quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Site pró-Dilma que associou Barbosa a macaco é motivo de constrangimento para Planalto
Um site que promove a presidente Dilma Rousseff na internet desde 2008 virou fonte de constrangimento para o Palácio do Planalto nos últimos dias, ao associar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, à imagem de um macaco.
A associação foi feita há uma semana pelo Blog da Dilma para ilustrar um artigo do ex-deputado federal pelo PT Luiz Eduardo Greenhalgh sobre o julgamento do mensalão. A ilustração era composta por um macaco sorridente em primeiro plano, Barbosa ao fundo e uma legenda: "Ainda vai Barbosinha? kkkkk".
O episódio foi criticado nas redes sociais por pessoas que consideraram a associação racista com Barbosa, que é negro. Após cinco dias no ar, a imagem foi substituída por uma foto do próprio Greenhalgh e o site divulgou um texto intitulado "Racismo não".
Assinado pela enfermeira Jussara Seixas, uma das editoras do site, o artigo não fez referências à ilustração, mas soou como resposta à controvérsia nas redes sociais. "Racismo, preconceito e intolerância são o câncer da humanidade", escreveu Jussara.
O governo procurou ficar longe da confusão. "O único blog vinculado com a presidenta Dilma ou com a Presidência da República é o Blog do Planalto, administrado pela Secretaria de Imprensa da Secom", disse o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann.
Nos bastidores, interlocutores da presidente afirmam que a relação do Palácio do Planalto com blogs de simpatizantes do PT é delicada. Para eles, o governo não tem como impor restrições a sites de militantes petistas que ajudam a mobilizar as bases do partido nos períodos eleitorais.
Criado em 2008, antes da eleição da presidente, o Blog da Dilma reproduz artigos e vídeos publicados antes em outros sites. Ele se intitula "o maior portal da Dilma Rousseff na internet", tem perfil no Facebook, canal no YouTube e conta no Twitter para divulgar textos sempre elogiosos à presidente.
O funcionário público Daniel Bezerra, editor responsável do blog, disse que a substituição da foto foi uma medida tomada para "acabar logo com a polêmica". "Não foi racismo. Utilizamos esse banner do macaquinho há muito tempo. É uma piada. Em Fortaleza, onde moro, macaco é sinônimo de alegria", afirmou à Folha.
Ele disse que a mesma imagem foi associada antes ao ex-governador José Serra (PSDB), à ex-senadora Marina Silva e ao próprio Joaquim Barbosa sem despertar críticas nas redes sociais.
Segundo Bezerra, o site é mantido com ajuda de 56 colaboradores e não recebe dinheiro de partidos políticos. "Os custos são pequenos e, quando aparecem, dividimos as contas entre a gente com cotas que vão de R$ 100 a R$ 300 por pessoa", disse Bezerra.
Funcionário da Câmara Municipal de Fortaleza, o editor do Blog da Dilma afirmou que nem ele nem Jussara Seixas são ligados a partidos políticos.
A assessoria do STF afirmou que o ministro Joaquim Barbosa "tomou conhecimento do ocorrido", mas "não havia informações sobre providências a serem tomadas ou comentários sobre o tema".FONTE:UOL
Nunca a mídia foi tão ostensiva para subjugar um juiz, diz ministro Celso de Mello
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), fez um desabafo no começo da semana a um velho amigo, José Reiner Fernandes, editor do "Jornal Integração", de Tatuí, sua cidade natal. Em pauta, críticas que recebeu antes mesmo de votar a favor dos embargos infringentes, que deram a réus do mensalão chance de novo julgamento em alguns crimes.
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"Há alguns que ainda insistem em dizer que não fui exposto a uma brutal pressão midiática. Basta ler, no entanto, os artigos e editoriais publicados em diversos meios de comunicação social (os 'mass media') para se concluir diversamente! É de registrar-se que essa pressão, além de inadequada e insólita, resultou absolutamente inútil", afirmou ele.
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Mello parece estar com o assunto entalado na garganta. Na terça-feira (24), ele respondeu a um telefonema da Folha para confirmar as declarações acima. E falou sobre o tema por quase meia hora.
"Eu imaginava que isso [pressão da mídia para que votasse contra o pedido dos réus] pudesse ocorrer e não me senti pressionado. Mas foi insólito esse comportamento. Nada impede que você critique ou expresse o seu pensamento. O que não tem sentido é pressionar o juiz."
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"Foi algo incomum", segue. "Eu honestamente, em 45 anos de atuação na área jurídica, como membro do Ministério Público e juiz do STF, nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de comunicação sociais buscando, na verdade, pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz."
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"Essa tentativa de subjugação midiática da consciência crítica do juiz mostra-se extremamente grave e por isso mesmo insólita", afirma.
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E traz riscos. "É muito perigoso qualquer ensaio que busque subjugar o magistrado, sob pena de frustração das liberdades fundamentais reconhecidas pela Constituição. É inaceitável, parta de onde partir. Sem magistrados independentes jamais haverá cidadãos livres."
