforma política: incluindo um plebiscito popular sobre o assunto e a inclusão da corrupção dolosa como crime hediondo. "O segundo pacto é em torno da construção de uma ampla e profunda reforma política que amplie a participação popular e amplie os horizontes para a cidadania. Esse tema, todos nós sabemos, já entrou e saiu da pauta do país por várias vezes (clique aqui para ver a tramitação do assunto no Congresso Nacional) e é necessário, ao percebermos que nas últimas décadas, entrou e saiu várias vezes, tenhamos a iniciativa de romper o impasse. Quero nesse momento propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o país tanto necessita", declarou;
3 - pacto pela saúde: "importação" de médicos estrangeiros para trabalhar nas zonas interioranas do país e mais vagas para estudantes de medicina. "Sempre oferecemos primeiro aos médicos brasileiro as vagas a serem preenchidas", disse. "37% dos médicos que trabalham na Inglaterra se graduaram no exterior", acrescentou, dizendo que esse percentual no Brasil é de 1,79%.A presidente disse que é preciso "acelerar os investimentos em hospitais, UPAs (unidades de pronto atendimento) e unidades básicas de saúde. Por exemplo, a ampliar também a adesão dos hospitais filantrópicos ao programa que troca dívidas por mais atendimentos." Segundo Dilma, está em curso "o maior programa da história de ampliação das vagas em cursos de medicina. Isso vai significar 11.447 novas vagas de graduação em cursos de medicina e 12.376 novas vagas de residência para estudantes brasileiros até 2017";
4 - pacto pelo transporte público: a presidente anunciou que o governo destinará "50 bilhões de reais a novos investimentos em obras de mobilidade urbana" e afirmou que o país precisa dar um "salto de qualidade no transporte públicos nas grandes cidades", com mais metrôs, VLTs e corredores de ônibus. "O governo já desonerou impostos, o que permitiu a redução das tarifas de ônibus em 7,23% e 13,75% na tarifa do metrô e dos trens", declarou Dilma. Além disso, segundo Dilma, o governo desonerou o IPI para a compra de ônibus e está disposto "a ampliar a desoneração do PIS/Confins sobre a energia elétrica consumida por metrôs e trens". A governante anunciou a criação do Conselho Nacional de Transporte Público, com participação da sociedade civil e dos usuários;
5 - pacto pela educação pública: A presidente voltou a falar que é necessário que o Congresso aprove a destinação de 100% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação. "Precisamos, vou repetir, de mais recursos." O Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Senado, destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área, além dos royalties. "Todos nós sabemos que esse esforço na educação transforma um país em nação desenvolvida".
Plebiscito:
A Constituição de 1988 prevê, em seu artigo 14, que "a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular". No entanto, o artigo 49 da Constituição afirma que é "da competência exclusiva do Congresso Nacional" autorizar referendo e convocar plebiscito.
A presidente, ainda de acordo com a Constituição, não teria a atribuição de convocar uma Assembleia Constituinte.
Segundo o ministro Aloizio Mercadante, da Educação, há duas datas sendo estudadas pelo governo para a realização da consulta: 7 de setembro e 15 de novembro. A data, no entanto, será marcada pelo Congresso Nacional.
O anúncio da presidente veio no mesmo dia em que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) lançou uma campanha popular sobre a reforma política.
A presidente voltou a comentar a onda de manifestações que ocorre no país há duas semanas. "O povo está nos dizendo que quer mais cidadania. Quer uma cidadania plena. As ruas estão nos dizendo que o país quer serviços públicos de qualidade", disse Dilma.
"É preciso saber escutar as vozes das ruas. É preciso que todos, sem exceção, entendam esse sinais com humildade", falou aos governadores e prefeitos (clique aqui para ler a íntegra do discurso).
Após reunião com MPL, ministro das Cidades diz que transporte público é de má qualidade
Em vários atos pelo país, os manifestantes têm afirmado que não se sentem representados por nenhum partido político e chegaram a hostilizar integrantes de legendas partidárias que participam das manifestações. "O povo, unido, não precisa de partido!" e "Sem partido, sem partido" foram gritos de guerra comuns nos protestos pelo país.
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na última sexta, Dilma disse que anunciaria um pacto com governadores e prefeitos pela melhoria dos serviços públicos. "Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos."
Os integrantes do MPL, ao sair da reunião, disseram que "a luta continuará" até o governo apresentar medidas concretas para reduzir a tarifa de transporte público no país. "Foi importante para iniciar um diálogo, mas a luta pela tarifa zero continua até haver medidas concretas neste sentido", afirmou Mayara Vivian. "A presidente reconheceu o transporte como direito social e a gente vai cobrar isso".
Após a reunião com o MPL, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, reconheceu que o transporte público no Brasil é de má qualidade.
Antes da reunião de hoje, o MPL divulgou nesta segunda-feira (24) uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff, na qual criticam o tratamento dispensado pelo governo federal aos movimentos sociais e criticam a "máfia dos transportes".
"Ficamos surpresos com o convite para esta reunião. Esse gesto de diálogo que parte do governo destoa do tratamento aos movimentos sociais que tem marcado a política desta gestão", diz a carta.
domingo, 23 de junho de 2013
Numa manifestação pacífica coiteenses vão ás ruas e focam Terminal Rodoviário
As manifestações que vem acontecendo em todo o Brasil, iniciadas nas grandes metrópoles brasileiras a cerca de uma semana continuam ganhado força e já chegou ao interior do Brasil. Tudo começou por conta de R$ 0,20 centavos de reajustes no preço da passagem de ônibus coletivo, porém, com a grande mobilização realizada em todo país pelas redes sociais, o brasileiro oprimido e tendo que tolerar calado tanta coisa, incorporou o espírito do brasileiro do Impeachment de Fernando Collor de Melo em 1992 e resolveu cobrar tudo que é de direito do cidadão.
Da mesma forma que ocorreu nas capitais não houve exploração politica partidária
Cada município escolheu algo que está “travado” no entra e sai de governo e nada é resolvido, e a população coiteense de maneira particular espera melhorias imediatas na saúde, pois, apenas um hospital para atender a cerca de 65 mil habitantes, e nem sempre encontra especialistas e algo do ponto de vista clinico que poderia ser resolvido na cidade, por falta ás vezes de um simples raio-x ou fratura não tão complicadas, precisam ser encaminhadas para Feira de Santana, situação que o paciente ao chegar no Cleriston Andrade ás vezes é atendido ainda na ambulância e mandado de volta.
