terça-feira, 30 de julho de 2013
Diretor demite 20 funcionários e afirma que o Clériston Andrade tem solução
O odontólogo, José Carlos Pitangueira, assumiu a direção do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) no dia 28 de junho deste ano. Nesta segunda-feira (28), após um mês de sua posse, ele esteve no programa Acorda Cidade, onde fez uma avaliação geral da situação da unidade hospitalar.
Acorda Cidade - O senhor já fez mudanças na administração do Hospital Geral Clériston Andrade?
Pitangueira - Estamos fazendo as mudanças que achamos necessárias.
AC - Quais os problemas que o senhor encontrou no hospital?
Pitangueira - O principal problema é a superlotação. O resto existe a possibilidade de se resolver rapidamente, porque são obras, são estruturas. Nós já começamos a atacar o centro cirúrgico e uma UTI. Nós vamos, devagar, fazer tudo que for possível para mudar a situação. Agora a superlotação, se nós não tivermos ajuda dos prefeitos, secretários de saúde dos municípios que circulam Feira de Santana, vai ser muito difícil, mas muito difícil mesmo. Temos que acabar com a ambulânciaterapia em Feira. Um dos municípios que mais mandam ambulâncias é o de Tanquinho. Precisam fazer um hospital naquele município. O atendimento básico deve ser feito em cada cidade. Mande pra nós o que é nosso: atendimento de urgência e emergência. A pactuação que existe entre os municípios, pactua 10 tomografias, eles mandam 50. As 40 quem é que vai pagar?
AC - O que é ambulânciaterapia?
Pitangueira - É comprar cinco ambulâncias, ao invés de construir um hospital. Eles botam dois, três pacientes dentro da ambulância, entregam na porta do hospital sem nem fazer a ficha. Assim eles resolvem o problema do município deles, mas cria o do Clériston Andrade.
AC - Os prefeitos da região têm os recursos e não estão atendendo no município?
Pitangueira - Eu não sei. Do jeito que está tem que saber onde está sendo aplicando os recursos. Eu não quero criticar, pois não sei qual é a retaguarda deles. Eu só sei que tenho que reclamar para eles se defenderem.
O prefeito de Tanquinho, Jorge Flamarion, entrou em contato com o Acorda Cidade e disse que o município dá assistência as cidades de Candeal, Ichu e uma parte de Feira de Santana. Ele informou que teve uma reunião com o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, e que foi informado que três hospitais da região do portal do sertão, (Santo Estevão, Irará e Conceição do Jacuípe) serão recuperados.
“Nós damos atendimento básico sim, mas não temos algumas especialidades no município e temos que encaminhar para outras unidades que tem recursos melhores”, afirmou.
Pitangueira, em resposta, disse que conversou com a secretária do município de Tanquinho e explicou sobre as dificuldades do Clériston Andrade.
“Pedi que em caso de necessidade, eles liguem pra nós antes de mandar o paciente, pois teremos prazer em atendê-los. Pedi isso, porque o pessoal de Tanquinho está deixando o paciente na porta do hospital e está indo embora. Sei que a culpa não é do prefeito, mas ele precisa saber”, ressaltou.
AC - E sobre as macas do Samu que estão ficando presas no HGCA. É falta de macas no hospital?
Pitangueira - Não. Essa parte, eu acho que temos que sentar para administrar essa briga. Ontem pela tarde conseguimos liberar todas as macas. Agora se chega um paciente no atendimento de emergência e nós não temos mais nenhuma maca, todas estiverem cheias, nós vamos ter que usar as macas do Samu. As ambulâncias do Samu para a população de Feira de Santana não é pouca, é pouquíssima. A população precisa de mais ambulâncias. Voltando a questão do Clériston Andrade, o hospital tem 30 anos. Antes tínhamos 250 mil habitantes, hoje temos quase 650 mil, e é o mesmo hospital, com os mesmos leitos e os mesmos médicos. Os municípios circunvizinhos cresceram também e foram criados outros nesses 30 anos. Vai ficar o mesmo hospital? Se fizer mais dois ou três, enche.
AC - No Hospital Geral do Estado existe um convênio com uma empresa de maqueiros, que quando uma ambulância chega, os pacientes deixam a ambulância e já entram no hospital com as macas dessa empresa. É possível fazer o mesmo convênio para o Clériston?
Pitangueira - Eu não sei desse contato, mas quando eu fui diretor do HGE eu não me lembro dessa empresa. Entrava maca mesmo. Mas eu vou procurar saber e seria uma boa ideia.
AC - Qual é a realidade do hospital hoje, quantos pacientes comporta o Clériston?
Pitangueira - Suporta 305 pacientes. Mas sexta-feira (26) tinha mais de 480 internados.
AC - O Clériston Andrade tem jeito?
Pitangueira - Claro. Todos os funcionários estão vestindo a camisa e ajudando para que a situação melhore. Todos querem a melhoria e eu sozinho não posso fazer nada. Nós precisamos do reconhecimento do nosso trabalho. Ninguém pode reclamar de superlotação, pois isso nem Deus vai resolver. Vamos analisar o que pode ser feito para diminuirmos as macas no corredor. O governo tem dado suporte total. Nos hospitais que passei eu mudava minha sala, assim como vou mudar no Clériston. No administrativo eu não fico. Vou colocar minha sala no meio, perto da UTI, da emergência, porque dali eu vejo tudo. Temos que trabalhar mostrando trabalho.
AC - As reformas que foram feitas no hospital não deram resultados?
Pitangueira - Estamos começando a fazer a reforma do centro cirúrgico, mas temos algumas dificuldades com relação ao telhado, por exemplo. A emergência também vai ser ampliada. A parte elétrica e de cabeamento telefônico também será mudada.
AC - A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Clériston Andrade vai sair?
Pitangueira - Antes de 30 dias vai voltar as obras e isso vai melhorar muito, pelo menos o atendimento básico. Eu acho que se conseguíssemos entrar em acordo com o município para tirar a maternidade de dentro do Clériston Andrade, seria um ponto principal. O Clériston ficaria apenas para urgência e emergência. Assim a gente ganharia mais espaço.
AC - Como o senhor pretende mudar a má qualidade no atendimento do hospital?
Pitangueira - Não se pode ter uma boa qualidade de atendimento do jeito que está. Tem funcionários para atender 20 pacientes e atende 60 em um lugar só. Não tem como prestar um bom atendimento.
AC - O senhor tem funcionários suficientes?
Pitangueira - Não, porque tem muita gente que se aposentou. Eu estou procurando o caminhão de reda, mas ainda não achei.
AC – Com relação aos técnicos de enfermagem que trabalham 12 horas por dia e quando vão mudar o plantão tem que dobrar o turno, como fica a folga?
Pitangueira - Essa questão é importante. Em Feira de Santana me assustou os atestados médicos. Nós vamos tentar resolver o problema pedindo a esses funcionários que se conscientizem.
AC - O que o senhor vai fazer para melhorar sala vermelha?
Pitangueira - Já estamos melhorando. Tem cinco fisioterapeutas que chegaram e já estão trabalhado lá dentro. Já temos seis respiradores, quatro monitores e vamos resolver aos poucos, mas repito: na sala vermelha só cabe oito pacientes e tinham 15 ontem.
AC - O senhor já afastou algum terceirizado?
Pitangueira - Tínhamos uma lista de 20 colaboradores que não estavam correspondendo e afastamos todos de vez.FONTE:ACORDA CIDADE
Apenas 1% dos homens prioriza a beleza feminina, diz pesquisa
Em um mundo que valoriza tanto a imagem, parece difícil acreditar que apenas 1% dos homens prioriza a beleza na hora de escolher a ‘mulher perfeita’. Mas é o que diz a pesquisa 60 Minutes, da revista Vanity Fair, com uma amostra com pouco mais de mil adultos americanos.
Quando apresentados a uma lista de qualidades que consideram importantes em uma mulher, a maioria – 39% - responderam que ela deve ser uma boa mãe; 33% apostaram nas inteligentes; 17% valorizam o bom humor; 3% acreditam que uma boa mulher deve saber cozinhar; 3% votaram na desejo sexual e apenas 1% na beleza.
Além disso, engana-se quem pensa que a imagem de 'femme fatale' é algo importante para os homens; quando perrguntados sobre qual filme preferido poderia prejudicar a imagem de uma mulher, a maioria, 25%, responderam Atração Fatal.
Além disso, 55% disseram que as mulheres mais desejáveis são as ousadas e experientes, contra 33% que preferem as doces e inocentes. Por outro lado, a maioria concorda que é difícil se encontrar uma 'boa mulher' – 63% afirmaram isso.
Em busca da mulher ideal
Entre os comportamentos que depõem contra a 'mulher ideal', lideram a lista as que fumam muito (34%) e as adeptas à cirurgia plástica (17%). Também integram o ranking as que bebem, as que têm gatos e as que gostam de fazer fofoca.
Entre as coisas que abririam mão em nome de manter uma ‘mulher perfeita’, 20% renunciariam à religião; 17% aos amigos; 15% à carreira; 12% a dez anos de vida, empatado com a própria casa, e 6% da própria mãe. E por falar em mãe, a maioria esmagadora (74%) afirmou que as mulheres tendem a assumir o papel de mãe na relação.
Um dos dados mais divertidos tem a ver com a posição profissional da mulher que os deixaria mais confortável: 48% responderam “médica”, enquanto que apenas 3% gostariam de ter uma mecânica em casa.
Outra curiosidade apontada pelo levantamento foi a participação feminina nas companhias americanas; a Amazon é que mais tem mulheres em cargos de liderança, com 19%. A Macy’s vem na sequência, com 18%; depois Walgreens e Pepsico, empatadas com 7%, e Nike, com 5%. As informações são do Terra.
Quando apresentados a uma lista de qualidades que consideram importantes em uma mulher, a maioria – 39% - responderam que ela deve ser uma boa mãe; 33% apostaram nas inteligentes; 17% valorizam o bom humor; 3% acreditam que uma boa mulher deve saber cozinhar; 3% votaram na desejo sexual e apenas 1% na beleza.
Além disso, engana-se quem pensa que a imagem de 'femme fatale' é algo importante para os homens; quando perrguntados sobre qual filme preferido poderia prejudicar a imagem de uma mulher, a maioria, 25%, responderam Atração Fatal.
Além disso, 55% disseram que as mulheres mais desejáveis são as ousadas e experientes, contra 33% que preferem as doces e inocentes. Por outro lado, a maioria concorda que é difícil se encontrar uma 'boa mulher' – 63% afirmaram isso.
Em busca da mulher ideal
Entre os comportamentos que depõem contra a 'mulher ideal', lideram a lista as que fumam muito (34%) e as adeptas à cirurgia plástica (17%). Também integram o ranking as que bebem, as que têm gatos e as que gostam de fazer fofoca.
Entre as coisas que abririam mão em nome de manter uma ‘mulher perfeita’, 20% renunciariam à religião; 17% aos amigos; 15% à carreira; 12% a dez anos de vida, empatado com a própria casa, e 6% da própria mãe. E por falar em mãe, a maioria esmagadora (74%) afirmou que as mulheres tendem a assumir o papel de mãe na relação.
Um dos dados mais divertidos tem a ver com a posição profissional da mulher que os deixaria mais confortável: 48% responderam “médica”, enquanto que apenas 3% gostariam de ter uma mecânica em casa.
Outra curiosidade apontada pelo levantamento foi a participação feminina nas companhias americanas; a Amazon é que mais tem mulheres em cargos de liderança, com 19%. A Macy’s vem na sequência, com 18%; depois Walgreens e Pepsico, empatadas com 7%, e Nike, com 5%. As informações são do Terra.
Jonas Paulo acha que definição de candidato ao governo sai em 2013
Embora o cenário seja de unidade, e o próprio vice-governador e presidente estadual Otto Alencar (PSD), em entrevista à Tribuna, tenha pregado esse conceito, as expectativas demonstram que os aliados ainda não apresentam tanta afinidade em relação ao debate pré-eleitoral. Nessa segunda-feira (29/7), o presidente estadual do PT, Jonas Paulo rebateu as declarações do líder pessedista de que o nome só sairá em 2014 e que as manifestações que acontecem no País devem ter impacto nos resultados. Segundo o líder petista, pelo avanço das conversas tudo caminha para que o PT, junto ao governador Jaques Wagner e aos demais partidos decidam ainda este ano a liderança que irá entrar como candidato à sucessão.
“Como não há uma candidatura natural, ela tem que ser construída, o que requer tempo, mas eu acredito que pelo que temos conversado com o PT nacional, com o governador, a candidatura sai ainda este ano. E eu gosto muito do ano 13, traz sorte”, afirmou. Segundo o dirigente do PT, as pesquisas qualitativas e os diálogos sinalizam amadurecimento nesse processo. O presidente do PT reiterou também a ligação com a eleição nacional. “É uma eleição que não tem autonomia”, disse, destacando que a aliança para reeleger a presidente Dilma Rousseff será a mesma no plano local.