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"A liberdade de crítica da imprensa é sempre legítima. Mas às vezes é veiculada com base em fundamentos irracionais e inconsistentes." Por isso, o juiz não pode se sujeitar a elas. "Abordagens passionais de temas sensíveis descaracterizam a racionalidade inerente ao discurso jurídico. É fundamental que o juiz julgue de modo isento e independente. O que é o direito senão a razão desprovida da paixão?"
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O ministro repete: não está questionando "o direito à livre manifestação de pensamento". "Os meios de comunicação cumprem o seu dever de buscar, veicular informação e opinar sobre os fatos. Exercem legitimamente função que o STF lhes reconhece. E o tribunal tem estado atento a isso. A plena liberdade de expressão é inquestionável." Ele lembra que já julgou, "sem hesitação nem tergiversação", centenas de casos que envolviam o direito de jornalistas manifestarem suas críticas. "Minhas decisões falam por si."
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Celso de Mello lembra que a influência da mídia em julgamentos de processos penais, "com possível ofensa ao direito do réu a um julgamento justo", não é um tema inédito. "É uma discussão que tem merecido atenção e reflexão no âmbito acadêmico e no plano do direito brasileiro." Citando quase uma dezena de autores, ele afirma que é preciso conciliar "essas grandes liberdades fundamentais", ou seja, o direito à informação e o direito a um julgamento isento.
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O juiz, afirma ele, "não é um ser isolado do mundo. Ele vive e sente as pulsões da sociedade. Ele tem a capacidade de ouvir. Mas precisa ser racional e não pode ser constrangido a se submeter a opiniões externas".
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Apesar de toda a pressão que diz ter identificado, Celso de Mello afirma que o STF julgou o mensalão "de maneira independente". E que se sentiu "absolutamente livre para formular o meu juízo". No julgamento, ele quase sempre impôs penas duras à maioria dos réus.Fonte:uol
Há quatro meses, cão monta guarda, em vão, à espera do dono
Ninguém imaginaria que aquele bichinho, abandonado numa favela, infestado de carrapatos e tomado pela sarna, sobreviveria a doenças de pele espalhadas pelo corpo.
Voluntários de uma ONG recolheram o cão e lhe deram tratamento. Faltava um lar. José Santos Rosa, funileiro da zona leste paulistana, quis ficar com ele. O filhote chegou numa caixa de sapatos.
Zé pensou em levá-lo para casa, mas, ao saber que o cão ficaria "gigante", herança de seus traços genéticos, mezzo labrador, mezzo rottweiler, resolveu deixá-lo na oficina.
Logo, Beethoven passou a orquestrar barulhos por onde andava. Serelepe, cruzava fácil as grades do portão, que ganhou tampões de madeira para mantê-lo a salvo da rua.
O cãozinho, lembra a vizinha Margareth Thomé, 47, "achava que era gato": escalava o muro da funilaria e andava sobre ele, espreitando, ansioso, a chegada do dono.
Cão Beethoven espera dono que morreu há dois meses de ataque cardíaco
Na tentativa de conter o ímpeto felino do cão, Zé levantou ainda mais o muro.
Por volta das 7h, o barulho do molho de chaves de Zé era a senha para Beethoven pular da cama e ir direto se sacudir no colo do dono.
Sábado, domingo ou feriado, sol e chuva, pouco importava o dia, tampouco o clima, lá estava ele, postado na entrada, fazendo festa para Zé.
Mas, desde o dia 8 de junho, uma manhã de sábado, o silêncio e a tristeza tomaram conta de Beethoven: a rotina de latidos, saltos e carinhos, ao longo de quatro anos, foi interrompida.
Na noite anterior, depois de se despedir do "amigão", como era de costume, o funileiro pegou o carro para ir embora. Dirigia pela avenida Rio das Pedras (zona leste), quando, sentindo fortes dores no peito, procurou às pressas um lugar para estacionar.
Ligou para o Samu. A emergência veio rápido, só que tarde demais: Zé, 54, sofreu um ataque cardíaco. Deixa a mulher, duas filhas e Beethoven.
'SEMPRE AO SEU LADO'
"O cachorro ficou tão desamparado quanto elas", diz Margareth. A vizinha fez uma "vaquinha" para comprar ração, mas o apetite do cão, antes voraz, diminuiu bastante.
Ela pretende encontrar um novo lar para Beethoven, que hoje divide o teto com outros seis cães de rua, trazidos por um carroceiro que está "ocupando" a funilaria. A família de Zé não tem condições de ficar com Beethoven, que foi para adoção (www.facebook.com/cristiane.biral ).
"Quando ele ouve o barulho de chaves, vem correndo para o portão", conta Margareth. "Acha que é o Zé."
Elvira Brandolin, 79, outra vizinha, lembra que a rua nunca esteve tão calada. "Ele latia fazendo festa para o Zé. Infelizmente, a festa acabou."
Autora de livros como "Um Cão pra Chamar de Seu", a veterinária Regina Rheingantz Motta, 53, explica que Beethoven continua exercitando sua rotina "de encontros e despedidas de seu dono, mas ele ainda não aprendeu a incluir nela a morte".