Mas o que foi escolhido como foco da manifestação na tarde desta sexta-feira, 21, em Coité foi o terminal rodoviário da cidade, um dos maiores terminais do interior da Bahia em extensão, porém, a muitos anos vem abandonado e ninguém sabe ao certo de quem é a responsabilidade, se do município ou do estado. Certo mesmo é que já esteve sob a responsabilidade dos dois.
O terminal rodoviário foi ocupado por cerca de 400 manifestantes, a grande maioria com idade inferior a 20 anos, que tiveram a consciência de manter pelo menos as vidraças dos guichês das empresas São Mateus e Gontijo, como também as três ou quatro lâmpadas que iluminam de forma precária toda área.
Eles também não se preocuparam em visitar os sanitários, se isso tivesse feito, o máximo que poderia fazer era tapar o nariz, pois as portas já estão praticamente soltas e os vidros das janelas quebradas por vândalos, antes mesmo de imaginarem que tal ato aconteceria no Brasil.
Mas o terminal rodoviário não é 100% ruim, pois tem servido a pouco mais de um mês, a um casal de andarilho que saiu de Serrolândia e pretende chegar a Ribeira do Pombal, mas sem recursos financeiros estão alojados em um dos cômodos, fato que deixou Vitor Pinto um dos articuladores da manifestação a lamentar.O homem disse que muitas vezes limpa o banheiro, mas nem sempre tem dinheiro para comprar material.
Vitor disse que a escolha da rodoviária foi por entender que é a porta de entrada e saída da cidade e não é possível ficar como está. O abandono do terminal é visível já da parte externa com o matagal tomando conta.
O açude de Itarandi é outro foco interessante para a manifestação e horrível foco de doença. Este pelo menos foi interditado e a prefeitura ficou com o compromisso de apoiar as famílias que vivem da pesca e do cultivo de hortaliças. Já foi publicado também pela Prefeitura, que através da obra do PAC do Governo Federal irá ser construído uma estação de tratamento de 100% do esgotamento sanitário da cidade, pois é o principal responsável pela poluição do açude. Só que está previsto para iniciar em julho de 2014.
Quem poderia deixar por um minuto a segurança da manifestação e protestar, já que não teve nenhum trabalho no ato, foi a policia militar, pois no fim da manhã precisou se deslocar próximo a Serrinha em perseguição ao um motorista de uma van de Simões Filho que havia abastecido em um posto da cidade e saiu em disparada sem pagar, a guarnição alcançou o motorista, o conduziu a delegacia da cidade e quando menos espera, a polícia depara com o motorista (camisa branca) do lado de fora da Delegacia e sem acompanhamento de policial.” Ninguém tem culpa, a culpa é da lei”, bradou um PM.
Por: Raimundo Mascarenhas
Copa das Confederações: Balotelli está praticamente fora da semifinal, diz médico
O atacante Mario Balotelli, da Itália, está praticamente fora da semifinal da Copa das Confederações, na quinta-feira contra a Espanha, em Fortaleza, por conta de uma lesão na coxa esquerda. Segundo Enrico Castellacci, médico da Azzurra, as chances do jogador se recuperar a tempo são poucas.
"É bem difícil ele ir para o campo. E, numa possível final, ele também, provavelmente, será desfalque. É uma lesão que tem de ser cuidada. Mas ele será avaliado dia a dia", disse o médico em coletiva neste domingo (23).
Balotelli se lesionou na derrota da Seleção Italiana para o Brasil, em Salvador, no sábado. Ele foi visto mancando depois do jogo. O atacante é o artilheiro da Itália na competição, com 2 gols. Outro desfalque da Itália no torneio é o lateral Abate, que sofreu luxação no ombro direito também no jogo contra o Brasil e não joga mais a competição. Montolivo e Pirlo estão em recuperação e ainda não se sabe se enfrentam a Espanha.
Polícia para quem precisa; breve relato sobre minha detenção
Fui detido porque revidei ao xingamento desferido por um policial, depois de, junto com a equipe do Bahia Notícias, representada pelo seu editor Evilásio Júnior e o repórter Alexandre Galvão, ter questionado a agressão sofrida por um colega de imprensa, o repórter fotográfico Almiro Lopes, quando ele cobria as manifestações que ocorriam neste sábado (22) em Salvador. A cidade inteira acompanha os protestos que se iniciaram desde a última quinta-feira (20), reflexo de um movimento nacional que exige uma série de demandas, a exemplo da redução do preço de passagens de transporte público, melhoria na mobilidade urbana, esclarecimento dos gastos com a Copa do Mundo, fim da corrupção e da insegurança, entre outras coisas, e que nós estávamos ali, assim com a policia, para trabalhar. Cada um na sua e com respeito recíproco. Pois bem, a fatídica cena ocorreu nas imediações do Shopping Iguatemi quando flagramos o ocorrido e fomos procurar o porquê da ação. Foi quando se iniciou uma discussão entre um policial e Evilásio sobre se o colega tinha feito imagem ou não do agente. Houve primeiro, a recusa do PM em informar o ocorrido sobre o fotógrafo e, ato contínuo, o acirramento do conflito, quando o soldado partiu para cima do jornalista, desaprovando a atitude do editor do BN. Mas não ficou por aí. Ele o empurrou, o atingiu em seguida com spray de pimenta e desforrou xingamentos. Foi quando questionei tal atitude, e, para espanto, o cidadão veio na minha direção e me xingou repetidas vezes “vá tomar n...”. Sei que o revide, muitas vezes, não é o melhor caminho, mas devolvi o palavrão ipsis literis com a força da indignação. Depois, recebi um spray de pimenta no rosto, fui jogado no chão e algemado. Logo após, me encaminharam para a 16ª Delegacia de Policia, na Pituba, não sem antes passar pela frente e pelo estacionamento do shopping na condição de detido. Na chegada da viatura, tiraram as algemas e fui conduzido no banco de trás do veículo. Dali até o final mais nenhuma agressão. Quando lá, tive que esperar a chegada do coronel Nascimento que encaminhou a minha liberação. O fato, no meu caso, exprime um ato de soberba policial, mas sei que se reproduz em muitos da mesma forma, todos os dias nas cidades desse estado. Principalmente contra aqueles menos favorecidos social e economicamente, o que é, na maioria das vezes, um contrassenso, pelo fato de a polícia também ser povo e sofrer na pele o que isso significa. Mas também sei que a truculência nunca foi o pensamento de muitos da Policia Militar da Bahia, desde os chamados praças até os de escalões mais prestigiados da corporação. E eu tenho amigos na PM-BA que jamais fariam aquilo. Mas o buraco é mais embaixo, e o incidente só reafirma o quanto temos pessoas despreparadas para a função do policiamento ostensivo. Todos estavam de cabeça quente na ocasião, mas quem é pago para servir ao cidadão em situações de emoções à flor da pele tem de ter o mínimo de preparação. Ou então, não serve para o serviço público. Tomara que o episódio sirva para a corporação refletir sobre o ocorrido e pensar melhor sobre a sua necessária e vital atribuição. Não fui o primeiro a sofrer truculências e, do jeito que vai, não serei o último. O bordão é cansado, mas nunca deixa, infelizmente, de ser atual: policia para quem precisa de polícia.