Jonas desconversou sobre as consequências dos protestos no pleito do próximo ano. “Nós estamos convivendo bem com esse processo, a performance da militância petista foi muito boa no Dois de Julho e na festa dos 10 anos do PT. Estamos preparados para a agenda das ruas”, enfatizou. Por sua vez, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), que se coloca como pré-candidato ao Palácio de Ondina, concordou com o aliado pessedista. “O quadro está muito nebuloso para se definir a candidatura agora em 2013. O melhor momento será em janeiro ou fevereiro. Mas isso será sob a coordenação do governador Jaques Wagner”, disse. Nilo também apostou que o cenário de movimentações nas ruas vai refletir eleitoralmente. “Com certeza vai ter influência no processo eleitoral”, reforçou.
Na oposição, também houve repercussão. O presidente estadual do DEM, deputado Paulo Azi, acordou a declaração de Otto sobre a tendência de união do grupo oposicionista em 2014. “Existe uma certeza da união que tem sido exteriorizada por todos os líderes dos partidos que integram o grupo”. Já o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) ironizou o vice-governador. “O que facilita a união em 2014 é a preocupação com a Bahia. Acima das divergências estão os interesses públicos, e o amor a nossa terra. Queremos resgatar a Bahia que ele mesmo ao se aliar a este governo está permitindo que se acabe”.
FONTE:Tribuna da Bahia
“Como não há uma candidatura natural, ela tem que ser construída, o que requer tempo, mas eu acredito que pelo que temos conversado com o PT nacional, com o governador, a candidatura sai ainda este ano. E eu gosto muito do ano 13, traz sorte”, afirmou. Segundo o dirigente do PT, as pesquisas qualitativas e os diálogos sinalizam amadurecimento nesse processo. O presidente do PT reiterou também a ligação com a eleição nacional. “É uma eleição que não tem autonomia”, disse, destacando que a aliança para reeleger a presidente Dilma Rousseff será a mesma no plano local.
Jonas desconversou sobre as consequências dos protestos no pleito do próximo ano. “Nós estamos convivendo bem com esse processo, a performance da militância petista foi muito boa no Dois de Julho e na festa dos 10 anos do PT. Estamos preparados para a agenda das ruas”, enfatizou. Por sua vez, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), que se coloca como pré-candidato ao Palácio de Ondina, concordou com o aliado pessedista. “O quadro está muito nebuloso para se definir a candidatura agora em 2013. O melhor momento será em janeiro ou fevereiro. Mas isso será sob a coordenação do governador Jaques Wagner”, disse. Nilo também apostou que o cenário de movimentações nas ruas vai refletir eleitoralmente. “Com certeza vai ter influência no processo eleitoral”, reforçou.
Na oposição, também houve repercussão. O presidente estadual do DEM, deputado Paulo Azi, acordou a declaração de Otto sobre a tendência de união do grupo oposicionista em 2014. “Existe uma certeza da união que tem sido exteriorizada por todos os líderes dos partidos que integram o grupo”. Já o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) ironizou o vice-governador. “O que facilita a união em 2014 é a preocupação com a Bahia. Acima das divergências estão os interesses públicos, e o amor a nossa terra. Queremos resgatar a Bahia que ele mesmo ao se aliar a este governo está permitindo que se acabe”.
FONTE:Tribuna da Bahia
Dilma sai em defesa de Joaquim Barbosa e diz que não há constrangimento entre eles
A presidente Dilma Rousseff sai em defesa de Joaquim Barbosa, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal). "Ele não fez nada", afirma a petista sobre a imagem de TV que mostraria o magistrado cumprimentando o papa Francisco e passando reto por ela numa cerimônia no Rio de Janeiro, na semana passada.
BRIGOU COM ELE
Barbosa foi atacado em sites e mídias sociais pela suposta "arrogância" e falta de educação. "O ministro Joaquim chegou [ao local da audiência com o santo padre] e logo mandei chamá-lo para a sala em que eu estava. Ficamos duas horas conversando e vendo TV."
BRIGOU COMIGO
Na hora dos cumprimentos, Dilma diz que apresentou Barbosa ao papa explicando que "esse senhor é o primeiro negro presidente do tribunal, pelos seus méritos, uma pessoa que se superou". E emenda: "O papa se aproximou dele de forma afetiva e o ministro sorriu para mim".
É INÚTIL
Dilma critica o fato de pessoas quererem "criar constrangimento" entre ela e o presidente do STF. "Já nos encontramos duas vezes nas últimas semanas, uma delas a meu pedido e outra a pedido dele. Como presidente de poder, o Joaquim Barbosa sempre foi extremamente correto comigo. E eu tenho absoluta clareza de que ele jamais faria uma coisa dessas [referindo-se à cena do papa]."
BRIGOU COM ELE
Barbosa foi atacado em sites e mídias sociais pela suposta "arrogância" e falta de educação. "O ministro Joaquim chegou [ao local da audiência com o santo padre] e logo mandei chamá-lo para a sala em que eu estava. Ficamos duas horas conversando e vendo TV."
BRIGOU COMIGO
Na hora dos cumprimentos, Dilma diz que apresentou Barbosa ao papa explicando que "esse senhor é o primeiro negro presidente do tribunal, pelos seus méritos, uma pessoa que se superou". E emenda: "O papa se aproximou dele de forma afetiva e o ministro sorriu para mim".
É INÚTIL
Dilma critica o fato de pessoas quererem "criar constrangimento" entre ela e o presidente do STF. "Já nos encontramos duas vezes nas últimas semanas, uma delas a meu pedido e outra a pedido dele. Como presidente de poder, o Joaquim Barbosa sempre foi extremamente correto comigo. E eu tenho absoluta clareza de que ele jamais faria uma coisa dessas [referindo-se à cena do papa]."
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Feira de Santana:Construção de escolas no Santo Antônio e Parque Ipê
Há 35 anos a dona de casa Maria Lima Aquino sonha com uma escola perto de sua casa. Na manhã desta segunda-feira, 29, ela acompanhou o início da concretização deste desejo, com a ordem de serviço dada pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho para a construção de uma unidade de ensino no loteamento Marambaia, no bairro Santo Antônio dos Prazeres.
Os moradores da localidade serão contemplados com uma escola com dez salas de aula, ginásio esportivo coberto, auditório, biblioteca, refeitório, laboratórios e bloco administrativo. Os serviços foram iniciados pela empresa Clap Construções Ltda, vencedora de licitação pública.
“Fui a primeira moradora deste local. Quando cheguei aqui não existia nada, mas agora já são muitas casas, o bairro vem crescendo bastante, e ter uma grande escola e de qualidade é um sonho para nós. Com certeza vamos estar mais tranqüilos quanto ao futuro dos nossos filhos e netos”, considerou.
Na oportunidade o prefeito José Ronaldo também anunciou a pavimentação das ruas Chapada Guimarães, Marambaia e Nova Esperança, bem como a construção de uma unidade de saúde, que deverão ser iniciadas neste segundo semestre. “Assim como a escola, são obras que fazem parte do pacote que anunciamos no mês de maio, contemplando também esta região da cidade”, pontuou.
Ainda na manhã desta segunda-feira, o prefeito José Ronaldo autorizou as obras de construção de uma escola na rua Tijuca, no bairro Parque Ipê. “São obras que estão sendo realizadas com o objetivo de implantar um novo processo educacional em Feira de Santana, oferecendo educação em tempo integral e de qualidade às nossas crianças e adolescentes”, salientou.
Os atos foram acompanhados pelo deputado estadual Carlos Geilson, vereadores Reinaldo Miranda e Antônio Carlos Athayde, os ; secretários José Pinheiro (Desenvolvimento Urbana), Jayana Ribeiro (Educação), Mauro Moraes (Prevenção e Violência), Arsênio Oliveira (Gestão e Convênios); presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, o coordenador de Projetos Especiais Rafael Cordeiro; ex-vereadores Otávio Joel de Araújo, Luiz Augusto de Jesus, e Ailton Rios e o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Feira de Santana, Hamilton Ramos. (Ordachson Gonçalves)
Otto prega unidade na Bahia para 2014
Uma das fortes lideranças do governo Jaques Wagner, o vice-governador Otto Alencar, que é presidente do PSD na Bahia, segundo maior partido da base aliada, prega unidade e diz que não será problema, mas sim solução na sucessão estadual de 2014. Embora cotado como possível candidato ao Palácio de Ondina, o líder pessedista diz que cumprirá sua palavra ao apoiar o candidato que o governador Jaques Wagner (PT) escolher. “Vou repetir e quero dizer que eu não tenho essa ambição de ser governador. Se acontecer vai ser algo natural, não vai ser empurrando a porta do Palácio de Ondina ou da Governadoria para entrar. Nunca fiz isso nem vou fazer”, enfatizou. Segundo ele, na hora certa será definido o candidato com respaldo de toda a base aliada.
Otto Alencar – Acho que esses movimentos sociais deveriam até acontecer antes no Brasil, diante dos problemas que tivemos no País, na classe política ao longo dos últimos anos, sobretudo nas casas Legislativas, Congresso Nacional, Câmara – Senado Federal e Câmara Federal. Eu listei até agora em 2013 mais de 20 casos de mau comportamento, desvio de conduta ética, malversação dos políticos no Congresso. Recentemente tivemos o caso de Demóstenes Torres e agora com o deputado federal que foi preso por irregularidades e malversação de recursos públicos. Isso tudo fez com que a população desse um grito de basta à corrupção, de basta a negligências com as coisas do povo. A questão da saúde pública, da educação, dos transportes coletivos, acho que ainda deixa muito a desejar, o que não quer dizer que nada melhorou. Muita coisa melhorou com o governo Lula. Não tem como não dizer que o Brasil não melhorou na era Lula. Melhorou sim. Isso aconteceu em vários pontos fundamentais para as comunidades, como os programas sociais que tiveram uma permeabilidade muito grande, acabaram com a fome, a questão da agricultura familiar, o programa Minha Casa Minha Vida para a área habitacional, as obras do PAC, o governo brasileiro se libertou do FMI, sem esquecer que o Plano Real foi uma conquista do governo Fernando Henrique, mas isso são as coisas já conquistadas, ou seja, direitos adquiridos. As pessoas querem mais, o que é natural que elas queiram mais assistência à saúde, à educação e acima de tudo que mude o comportamento da classe política, como levaram eles a derrubarem a PEC 37 e a transformarem a corrupção em crime hediondo.
Tribuna – Os protestos vão exigir a mudança dos políticos e da forma de fazer política?
Otto – Aqueles que estão com desvio de conduta, que estão agindo errado porque o colegiado político é igual a qualquer colegiado. Tem aqueles que gostam de trabalhar e aqueles que não gostam. Existem os santos e os demônios. Têm honestos e desonestos. Em qualquer categoria profissional tem pessoas dessa natureza. Esses que estão com problemas devem abrir os olhos e perceberem que a população não vai querer mais políticos que não cumpram seus compromissos no que tange à ética, ao comportamento, ao trabalho, ao ouvir os reclames da população e a trabalhar com aquilo que a população deseja.
Tribuna – Como vê o impacto disso na avaliação dos governos Dilma e Wagner? Terá consequência na eleição de 2014?
Otto – Eu acho que as manifestações foram contra a classe política como um todo. Claro que teve uma queda na popularidade do governo Dilma, do governo do Rio de Janeiro. Aqui na Bahia nós não analisamos ainda, mas de uma forma ou de outra os partidos todos têm que se reciclarem, mudarem o comportamento e estarem sintonizados com aquilo que a população precisa. Esse é o caminho. Acho que vai alterar também as eleições de 2014, sem dúvida nenhuma, embora eu ainda não tenha um diagnóstico do que possa acontecer no futuro, qual vai ser o desdobramento dessa manifestação. O que é importante é que cada político faça uma auto-análise para saber se está andando conforme pede a população e analise se deve ou não sair candidato. Para 2014, veja se realmente o seu trabalho foi reconhecido pela população e se deve ou não participar das eleições. Eu tenho muito consciência disso. No momento em que eu não observar que o meu trabalho não teve respaldo e que não significou nenhum avanço, aí eu vou dizer que chegou a hora de parar. É importante que os outros também tenham essa consciência e observem se têm vocação de servir as pessoas e se estão dando as respostas para a população. Isso vale para qualquer nível, vereador, deputado, prefeito, governador, até porque a política é um instrumento de levar felicidade às pessoas, trabalhar pelo coletivo e não por interesses grupistas, individuais e setoriais como acontece sempre.
Tribuna – A queda da popularidade da presidente Dilma, aliada ao momento econômico, impacta diretamente na eleição de 2014, trazendo consequências também para a Bahia. É cogitado que o governador Jaques Wagner apresente um nome alternativo, que ele está apresentando hoje, que é o secretário Rui Costa. Diante desse cenário, o seu nome surge como um dos mais fortes da base governista. Está preparado para esse desafio?