A persistência de Beethoven fez com que seus vizinhos enxergassem semelhanças entre o cão sem raça definida e a tocante história de Hachiko, o cachorro akita do filme "Sempre ao Seu Lado".
Após a morte do dono, Hachiko continua indo "buscá-lo" na estação de trem, assim como Beethoven continua lá, às portas da funilaria, à espera do amigo humano.
Baseado em uma história real acontecida no Japão, o longa fez sucesso com Richard Gere no papel do professor, dono do cão, que morre, assim como o Zé, vítima de um ataque fulminante.
Mesmo calado e desolado, Beethoven continua fiel à guarda matinal à espera de Zé, todos os dias, às 7h.
O que ele ainda não sabe é que o dono jamais voltará.Fonte:Folha
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Rui Costa defende governo e diz que não joga pensando na oposição
Apontado como candidato preferido do governador Jaques Wagner para sua sucessão, o secretário da Casa Civil, o petista Rui Costa, admite que não é um bom jogador de futebol. Mas usa e abusa dos metáforas do esporte para comentar o quadro político. E dribla perguntas sobre sua posição nas pesquisas nas quais aparece atrás de candidatos da oposição e de outros nomes da base aliada como os senadores Walter Pinheiro, do PT, e Lídice da Mata, do PSB, e o vice-governador Otto Alencar, do PP.
Na defesa, o secretário, eleito deputado federal com 202 mil votos em 2010, rebate críticas do ex-ministro Geddel Vieira Lima, pré-candidato do PMDB, de que seria subserviente a Wagner, e é enfático ao listar as conquistas do governo petista na Bahia. No ataque, garante que não está preocupado com a movimentação do time oposicionista. “Uma equipe tem que se preparar para vencer o campeonato, a partida final, sem estar muito preocupada com a escalação do time adversário”, afirma Rui Costa, acrescentando que, no jogo político e no futebol, admira quem joga no meio de campo, organizando o time e distribuindo a bola.
O senhor é apontado como o preferido do governador Jaques Wagner entre os pré-candidatos do PT, mas não é unanimidade no partido. O que o senhor acha dessa disputa?
Acho que é natural. O partido tem grandes quadros políticos, nomes fortes administrativamente, fortes politicamente. É natural que um partido grande como o PT tenha mais de um nome para a disputa de qualquer cargo. O PT tem uma cultura própria e saberá, junto com o governador, decidir no tempo adequado, o nome do candidato. É natural: até o Lula já disputou prévia.
O que achou da declaração do ex-ministro Geddel Vieira Lima que, em entrevista ao CORREIO, disse que o senhor, eleito, teria posição de subserviência ao governador Wagner?
Quem confunde amizade, companheirismo e respeito com subserviência talvez não saiba exatamente onde estão os limites de cada uma dessas palavras. Tenho com o governador uma grande amizade ao longo dos últimos 30 anos e cada um tem a sua característica. O conceito com que trabalho é igual ao de um time. Um grande time de futebol tem que ter um bom goleiro que saiba pegar a bola com as mãos, tem que ter um bom meio de campo, que sabe distribuir a bola para o ataque, e tem que ter um bom centroavante, que sabe fazer gol. Se você pegar o centroavante e botar no gol, provavelmente não vai dar certo. É aproveitando as características de cada um que o time sai vencedor. O governador tem uma personalidade, tem características próprias dele. Eu tenho minha personalidade e minhas características.
Na útlima pesquisa Ibope, o senhor aparece atrás de outros nomes da base, como a senadora Lídice da Mata, que deve sair candidata pelo PSB, e o senador Walter Pinheiro. Como avalia esse resultado?
Acho que tem pouco valor pesquisa a um ano da eleição. Com quantos por cento estava o atual prefeito de São Paulo um ano antes da eleição: 1%, 2%. Quanto estava o atual prefeito de Belo Horizonte um ano antes da eleição: 1%, 2%. Quanto por cento tinha o atual prefeito de Recife um ano antes da eleição: 0%. E são todos prefeitos hoje, todos ganharam a eleição. Portanto, acho que tem pouca relevância pesquisa a um ano da eleição.
Sua secretaria tem contato direto com prefeitos e está sempre presente em eventos no interior, na agenda do governador. O senhor acha que isso o coloca em posição estratégica?
Todos que estão na vida pública, inclusive eu, têm uma posição de destaque. Por exemplo, o nome do PDT é presidente da Assembleia, Marcelo Nilo. O presidente da Assembleia está em evidência? Claro que está. Nós temos dois senadores com nomes colocados: Lídice da Mata e Walter Pinheiro. Senador da República está em evidência? Obviamente que está. O secretário do Planejamento [José Sérgio Gabrielli], que toca projetos importantes, está em evidência? Lógico que está. Eu, que estou aqui na Casa Civil, estou em evidência? Lógico que estou. Então, todos os nomes colocados têm uma posição de destaque e de visibilidade. Eu não sou exceção.
A obra do metrô poderá ajudar sua campanha?