Tarifa menor não é debatida em Salvador, diz prefeito
Com tarifa de R$ 2,80, o transporte público de Salvador não terá reajustes - nem redução de preços - este ano, diz a prefeitura. O mais recente aumento, de R$ 2,50 para R$ 2,80, começou a valer em 4 de junho do ano passado, após uma greve dos trabalhadores do sistema, que exigiam reajuste de salários. O aumento foi concedido e a prefeitura, ainda comandada pelo ex-prefeito João Henrique Carneiro (PP), autorizou o reajuste para compensar as empresas. Segundo o atual prefeito, ACM Neto (DEM), a manutenção da tarifa já integrava o plano de governo, assim como uma nova licitação do sistema de transporte público, programada para este ano - a última foi em 1994. Além disso, o prefeito destaca o projeto Domingo é Meia, uma promessa de campanha colocada em prática no início da gestão, no qual qualquer passageiro passou a pagar metade da tarifa aos domingos. De acordo com ACM Neto, a redução de tarifa em Salvador "não está no debate" das manifestações na cidade. De fato, entre os 24 itens da pauta de reivindicações do Movimento Passe Livre em Salvador, divulgada pelas redes sociais, não está citada a diminuição no preço das passagens na cidade. O segundo item da lista, porém, é "assegurar passe livre para estudantes e desempregados" - o que, para a prefeitura, "é inviável". "A gente reconhece que o transporte público em Salvador é muito deficiente, mas estamos concluindo o estudo de readequação do sistema, para abrir a licitação para a concessão", diz o prefeito. De acordo com ele, o edital deve ser publicado até 30 de julho. Outra ação da prefeitura citada por Neto é a portaria, publicada no início do mês, que obriga as atuais empresas do sistema a substituir todos os veículos com mais de oito anos. O prazo para a mudança da frota é 31 de outubro. "Serão retirados das ruas e substituídos cerca de 230 veículos antigos", diz o secretário de Infraestrutura e Transporte de Salvador, José Carlos Aleluia. O sistema opera com 2.813 veículos, no total.
Diversidade de pedidos marca manifestação no Rio
A diversidade de reivindicações marca a passeata na Praia de Copacabana contra a PEC 37, que restringe o poder de investigação do Ministério Público. Os manifestantes acabam de chegar ao Posto Seis, depois de percorrer pouco mais de um quilômetro. Há palavras de ordem contra a corrupção; por "faxina no Congresso"; em defesa da reforma política e por mais recursos para saúde e educação. O protesto transcorre sem incidentes, com o policiamento normal da orla de Copacabana aos domingos. Os manifestantes ocupam a pista que já fica fechada para o lazer, esvaziada por causa do tempo chuvoso. Há cartazes contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), e um de "fora Dilma". Marcelo Machado, presidente da Associação Nacional de Militares do Brasil, levou um cartaz com a inscrição "Forças Armadas prontas com o povo". A rejeição à PEC 37 foi um dos motivos que levaram Machado à rua. "A PEC inibe a investigação dos crimes de corrupção", afirmou. A passeata deve seguir até o Leblon, onde os manifestantes se juntarão ao movimento Ocupe Delfim Moreira - um pequeno grupo de jovens acampados desde a noite de sexta-feira na orla do Leblon, a poucos metros do edifício onde mora o governador Sérgio Cabral (PMDB), na rua Aristides Espínola.
O estado de saúde do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela é crítico, informou neste domingo (23) a Presidência do país. "O estado do ex-presidente Nelson Mandela, que ainda está hospitalizado em Pretória, tornou-se crítico", disse em nota o porta-voz da Presidência, Mac Maharaj. Mandela, de 94 anos, foi hospitalizado em 8 de junho por causa de uma infecção pulmonar recorrente, e seu estado piorou nas últimas 24 horas. O presidente do país, Jacob Zuma, visitou Mandela no hospital neste domingo e disse que os médicos estão fazendo o possível para que seu estado melhore. "Ele está em boas mãos", afirmou. Nelson Mandela, ícone da luta contra o apartheid, ficou preso por 27 anos sob o regime de segregação racial e foi libertado em 1990. Depois disso, desempenhou um papel importante na transição do país do apartheid para a democracia, e tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul, em 1994. Fonte: .
A fim de ir às manifestações, zagueiro corintiano ‘convoca’ colegas: ‘Sociedade se espelha na gente’
O zagueiro do Corinthians Paulo André, que foi amigo do ídolo do time, Sócrates, se diz a fim de participar das manifestações que ocorrem em todo o país e se posicionou contra a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Em entrevista ao Lance, o jogador alega que seu treinador, Tite, não deixaria o elenco alvinegro participar dos protestos em tempos de intertemporada, mas não deixa de “convocar” seus companheiros de profissão. “Acho fundamental, pois a sociedade se espelha na gente para chegar em algum lugar, como ídolo, herói ou prova de superação. Tenho certeza de que quando disse que apoio o movimento pacífico, que sou contra a violência mas que estou junto deles nas reclamações, muitas pessoas que gostam de mim começaram a tentar entender melhor o movimento. A força dos atletas é grande, mas mal explorada. Vale só apoiar? Vale muito. Os jogadores hoje são capazes de fazer só isso”, opinou. Paulo André disse que não teme “ser silenciado”. “Uma vez o Andrés [Sanchez, ex-presidente do Corinthians] falou que primeiro eu tinha de jogar para depois falar, porque eu estava machucado. Ele estava na CBF e eu era contrário às decisões. Faltavam projetos a longo prazo. Foi a única invertida que tomei. Tenho um grande apreço por ele, mas continuarei falando porque são minhas opiniões, é ideológico”, completou.