Otto – O impacto das manifestações é muito grande, havendo queda na popularidade Dilma, mas aquele fantasma da inflação que a oposição colocou na cabeça das pessoas não é. O índice de inflação caiu bastante agora, vai para 6%, 6,5%. Em 2002, quando eu fui governador interino, a inflação no último ano de Fernando Henriques estava em mais de 12%, o dólar estava 3,76% e o maior crítico do governo federal atualmente é o PSDB, do pré-candidato, o senador Aécio Neves. Inclusive, acho que é uma bandeira que eles não vão ter como explicar nas eleições. Como explicar as privatizações que foram feitas no período de Fernando Henrique Cardoso? A Companhia Siderúrgica Nacional foi vendida a preço de banana. Como explicar o desejo de privatizar a Petrobras? Vale lembrar que é estratégico manter o controle da Petrobras. Como explicar que queriam privatizar o Banco do Brasil? Essa queda da presidente Dilma e essa crise aguda podem ser recuperadas tranquilamente. Com a inflação se acalmando, ela pode ter uma ascensão e ganhar a eleição, como aconteceu com o Lula em 2005 que um ano depois ganhou as eleições. 2014 vai ser avaliado em 2014. Nós estamos em 2013 e em ano ímpar não se discute eleição, sobretudo 13, que é o número do PT. Então vamos ficar quietos agora em 2013 e esperar 2014 para ver o que vai acontecer. Eu sou um aliado do governador Wagner, do grupo, dos 14 partidos que apoiam o governador e o nome que sair, que for escolhido pelo governador vai ser o meu candidato. Eu não tenho paixão, nem obsessão por ser candidato a absolutamente nada. Eu quero fazer um bom trabalho na Secretaria de Infraestrutura. Os gregos diziam que quando os deuses querem enlouquecer um homem o enchiam de paixão, de compulsão. Eu não quero ficar louco.
Tribuna – O PSD terá autonomia para se aliar a qualquer partido nos estados no próximo ano. Isso é um sinal de que o seu discurso cauteloso começa a mudar?
Otto – Não. O Diretório nacional decidiu que nos estados os diretórios estaduais vão ter condições de fazer as alianças. Aqui na Bahia, o PSD vai estar na aliança do governador Jaques Wagner e demais partidos da base. Em nível nacional, eu acho que vai estar na aliança com a presidente Dilma, pelo menos eu conversei com o presidente da sigla, Gilberto Kassab, nesse domingo (28/7) e a tendência é essa. Aqui na Bahia, sem dúvida nenhuma, vamos caminhar com o candidato do governador Jaques Wagner.
Tribuna – Tem alguma possibilidade de pressão, já que Kassab tem na mão a chance real de um quadro do partido poder assumir o comando no Estado?
Otto – Não. Nós acertamos que aqui na Bahia, assim como em outros estados, haveria liberdade nas alianças, de agir de acordo com o diretório estadual e com o que a maioria deseja. Aqui na Bahia, a maioria deseja continuar na aliança com o governador Jaques Wagner. Não haverá em hipótese nenhuma qualquer diáspora.
Tribuna – Como o senhor analisa a ânsia do PT pelo poder? Acha legítima a tentativa de manter a hegemonia?
Otto – Vejo com naturalidade. O PT tem vários nomes que têm história, condições de disputarem a eleição e sucederem o governador Jaques Wagner. Acho que é algo natural esse desejo, assim como acontece no PDT, que coloca o nome do deputado Marcelo Nilo, o PSB com a senadora Lídice da Mata, os nomes da oposição que estão sendo colocados. É um desejo de cada um disputar aquilo que acha que deve disputar para exercer o poder da melhor forma possível, na direção de atender aquilo que o povo precisa.
Tribuna – Acha que o PT vai ter condições de escolher entre os quatro nomes, conseguindo agregar a base ou teria chegado a hora de o governador tentar construir uma candidatura que contemple a todos da base sem precisar ser a cabeça de chapa do PT?
Otto – O governador tem muitas virtudes, e uma delas é a capacidade de administrar essa situação. São 14 partidos da base aliada. Na hora certa ele vai chegar e chamar os presidentes para conversar e nós vamos chegar a um nome que tenha o respaldo de toda a base aliada. Ele nunca foi governador de estar impondo nomes a quem quer que seja. Acho que o nome que ele indicar vai ser depois da conversa com os partidos da base aliada. Ele nunca falou comigo sobre qual nome ele deseja apoiar. Dizem que podem ser candidatos pelo PT, os secretários Rui Costa, José Sérgio Gabrielli, o senador Walter Pinheiro e o ex-prefeito Luiz Caetano, mas ele (governador) nunca me falou nada. Eu acho que esse nome só sairá em 2014.
Tribuna – O senhor acha que o secretário Rui Costa tem condições de se viabilizar?
Otto – Aí eu não sei. É um exercício futurista. O Rui Costa tem muitas qualidades, tem virtudes políticas e pode disputar e receber o apoio do governador. Mas o governador nunca me falou qual seria o nome que ele iria apoiar. Vejo outras candidaturas colocadas na base aliada, como a de Marcelo Nilo, mas acho que está muito cedo. Este ano é muito difícil para o governo da Bahia, está realizando obras importantes, como o novo polo da Bahia, que será a região de Maragojipe e ainda outra grande intervenção que é a Fiol – Ferrovia Oeste Leste. É um ano de trabalho, de dificuldade não só para a Bahia, como para outros estados que vivem atualmente o arrocho fiscal. Precisamos terminar o ano bem, fazendo as obras que a população precisa.
Tribuna – A senadora Lídice da Mata pode ser alçada a candidata ao governo, caso o presidente do PSB, governador Eduardo Campos, sai como candidato a presidente da República. Esse movimento racharia a base do governo estadual?
Otto – Creio que não. A Lídice tem votos substanciais. Não vou desqualificar a senadora, que tem uma história de vida e política honrada e digna, tendo uma densidade eleitoral grande, mas não creio na candidatura de Eduardo Campos, pois ele não tem densidade eleitoral. Ele tem em torno de 5% nas pesquisas depois de uma visibilidade muito grande e de ter dito que era candidato. Eu acredito que os adversários da presidente Dilma serão o PSDB, com Aécio Campos ou José Serra, e ainda a Marina Silva. Vai ser por aí e outro candidato de menor densidade eleitoral.
Tribuna – E a oposição, grupo do qual já fez parte, de que forma avalia a suposta estratégia de união? Acredita que haverá um projeto único contra o governo?
Otto – Não sei, mas sei que a diversidade da oposição une, como uniu nas eleições de Salvador. Eu nunca imaginei Geddel apoiando Neto, Neto recebendo o apoio de Geddel, sendo esse um adversário ácido de Antonio Carlos Magalhães. Se uniram todos, o PSDB, DEM, PMDB, então a facilidade para se unir é maior. Eu não vou interferir nisso, não gosto de opinar, mas a diversidade une, como eu falei no início.
Tribuna – Quem é aposta da oposição? ACM Neto, Paulo Souto, Geddel ou João Gualberto? Qual desses deve dar mais trabalho para o candidato do governo?
Otto – Quem está no time oposto não escolhe adversário. O que vier nós temos que respeitar, fazer uma campanha ética, buscar o voto onde tiver o voto. Não me falta, nem falta aos partidos da base, vontade, disposição e liderança para buscar esse voto. Nós temos trabalhado, particularmente conheço muito o interior da Bahia, tenho viajado bastante. O governo tem muitas obras e vai estar bem avaliado em 2014 pelo acervo de obras. Eu não tenho a menor dúvida. Então vamos chegar fortes em 2014. Agora eu não tenho a menor dúvida de que o nosso grupo vai caminhar unido, sob a liderança da presidente Dilma, do ex-presidente Lula e do governador Jaques Wagner. O time que vier nós vamos enfrentar.
Tribuna – Existe um clamor dentro do partido para que o ex-presidente Lula seja o candidato. Como o senhor estava no evento do PT, notou nos bastidores que há um movimento nesse sentido ou está descartado?
Otto – Olha, o presidente Lula, tanto nos bastidores, como em público, falou com muita clareza e convicção de que a candidata é a presidente Dilma Rousseff, mas em política pode acontecer de tudo. Não acho que não possa haver nenhuma mudança. Ninguém esperava que a própria Dilma seria a candidata do Lula e terminou sendo. Isso acontece. Mas, ele falou claramente que a presidente Dilma seria a candidata e ela foi muito aplaudida.
Tribuna – O senhor está na máquina do governo, dessa forma qual avaliação que faz? Qual o maior acerto e qual o maior erro do governo Wagner?
Otto – Olha, eu não vejo nenhum erro, pelo menos nenhum caso que venha macular a imagem do governo por desvio de conduta, por malversação de recursos. Isso não existe, pois o governador é muito transparente. O que existiu lá atrás ele realmente puniu, demitiu. Acho que a grande dificuldade do governo hoje não está sendo criada pelo governo, mas pela conjuntura nacional. Existe um excesso de poder político, administrativo e financeiro centralizado em Brasília. Ou o Congresso Nacional faz o pacto federativo dando mais autonomia aos estados e municípios ou então eu tenho um pessimismo com o futuro do Brasil. Não pode e nem deve tudo continuar centralizado em Brasília. Os estados passam por um arrocho fiscal muito grande hoje. Os custeios aumentam, a arrecadação cai e temos que trabalhar com uma margem muito pequena de recursos para investimentos. Mas avançou muito, existem coisas muito positivas no governo estadual. Eu não vejo qual o erro principal. Acho que deve haver mudanças em nível nacional com a aprovação da reforma tributária; segundo, deve-se aprovar a reforma do código penal. Enquanto não houver essa reforma, nenhum governador vai poder dar segurança a seu povo. O código penal é muito complacente com quem comete crimes. Acabar com a impunidade é o mais importante hoje no Brasil, para os políticos e qualquer outro que comete erros. Também deve haver a inflexidade da lei com quem é reincidente. O outro fato seria fazer a reforma política e a trabalhista.
Tribuna – Qual o formato ideal para a reforma política?
Otto – Olha, a reforma política tem vários itens que o Congresso não vai chegar a ter. Acho que deveria inclusive se fazer o plebiscito para a população. Fazer uma reforma que seja sincronizada com os interesses do povo. Eu defendo muito o voto distrital, a obrigatoriedade do voto também deveria acabar. Obrigar a votar não combina com a democracia. Tem que perguntar ao povo o que ele quer. Por exemplo, o povo paga impostos, o governo recolhe impostos por isso precisa saber se o povo quer que esse dinheiro vá financiar vereador, deputado, prefeito, governador.
Tribuna – Um dos pontos é de que se acabaria com o caixa-dois de campanha, só que não existe garantia. O que o senhor acha?
Otto – Não existe garantia. Vai continuar o caixa-dois pelo lado privado e pelo financiamento público. Esse plebiscito é importante por isso. O primeiro ponto a ser perguntado é: 'você, brasileiro que recolhe impostos, você quer que o imposto recolhido ao governo federal vá financiar as campanhas? Você quer o voto distrital, quer o voto aberto, quer o voto facultativo?' Isso tudo precisa ser perguntado.
Tribuna – O que na sua visão não pode deixar de ser feito até o final do mandato do governador Jaques Wagner?
Otto – Concluir as obras de responsabilidade do governo estadual. Mas vamos conseguir.
Tribuna – O senhor acredita que o prefeito ACM Neto (DEM) vai conseguir fazer um bom governo e dar respostas à população de Salvador?
Otto – Olha, com a situação que ele encontrou na prefeitura vai ser muito difícil ele colocar tudo em ordem em 1 ano e meio, colocar numa situação em que a população sinta as respostas. Acho que os oito anos do prefeito João Henrique foram os piores da história administrativa de Salvador. Até não digo que ele cometeu só irregularidades, mas cometeu crimes contra o erário e a administração pública que está sendo punida pelo
Tribunal de Justiça e pelo Tribunal de Contas. Foi uma gestão perdulária que gastou mais do que arrecadou, uma série de irregularidades. Desejo ao prefeito ACM Neto que possa cumprir bem o seu mandato, mas eu sei que ele vai enfrentar uma dificuldade muito grande.
Tribuna – O que dizer para as pessoas que ainda alimentam o desejo de ver o senhor como candidato a governador?
?
Otto – Vou repetir e quero dizer que eu não tenho essa ambição de ser governador. Se acontecer, vai ser algo natural, não vai ser empurrando a porta do Palácio de Ondina ou da Governadoria para entrar. Nunca fiz isso nem vou fazer. Posso estar na chapa majoritária como senador, que é o meu desejo, mas vou seguir e apoiar aquele que for o candidato do governador Jaques Wagner. Passarei qualquer privacidade na minha vida, mas não deixarei de cumprir com o meu compromisso e a minha palavra.
Fonte: tribuna da Bahia-Colaboraram: Fernanda Chagas e Lilian Machado.
Itamaraty rebate presidente do STF e nega discriminação
O Itamaraty rebateu nesta segunda-feira (29) declarações feitas pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, sobre a pasta. Em entrevista ao jornal "O Globo", publicada no domingo, o ministro afirmou que "o Itamaraty é uma das instituições mais discriminatórias do Brasil" --Barbosa fez concurso para a carreira diplomática, mas não foi aprovado.
"Passei nas provas escritas, fui eliminado numa entrevista, algo que existia para eliminar indesejados. Sim, fui discriminado, mas me prestaram um favor. Todos os diplomatas gostariam de estar na posição que eu estou", disse.