O que o povo vai julgar o ano que vem é o conjunto da obra. A população vai analisar o projeto político, o projeto econômico e o projeto social em curso na Bahia e em curso no Brasil. Obviamente, várias ações impactam a população, principalmente, hoje em dia, a mobilidade. As pessoas estão perdendo muito tempo de suas vidas presas no trânsito. Eu diria que os projetos de mobilidade, os projetos de inclusão social, os projetos de infraestrutura urbana, os projetos habitacionais, todos de alguma forma impactam na avaliação do eleitor. O metrô e mobilidade urbana têm um forte impacto hoje sobre a população e também exercerão influência nessa avaliação.
Mas o metrô ainda não vai estar funcionando na época da eleição. Isso vai influenciar?
Todos nós, que somos soteropolitanos ou que vivemos na Região Metropolitana, temos que torcer a favor e comemorar a solução do metrô. Eu, particularmente, tenho a opinião de que houve um erro de origem no metrô. Um erro cometido lá atrás, em 1999, pelo governo municipal na época e pelo governo federal na época. Por que eu avalio que é um erro? Porque nenhum governo municipal no país toca metrô, nem constrói nem opera metrô. Foi um erro estratégico ter colocado no município de Salvador a construção e a operação do metrô. O que nós estamos fazendo agora é corrigir um erro de 1999. O governo do estado que, mesmo com todas as fragilidades de arrecadação, tem muito mais musculatura para tocar um projeto dessa ordem.
Na última pesquisa Ibope, boa parte da população - 37% - disse querer mudança na administração do estado. A aprovação do governador caiu para 28%. O senhor está preparado para enfrentar essa rejeição?
Todo e qualquer governo oscila nas pesquisas. O Wagner assumiu em 2007 e, de 2007 até 2010, cada período que você fazia, os números que apareciam eram bem diferentes. A verdadeira pesquisa de avaliação de governo é no momento da eleição. O governador, em 2010, se submeteu a uma grande pesquisa eleitoral, a pesquisa do voto. E 63% do povo da Bahia respondeu que aprovou o governo de Wagner, porque 63% votou nele e ele teve um novo mandato.
Então será fácil a defesa do governo?
Não tenho nenhuma dúvida da excelência do governo Wagner. Se você perguntar - isso são números, não é opinião - quem foi o governador na história da Bahia que mais investiu no abastecimento de água e infraestrutura hídrica, você tem uma resposta. Se você perguntar na história da Bahia quem foi o governador que mais fez esgotamento sanitário, você vai encontrar uma resposta. Se você fizer uma pergunta, quem foi o governador na história da Bahia que mais construiu estrada, você vai encontrar uma resposta. Isso tudo será mostrado num balanço de governo que, tenho certeza, será extremamente positivo. No momento da eleição, vamos mostrar isso, seja eu ou outro candidato. Mas o candidato do governo vai mostrar que esse é, em números, o melhor governo que a Bahia já teve.
Onde o governo Wagner não conseguiu obter resultados positivos e o que o senhor gostaria de fazer diferente?
Nós temos que apresentar em 2014 aquilo que ainda está por ser feito, aquilo que falta fazer, e eu entendo que é aprofundar o desenvolvimento, aprofundar geração de emprego e melhorar a capilaridade e a qualidade da saúde e da educação.
A oposição pretende caminhar unida contra o candidato do governador. Como o senhor se prepara para essa disputa?
Eu sou daqueles que entendem que uma equipe ela tem que se preparar para vencer o campeonato, a partida final, sem estar muito preocupada com a escalação do time adversário. Você tem que ter um padrão de jogo, um estilo de jogo, tem que estar preparado para enfrentar qualquer candidatura. Na hora que o jogo começar, evidente que você pode fazer adaptações ao longo da partida para enfrentar a forma que o adversário está jogando. Mas eu não sou daqueles que acham que o time tem que treinar com antecedência tentando imaginar como é que vai ser o jogo do adversário. Você
tem que treinar, independente de quem seja o adversário. Portanto, eu não quero comentar aqui sobre estratégias da oposição.
Alguns políticos do Democratas apontam o senhor como o candidato mais fácil de derrotar. Como encara essa avaliação?
O que você acha de um adversário que anuncia que se o time escalar esse e esse jogador ganha mais facilmente? Será que um time está querendo que o rival se reforce para que a eleição seja difícil? Eu não posso levar a sério comentários desse tipo. Não posso achar que o torcedor do Bahia vai fazer um comentário sobre a escalação do Vitória de uma forma sincera ou vice-versa. Eu acho que isso faz parte da provocação da política. Não posso levar isso a sério, assim como não é sério a torcida do Vitória querer escalar o goleiro do Bahia.
O senhor fala bastante sobre futebol, sobre montar o time. O senhor jogaria em que posição nesse cenário?