O governo, que contava com a continuidade do forte recuo dos preços dos alimentos e a estabilidade do câmbio para segurar a inflação deste ano, está perdendo aliados. Os preços no atacado dos produtos agropecuários voltaram a subir este mês, apesar da supersafra. E o dólar disparou: o câmbio fechou a semana cotado a R$ 2,24, com alta de 10% em 30 dias. Ainda é cedo para saber qual será o impacto dessas pressões na inflação ao consumidor.
Embora ainda não tenham revisado para cima as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação, economistas dizem que aumentou o risco de fechar o ano com um índice superior a 6%. No último Boletim Focus do Banco Central (BC), a expectativa do mercado para o IPCA de 2013 era de 5,83%. E em 12 meses até maio, o indicador acumula alta de 6,5%.
"Ninguém esperava que a alimentação fosse ficar mal comportada de novo e houvesse uma explosão do câmbio tão forte", afirma o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Segundo ele, esses dois elementos novos combinados têm efeito devastador sobre a inflação. O economista, que já previa IPCA de 6% para este ano, acredita que essa marca possa ser superada. Ele diz achar difícil "comprar" a visão do BC de que há uma queda drástica nos preços dos alimentos e cita o feijão como o próximo vilão.
Em 12 meses até maio, o preço do feijão carioca ao consumidor subiu 44%. Na sexta-feira, o governo propôs à Câmara de Comércio Exterior (Camex) a isenção até dezembro da incidência da Tarifa Externa Comum (TEC) nas importações do produto para aumentar a oferta e aliviar a pressão na inflação. O feijão tem peso grande no cálculo da inflação (0,5%), o dobro do macarrão, por exemplo.
"Os preços das matérias-primas, que ajudaram a alimentação no varejo a ter uma desaceleração forte em maio, trocaram de sinal este mês. Algumas podem ainda estar com variação negativa, mas todas estão em trajetória de elevação", diz o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Na segunda prévia de junho do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), as matérias-primas agropecuárias voltaram a subir no atacado e tiveram alta de 1,25%, depois da deflação de 2,22% em maio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Embora ainda não tenham revisado para cima as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação, economistas dizem que aumentou o risco de fechar o ano com um índice superior a 6%. No último Boletim Focus do Banco Central (BC), a expectativa do mercado para o IPCA de 2013 era de 5,83%. E em 12 meses até maio, o indicador acumula alta de 6,5%.
"Ninguém esperava que a alimentação fosse ficar mal comportada de novo e houvesse uma explosão do câmbio tão forte", afirma o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Segundo ele, esses dois elementos novos combinados têm efeito devastador sobre a inflação. O economista, que já previa IPCA de 6% para este ano, acredita que essa marca possa ser superada. Ele diz achar difícil "comprar" a visão do BC de que há uma queda drástica nos preços dos alimentos e cita o feijão como o próximo vilão.
Em 12 meses até maio, o preço do feijão carioca ao consumidor subiu 44%. Na sexta-feira, o governo propôs à Câmara de Comércio Exterior (Camex) a isenção até dezembro da incidência da Tarifa Externa Comum (TEC) nas importações do produto para aumentar a oferta e aliviar a pressão na inflação. O feijão tem peso grande no cálculo da inflação (0,5%), o dobro do macarrão, por exemplo.
"Os preços das matérias-primas, que ajudaram a alimentação no varejo a ter uma desaceleração forte em maio, trocaram de sinal este mês. Algumas podem ainda estar com variação negativa, mas todas estão em trajetória de elevação", diz o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Na segunda prévia de junho do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), as matérias-primas agropecuárias voltaram a subir no atacado e tiveram alta de 1,25%, depois da deflação de 2,22% em maio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O cantor Bell Marques disse em entrevista ao jornal Correio que apoia as manifestações que tomam conta de diversas cidades brasileiras. “Acho extremamente justo e necessário protestar. É muito bonito. Infelizmente, uma minoria acaba não fazendo da maneira correta, mas precisamos ser ouvidos”, afirmou o líder da banda Chiclete com Banana em show realizado no Forró do Bosque, na cidade de Cruz das Almas. Bel ainda completou que nunca viu “o Brasil passar por um momento tão importante” e que está satisfeito com o que está vendo.
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) farão nesta segunda-feira (24), às 10h, um ato público em apoio às reivindicações da sociedade que ecoam nas ruas desde a semana passada. Haverá o lançamento de um anteprojeto de lei de iniciativa popular, para a coleta de um milhão e meio de assinaturas, com o objetivo de obrigar o Congresso a votar imediatamente reivindicações como a reforma política que ataque a corrupção eleitoral e assegure liberdade ampla na internet; além de estimular a instalação de Comitês de Controle Social dos Gastos Públicos, inclusive sobre gastos da Copa de 2014 e sobre planilhas de tarifas de transporte coletivo. O ato também tem o objetivo de obrigar o governo a ampliar o investimento em saúde e educação, com a fixação de 10% do orçamento geral da União e do PIB destinado a cada uma dessas áreas. E, ainda, a criação urgente de um Código de Defesa dos Usuários dos Serviços Públicos. O evento será realizado no plenário da sede da OAB, em Brasília. Os três temas principais que constarão do anteprojeto de lei de reforma política são a defesa do financiamento democrático das campanhas, do voto transparente e da liberdade de expressão na internet. "Não adianta apenas se queixar da corrupção sem combater a raiz do problema, que é a forma de financiamento das campanhas eleitorais no Brasil", afirmou o presidente nacional da OAB Marcus Vinicius, por meio de nota. "Defendemos o financiamento democrático das campanhas, para que todos os políticos tenham um mínimo de estrutura para apresentar suas ideias sem se submeter a relações espúrias com empresas", acrescentou.
Em artigo intitulado “Bonito”, publicado no jornal A Tarde deste domingo (23), o cantor e compositor Caetano Veloso volta a falar sobre os protestos que acontecem em todo o Brasil. O artista aproveita seu texto para se referir especificamente às manifestações que aconteceram em Salvador: “estamos no meio dessa complexidade fascinante, exaltante e aterradora. Vi os atos violentos em Salvador, direcionados sobretudo ao estádio de futebol. A polícia afastou os manifestantes das imediações da Arena Fonte Nova. A polícia afastou os manifestantes das imediações da Arena Fonte Nova, mas no centro da cidade o tema dos gastos com os eventos esportivos dava a tônica”. Caetano estabeleceu relação direta entre o movimento dos soteropolitanos e uma jogada de Neymar: “Na véspera, eu tinha assistido àquele passe de Neymar que resultou no segundo gol do Brasil contra o México. Neymar saiu do armário. O drible que ele deu nos adversários antes de passar, com precisão absoluta, a bola para Jô golear, foi tudo o que desejamos que qualquer coisa produzida por brasileiros seja. Com os ânimos divididos, dentro da gente, com relação à preparação do país para a Copa, entre simplesmente apoiar o gesto que esboça demolir os estádios e torcer pelo renascimento da grandeza de nosso futebol, o jogo de Neymar ensina que o movimento emaranhado das ruas tem que achar o jeito inspirado de acertar no melhor. Que saibamos chegar ao mais bonito”.