Porta-voz do Itamaraty, o embaixador Tovar Nunes afirmou que o MRE (Ministério das Relações Exteriores) respeita "a opinião pessoal [do presidente do STF], mas gostaríamos que ele se atualizasse."
"Esse julgamento à luz do que existe hoje não existe: houve uma evolução muito grande sobre isso", disse o diplomata, citando a concessão de bolsas de estudo para afrodescendentes, criada em 2002, e a reserva de vagas no concurso do Rio Branco, que passou a valer em 2011.
"A gente acha um pouco injusto fechar os olhos sobre essas questões, [que são] recentes, mas queremos continuar avançando", completou. Nunes destacou que há um "empenho pessoal" do ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) em combater "qualquer tipo de discriminação".
Mais Médicos cobre 30% da demanda das cidades, aponta balanço
Até a meia-noite deste domingo (28), 4.657 médicos haviam feito a inscrição no programa Mais Médicos, que pretende levar profissionais a cidades do interior do país e a periferias de grandes municípios.
O número, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Ministério da Saúde, indica que a primeira rodada de inscrições pode cobrir até 30% da demanda feita por prefeitos de todo o país. Pelo Mais Médicos, as cidades pediram 15.460 médicos ao governo federal.
Do total de inscritos, 3.891 são médicos que já atuam no Brasil. Os demais, 766, têm registros profissionais em outros países (podendo ser estrangeiros ou brasileiros).
Os dados revelam que pouco mais de 25% dos 18.450 médicos que fizeram a pré-inscrição para a primeira rodada do programa finalizaram o cadastro e estão aptos a serem deslocados a cidades com falta de profissionais.
O balanço mostra que houve grande desistência por parte dos médicos brasileiros inscritos que atualmente cursam uma residência médica. Dos 1.270 profissionais pré-inscritos nesta condição, apenas 31 (2,44%) confirmaram suas inscrições, segundo a Saúde.
Para os médicos brasileiros a inscrição está encerrada; os médicos que atuam no exterior, minoria entre os pré-inscritos, ainda têm até o dia 8 de agosto para fazer o cadastro. Outra rodada de inscrições está prevista para ter início em 15 de agosto.
O próximo passo do Ministério da Saúde será cruzar os dados dos médicos inscritos com as cidades que demandaram profissionais. Somente após esse cruzamento de dados e a confirmação de interesse por parte do profissional, o governo saberá quantos médicos, de fato, irão para municípios cadastrados no programa.
O PROGRAMA
O Mais Médicos foi lançado pela presidente Dilma Rousseff em 8 de julho, com dois eixos centrais: levar médicos brasileiros e estrangeiros a cidades com carência desses profissionais, e ampliar em dois anos os cursos de medicina.
O programa ganhou críticas de entidades médicas, escolas de medicina e parlamentares. Uma campanha, difundida nas redes sociais, orientou médicos a fazerem a pré-inscrição --inflando os números do programa-- mas não finalizarem o cadastro.Fonte:Folha
Em elenco dividido, Neymar ganha Messi como "parça" no Barcelona
Foram apenas 15 minutos de acesso à segunda sessão de treinos do primeiro dia de atividades de Neymar como jogador do Barcelona. Mas ao mesmo tempo em que nesta segunda-feira foi possível ver um pouco de frieza dispensada pelo contingente local, ficou constatado que Lionel Messi assumiu a responsabilidade de acolher o brasileiro recém-chegado.
O argentino passou o período aberto praticamente sem sair do lado de Neymar, participando da mesma roda de bobo, ao lado dos também brasileiros Dani Alves e Adriano, com os espanhóis Jordi Alba e Pinto as únicas exceções. Ao lado, os medalhões Xavi, Iniesta e Piqué mantinham um cero ar blasé, talvez ainda remanescente da final da Copa das Confederações.
Ao lado do ‘’parça’’ Messi, Neymar foi apresentado mais formalmente aos longos exercícios de posse de bola que costumam marcar os treinos do Barcelona. Um dos últimos a entrar em campo para o treino da tarde, Neymar foi um dos primeiros a chegar ao CT da equipe catalã, nos subúrbios de Barcelona.
Ele chegou dirigindo o carro cedido pelo clube, um Audi Q5 preto. Assim como todos os outros jogadores do Barcelona, não parou nos portões para os poucos mais de 30 torcedores que, ignorando o forte calor, tentavam tirar fotos e por vezes perigosamente entravam na frente dos veículos.
Messi foi um dos últimos a dar o da graça, mas causou frisson por conta da Maserati branca que dirigia. De acordo com a programação divulgada na tarde desta segunda-feira, o Barcelona viaja para Gdansk, na Polônia, às 9h30m locais (4h30m de Brasília), onde enfrenta o Lechia Gdansk no amistoso que deverá marcar os primeiros minutos de Neymar pela equipe.
O time, que deverá viajar sem vários protagonistas, como Xavi, Iniesta e os outros colegas de seleção espanhola, retorna à Catalunha na madrugada de quarta-feira. Num esquema ainda mais rigoroso de “blindagem” que o da seleção brasileira durante a Copa das Confederações, ainda não há confirmação de entrevistas coletivas com Neymar antes do amistoso com o Santos, na sexta-feira, e assessoria de imprensa do Barcelona já avisou que os próximos treinos serão fechados.
RUBEM CARNEIRO FILHO:" VOU VOLTAR A FAZER POLÍTICA EM SERRINHA SIM "
Olá meus amigos,desejo saúde e paz! Neste último final de semana tive o prazer de passar alguns momentos com o filho do médico e ex-deputado Rubem Carneiro.Rubem Carneiro Filho,Rubinho,como gosta de ser chamado,é uma pessoa muito simples,porém,culto e inteligente.A frente da Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), órgão que faz parte da nova Secretaria Municipal de Ordem Pública.O dirigente está à frente do órgão desde 2009. Advogado, e pós graduado em Administração Pública e Defesa do Consumidor, Rubem, 33 anos, iniciou sua trajetória na Codecon em 2005 quando, exerceu a função de juiz conciliador.Demostrando estar atento aos assuntos envolvendo Serrinha,Rubem filho fez algumas considerações sobre o atual quadro politico nesta cidade.Perguntado se aceitaria entrar mais uma vez na politica local,não se fez de rogado,
respondeu que sim.Fiz algumas perguntas que por certo terão repercussão no meio político desta cidade.
O SENHOR PENSA REALMENTE EM SE CANDIDATAR A PREFEITO DESTA CIDADE
RUBINHO : Não posso dizer que isso vai acontecer hoje ou amanhã,mais uma coisa está definida na minha mente;vou entrar na política sim.Amo minha terra e quero ajudar de alguma forma no progresso dessa cidade.
PERGUNTA : O SENHOR FICOU DECEPCIONADO QUANDO PERDEU A ELEIÇÃO PARA VEREADOR?
RUBINHO: Claro,fiquei sim.Mais quero dizer que fiz uma campanha honesta,estou em paz com minha consciência.Porém,sei que muito que me traíram não poderão dizer o mesmo.
E O SEU PAI?O QUE ACHOU?
RUBINHO: Ficou muito triste é claro,foi por isso que ele praticamente se afastou da política.
PERGUNTA: O SENHOR GUARDA RANCOR DE ALGUM POLÍTICO NESTA CIDADE?
RUBINHO : Com certeza,embora isso não atormente minha cabeça.Pessoas que tem parentesco com minha família sabe que não agiram com honestidade comigo.Alguns deles foram inclusive acionados na justiça.
PERGUNTA:PORQUE O SENHOR ACIONOU ESSAS PESSOAS NA JUSTIÇA?
RUBINHO :Porque lá é o local onde as injustiças são reparadas.E digo mais;já tem muita gente boa cumprindo pena alternativa em Salvador por conta de calúnias espalhadas em redes sociais contra minha pessoa.
PERGUNTA: EXISTE A POSSIBILIDADE DE UMA COMPOSIÇÃO POLÍTICA COM ALGUÉM EM SERRINHA?
RUBINHO: Gosto da maneira de Adriano Lima fazer política.Quero dizer que também sou amigo de outros líderes políticos dessa terra.Acho que seria interessante uma conversa com Adriano sim.
PERGUNTA:COMO VÊ A ADMINISTRAÇÃO DO PREFEITO OSNI CARDOSO?
RUBINHO: Espero muito mais.
PERGUNTA:O SENHOR SE CONSIDERA APAIXONADO POR SERRINHA?
RUBINHO: Me considero homem do campo,sou apaixonado por zona rural,animais,vaquejadas e por Serrinha também.Quando chega sexta-feira fico contando o tempo para chegar nesta cidade,Penso muito em ajudar minha gente.Finalizou.
respondeu que sim.Fiz algumas perguntas que por certo terão repercussão no meio político desta cidade.
O SENHOR PENSA REALMENTE EM SE CANDIDATAR A PREFEITO DESTA CIDADE
RUBINHO : Não posso dizer que isso vai acontecer hoje ou amanhã,mais uma coisa está definida na minha mente;vou entrar na política sim.Amo minha terra e quero ajudar de alguma forma no progresso dessa cidade.
PERGUNTA : O SENHOR FICOU DECEPCIONADO QUANDO PERDEU A ELEIÇÃO PARA VEREADOR?
RUBINHO: Claro,fiquei sim.Mais quero dizer que fiz uma campanha honesta,estou em paz com minha consciência.Porém,sei que muito que me traíram não poderão dizer o mesmo.
E O SEU PAI?O QUE ACHOU?
RUBINHO: Ficou muito triste é claro,foi por isso que ele praticamente se afastou da política.
PERGUNTA: O SENHOR GUARDA RANCOR DE ALGUM POLÍTICO NESTA CIDADE?
RUBINHO : Com certeza,embora isso não atormente minha cabeça.Pessoas que tem parentesco com minha família sabe que não agiram com honestidade comigo.Alguns deles foram inclusive acionados na justiça.
PERGUNTA:PORQUE O SENHOR ACIONOU ESSAS PESSOAS NA JUSTIÇA?
RUBINHO :Porque lá é o local onde as injustiças são reparadas.E digo mais;já tem muita gente boa cumprindo pena alternativa em Salvador por conta de calúnias espalhadas em redes sociais contra minha pessoa.
PERGUNTA: EXISTE A POSSIBILIDADE DE UMA COMPOSIÇÃO POLÍTICA COM ALGUÉM EM SERRINHA?
RUBINHO: Gosto da maneira de Adriano Lima fazer política.Quero dizer que também sou amigo de outros líderes políticos dessa terra.Acho que seria interessante uma conversa com Adriano sim.
PERGUNTA:COMO VÊ A ADMINISTRAÇÃO DO PREFEITO OSNI CARDOSO?
RUBINHO: Espero muito mais.
PERGUNTA:O SENHOR SE CONSIDERA APAIXONADO POR SERRINHA?
RUBINHO: Me considero homem do campo,sou apaixonado por zona rural,animais,vaquejadas e por Serrinha também.Quando chega sexta-feira fico contando o tempo para chegar nesta cidade,Penso muito em ajudar minha gente.Finalizou.
TJ-Ba tem varas vazias e funcionários fantasmas, acusa ministra Eliana Calmon
Baiana, a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirma que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) desrespeita propositadamente orientações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que cobram mais transparência e eficiência no Judiciário baiano. Ela lembra que desde sua passagem pela corregedoria do CNJ constatou-se a existência de varas com insuficiência de servidores de um lado e funcionários fantasmas e servidores com altos salários e sem função nos gabinetes dos desembargadores de outro - uma das muitas irregularidades que geraram agora sindicâncias contra a direção do Tribunal.Eliana aponta ainda a troca de favores entre o governo do estado e a ‘igrejinha’ que domina o poder no TJ-BA. "Há muitos cargos em comissão nos gabinetes dos desembargadores, enquanto as varas, onde o atendimento é feito, estão vazias. Encontrei varas com um ou dois funcionários na própria capital. E um monte de funcionários fantasmas ou sem fazer nada no TJ, com altos salários e gratificações. Havia caso de funcionária que morava em São Paulo e não vinha aqui, com salários altos, de R$ 15 mil. É muito difícil investigar a Justiça da Bahia, porque há uma resistência muito grande. Eu pedi, mas não apresentaram as declarações de renda (de mais de mil servidores e juízes)", declarou. As informações são do Correio.
Neymar dribla torcida e entra pela porta dos fundos no 1º dia de Barcelona
O atacante Neymar apareceu publicamente pela primeira vez como jogador do Barcelona na manhã desta segunda-feira, quando foi ao Centro de Treinamento do clube catalão, no distrito de Sant Joan Despí, para uma bateria de exames físicos e médicos.
Ao contrário dos principais jogadores do Barcelona, incluindo Messi, que entraram pela porta principal do complexo, Neymar driblou os fãs à espera e entrou pela porta dos fundos. Os jogadores participaram de um bate papo com o novo treinador da equipe, Gerardo Martino, no campo do centro de treinamento do clube.
Neymar, durante esta conversa, ficou ao lado de Messi. Isso motivou a imprensa local a afirmar que o argentino é o responsável por acostumar Neymar ao clima da equipe, e também para mostrar ao brasileiro que não possui atitude de “estrela” e que ele será bem recebido pelos companheiros.