Se eu jogasse bem futebol, o que não é o caso, eu gostaria de jogar no meio de campo. É a posição que eu mais admiro no futebol, é a posição no meio campo, de quem organiza o time e quem distribui a bola no time. Já joguei futebol, mas eu não teria futuro na carreira, não.Fonte:Correio da Bahia
Na defesa, o secretário, eleito deputado federal com 202 mil votos em 2010, rebate críticas do ex-ministro Geddel Vieira Lima, pré-candidato do PMDB, de que seria subserviente a Wagner, e é enfático ao listar as conquistas do governo petista na Bahia. No ataque, garante que não está preocupado com a movimentação do time oposicionista. “Uma equipe tem que se preparar para vencer o campeonato, a partida final, sem estar muito preocupada com a escalação do time adversário”, afirma Rui Costa, acrescentando que, no jogo político e no futebol, admira quem joga no meio de campo, organizando o time e distribuindo a bola.
O senhor é apontado como o preferido do governador Jaques Wagner entre os pré-candidatos do PT, mas não é unanimidade no partido. O que o senhor acha dessa disputa?
Acho que é natural. O partido tem grandes quadros políticos, nomes fortes administrativamente, fortes politicamente. É natural que um partido grande como o PT tenha mais de um nome para a disputa de qualquer cargo. O PT tem uma cultura própria e saberá, junto com o governador, decidir no tempo adequado, o nome do candidato. É natural: até o Lula já disputou prévia.
O que achou da declaração do ex-ministro Geddel Vieira Lima que, em entrevista ao CORREIO, disse que o senhor, eleito, teria posição de subserviência ao governador Wagner?
Quem confunde amizade, companheirismo e respeito com subserviência talvez não saiba exatamente onde estão os limites de cada uma dessas palavras. Tenho com o governador uma grande amizade ao longo dos últimos 30 anos e cada um tem a sua característica. O conceito com que trabalho é igual ao de um time. Um grande time de futebol tem que ter um bom goleiro que saiba pegar a bola com as mãos, tem que ter um bom meio de campo, que sabe distribuir a bola para o ataque, e tem que ter um bom centroavante, que sabe fazer gol. Se você pegar o centroavante e botar no gol, provavelmente não vai dar certo. É aproveitando as características de cada um que o time sai vencedor. O governador tem uma personalidade, tem características próprias dele. Eu tenho minha personalidade e minhas características.
Na útlima pesquisa Ibope, o senhor aparece atrás de outros nomes da base, como a senadora Lídice da Mata, que deve sair candidata pelo PSB, e o senador Walter Pinheiro. Como avalia esse resultado?
Acho que tem pouco valor pesquisa a um ano da eleição. Com quantos por cento estava o atual prefeito de São Paulo um ano antes da eleição: 1%, 2%. Quanto estava o atual prefeito de Belo Horizonte um ano antes da eleição: 1%, 2%. Quanto por cento tinha o atual prefeito de Recife um ano antes da eleição: 0%. E são todos prefeitos hoje, todos ganharam a eleição. Portanto, acho que tem pouca relevância pesquisa a um ano da eleição.
Sua secretaria tem contato direto com prefeitos e está sempre presente em eventos no interior, na agenda do governador. O senhor acha que isso o coloca em posição estratégica?
Todos que estão na vida pública, inclusive eu, têm uma posição de destaque. Por exemplo, o nome do PDT é presidente da Assembleia, Marcelo Nilo. O presidente da Assembleia está em evidência? Claro que está. Nós temos dois senadores com nomes colocados: Lídice da Mata e Walter Pinheiro. Senador da República está em evidência? Obviamente que está. O secretário do Planejamento [José Sérgio Gabrielli], que toca projetos importantes, está em evidência? Lógico que está. Eu, que estou aqui na Casa Civil, estou em evidência? Lógico que estou. Então, todos os nomes colocados têm uma posição de destaque e de visibilidade. Eu não sou exceção.
A obra do metrô poderá ajudar sua campanha?
O que o povo vai julgar o ano que vem é o conjunto da obra. A população vai analisar o projeto político, o projeto econômico e o projeto social em curso na Bahia e em curso no Brasil. Obviamente, várias ações impactam a população, principalmente, hoje em dia, a mobilidade. As pessoas estão perdendo muito tempo de suas vidas presas no trânsito. Eu diria que os projetos de mobilidade, os projetos de inclusão social, os projetos de infraestrutura urbana, os projetos habitacionais, todos de alguma forma impactam na avaliação do eleitor. O metrô e mobilidade urbana têm um forte impacto hoje sobre a população e também exercerão influência nessa avaliação.
Mas o metrô ainda não vai estar funcionando na época da eleição. Isso vai influenciar?
Todos nós, que somos soteropolitanos ou que vivemos na Região Metropolitana, temos que torcer a favor e comemorar a solução do metrô. Eu, particularmente, tenho a opinião de que houve um erro de origem no metrô. Um erro cometido lá atrás, em 1999, pelo governo municipal na época e pelo governo federal na época. Por que eu avalio que é um erro? Porque nenhum governo municipal no país toca metrô, nem constrói nem opera metrô. Foi um erro estratégico ter colocado no município de Salvador a construção e a operação do metrô. O que nós estamos fazendo agora é corrigir um erro de 1999. O governo do estado que, mesmo com todas as fragilidades de arrecadação, tem muito mais musculatura para tocar um projeto dessa ordem.