Duas mulheres apedrejaram na madrugada deste domingo (23) um posto de combustíveis, uma agência bancária e uma boutique, em Brumado. Os ataques começaram por volta das 4h da manhã no posto de combustíveis de propriedade do ex-prefeito Eduardo Vasconcelos (Sem Partido. De acordo com o site Brumado Notícias, as mulheres aproveitaram o momento em que o vigia conversava com um caminhoneiro para quebrar a porta de vidro da cabine de atendimento do local. No posto, elas ainda quebraram o computador e as máquinas de cartão de crédito. O vigia tentou impedir a ação, mas enquanto cercava uma das mulheres a outra danificou alguns cones de sinalização. Antes de fugir, a dupla ainda quebrou a pedradas duas portas de vidro da agência do Bradesco, que fica localizada na Praça Armindo Azevedo. Na mesma praça, as meliantes ainda danificaram a vidraça de uma boutique, de onde levaram duas bolsas de grife avaliadas em R$ 1.200. As câmaras de segurança flagraram o momento exato em que uma das criminosas arremessou a pedra e com chutes quebrou a vidraça. A polícia já identificou e tenta capturar as suspeitas.
O ex-jogador e atual comentarista da Rede Globo, Ronaldo, resolveu se desculpar publicamente na manhã deste sábado (22), em coletiva realizada em Salvador. Antes do jogo Brasil x Itália, ele se disse arrependido da polêmica declaração dada em 2011 de que a Copa do Mundo não pode ser feita com hospitais. Ronaldo, que também é integrante do Comitê Organizador Local (COL), afirma que o vídeo foi "manipulado e tendencioso". "Pegam uma frase solta e tiram do contexto", reclama, "Todo mundo sabe: não se faz Copa do Mundo sem estádio, é um legado para nosso país. Não quer dizer que era uma escolha entre estádio e hospital". Ronaldo diz ainda que não possui nenhum cargo público e que, portanto, essa responsabilidade não pode recair sobre si. Ainda assim, ele pediu desculpas. "Me arrependo e peço desculpas, não foi minha intenção em nenhum momento magoar ou estar contra o povo, nada disso". O ex-jogador disse ainda que concorda com as demandas feitas pelos manifestantes: "Eu estou com o povo. Não é somente por 20 centavos, povo quer dar fim à corrupção, ao dinheiro desviado de obras, o povo quer hospitais, educação de qualidade. Gostaria de ver o país justo", disse, acrescentando que não acha que o povo seja contra a Copa do Mundo.
Na defesa do fim da violência contra a mulher, cerca de 1,5 mil pessoas participaram da Marcha das Vadias, que aconteceu neste sábado (22) em Brasília. Com gritos "eu quero tchu, eu quero tcha, eu quero liberdade já" e "vem pra rua, vem, contra o machismo", o grupo circulou pela área central da capital. Grande parte dos cartazes criticava o projeto da "Cura Gay" e o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), além de defender a legalização do aborto. Uma das organizadoras do evento, Julia Zamboni, avaliou que a população brasileira "está com muita vontade de ir para as ruas". Questionada sobre o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, Julia avaliou que ela cumpriu o papel dela e disse que considerou o pronunciamento bom. "Mas não serviu para calar a nossa voz", concluiu. Apesar de não ter ocorrido violência física durante a marcha, uma repórter do jornal Correio Braziliense foi hostilizada por manifestantes. Ao se aproximar de um homem que havia sido expulso da marcha, para entrevistá-lo e ouvir o motivo, ela ouviu gritos de "mídia fascista". A organização da Marcha das Vadias explicou à reportagem que a marcha é espontânea e que, em muitos momentos, as pessoas têm atitudes que não estavam programadas.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) enviou nota à imprensa repudiando atos de repressão praticados neste sábado (22), por policiais militares contra os jornalistas Francis Juliano, Evilásio Júnior e Tiago di Araújo durante a repressão a manifestantes na região do Iguatemi. O repórter Francis Juliano, do Bahia Notícias, foi preso e conduzido para a 16ª Delegacia Territorial, na Pituba ao questionar a policiais sobre o motivo de espancarem um fotógrafo. Em seguida, o editor-chefe Evilásio Júnior foi agredido com palavrões, empurrões e spray de pimenta no rosto, por determinação do capitão PM Themístocles. Os policiais, além da prisão arbitrária, agrediram os jornalistas com palavrões. Policiais também forçaram na região dos Barris, o fotógrafo Tiago di Araújo, do Ibahia, a apagar fotos de sua máquina sobre a repressão ao movimento de protesto”, descreve. Além do registro público das agressões, o Sinjorba encaminhará ao governo da Bahia protesto formal e também solicitará ao Ministério Público Federal, que já avalia excessos cometidos pela PM na repressão aos manifestantes, solicitação de apuração dos fatos. “O Sinjorba apoia as manifestações do povo brasileiro realizadas ao longo dos últimos dias, pedindo respeito à integridade física e ao direito de expressão garantidos pela Constituição Brasileira. É função dos jornalistas registrar os fatos decorrentes da ida da população às ruas e quando esta atividade é cerceada pela brutalidade policial, trata-se de um grave sintoma da tentativa de encobrir o descontrole, abuso de autoridade e falta profissionalismo dos que atuam nas ruas para manter a ordem pública”.
Ao contrário do que diz Dilma, União põe R$ 1,1 bi em estádios da Copa
Ao contrário do que afirmou a presidente da República, Dilma Rousseff,
em pronunciamento na sexta-feira, há sim dinheiro federal em obras de
estádios da Copa de 2014. E não é pouco. Somados os incentivos fiscais,
subsídios em empréstimos e até participação em arenas, a União já
comprometeu R$ 1,1 bilhão com os locais para jogos do Mundial.
Em cadeia nacional, Dilma afirmou que: "Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação."
Mas não é bem assim. Os empréstimos para as obras das arenas foram concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com juros subsidiados, ou seja, mais baixos que o normal. Para facilitar a construção ou reforma dos estádios, o banco estatal abriu mão de R$ 189 milhões, valor que poderia ser aplicado em outros financiamentos para outros projetos.