No início da noite (14 de Brasília), o Barcelona fará um segundo treino que terá 15 minutos abertos para a imprensa.
A chegada do jogador à Catalunha também já tinha sido arredia, sem que passasse pelo saguão do aeroporto. Mas segundo o jornal ‘’Mundo Deportivo”, Neymar fez um visita ao Centro de Treinamento no domingo, onde se encontrou com Messi, que fazia academia. O encontro teria sido rápido, durando menos de 10 minutos.
Neymar e o lateral Jordi Alba, que passaram por cirurgias para retirada de amídalas, receberam atenção especial do departamento médico na manhã desta segunda. De acordo com informações divulgadas na semana passada pelo Barcelona, o jogador vai integrar a delegação que viaja na terça-feira para Gdansk, na Polônia, para um amistoso de pré-temporada.
O UOL Esporte apurou na sexta-feira que os organizadores da partida, pela qual o Barcelona recebeu 1,5 milhão de euros, teriam pressionado o clube a incluir o jogador e até usá-lo por alguns minutos. Segundo a assessoria de Neymar, o jogador ainda não foi informado se viaja ou não.
A primeira manhã de Neymar no Barcelona foi tranquila. A equipe catalão realizou um treino fechado, mas os jogadores que disputaram a Copa das Confederações, que só iniciaram a pré-temporada no clube nesta semana - o brasileiro incluso - apenas fizeram exames médicos e Já na parte dos exames, Neymar, ao lado de Jordi Alba – que também passou por cirurgia nas amígdalas – foi alvo de cuidados especiais dos médicos do Barcelona. Ele passou por exames no pé, e não fez exames cardíacos, como outros fizeram.
Além do atacante brasileiro e de Alba, outros oito jogadores se apresentaram ao Barça nesta segunda: Daniel Alves, Busquets, Piqué, Fábregas, Valdés, Pedro, Xavi e Iniesta.
Na parte da noite na Espannha (por volta de 14h de Brasília), o Barcelona volta a treinar e, desta vez, com Neymar no gramado.
'Se uma pessoa é gay e busca Deus, quem sou eu para julgá-lo?', diz papa
Na mais ousada declaração de um pontífice sobre homossexualismo, o papa Francisco disse que os gays "não devem ser marginalizados, mas integrados à sociedade" e que não se sente em condição de julgá-los.
"Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-lo?", afirmou Francisco aos cerca de 70 jornalistas que embarcaram a Roma com ele. "O catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados à sociedade."
As declarações foram em resposta a recentes revelações de que um assessor próximo seria homossexual e a uma frase atribuída a ele no início de junho, de que havia um "lobby gay" no Vaticano. Segundo ele explicou ontem, o problema não é ser gay, mas o lobby em geral.
"Vocês vêm muita coisa escrita sobre o "lobby gay". Eu ainda não vi ninguém no Vaticano com um cartão de identidade dizendo que é gay. Dizem que há alguns. Acho que, quando alguém se encontra com uma pessoa assim, devemos distinguir entre o fato de que uma pessoa é gay de formar um lobby gay, porque nem todos os lobbies são bons. Isso é o que é ruim."
"O problema não é ter essa tendência [gay]. Devemos ser como irmãos. O problema é o lobby dessa tendência, da tendência de pessoas gananciosas: lobby político, de maçons, tantos lobbies. Esse é o pior problema."
Questionado sobre o movimento carismático no Brasil, Francisco disse que, no início, chegou a compará-los com uma "escola de samba", mas que se arrependeu: diz que os movimentos "bem assessorados" são parte da "igreja que se renova".
Antes de aceitar perguntas, Francisco disse que "foi uma bela viagem" e elogiou o "povo brasileiro". "Espiritualmente me fez bem, estou cansado, mas me fez bem", afirmou.
"A bondade e o coração do povo brasileiro são muito grandes. É um povo tão amável, que é uma festa, que no sofrimento sempre vai achar um caminho para fazer o bem em alguma parte.
Um povo alegre, um povo que sofreu tanto. É corajosa a vida dos brasileiros. Tem um grande coração, este povo."
O papa elogiou os organizadores "tanto da nossa parte quanto dos brasileiros", com menções à parte artística e religiosa. "Era tudo cronometrado, mas muito bonito."
Sobre a segurança, uma grande preocupação principalmente no início, o papa lembrou que "não teve um incidente com esses jovens, foi super espontâneo".
Mesmo depois do domingo intenso, que incluiu um novo percurso de papamóvel e três pronunciamentos, Francisco, 76, respondeu às perguntas de pé por quase 90 minutos, não parando nem durante uma zona de turbulência e com aviso de atar os cintos ligado.
Enquanto falava, surpreendia ao colocar a mão no bolso de sua vestimenta papal com a naturalidade de uma roupa qualquer. Para ouvir melhor um jornalista, se inclinou para frente e apoiou as mãos sobre uma poltrona. Chegou até a se abaixar para pegar um fone de ouvido que caiu na sua frente, mas alguém foi mais rápido.
A seguir, a entrevista a bordo do "volo papale", em que ele defende maior participação da mulher, explica o processo de reforma do Vaticano e fala sobre a sua relação com Bento 16, entre outros temas:
Pergunta - Nestes quatro meses, o senhor criou várias comissões. Que tipo de reforma tem em mente? O sr. quer suprimir o banco do Vaticano?
Papa Francisco - Os passos que eu fui dando nestes quatro meses e meio vão em duas vertentes. O conteúdo do que quero fazer vem da congregação dos cardeais. Eu me lembro que os cardeais pediam muitas coisas para o novo papa, antes do conclave. Eu me lembro de que tinha muita coisa. Por exemplo, a comissão de oito cardeais, a importância de ter uma consulta externa, e não uma consulta apenas interna.
Isso vai na linha do amadurecimento da sinodalidade e do primado. Os vários episcopados do mundo vão se expressando em muitas propostas que foram feitas, como a reforma da secretaria dos sínodos, que a comissão sinodal tenha característica de consultas, como o consistório cardinalício com temáticas específicas, como a canonização.
A vertente dos conteúdos vem daí. A segunda é a oportunidade. A formação da primeira comissão não me custou pouco mais de um mês. Pensava em tratar a parte econômica no ano que vem, porque não é a mais importante. Mas a agenda mudou devido a circunstâncias que vocês conhecem.
O primeiro é o problema do IOR [banco do Vaticano], como encaminhá-lo, como reformá-lo, como sanear o que há de ser sanado. E essa foi então a primeira comissão.
Depois, tivemos a comissão dos 15 cardeais que se ocupam dos assuntos econômicos da Santa Sé. E por isso decidimos fazer uma comissão para toda a economia da Santa Sé, uma única comissão de referência. Notou-se que o problema econômico estava fora da agenda. Mas essas coisas atendem.
Quando estamos no governo, vamos por um lado, mas, se chutam e fazem um golaço por outro lado, temos de atacar. A vida é assim. Eu não sei como o IOR vai ficar. Alguns acham melhor que seja um banco, outros que seja um fundo, uma instituição de ajuda. Eu não sei. Eu confio no trabalho das pessoas que estão trabalhando sobre isso.
O presidente do IOR permanence, o tesoureiro também, enquanto o diretor e o vice-diretor pediram demissão. Não sei como vai terminar essa história. E isso é bom. Não somos máquinas. Temos de achar o melhor. A característica de, seja o que for, tem de ter transparência e honestidade.
Papa Francisco - Os passos que eu fui dando nestes quatro meses e meio vão em duas vertentes. O conteúdo do que quero fazer vem da congregação dos cardeais. Eu me lembro que os cardeais pediam muitas coisas para o novo papa, antes do conclave. Eu me lembro de que tinha muita coisa. Por exemplo, a comissão de oito cardeais, a importância de ter uma consulta externa, e não uma consulta apenas interna.
Isso vai na linha do amadurecimento da sinodalidade e do primado. Os vários episcopados do mundo vão se expressando em muitas propostas que foram feitas, como a reforma da secretaria dos sínodos, que a comissão sinodal tenha característica de consultas, como o consistório cardinalício com temáticas específicas, como a canonização.
A vertente dos conteúdos vem daí. A segunda é a oportunidade. A formação da primeira comissão não me custou pouco mais de um mês. Pensava em tratar a parte econômica no ano que vem, porque não é a mais importante. Mas a agenda mudou devido a circunstâncias que vocês conhecem.
O primeiro é o problema do IOR [banco do Vaticano], como encaminhá-lo, como reformá-lo, como sanear o que há de ser sanado. E essa foi então a primeira comissão.
Depois, tivemos a comissão dos 15 cardeais que se ocupam dos assuntos econômicos da Santa Sé. E por isso decidimos fazer uma comissão para toda a economia da Santa Sé, uma única comissão de referência. Notou-se que o problema econômico estava fora da agenda. Mas essas coisas atendem.
Quando estamos no governo, vamos por um lado, mas, se chutam e fazem um golaço por outro lado, temos de atacar. A vida é assim. Eu não sei como o IOR vai ficar. Alguns acham melhor que seja um banco, outros que seja um fundo, uma instituição de ajuda. Eu não sei. Eu confio no trabalho das pessoas que estão trabalhando sobre isso.
O presidente do IOR permanence, o tesoureiro também, enquanto o diretor e o vice-diretor pediram demissão. Não sei como vai terminar essa história. E isso é bom. Não somos máquinas. Temos de achar o melhor. A característica de, seja o que for, tem de ter transparência e honestidade.
Uma fotografia do sr. deu a volta ao mundo, quando o sr. desceu as escadas do helicóptero, carregando sua mala preta. Artigos de todo o mundo comentaram o papa que sai com sua própria mala. Foram levantadas hipóteses também sobre o conteúdo da mala. Por que o sr. saiu carregando a maleta preta, e não seus colaboradores? E o sr. poderia dizer o que tinha dentro?
Não tinha a chave da bomba atômica. Eu sempre fiz isso, Quando viajo, levo minhas coisas. E dentro o que tem? Um barbeador, um breviário (livro de liturgia), uma agenda, tinha um livro para ler, sobre Santa Terezinha. Sou devoto de Santa Terezinha. Eu sempre levei a minha maleta. É normal. Temos de ser normais. É um pouco estranho isso que você me diz que a foto deu a volta ao mundo. Mas temos de nos habituar a sermos normais, à normalidade da vida.
Não tinha a chave da bomba atômica. Eu sempre fiz isso, Quando viajo, levo minhas coisas. E dentro o que tem? Um barbeador, um breviário (livro de liturgia), uma agenda, tinha um livro para ler, sobre Santa Terezinha. Sou devoto de Santa Terezinha. Eu sempre levei a minha maleta. É normal. Temos de ser normais. É um pouco estranho isso que você me diz que a foto deu a volta ao mundo. Mas temos de nos habituar a sermos normais, à normalidade da vida.
Por que o senhor pede tanto para que rezem pelo senhor? Não é habitual ouvir de um papa que peça que rezem por ele.
Sempre pedi isso. Quando era padre, pedia, mas nem tanto nem tão frequentemente. Comecei a pedir mais frequentemente quando passei a bispo. Porque eu sinto que, se o Senhor não ajuda nesse trabalho de ajudar aos outros, não se pode. Preciso da ajuda do Senhor. Eu de verdade me sinto com tantos limites, tantos problemas, e também pecador. Peço a Nossa Senhora que reze por mim. É um hábito, mas que vem da necessidade. Sinto que devo pedir. Não sei
Sempre pedi isso. Quando era padre, pedia, mas nem tanto nem tão frequentemente. Comecei a pedir mais frequentemente quando passei a bispo. Porque eu sinto que, se o Senhor não ajuda nesse trabalho de ajudar aos outros, não se pode. Preciso da ajuda do Senhor. Eu de verdade me sinto com tantos limites, tantos problemas, e também pecador. Peço a Nossa Senhora que reze por mim. É um hábito, mas que vem da necessidade. Sinto que devo pedir. Não sei
Na busca por fazer essas mudanças, o sr. disse que existem muitos santos que trabalham no Vaticano e outros um pouco menos santos. O sr. enfrenta resistências a essa sua vontade de mudar as coisas no Vaticano? O sr. vive num ambiente muito austero, de Santa Marta. Os seus colaboradores também vivem essa austeridade? Isso é algo apenas do sr. ou da comunidade?
As mudanças vêm de duas vertentes: do que pediram os cardeais e também o que vem da minha personalidade. Você falou que eu fico na Santa Marta. Eu não poderia viver sozinho no palácio, que não é luxuoso. O apartamento pontifício é grande, mas não é luxuoso. Mas eu não posso viver sozinho. Preciso de gente, falar com gente. Trabalhar com as pessoas. Porque, quando os meninos da escola jesuíta me perguntaram se eu estava aqui pela austeridade e pobreza, eu respondi: "Não, por motivos psiquiátricos."
Psicologicamente, não posso. Cada um deve levar adiante sua vida, seguir seu modo de vida. Os cardeais que trabalham na Cúria não vivem como ricos. Têm apartamentos pequenos. São austeros. Os que eu conheço têm apartamentos pequenos.