Na última pesquisa Ibope, boa parte da população - 37% - disse querer mudança na administração do estado. A aprovação do governador caiu para 28%. O senhor está preparado para enfrentar essa rejeição?
Todo e qualquer governo oscila nas pesquisas. O Wagner assumiu em 2007 e, de 2007 até 2010, cada período que você fazia, os números que apareciam eram bem diferentes. A verdadeira pesquisa de avaliação de governo é no momento da eleição. O governador, em 2010, se submeteu a uma grande pesquisa eleitoral, a pesquisa do voto. E 63% do povo da Bahia respondeu que aprovou o governo de Wagner, porque 63% votou nele e ele teve um novo mandato.
Então será fácil a defesa do governo?
Não tenho nenhuma dúvida da excelência do governo Wagner. Se você perguntar - isso são números, não é opinião - quem foi o governador na história da Bahia que mais investiu no abastecimento de água e infraestrutura hídrica, você tem uma resposta. Se você perguntar na história da Bahia quem foi o governador que mais fez esgotamento sanitário, você vai encontrar uma resposta. Se você fizer uma pergunta, quem foi o governador na história da Bahia que mais construiu estrada, você vai encontrar uma resposta. Isso tudo será mostrado num balanço de governo que, tenho certeza, será extremamente positivo. No momento da eleição, vamos mostrar isso, seja eu ou outro candidato. Mas o candidato do governo vai mostrar que esse é, em números, o melhor governo que a Bahia já teve.
Onde o governo Wagner não conseguiu obter resultados positivos e o que o senhor gostaria de fazer diferente?
Nós temos que apresentar em 2014 aquilo que ainda está por ser feito, aquilo que falta fazer, e eu entendo que é aprofundar o desenvolvimento, aprofundar geração de emprego e melhorar a capilaridade e a qualidade da saúde e da educação.
A oposição pretende caminhar unida contra o candidato do governador. Como o senhor se prepara para essa disputa?
Eu sou daqueles que entendem que uma equipe ela tem que se preparar para vencer o campeonato, a partida final, sem estar muito preocupada com a escalação do time adversário. Você tem que ter um padrão de jogo, um estilo de jogo, tem que estar preparado para enfrentar qualquer candidatura. Na hora que o jogo começar, evidente que você pode fazer adaptações ao longo da partida para enfrentar a forma que o adversário está jogando. Mas eu não sou daqueles que acham que o time tem que treinar com antecedência tentando imaginar como é que vai ser o jogo do adversário. Você
tem que treinar, independente de quem seja o adversário. Portanto, eu não quero comentar aqui sobre estratégias da oposição.
Alguns políticos do Democratas apontam o senhor como o candidato mais fácil de derrotar. Como encara essa avaliação?
O que você acha de um adversário que anuncia que se o time escalar esse e esse jogador ganha mais facilmente? Será que um time está querendo que o rival se reforce para que a eleição seja difícil? Eu não posso levar a sério comentários desse tipo. Não posso achar que o torcedor do Bahia vai fazer um comentário sobre a escalação do Vitória de uma forma sincera ou vice-versa. Eu acho que isso faz parte da provocação da política. Não posso levar isso a sério, assim como não é sério a torcida do Vitória querer escalar o goleiro do Bahia.
O senhor fala bastante sobre futebol, sobre montar o time. O senhor jogaria em que posição nesse cenário?
Se eu jogasse bem futebol, o que não é o caso, eu gostaria de jogar no meio de campo. É a posição que eu mais admiro no futebol, é a posição no meio campo, de quem organiza o time e quem distribui a bola no time. Já joguei futebol, mas eu não teria futuro na carreira, não.Fonte:Correio da Bahia
Modelo confessa que seduzia prefeitos e políticos para participar de fraudes que desviaram R$ 50 milhões
A Bíblia conta que, no início dos tempos, Eva fez Adão comer a fruta proibida. E o senso comum diz que, desde então, o homem não parou mais de se encrencar por causa das mulheres. A dona encrenca da vez é a modelo catarinense Luciane Hoepers, 33 anos. Presa na quinta-feira passada, pela operação Miqueias, da Polícia Federal, ela tinha seus meios para convencer políticos e gestores de dinheiro público a participar do esquema de fraude que desviou R$ 50 milhões de fundos de pensão de servidores de prefeituras e governos estaduais.
Luciane foi indiciada por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A modelo foi solta, na madrugada de ontem, depois de passar cinco dias presa. Mas engana-se quem pensa que a voluptuosa moça da foto usava apenas sua cruzada de pernas para convencer os gestores. Hoje, até para ser ‘periguete’, é preciso ser qualificada. E Luciane é. Apesar de ter passado boa parte da vida acumulando cargos de subcelebridade, ela é inteligente e entende de investimentos.