Esse cálculo foi feito por uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). O órgão também já identificou que as isenções de impostos federais concedidas pelo governo às construtoras responsáveis pelas obras dos estádios da Copa somam R$ 329 milhões.
Foi o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e aliado de Dilma, quem concedeu os incentivos fiscais às empreiteiras dos estádios. Em dezembro de 2010, ele assinou a lei 12.350 e as liberou do pagamento de PIS/Pasep, Cofins, Imposto sobre Produção Industrial, e taxas de importação sobre às construções de arenas da Copa.
Os 12 estádios da Copa aderiram ao programa Recopa, que concede os benefícios. Só com a Arena Pantanal, por exemplo, o governo já abriu mão de R$ 16 milhões em impostos por conta do Recopa. Isso representa em torno de 4,5% do valor da obra contratada do estádio.
Sociedade em Brasília
Os recursos federais ainda são responsáveis por 49% da reforma do Estádio Nacional de Brasília, o mais caro do Mundial. Isso porque a Terracap, empresa pública gestora do estádio, pertence 51% ao governo do Distrito Federal e 49% ao governo federal. O Conselho de Administração da Terracap, que toma as decisões da companhia, tem quatro membros indicados pela União e cinco pelo GDF.
Foi esse conselho que aprovou a aplicação dos recursos no estádio brasiliense. Isso aconteceu em 2011, já no governo de Dilma. De lá pra cá, o custo oficial só da obra da arena atingiu R$ 1,2 bilhão. Por causa da sociedade entre GDF e União, pode-se dizer que R$ 600 milhões são de recursos federais.
Vale lembrar que o Tribunal de Contas do Distrito Federal já informou que o Estádio de Brasília custa R$ 1,7 bilhão. A Receita Federal também divulgou que só a Fifa e suas parceiras ganharam R$ 559 milhões em isenção de impostos para realizarem a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
O UOL Esporte tentou ouvir o Ministério do Esporte no último sábado sobre a aplicação de recursos federais em estádios da Copa. Não obteve resposta.
*Com colaboração de Vinicius Konchinski, do UOL, no Rio de Janeiro
Em cadeia nacional, Dilma afirmou que: "Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação."
Mas não é bem assim. Os empréstimos para as obras das arenas foram concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com juros subsidiados, ou seja, mais baixos que o normal. Para facilitar a construção ou reforma dos estádios, o banco estatal abriu mão de R$ 189 milhões, valor que poderia ser aplicado em outros financiamentos para outros projetos.
Esse cálculo foi feito por uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). O órgão também já identificou que as isenções de impostos federais concedidas pelo governo às construtoras responsáveis pelas obras dos estádios da Copa somam R$ 329 milhões.
Foi o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e aliado de Dilma, quem concedeu os incentivos fiscais às empreiteiras dos estádios. Em dezembro de 2010, ele assinou a lei 12.350 e as liberou do pagamento de PIS/Pasep, Cofins, Imposto sobre Produção Industrial, e taxas de importação sobre às construções de arenas da Copa.
Os 12 estádios da Copa aderiram ao programa Recopa, que concede os benefícios. Só com a Arena Pantanal, por exemplo, o governo já abriu mão de R$ 16 milhões em impostos por conta do Recopa. Isso representa em torno de 4,5% do valor da obra contratada do estádio.
FIFA GANHA ISENÇÃO E TRABALHADOR PAGA CONTA
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Enquanto a Fifa e as empresas parceiras da entidade estão livres do
pagamento de impostos na realização da Copa das Confederações deste ano
e da Copa do Mundo de 2014, o mesmo não pode ser dito sobre os
trabalhadores brasileiros que prestarem serviço na organização desses
eventos. Quem for contratado diretamente pela Fifa ou suas empresas
estrangeiras parceiras, além de ter que recolher normalmente sua parte,
inclusive do imposto de renda, ainda será obrigado a pagar uma parte do
imposto que caberia à entidade máxima do futebol ou suas parceiras.
Os recursos federais ainda são responsáveis por 49% da reforma do Estádio Nacional de Brasília, o mais caro do Mundial. Isso porque a Terracap, empresa pública gestora do estádio, pertence 51% ao governo do Distrito Federal e 49% ao governo federal. O Conselho de Administração da Terracap, que toma as decisões da companhia, tem quatro membros indicados pela União e cinco pelo GDF.
Foi esse conselho que aprovou a aplicação dos recursos no estádio brasiliense. Isso aconteceu em 2011, já no governo de Dilma. De lá pra cá, o custo oficial só da obra da arena atingiu R$ 1,2 bilhão. Por causa da sociedade entre GDF e União, pode-se dizer que R$ 600 milhões são de recursos federais.
Vale lembrar que o Tribunal de Contas do Distrito Federal já informou que o Estádio de Brasília custa R$ 1,7 bilhão. A Receita Federal também divulgou que só a Fifa e suas parceiras ganharam R$ 559 milhões em isenção de impostos para realizarem a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
O UOL Esporte tentou ouvir o Ministério do Esporte no último sábado sobre a aplicação de recursos federais em estádios da Copa. Não obteve resposta.
*Com colaboração de Vinicius Konchinski, do UOL, no Rio de Janeiro
Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 29,5 milhões na quarta-feira 7
Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 1.505 da Mega-Sena, realizado neste sábado (22), às 20h, em São João da Barra (RJ). As dezenas sorteadas foram: 01 - 02 - 06 - 09 - 16 - 32. Com isso, ficou acumulado para o próximo sorteio, na quarta-feira (26), o prêmio de R$ 29,5 milhões.
No sorteio de hoje, 263 apostadores acertaram a quina e levaram R$ 9.151,90 cada. Já 15.199 acertaram quatro números e embolsam R$ 226,23.
Neste mês, a Mega-Sena deixou três sortudos milionários. No dia 1º, um apostador de Pedra Preta (MT) acertou as seis dezenas no sorteio 1.499 e levou para casa o prêmio de R$ 43.036.617,07. Quatro dias depois foi a vez de um bilhete da cidade de Mirante do Paranapanema (SP), que ganhou R$ 22 milhões. No dia 8, foi a vez de um apostador de Uruara (PA), que faturou R$ 3,1 milhões do concurso 1.501.
Quina de São João
A Quina de São João vai sortear R$ 90 milhões no próximo dia 24. As apostas para a premiação especial já podem ser feitas.O sorteio será realizado às 20h25 (horário de Brasília), em Campina Grande (PB). Para participar, é preciso escolher cinco, seis ou sete números, entre os 80 disponíveis no volante.