Cada um tem de viver como o Senhor disse que tem de viver. A austeridade é necessária para todos. Trabalhamos a serviço da igreja. É verdade que há santos, sacerdotes, padres, gente que prega, que trabalha tanto, que vai aos pobres, se preocupa de fazer comer os pobres. Têm santos na Cúria. Também têm alguns que não têm muitos santos. E são estes que fazem mais barulho. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que nasce. Isso me dói. Porque são alguns que causam escândalos. São escândalos que fazem mal. Uma coisa que nunca disse: a Cúria deveria ter o nível que tinha dos velhos padres, pessoas que trabalham. Os velhos membros da Cúria. Precisamos deles. Precisamos o perfil do velho da Cúria.
Sobre resistência, se tem, ainda não vi. É verdade que aconteceram muitas coisas. Mas eu preciso dizer: eu encontrei ajuda, encontrei pessoas leais. Por exemplo, eu gosto quando alguém me diz :"Eu não estou de acordo". Esse é um verdadeiro colaborador. Mas, quando vejo aqueles que dizem "ah, que belo, que belo" e depois dizem o contrario por trás, isso não ajuda.
As mudanças vêm de duas vertentes: do que pediram os cardeais e também o que vem da minha personalidade. Você falou que eu fico na Santa Marta. Eu não poderia viver sozinho no palácio, que não é luxuoso. O apartamento pontifício é grande, mas não é luxuoso. Mas eu não posso viver sozinho. Preciso de gente, falar com gente. Trabalhar com as pessoas. Porque, quando os meninos da escola jesuíta me perguntaram se eu estava aqui pela austeridade e pobreza, eu respondi: "Não, por motivos psiquiátricos."
Psicologicamente, não posso. Cada um deve levar adiante sua vida, seguir seu modo de vida. Os cardeais que trabalham na Cúria não vivem como ricos. Têm apartamentos pequenos. São austeros. Os que eu conheço têm apartamentos pequenos.
Cada um tem de viver como o Senhor disse que tem de viver. A austeridade é necessária para todos. Trabalhamos a serviço da igreja. É verdade que há santos, sacerdotes, padres, gente que prega, que trabalha tanto, que vai aos pobres, se preocupa de fazer comer os pobres. Têm santos na Cúria. Também têm alguns que não têm muitos santos. E são estes que fazem mais barulho. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que nasce. Isso me dói. Porque são alguns que causam escândalos. São escândalos que fazem mal. Uma coisa que nunca disse: a Cúria deveria ter o nível que tinha dos velhos padres, pessoas que trabalham. Os velhos membros da Cúria. Precisamos deles. Precisamos o perfil do velho da Cúria.
Sobre resistência, se tem, ainda não vi. É verdade que aconteceram muitas coisas. Mas eu preciso dizer: eu encontrei ajuda, encontrei pessoas leais. Por exemplo, eu gosto quando alguém me diz :"Eu não estou de acordo". Esse é um verdadeiro colaborador. Mas, quando vejo aqueles que dizem "ah, que belo, que belo" e depois dizem o contrario por trás, isso não ajuda.
O mundo mudou, os jovens mudaram. Temos no Brasil muitos jovens, mas o senhor não falou de aborto, sobre a posição do Vaticano em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil foram aprovadas leis que ampliam os direitos para estes casamentos em relação ao aborto. Por que o senhor não falou sobre isso?
A igreja já se expressou perfeitamente sobre isso. Eu não queria voltar sobre isso. Não era necessário voltar sobre isso, como também não era necessário falar sobre outros assuntos. Eu também não falei sobre o roubo, sobre a mentira. Para isso, a igreja tem uma doutrina clara. Queria falar de coisas positivas, que abrem caminho aos jovens. Além disso, os jovens sabem perfeitamente qual a posição da igreja.
A igreja já se expressou perfeitamente sobre isso. Eu não queria voltar sobre isso. Não era necessário voltar sobre isso, como também não era necessário falar sobre outros assuntos. Eu também não falei sobre o roubo, sobre a mentira. Para isso, a igreja tem uma doutrina clara. Queria falar de coisas positivas, que abrem caminho aos jovens. Além disso, os jovens sabem perfeitamente qual a posição da igreja.
E a do papa?
É a da Igreja, eu sou filho da Igreja.
É a da Igreja, eu sou filho da Igreja.
Qual o sentido mais profundo de se apresentar como o bispo de Roma?
Não se deve andar mais adiante do que o que se fala. O papa é bispo de Roma e por isso é papa, o sucessor de Pedro. Não é o caso pensar que isso quer dizer que é o primeiro. Não é esse o sentido. O primeiro sentido do papa é ser o bispo de Roma.
Não se deve andar mais adiante do que o que se fala. O papa é bispo de Roma e por isso é papa, o sucessor de Pedro. Não é o caso pensar que isso quer dizer que é o primeiro. Não é esse o sentido. O primeiro sentido do papa é ser o bispo de Roma.
O sr. teve sua primeira experiência multidinária no Rio. Como se sente como papa, é um trabalho duro?
Ser bispo é belo. O problema é quando alguém busca ter esse trabalho, assim não é tão belo. Mas, quando o Senhor chama para ser biso, isso é belo. Tem sempre o perigo e o pecado de pensar com superioridade, como se fosse um príncipe. Mas o trabalho é belo. Ajudar o irmão a ir adiante. Têm o filtro da estrada.
O bispo tem de indicar o caminho. Eu gosto de ser bispo. Em Buenos Aires, eu era tão feliz. Como padre, era feliz. Como bispo, era feliz e isso me faz bem.
Ser bispo é belo. O problema é quando alguém busca ter esse trabalho, assim não é tão belo. Mas, quando o Senhor chama para ser biso, isso é belo. Tem sempre o perigo e o pecado de pensar com superioridade, como se fosse um príncipe. Mas o trabalho é belo. Ajudar o irmão a ir adiante. Têm o filtro da estrada.
O bispo tem de indicar o caminho. Eu gosto de ser bispo. Em Buenos Aires, eu era tão feliz. Como padre, era feliz. Como bispo, era feliz e isso me faz bem.
E ser papa?
Se você faz o que o Senhor quer, é feliz. Esse é meu sentimento.
Se você faz o que o Senhor quer, é feliz. Esse é meu sentimento.
Igreja no Brasil está perdendo fieis. A Renovação Carismática é uma possibilidade para evitar que eles sigam para as igrejas pentecostais?
É verdade, as estatísticas mostram. Falamos sobre isso ontem com os bispos brasileiros. E isso é um problema que incomoda os bispos brasileiros.
Eu vou dizer uma coisa: nos anos 1970, início dos 1980, eu não podia nem vê-los. Uma vez, falando sobre eles, disse a seguinte frase: eles confundem uma celebração musical com uma escola de samba.
Eu me arrependi. Vi que os movimentos bem assessorados trilharam um bom caminho. Agora, vejo que esse movimento faz muito bem à igreja em geral. Em Buenos Aires, eu fazia uma missa com eles uma vez por ano, na catedral. Vi o bem que eles faziam.
Neste momento da igreja, creio que os movimentos são necessários. Esses movimentos são um graça para a igreja. A Renovação Carismática não serve apenas para evitar que alguns sigam os pentecostais. Eles são importantes para a própria igreja, a igreja que se renova.
É verdade, as estatísticas mostram. Falamos sobre isso ontem com os bispos brasileiros. E isso é um problema que incomoda os bispos brasileiros.
Eu vou dizer uma coisa: nos anos 1970, início dos 1980, eu não podia nem vê-los. Uma vez, falando sobre eles, disse a seguinte frase: eles confundem uma celebração musical com uma escola de samba.
Eu me arrependi. Vi que os movimentos bem assessorados trilharam um bom caminho. Agora, vejo que esse movimento faz muito bem à igreja em geral. Em Buenos Aires, eu fazia uma missa com eles uma vez por ano, na catedral. Vi o bem que eles faziam.
Neste momento da igreja, creio que os movimentos são necessários. Esses movimentos são um graça para a igreja. A Renovação Carismática não serve apenas para evitar que alguns sigam os pentecostais. Eles são importantes para a própria igreja, a igreja que se renova.
A igreja sem a mulher perde a fecundidade? Quais as medidas concretas? O senhor disse que está cansado. Há algum tratamento especial neste voo?
Vamos começar pelo fim. Não há nenhum tratamento especial neste voo. Na frente, tem uma bela poltrona. Escrevi para dizer que não queria tratamento especial.
Segundo, as mulheres. Uma igreja sem as mulheres é como o colégio apostólico sem Maria. O papal da mulher na igreja não é só maternidade, a mãe da família. É muito mais forte. A mulher ajuda a igreja a crescer. E pensar que a Nossa Senhora é mais importante do que os apóstolos! A igreja é feminina, esposa, mãe.
O papel da mulher na igreja não deve ser só o de mãe e com um trabalho limitado. Não, tem outra coisa. O papa Paulo 6° escreveu uma coisa belíssima sobre as mulheres. Creio que se deva ir adiante esse papel. Não se pode entender uma igreja sem uma mulher ativa.
Um exemplo histórico: para mim, as mulheres paraguaias são as mais gloriosas da América Latina. Sobraram, depois da guerra (1864-1870), oito mulheres para cada homem. E essas mulheres fizeram uma escolha um pouco difícil. A escolha de ter filhos para salvar a pátria, a cultura, a fé, a língua.
Na igreja, se deve pensar nas mulheres sob essa perspectiva. Escolhas de risco, mas como mulher. Acredito que, até agora, não fizemos uma profunda teologia sobre a mulher. Somente um pouco aqui, um pouco lá. Tem a que faz a leitura, a presidente da Cáritas, mas há mais o que fazer. É necessário fazer uma profunda teologia da mulher. Isso é o que eu penso.
Vamos começar pelo fim. Não há nenhum tratamento especial neste voo. Na frente, tem uma bela poltrona. Escrevi para dizer que não queria tratamento especial.
Segundo, as mulheres. Uma igreja sem as mulheres é como o colégio apostólico sem Maria. O papal da mulher na igreja não é só maternidade, a mãe da família. É muito mais forte. A mulher ajuda a igreja a crescer. E pensar que a Nossa Senhora é mais importante do que os apóstolos! A igreja é feminina, esposa, mãe.
O papel da mulher na igreja não deve ser só o de mãe e com um trabalho limitado. Não, tem outra coisa. O papa Paulo 6° escreveu uma coisa belíssima sobre as mulheres. Creio que se deva ir adiante esse papel. Não se pode entender uma igreja sem uma mulher ativa.
Um exemplo histórico: para mim, as mulheres paraguaias são as mais gloriosas da América Latina. Sobraram, depois da guerra (1864-1870), oito mulheres para cada homem. E essas mulheres fizeram uma escolha um pouco difícil. A escolha de ter filhos para salvar a pátria, a cultura, a fé, a língua.
Na igreja, se deve pensar nas mulheres sob essa perspectiva. Escolhas de risco, mas como mulher. Acredito que, até agora, não fizemos uma profunda teologia sobre a mulher. Somente um pouco aqui, um pouco lá. Tem a que faz a leitura, a presidente da Cáritas, mas há mais o que fazer. É necessário fazer uma profunda teologia da mulher. Isso é o que eu penso.
Queremos saber qual a sua relação de trabalho com Bento 16, não a amistosa, a de colaboração. Não houve antes uma circunstância assim. Os contatos são frequentes?
A última vez que houve dois ou três papa, eles não se falavam. Estavam brigando entre si, para ver quem era o verdadeiro. Eu fiquei muito feliz quando se tornou papa. Também, quando renunciou, foi, pra mim, um exemplo muito grande. É um homem de Deus, de reza. Hoje, ele mora no Vaticano.
Alguns me perguntam: como dois papas podem viver no Vaticano? Eu achei uma frase para explicar isso. É como ter um avô em casa. Um avô sábio. Na família, um avô é amado, admirado. Ele é um homem com prudência. Eu o convidei para vir comigo em algumas ocasiões. Ele prefere ficar reservado. Se eu tenho alguma dificuldade, não entendo alguma coisa, posso ir até ele.
Sobre o problema grave do Vatileaks [vazamento de documentos secretos], ele me disse tudo com simplicidade. Tem uma coisa que não sei se vocês sabem: Em 8 de fevereiro, no discurso, ele falou: "Entre vocês está o próximo papa. Eu prometo obediência". Isso é grande.
A última vez que houve dois ou três papa, eles não se falavam. Estavam brigando entre si, para ver quem era o verdadeiro. Eu fiquei muito feliz quando se tornou papa. Também, quando renunciou, foi, pra mim, um exemplo muito grande. É um homem de Deus, de reza. Hoje, ele mora no Vaticano.
Alguns me perguntam: como dois papas podem viver no Vaticano? Eu achei uma frase para explicar isso. É como ter um avô em casa. Um avô sábio. Na família, um avô é amado, admirado. Ele é um homem com prudência. Eu o convidei para vir comigo em algumas ocasiões. Ele prefere ficar reservado. Se eu tenho alguma dificuldade, não entendo alguma coisa, posso ir até ele.