A parte do currículo capaz de matar de inveja uma mulher-fruta inclui bicos como assistente de palco da Rede TV, Mulher Bombeiro, Casa Bonita, participações no Zorra Total e Faustão, ensaios para revistas masculinas e o título de musa do time de futebol catarinense Avaí. Numa entrevista para o portal Terra, antes de a operação da PF ser deflagrada, “Lu” diz que ser bonita ajuda, “porque abre portas”, e revela que seu sonho de consumo é um apartamento em Miami.
Nada que qualquer panicat não possa dizer. Mas em março, em entrevista à revista Mensch, Luciane revela sua outra face. Descrita como alguém que “trabalha no mercado financeiro com fundos de investimentos, cheia de atitude e segura de si”, ela diz encarar empresários, banqueiros e políticos com a mesma segurança de quem encara uma sessão de fotos.
A PF aponta como endereço de Luciane em Brasília, um hotel de luxo, na beira do lago Paranoá, onde costumam ficar hospedadas autoridades e celebridades. Em seu perfil no Facebook, muitas fotos de biquíni, contrastando com outras em que aparece com o filho de 10 anos.
Esquema
Agora que você já conhece a face sexy e a face inteligente de Luciane, falta só uma para ficar íntimo: a face perigosa. Hum... já começou a ter fantasias com ela? Não foi o único.
- Alô, prefeito Júnior. Tudo bem? Aqui quem fala é a Luciane da Invista. Tá lembrado?
- Tô lembrado, difícil esquecer – responde o galanteador prefeito identificado apenas como Júnior no relatório das gravações feitas pela PF.
E foi assim que Luciane convenceu mais um trouxa a desviar recursos dos fundos de pensão municipais e entregar à quadrilha, através da empresa Invista, dividindo os lucros (veja boxe ao lado).
Outra “vítima” foi o deputado estadual goiano Daniel Vilela (PMDB). Daniel foi fotografado em um almoço com Luciane, onde estavam outro deputado goiano Samuel Belchior e o deputado federal Leandro Vilela (PMDB - GO), primo de Daniel.
Nos grampos telefônicos, segundo o jornal O Globo, Luciane Hoepers comunica aos seus chefes uma boa notícia: a de que tem um almoço agendado com “o filho do prefeito de Aparecida de Goiânia”.
É Daniel Vilela. Na mesma conversa, gravada pela PF, a moça informa que “outros deputados goianos participarão do almoço” e que “um deles é um deputado fortíssimo que vai sair na próxima eleição como candidato a governador do estado”, diz, se referindo a Samuel Belchior.
Os telefonemas interceptados pela PF mostram que Luciane tinha um papel muito ativo na organização, mantendo vários contatos com políticos. O ex-prefeito de Cuiabá Chico Galindo (PTB), por sua vez, recebeu a visita da loira e, três dias depois, em reunião com o Conselho Fiscal do Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá (Cuiabá-Prev), teria sugerido mudanças no perfil de investimentos do fundo cuiabano, no valor de R$ 21 milhões, também segundo o jornal O Globo.
No depoimento à delegada Andréia Pinho Albuquerque, a modelo confirmou que fez visitas a prefeitos em vários estados e que oferecia vantagens materiais aos administradores. Disse ainda que pelo menos um dos prefeitos aceitou a propina. Além dos telefonemas, ela viajava para conversar pessoalmente com as “vítimas”.
Dos 23 presos na operação Miqueias, 14 já foram soltos
Apenas nove das 23 pessoas presas pela Polícia Federal, na última quinta, por suposto envolvimento em lavagem de dinheiro e fraude em entidades previdenciárias, permanecem detidas. Segundo a PF, alguns suspeitos entraram com pedido de habeas-corpus, na semana passada, e o restante foi solto, ontem, porque expirou o prazo da prisão temporária.
A PF não detalhou os casos. A investigação começou há um ano e meio, para apurar lavagem de dinheiro por meio da utilização de contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas, abertas em nome de laranjas. Nos 18 meses de investigação, a polícia estima que a movimentação em 30 contas dessas empresas chegou a R$ 300 milhões. A estimativa é de que o prejuízo dos fundos de pensão seja de R$ 50 milhões. Cinco carros de luxo e uma lancha avaliada em R$ 5 milhões foram apreendidos.
Luciano do Valle vê exagero em narradores e critica uso de bordões
Aos 70 anos e com meio século de carreira, o narrador Luciano do Valle segue como um dos principais nomes do jornalismo esportivo do Brasil. Em entrevista ao programa Bola da Vez, da Espn, ele cutucou a nova geração de locutores e ainda criticou o uso de bordões.
“Tudo passou a ser genial, passou a ser fantástico. Tudo é golaço, e não é bem assim. A gente passou a procurar ídolos, o cara faz uma grande jogada e já vira ídolo. Tem que ter um pouco de noção”, disse o apresentador, antes de explicar como deve ser feita a interação com o telespectador.
“Na TV você não precisa falar tudo. Por exemplo, as vezes a bola está com o Ralf. Não preciso falar, o Ralf é conhecido. O telespectador precisa participar. Quando for um lance mais agudo na área, aí sim, merece uma atenção maior”.
Muitos dos ‘rivais’ de Luciano possuem bordões (expressão repetida em determinadas situações), e ele ficou conhecido, justamente, por não usufruir dessa artimanha. Questionado, explicou o seu ponto de vista.