O preço da aposta com cinco números é de R$ 0,75, com seis, R$ 3, e com sete números, R$ 7,50. O apostador que acertar cinco, quatro ou três números recebe o prêmio da respectiva faixa.
Jornais estrangeiros vêem discurso de Dilma 'rejeitado' e com ‘ideias antigas’
"É muito difícil entender o que acontece agora no Brasil". Assim começa
artigo do correspondente Francisco Peregil, destacado como uma das
principais manchetes da versão online do jornal espanhol El País com o
emblemático título: "Brasil, chegou a hora da verdade". A cada novo dia
de protestos a imprensa estrangeira amplia sua cobertura e o espaço
dedicado ao que o The New York Times chama de "varredura no País".
Apesar de algumas críticas sobre uma alegada "tardia mostra de humildade
após doze dias de protestos", como escreveu o El País, poucos analistas
internacionais arriscaram se posicionar e opinar se o pacto proposto
pela presidente Dilma Rousseff (PT) conseguirá ou não acalmar as
manifestações. Mas, após violentos incidentes nos arredores dos estádios
de Salvador e Belo Horizonte que receberam jogos da Copa das
Confederações, a imprensa mundial cravou: "os manifestantes rejeitaram
furiosamente os esforços de Dilma", publicou o The New York Times. No
português Correio da Manhã, Dilma foi acusada de realizar um discurso
"vazio" e "com ideias antigas", a exemplo do Programa de Mobilidade
Urbana. Essa proposta, considerada a principal exposta por Dilma para
satisfazer os movimentos estudantis, já foi apresentada em 2007 pelo
ministro das Cidades Márcio Fortes e, um ano depois, pela ministra do
Turismo Marta Suplicy. No inglês The Guardian, a ligação entre os
protestos e os grandes eventos que o País sediará nos próximos anos é
evidenciada. "as favelas estão na frente do protesto e os brasileiros
perguntam: a Copa do Mundo é para quem?". Com informações do portal
Terra.
Cruz das Almas: criança e idoso dão entrada em hospital com queimaduras
Durante os festejos juninos de Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano,
aconteceram diversos casos de queimaduras. Uma criança de cinco anos
estava soltando bombas quando uma delas explodiu em sua mão na noite
desta sexta-feira (21). Socorrido primeiro para a Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), o menino foi levado ao Hospital Geral do Estado
(HGE), de onde já recebeu alta. Segundo informações, os ferimentos não
foram graves. Já neste sábado, um idoso de 62 anos também deu entrada no
HGE com ferimentos de queimaduras, também vindo de Cruz das Almas. Não
há detalhes sobre seu estado de saúde.
Pesquisa revela que apoio de brasileiros aos protestos é de 75%
Pesquisa recente do Ibope revela que 75% dos brasileiros apoiam as manifestações por melhores serviços públicos que há duas semanas sacodem o país. Os dados da referida pesquisa foram divulgados na última edição da revista Época, que começou a circular neste sábado (22). Apesar do elevado apoio, apenas 6% disseram ter ido às manifestações e apenas 35% dos que não foram tiveram a intenção de fazê-lo. Apenas a metade dos brasileiros que apoia os protestos considera que os mesmos provocarão mudanças, segundo a pesquisa que entrevistou 1.008 pessoas em 79 municípios entre 16 e 20 de junho. Em relação ao motivo dos protestos, 77% citaram o transporte público deficiente, 47% a insatisfação com os políticos, 32% a corrupção, 31% deficiências na educação e na saúde, e 18% a inflação. Interrogados sobre os principais problemas do país, 78% citaram a saúde, 55% a segurança pública, 52% a educação, 26% as drogas, 17% a corrupção e 11% a miséria.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Fifa ameaça cancelar a Copa das Confederações
A Fifa deu um ultimato ao governo brasileiro: ou as autoridades nacionais garantem a segurança da Copa das Confederações, dos jogadores, comitivas e membros da imprensa internacional que estão no Brasil, ou irá cancelar a realização do evento.
O UOL Esporte apurou que a cúpula da entidade que controla o futebol mundial levou à presidente Dilma Rousseff o seguinte recado: se mais algum membro da Fifa, das seleções que participam da Copa das Confederações ou da imprensa internacional sofrer algum tipo de violência advinda dos protestos que tomaram conta do país, a Copa das Confederações será cancelada.
Oficialmente, a entidade e o Comitê Organizador Local negam qualquer tipo de reclamação ao Governo Brasileiro ou a possibilidade de suspensão da Copa das Confederações. A área de comunicação ligada à Presidência afirma desconhecer o assunto.
Também em virtude desta situação, a presidente da República marcou uma reunião ministerial de emergência para a manhã desta sexta-feira. Um dos objetivos do encontro é encontrar subsídios para convencer a Fifa de que é possível realizar os torneios mundiais no país em segurança.
Delegações já pedem cancelamento:
Um dos motivos para que Fifa e Governo comecem a discutir medidas drásticas em relação aos eventos esportivos é o clima de insegurança que passou, a partir desta quinta-feira, a atingir as delegações que estão participando da Copa das Confederações. Os problemas mais graves ocorreram em Salvador.
Nas manifestações realizadas na capital baiana, após confrontos com a polícia nos arredores da Fonte Nova, o protesto migrou para a região do hotel onde membros da Fifa estão hospedados. Alguns manifestantes jogaram pedras sobre dois ônibus oficiais da entidade. Houve também uma tentativa de invasão ao hotel, contida pelo Batalhão de Choque.
A violência já causou uma mudança oficial de comportamento na Fifa. Desde a última quinta-feira, todos os membros da entidade devem ir e voltar juntos ao estádio, sempre com escolta da polícia, independentemente do horário de trabalho dos profissionais.
Órgãos de segurança já discutem como conter violência:
Na última quinta-feira, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o Exército Brasileiro e a Secretaria Extraordinária para Grandes Eventos (subordinada ao Ministério da Justiça) debateram o assunto em duas reuniões, em Brasília e Belo Horizonte.
Na capital mineira, a reunião aconteceu na Sala de Situação e Gerenciamento de Crises e Grandes Eventos, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que centraliza informações e operações de segurança durante a Copa das Confederações.
De acordo com o coronel Messeder, chefe de comunicação da 4ª Região do Exército Brasileiro, há 1.600 homens prontos para agir em Minas Gerais para garantir a segurança do Estado durante o evento. "Basta que o governador Antonio Anastasia solicite. Estamos prontos", diz o capitão.