Sobre o problema grave do Vatileaks [vazamento de documentos secretos], ele me disse tudo com simplicidade. Tem uma coisa que não sei se vocês sabem: Em 8 de fevereiro, no discurso, ele falou: "Entre vocês está o próximo papa. Eu prometo obediência". Isso é grande.
O sr. falou com os bispos brasileiros sobre a participação das mulheres na igreja. Gostaria de entender melhor como deve ser essa participação. O que sr. pensa sobre a ordenação das mulheres?
Sobre a participação das mulheres na igreja, não se pode limitar a alguns cargos: a catequista, a presidente da Cáritas. Deve ser mais, muito mais. Sobre a ordenação, a igreja já falou e disse que não. João Paulo 2° disse com uma formulação definitiva. Essa porta está fechada. Nossa senhora, Maria, é mais importante que os apóstolos. A mulher na igreja é mais importante que os bispos e os padres. Acredito que falte uma especificação teológica.
Sobre a participação das mulheres na igreja, não se pode limitar a alguns cargos: a catequista, a presidente da Cáritas. Deve ser mais, muito mais. Sobre a ordenação, a igreja já falou e disse que não. João Paulo 2° disse com uma formulação definitiva. Essa porta está fechada. Nossa senhora, Maria, é mais importante que os apóstolos. A mulher na igreja é mais importante que os bispos e os padres. Acredito que falte uma especificação teológica.
Nesta viagem, o sr. falou de misericórdia Sobre o acesso aos sacreamentos dos divorciados, existe a possibilidade de mudar alguma coisa na disciplina da igreja?
Essa é uma pergunta que sempre se faz. A misericórdia é maior do que o exemplo que você deu. Essa mudança de época e també tantos problemas na igreja, como alguns testemunhos de alguns padres, problemas de corrupção, do clericalismo A igreja é mãe. Ela cura os feridos. Ela não se cansa de perdoar.
Os divorciados podem fazer a comunhão. Não podem quando estão na segunda união. Esse problema deve ser estudado pela pastoral matrimonial. Há 15 dias, esteve comigo o secretário do sínodo dos bispos, para discutir o tema do próximo sínodo. E posso dizer que estamos a caminho de uma pastoral matrimonial mais profunda. O cardeal Guarantino disse ao meu antecessor que a metade dos matrimônios é nula. Porque as pessoas se casam sem maturidade ou porque socialmente devem se casar. Isso também entra na Pastoral do Matrimônio.
A questão da anulação do casamento deve ser revisada. É complexa a questão pastoral do matrimônio.
Essa é uma pergunta que sempre se faz. A misericórdia é maior do que o exemplo que você deu. Essa mudança de época e també tantos problemas na igreja, como alguns testemunhos de alguns padres, problemas de corrupção, do clericalismo A igreja é mãe. Ela cura os feridos. Ela não se cansa de perdoar.
Os divorciados podem fazer a comunhão. Não podem quando estão na segunda união. Esse problema deve ser estudado pela pastoral matrimonial. Há 15 dias, esteve comigo o secretário do sínodo dos bispos, para discutir o tema do próximo sínodo. E posso dizer que estamos a caminho de uma pastoral matrimonial mais profunda. O cardeal Guarantino disse ao meu antecessor que a metade dos matrimônios é nula. Porque as pessoas se casam sem maturidade ou porque socialmente devem se casar. Isso também entra na Pastoral do Matrimônio.
A questão da anulação do casamento deve ser revisada. É complexa a questão pastoral do matrimônio.
Em quatro meses de Pontificado, pode nos fazer um pequeno balanço e dizer o que foi o pior e o melhor de ser Papa? O que mais lhe surpreendeu neste período?
Não sei como responder isso, de verdade. Coisas ruins, ruins, não aconteceram. Coisas belas, sim. Por exemplo, o encontro com os bispos italianos, que foi tão bonito. Como bispo da capital da Itália, me senti em casa com eles. Uma coisa dolorosa foi a visita a Lampeduse [ilha que recebe imigrantes africanos], me fez chorar. Me fez bem. Quando chegam estes barcos, que os deixam a algumas milhas de distância da costa e eles têm de chegar (à costa) sozinhos, isso me dói porque penso que essas pessoas são vítimas do sistema sócio-econômico mundial.
Mas a coisa pior é o nervo ciático, é verdade, tive isso no primeiro mês. É verdade! Para uma entrevista, tive de me acomodar numa poltrona e isso me fez mal, era dolorosíssimo, não desejo isso a ninguém. O encontro com os seminaristas religiosos foi belíssimo. Também o encontro com os alunos do colégio jesuíta foi belíssimo. As pessoas conheci tantas pessoas boas no Vaticano. Isso é verdade, eu faço justiça. Tantas pessoas boas, mas boas, boas, boas.
Não sei como responder isso, de verdade. Coisas ruins, ruins, não aconteceram. Coisas belas, sim. Por exemplo, o encontro com os bispos italianos, que foi tão bonito. Como bispo da capital da Itália, me senti em casa com eles. Uma coisa dolorosa foi a visita a Lampeduse [ilha que recebe imigrantes africanos], me fez chorar. Me fez bem. Quando chegam estes barcos, que os deixam a algumas milhas de distância da costa e eles têm de chegar (à costa) sozinhos, isso me dói porque penso que essas pessoas são vítimas do sistema sócio-econômico mundial.
Mas a coisa pior é o nervo ciático, é verdade, tive isso no primeiro mês. É verdade! Para uma entrevista, tive de me acomodar numa poltrona e isso me fez mal, era dolorosíssimo, não desejo isso a ninguém. O encontro com os seminaristas religiosos foi belíssimo. Também o encontro com os alunos do colégio jesuíta foi belíssimo. As pessoas conheci tantas pessoas boas no Vaticano. Isso é verdade, eu faço justiça. Tantas pessoas boas, mas boas, boas, boas.
Tem a esperança de que esta viagem ao Brasil contribua para trazer de volta os fiéis? Os argentinos se perguntam: não sente falta de estar em Buenos Aires, pegar um ônibus?
Uma viagem do papa sempre faz bem. E creio que a viagem ao Brasil fará bem, não apenas a presença do Papa. Eles (os brasileiros) se mobilizaram e vão ajudar muito a igreja. Tantos fiéis que foram se sentem felizes. Acho que será positivo não só pela viagem, mas pela jornada, um evento maravilhoso. Buenos Aires, sim, sinto falta. Mas é uma saudade serena.
Uma viagem do papa sempre faz bem. E creio que a viagem ao Brasil fará bem, não apenas a presença do Papa. Eles (os brasileiros) se mobilizaram e vão ajudar muito a igreja. Tantos fiéis que foram se sentem felizes. Acho que será positivo não só pela viagem, mas pela jornada, um evento maravilhoso. Buenos Aires, sim, sinto falta. Mas é uma saudade serena.
O que o senhor pretende fazer em relação ao monsenhor Ricca e como pretende enfrentar toda esta questão do lobby gay?
Sobre monsenhor Ricca, fiz o que o direito canônico manda fazer, a investigação prévia. E nessa investigação não tem nada do que o acusam. Não achamos nada. É a minha resposta.
Quero acrescentar uma coisa a mais sobre isso. Tenho visto que muitas vezes na igreja se buscam os pecados da juventude, por exemplo. E se publica.
Abuso de menores é diferente. Mas, se uma pessoa, seja laica ou padre ou freira, pecou e esconde, o Senhor perdoa. Quando o Senhor perdoa, o Senhor esquece.
E isso é importante para a nossa vida. Quando vamos confessar e nós dizemos que pecamos, o senhor esquece e nós não temos o direito de não esquecer. Isso é um perigo.
O que é importante é uma teologia do pecado. Tantas vezes penso em São Pedro, que cometeu tantos pecados e venerava Cristo. E esse pecador foi transformado em Papa.
Vocês vêm muita coisa escrita sobre o lobby gay. Eu ainda não vi ninguém no Vaticano com um cartão de identidade dizendo que é gay. Dizem que há alguns. Acho que, quando alguém se vê com uma pessoa assim, devemos distinguir entre o fato de que uma pessoa é gay e formar um lobby gay, porque nem todos os lobbys são bons. Isso é o que é ruim.
Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-lo? O catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados na sociedade. O problema não é ter essa tendência. Não! Devemos ser como irmãos. O problema é o lobby dessa tendência, da tendência de pessoas gananciosas: lobby político, de maçons, tantos lobbies. Esse é o pior problema.
domingo, 28 de julho de 2013
Para oposição, Dilma reconhece 'nulidade' ao dizer que Lula 'não vai voltar porque não saiu'
Dilma Rousseff não pecou pela incoerência, segundo a oposição, ao afirmar que o ex-presidente Lula "não vai voltar porque ele não saiu", em entrevista publicada na edição deste domingo (28) da Folha.
O presidente do PPS, Roberto Freire, diz com, com a declaração, a petista "apenas reconhece sua nulidade". "O pior de tudo é se ver diante de uma presidente que se autodefine como marionete."
Para o presidente do DEM, José Agripino Maia, o recado da presidente foi "claríssimo": "Os erros que estão levando às manifestações nas ruas não são só dela, são dos dois governos do PT."
O ex-vice-governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB) também dá "razão" à petista. "Lula nunca saiu, e Dilma nunca entrou." Para o tucano, com essa fala Dilma se "autofirma como um pequeno joguete", enquanto seu governo seria "uma continuidade de todas as estripulias" do antecessor.
Na base governista da Câmara dos Deputados, as afirmações da presidente tiveram boa acolhida. Para o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), aqueles que falam em "volta Lula" "não compreendem o PT, Lula e Dilma".
"Desde o começo o PT sempre estimulou o trabalho de forma unitária. Se tiver alguma área do governo que não estiver bem avaliada, não será a volta do Lula que vai resolver."
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) reforça: "Creio que hoje o tema central é 'Força, Dilma'. Esse é o tema que nós, o PT, os partidos da base aliada, temos que reforçar para enfrentar esse momento e dar uma volta por cima".
Líder da bancada do PMDB na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (RJ) também diz concordar com a presidente: "Realmente não pode existir o 'volta Lula' porque ela [Dilma] é uma consequência do Lula. Um fracasso de seu governo seria um fracasso do Lula". Na entrevista à Folha, Dilma disse que não há por que dizer "volta Lula", pois ela e seu antecessor são "indissociáveis".
O movimento pela candidatura do ex-presidente parte de setores aliados insatisfeitos com a gestão da petista. A pressão tomou corpo com a queda de popularidade de Dilma ocorrida após os protestos nas ruas do país em junho.
QUEDA NAS PESQUISAS
Alberto Goldman contesta a crença dilmista de que "tudo o que desce, sobe" --a presidente se referia ao declínio da aprovação popular. "Não na vida política. É como qualquer caminhão descendo uma serra. Basta você largar o freio que desce. A subida é muito mais penosa e lenta."
Roberto Freire questiona se a presidente terá tempo hábil para se recuperar: "Ela não tem capacidade de enfrentar a crise política e econômica pela qual passamos".
REFORMA POLÍTICA
A defesa do tema também dividiu, como era de se esperar, governistas e oposição. Aliados de Dilma no Congresso respaldaram a proposta de reforma política defendida pela presidente --questionada pela Folha se o Congresso faria uma reforma contra ele mesmo, Dilma disse que a realização de um plebiscito seria a "baliza que daria legitimidade" às mudanças.
Resistências em sua própria base de apoio, porém, praticamente sepultaram as chances de que haja alterações para a disputa de 2014.
"Tenho dito ao grupo de deputados que integro que a reforma é do povo brasileiro, não é dos políticos. E vamos fazê-la na Câmara", afirmou o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), coordenador do grupo criado pela Câmara para discutir a reforma política.
Para Paulo Teixeira, Dilma "corajosamente enfrenta esse tema, e nós precisamos, o Parlamento precisa, responder a essa demanda". Já Freire define o plebiscito como "uma invencionice que resultou de um ato inconstitucional e golpista".
MINISTÉRIOS
Já a negativa de Dilma à proposta apresentada pelo PMDB de corte no número de ministérios --o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), defendeu redução de 39 para 25 pastas-- é elogiada pelo PT, mas sofre críticas do PMDB.
"É um direito dela manter o número e isso não mudará em nada a relação com o PMDB, mas vamos continuar defendendo a redução. Aliança não significa concordância em tudo", afirma Eduardo Cunha.
"A economia que isso poderia gerar é muito pequena. Isso é muito mais uma armadilha política que a oposição e a mídia estão colocando. Os ministérios que deixariam de existir seriam aquelas vinculados a políticas para setores oprimidos da sociedade, da Igualdade Racial, das Mulheres, da Cultura", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).
A redução do número de pastas foi proposta pelo PMDB após avaliação de que o governo queria, com a reforma política, transferir exclusivamente para o Congresso a responsabilidade de dar uma resposta às manifestações populares.