Caso a medida extrema seja adotada e a Fifa, realmente, cancele o evento, a Lei Geral da Copa prevê que o Governo Brasileiro pague eventuais prejuízos da entidade. O capítulo V da Lei, sancionada em 2012, fala sobre o assunto.
O artigo 22 diz que "A União responderá pelos danos que causar, por ação ou omissão, à FIFA, seus representantes legais, empregados ou consultores". O artigo 23 fala que "A União assumirá os efeitos da responsabilidade civil perante a FIFA, seus representantes legais, empregados ou consultores por todo e qualquer dano resultante ou que tenha surgido em função de qualquer incidente ou acidente de segurança relacionado aos Eventos, exceto se e na medida em que a FIFA ou a vítima houver concorrido para a ocorrência do dano".
Além da agressão aos ônibus da delegação de Salvador, a entidade internacional já está lidando, há alguns dias, direta ou indiretamente, com problemas graves decorridos dos protestos. No Rio de Janeiro, a Fifa blindou o centro de distribuição de ingressos. Placas da Copa das Confederações foram destruídas no centro da cidade e, durante um evento paralelo aos jogos, na Avenida Presidente Vargas, tendas foram depredadas.
Patrocinadores da Copa também viraram alvo dos manifestantes. Em São Paulo, um painel da Coca-Cola, que ficava na Avenida Paulista, foi queimado durante um dos protestos. No Rio, a loja da marca ao lado do Maracanã foi fechada, com medo de depredação.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Dilma adia viagem para Salvador que estava marcada para sexta
Por causa da série de manifestações que estão acontecendo no país, a presidente Dilma Rousseff adiou a viagem que faria ao Japão na próxima semana. Ela embarcaria no próximo domingo (24), e deveria retornar ao Brasil no dia 28.
A presidente preferiu não se ausentar do Brasil por quase uma semana diante do cenário de movimentação popular pelas ruas, segundo informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Não há nova data para a visita ao Japão.
A viagem que Dilma faria a Salvador nesta sexta-feira (21), para lançar o Plano Safra do Semiárido, também foi adiada. A mudança na agenda foi feita a pedido do governador da Bahia, Jaques Wagner.
Segundo ele, por causa dos jogos da Copa das Confederações, governadores do Nordeste estão com dificuldades na agenda, e não poderiam comparecer à cerimônia de amanhã na capital baiana. Não há previsão de quando o Plano Safra do Semiárido será lançado.
Internauta lança site com nomes e salários de servidores do Senado
Com a Lei de Acesso à Informação, que facilitou a transparência dos dados, um internauta anônimo resolveu passar uma lupa virtual nas hostes e na cúpula do Senado Federal, e fez uma lista para facilitar a pesquisa para a população. Ele levantou, desde o início do ano, os salários de 4.487 servidores do Senado Federal e lançou a lista, com ferramenta de busca, na página http://senado.cc . Há nomes dos funcionários e respectivos cargos. Nenhum deles ganha acima do teto constitucional (R$ 28 mil), mas um chegou muito perto: um Analista Legislativo recebe R$ 27.186. Muitos servidores reclamaram desde que o Congresso liberou os acessos aos salários. Há relatos de que o serviço de tecnologia do Senado, que identifica o IP (identidade do computador), ficou de olho num aparelho da Paraíba.
SERRINHA:FORÇAS DAS REDES SOCIAIS CHEGA AO INTERIOR DA BAHIA
A forças das redes sociais chega ao interior. Campanha na internet convida a população serrinhense para ir às ruas nesta sexta-feira (18h).
Vamos mostrar nosso apoio aos protestos em todo o Brasil. Queremos saúde, educação e segurança. Colocamos políticos no poder e pagamos os seus salários, por isso exigimos melhorias. Desculpem o transtorno, estamos tentando mudar o Brasil!
Vamos fazer um protesto pacífico pelas ruas de Serrinha e mostrar para toda a Bahia que temos um povo guerreiro que acredita que juntos podemos fazer um país melhor.
COMENTÁRIO BJÁ:
Serrinha se encaixa bem na velha ordem. O prefeito Osni Cardoso foi eleito pelo PT e faz um governo razoável, mas, para se reeleger se juntou com o PSB, PMN e forças politicas tradicionais de Serrinha, mostrando que mais vale ceder em convicções politicas do que deixar o poder.
Ou seja, o PT se Serrinha se iguala ao PT nacional que faz alianças com Maluf, Sarney, Collor, Jader Barbalho, César Borges, Benito Gama e Cia. É por isso que o povo está nas ruas. FONTE:BAHIAJA
Pode ser tarde. Mas há tempo de sobra para aplicar o Código Penal aos delinquentes.
Em outubro de 2007, tão logo a Fifa anunciou oficialmente que o Brasil seria o anfitrião da Copa de 2014, Lula e Ricardo Teixeira entoaram em dueto a introdução da ópera dos embusteiros: não será gasto um só centavo de dinheiro público, garantiu a dupla cada vez mais afinada. Passados sete anos, registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o ex-presidente enriquece como camelô de empreiteiro e o monarca destronado da CBF gasta em Miami o muito que roubou. Sobrou para os pagadores de impostos a conta da gastança.
Nesta terça-feira, a bolada que já foi para o ralo chegou a 28 bilhões de reais ─ e continuará subindo até o jogo de abertura. O palanque ambulante e o cartola gatuno fazem de conta que não têm nada com isso. Lula também finge que não ouve direito nenhuma das palavras de ordem berradas por centenas de milhares de brasileiros que se manifestam diariamente nas ruas do país. Por exemplo: “Copa eu não quero, não. Quero dinheiro para saúde e educação“.
Cumpre aos ativistas apressar o desmonte do monumento ao cinismo. Cancelar o evento esportivo que subordina o país aos interesses, aos caprichos e à arrogância da Fifa talvez aumente o tamanho do prejuízo. Pode ser tarde. Mas há tempo de sobra para aplicar o Código Penal aos delinquentes que enterraram em estádios inúteis o dinheiro que falta para reduzir as gigantescas carências do Brasil real. E exigir a devolução das fortunas que roubaram.
As multidões indignadas acabam de conseguir a redução das tarifas de transporte público. Os pais-da-pátria estão assustados com a descoberta de que a paciência aparentemente infinita acabou. É hora de intensificar a ofensiva contra os quadrilheiros ─ políticos, empresários, cartolas e demais comparsas ─ que seguem debochando do povo com a celebração do legado inexistente da Copa da Ladroagem.FONTE;VEJA
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