INFLAÇÃO
Goldman critica, também, o fato de Dilma ter afirmado que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não cumpriu a meta de inflação em três dos quatro anos no qual ela vigorou. "Usar FHC como justificativa para seu insucesso é ridículo. Mostra o grau de alienação em que ela está. Não tem sentido fazer qualquer tipo de comparação com 12, 15 anos atrás."FONTE?UOL
Em entrevista polêmica, Joaquim Barbosa diz que Brasil não está preparado para presidente negro
O atual ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, concedeu uma entrevista polêmica ao jornal O Globo, que foi publicada na edição deste domingo (28). Dentre os temas abordados na conversa com a jornalista Míriam Leitão, Barbosa afirma que o Brasil não está preparado para um presidente da República negro e afirma que já sofreu com o racismo em sua trajetória profissional.
"Acho que ainda há bolsões de intolerância muito fortes e não declarados no Brasil. No momento em que um candidato negro se apresente, esses bolsões se insurgirão de maneira violenta contra esse candidato", declarou, citando que já existem casos deste tipo na mídia. Como exemplo, refere-se ao que considera uma invasão de privacidade do jornal Folha de São Paulo, que expôs a compra de um imóvel nos Estados Unidos feita por Barbosa.
O ministro também aproveitou para criticar os gastos públicos do Brasil: "O Brasil gasta muito mal. Quem conhece a máquina pública brasileira, sabe que há inúmeros setores que podem ser racionalizados, podem ser diminuídos". Ele também afirmou que no dia 1º de agosto irá anunciar a data em que serão analisados os recursos dos réus do mensalão, mas preferiu não dizer se estes serão presos ou não.
Em relação ao preconceito racial, Barbosa acredita que há um caminho muito maior para o país percorrer. "Ainda não vejo essa ascensão dos negros como algo muito significativo. Há muito caminho pela frente. Ainda há setores em que os negros são completamente excluídos", disse. Em sua opinião, o ministro também salienta que é preciso discutir abertamente o problema, caso se queira resolvê-lo.
O presidente do STF ainda confirmou que ele mesmo já foi alvo de racismo em suas experiências profissionais: "Discriminado eu sempre fui em todos os trabalhos, do momento em que comecei a galgar escalões. Nunca dei bola. Aprendi a conviver com isso e superar. O Itamaraty é uma das instituições mais discriminatórias do Brasil".
E, falando especificamente sobre o caso sofrido no Itamaraty, ele aproveitou para dar uma alfinetada: "Passei nas provas escritas, fui eliminado numa entrevista, algo que existia para eliminar indesejados. Sim, fui discriminado, mas me prestaram um favor. Todos os diplomatas gostariam de estar na posição que eu estou. Todos".
'Lula não vai voltar porque ele não saiu', afirma Dilma
O encontro da presidente Dilma Rousseff com a Folha, na sexta, no Palácio do Planalto, começou tenso. "Minha querida, você tem que desligar o ar-condicionado", dizia ela a uma assessora.
Com febre e faringite, medicada com antibiótico, corticóide e Tylenol, e com "o estômago lascado", ela estava também rouca. Em pouco tempo, relaxou. E passou quase três horas falando sobre manifestações, inflação, PIB e a possibilidade de Lula ser candidato a presidente. Leia abaixo os principais trechos:
Folha - As manifestações deixaram jornalistas, sociólogos e governantes perplexos. E a senhora, ficou espantada?
Dilma Rousseff - No discurso que fiz na comemoração dos dez anos do PT, em SP [em maio], eu já dizia que ninguém, ninguém, quando conquista direitos, quer voltar para trás. Democracia gera desejo de mais democracia. Inclusão social exige mais inclusão. Quando a gente, nesses dez anos [de governo do PT], cria condições para milhões de brasileiros ascenderem, eles vão exigir mais. Tivemos uma inclusão quantitativa. Esta aceleração não se deu na qualidade dos serviços públicos. Agora temos de responder também aceleradamente a essas questões.
Mas a senhora não ficou assustada com os protestos?
Não. Como as coisas aconteceram de forma muito rápida, eu acho que todo mundo teve inicialmente uma reação emocional muito forte com a violência [policial], principalmente com a imagem daquela jornalista da Folha [Giuliana Vallone] com o olho furado [por uma bala de borracha]. Foi chocante. Eu tenho neurose com olho. Já aguentei várias coisas na vida. Não sei se aguentaria a cegueira.
Se não fosse presidente, teria ido numa passeata?
Com 65 anos, eu não iria [risos]. Fui a muita passeata, até os 30, 40 anos. Depois disso, você olha o mundo de outro jeito. Sabe que manifestações são muito importantes, mas cada um dá a sua contribuição onde é mais capaz.
O prefeito Fernando Haddad diz que, conhecendo o perfil conservador do Brasil, muitos se preocupam com o rumo que tudo pode tomar.
Eu não acho que o Brasil tem perfil conservador. O povo é lúcido e faz as mudanças de forma constante e cautelosa. Tem um lado de avanço e um lado de conservação. Já me deram o seguinte exemplo: é como um elefante, que vai levantando uma perna de cada vez [risos]. Mas é uma pernona que vai e "poing", coloca lá na frente. Aí levanta a outra. Não galopa como um cavalo. Aí uma pessoa disse: "É, mas tem hora em que ele vira um urso bailarino". Você pode achar que contém a mudança em limites conservadores. Não é verdade. Tem hora em que o povo brasileiro aposta. E aposta pesado.
A senhora teve uma queda grande nas pesquisas.
Não comento pesquisa. Nem quando sobe nem quando desce [puxa a pálpebra inferior com o dedo]. Eu presto atenção. E sei perfeitamente que tudo o que sobe desce, e tudo o que desce sobe.
Mas isso fez ressurgir o movimento "Volta, Lula" em 2014.
Querida, olha, vou te falar uma coisa: eu e o Lula somos indissociáveis. Então esse tipo de coisa, entre nós, não gruda, não cola. Agora, falar volta Lula e tal... Eu acho que o Lula não vai voltar porque ele não foi. Ele não saiu. Ele disse outro dia: "Vou morrer fazendo política. Podem fazer o que quiser. Vou estar velhinho e fazendo política".
Para a Presidência ele não volta nunca mais?
Isso eu não sei, querida. Isso eu não sei.
Ao menos não em 2014.
Esses problemas de sucessão, eu não discuto. Quem não é presidente é que tem que ficar discutindo isso. Agora, eu sou presidente, vou discutir? Eu, não.
Mas o Lula lançou a senhora.
Ele pode lançar, uai.
O fato de usarem o Lula para criticá-la não a incomoda?
Querida, não me incomoda nem um pouquinho. Eu tenho uma relação com o Lula que tá por cima de todas essas pessoas. Não passa por elas, entendeu? Eu tô misturada com o governo dele total. Nós ficamos juntos todos os santos dias, do dia 21 de junho de 2005 [quando ela assumiu a Casa Civil] até ele sair do governo. Temos uma relação de compreensão imediata sobre uma porção de coisas.
Mas ele teria criticado suas reações às manifestações.
Minha querida, ele vivia me criticando. Isso não é novo [risos]. E eu criticava ele. Quer dizer, ele era presidente. Eu não criticava. Eu me queixava, lamentava [risos].
Como a senhora vê um empresário como Emílio Odebrecht falar que quer que o Lula volte com Eduardo Campos de vice?
Uai, ótimo para ele. Vivemos numa democracia. Se ele disse isso, é porque ele quer isso.Fonte:Folha
Congresso Anual das Testemunhas de Jeová acontece em Valente
Teve início na manhã de sexta-feira, e prossegue até este domingo,27,o Congresso Anual das Testemunhas de Jeová, no Ginásio de Esportes do Município de Valente,que traz como tema: “A Palavra de Deus é a Verdade”, baseando nas palavras de Jesus do livro de João 17;17. Pontos altos do ato religioso: O que é verdade? Que vai explicar porque podemos confiar na palavra de Deus,a Biblia.Peças teatrais contado histórias bíblicas e mostrando o que podemos aprender delas. Segundo a organização a entrada é franca e não se fazem coletas.
TCM pune prefeitos baianos por irregularidades em concursos
Encerrado o primeiro semestre de 2013, a 2ª Câmara do Tribunal de Contas dos Municípios já relaciona 18 processos, entre concursos públicos (10) e processos seletivos simplificados (8), para promoção de representação ao Ministério Público contra gestores, por práticas de ilegalidades e irregularidades na Administração Pública.
Os motivos para que os registros de nomeação sejam considerados irregulares pelo TCM-BA são diversos, vão desde ausência de documentos essenciais para a legalidades de procedimentos de seleção até a nomeação sem qualquer respaldo legal.
Em recente sessão do Pleno do TCM, o ex-prefeito de Filadélfia, João Luiz Maia, foi multado em R$ 800 e teve representação encaminhada ao MP por promover simultaneamente, no exercício de 2012, concurso público e processo seletivo simplificado, em desacordo com o que determina a Constituição Federal. O edital utilizado pela municipalidade foi único e direcionado para os dois processos, tendo os mesmos prazos, datas, validades, o que demonstrou a ausência da urgência e da excepcionalidade que caracteriza uma contratação temporária.
No caso do ex-prefeito de Aporá, Ivonei Raimundo dos Santos, a 2ª Câmara aprovou os atos de nomeação dos 22 candidatos aprovados no concurso público realizado em 2009, mas considerou irregulares as nomeações de cinco candidatos empossados para os cargos de auxiliar de serviços gerais, motorista e nutricionista, pois foram nomeados sem fazer parte da lista de classificação, portanto, sem respaldo legal. Ao gestor foi imputada multa no valor de R$ 800 e encaminhado ao MP pela prática de crime de responsabilidade.
O prefeito de Ipiaú, Deraldino Alves de Araújo, também teve negado o registro de candidatos contratados em 2009, através de processo simplificado, vez que o concurso público promovido em 2007 ainda estava em vigor, com candidatos aprovados e habilitados que não tinham sido convocados para as mesmas vagas.
As informações são do Tribuna da Bahia.
Vitória enfrenta o Coritiba e o frio
O Vitória, 5º colocado na tabela de classificação, quer voltar em grande estilo ao G-4 da Série A do Campeonato Brasileiro, vencendo o Coritiba, dentro de casa, hoje à noite, a partir das 18h30, no jogo válido pela 9ª Rodada para chegar aos 16 pontos ganhos. Mas para conseguir essa façanha, o time do técnico Caio Júnior terá que superar dois obstáculos pela frente: o frio, com previsão de 8º graus na capital paranaense, e o tabu de nunca ter vencido seu adversário em casa, no Estádio Couto Pereira.
Quando a delegação do Vitória embarcou com destino ao Paraná, deixou Salvador com uma temperatura em torno de 24 graus. Quando desembarcou no Aeroporto Afonso Pena,os termômetros estavam perto dos cinco graus, e a sensação térmica perto do zero grau. O frio paranaense será um dos obstáculos do time do técnico Caio Júnior neste jogo contra o Coritiba, no Estádio Couto Pereira.
Mais muitos jogadores do Vitória conhecem de perto, já vivenciaram como é jogar debaixo do frio, como os “gringos” argentinos Escudero e Maxi Bianccuchi, o paraguaio Caceres, e até o novo atacante rubro-negro, o brasileiro André Lima, que além de ter jogado no Grêmio de Porto Alegre, está vindo da China e garante que o calor de dentro de campo supera qualquer temperatura durante a partida.
"Morei três anos em Porto Alegre e estou acostumado com o frio. Na China peguei o inverno que é bem castigante. Curitiba é igual ou até pior que Porto Alegre, mas quando rola a bola a gente esquece essas coisas, não tem problema", disse o atacante André Lima, que pode estrear pelo campeão baiano na Série A do Campeonato Brasileiro.FONTE:Tribuna da Bahia
Goiás tenta manter contra o Bahia a invencibilidade dos últimos 3 jogos
Após um início de campeonato ruim, o Goiás se recuperou e agora vive bom momento no Brasileirão 2013. O Esmeraldino quer continuar a ascensão neste domingo (28/7), às 18h30, quando visita o Bahia na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA). O jogo é válido pela nona rodada da competição nacional.
Em nono lugar, com 12 pontos, o Goiás não perde há três jogos e vem de vitória em casa diante da Portuguesa por 2 a 1.
Já o Bahia, sexto colocado, com 13 pontos, vem de empate por 0 a 0 no clássico diante do Vitória.
Para buscar os três pontos diante de sua torcida, o técnico do Bahia, Cristóvão Borges, deverá fazer mudanças ofensivas na equipe, que deve atuar com três meias de criação ao invés de três volantes. Lucas Fonseca, suspenso, da lugar a Rafael Donato.
O atacante Walter, que é o artilheiro esmeraldino na temporada 2013 com 16 gols, comentou o bom momento do Goiás no Campeonato Brasileiro: “Com três pontos podemos dar um salto muito grande rumo ao G4, e é muito bom olhar para tabela e se ver na parte de cima. Vai ser um jogo difícil, o Bahia está crescendo cada vez mais, o torcedor provavelmente vai lotar o estádio”.
O jogador comentou ainda a parceria com Araújo no ataque esmeraldino, já que o companheiro de Walter ainda não marcou no seu retorno ao Goiás. “Certamente esse gol vai sair rápido, ele é um grande jogador e também meu amigo, farei de tudo para ajudá-lo a fazer esse gol no domingo para ajudar nossa equipe”, finalizou.
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