“Na realidade, o locutor não tem que ter bordão. O importante é que o jogador faça alguma coisa que chame atenção. Você apenas leva, conduz. É difícil pensar nisso. Temos que estar de frente para o fato. Não somos artistas, somos jornalistas”, exclamou.
“Eu sou contra [o bordão]. O mais importante é o jogo, depois a imagem. Estamos lá para identificar o que está acontecendo. Antes da partida, me perguntam o que eu vou dizer. Não sei, não levo nada na cabeça”.
Luciano do Valle ainda falou sobre os momentos marcantes de sua carreira e classificou a vitória de Emerson Fittipaldi, nas 500 milhas de Indianápolis, em 1989, como um dos mais especiais.
“Essa corrida do Emerson, eu fiquei muito emocionado. Foi a primeira vez que um brasileiro venceu. E, talvez, se ele não vencesse, a Bandeirantes não continuaria transmitindo a Fórmula Indy. Eu me senti aliviado”.
“Tudo passou a ser genial, passou a ser fantástico. Tudo é golaço, e não é bem assim. A gente passou a procurar ídolos, o cara faz uma grande jogada e já vira ídolo. Tem que ter um pouco de noção”, disse o apresentador, antes de explicar como deve ser feita a interação com o telespectador.
“Na TV você não precisa falar tudo. Por exemplo, as vezes a bola está com o Ralf. Não preciso falar, o Ralf é conhecido. O telespectador precisa participar. Quando for um lance mais agudo na área, aí sim, merece uma atenção maior”.
Muitos dos ‘rivais’ de Luciano possuem bordões (expressão repetida em determinadas situações), e ele ficou conhecido, justamente, por não usufruir dessa artimanha. Questionado, explicou o seu ponto de vista.
“Na realidade, o locutor não tem que ter bordão. O importante é que o jogador faça alguma coisa que chame atenção. Você apenas leva, conduz. É difícil pensar nisso. Temos que estar de frente para o fato. Não somos artistas, somos jornalistas”, exclamou.
“Eu sou contra [o bordão]. O mais importante é o jogo, depois a imagem. Estamos lá para identificar o que está acontecendo. Antes da partida, me perguntam o que eu vou dizer. Não sei, não levo nada na cabeça”.
Luciano do Valle ainda falou sobre os momentos marcantes de sua carreira e classificou a vitória de Emerson Fittipaldi, nas 500 milhas de Indianápolis, em 1989, como um dos mais especiais.
“Essa corrida do Emerson, eu fiquei muito emocionado. Foi a primeira vez que um brasileiro venceu. E, talvez, se ele não vencesse, a Bandeirantes não continuaria transmitindo a Fórmula Indy. Eu me senti aliviado”.
Movimento de jogadores quer atrair nomes como Seedorf, R10 e Fred
Lançado com mais pressa que os seus participantes gostariam, o movimento de atletas em prol do futebol brasileiro quer crescer nos próximos dias. No primeiro dia após o anúncio de suas intenções, o grupo gostou da repercussão positiva, já ampliou sua rede de contatos e quer atrair mais medalhões como Seedorf, Ronaldinho Gaúcho e Fred.
Os três nomes foram algumas das ausências mais sentidas na lista de signatários do Bom Senso F.C., lançado na última terça com 75 participantes. Dois motivos, segundo os líderes do movimento, explicam o fato deles estarem fora da carta que pede uma reunião com a CBF para tratar do calendário do futebol brasileiro.
O primeiro foi a correria para a oficialização. Com reunião marcada para a próxima segunda, o Bom Senso F.C. foi lançado em caráter de urgência, porque os jogadores souberam que o jornal Folha de S. Paulo publicaria uma reportagem sobre o tema. Antes disso, os líderes do movimento tiveram problemas para encontrar cada um desses medalhões, já que a comunicação necessariamente se deu em caráter particular, dada a gravidade do assunto.
A ideia é que, depois de tornada pública a manifestação, mais gente decida se unir ao processo. No primeiro dia, a resposta foi positiva. Tite, Osvaldo de Oliveira e Jayme Brandão (interino do Flamengo), manifestaram apoio ao movimento. Técnicos, ex-jogadores e demais profissionais do esporte são bem-vindos e aguardados no movimento, que também ganhou adesão de outros atletas em atividade. Em poucas horas, por exemplo, o Bom Senso F.C. ganhou o reforço de Réver, que ao longo do dia decidiu juntar-se aos colegas.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
POPULAÇÃO QUER MAIS TRANSPARÊNCIA DO GOVERNO OSNI CARDOSO
Olá meus amigos! Hoje quero comentar sobre a notícia divulgada em todos os meios de comunicação do país,que mostra a realidade da gestão do prefeito de Serrinha Osni Cardoso.Honestamente,sempre esperei mais qualidade e transparência do administrador desse município,mas,cada dia que passa,fico mais surpreso com as notícias que chegam por estas paragens.A situação fiscal na gestão atual é crítica,Serrinha aparece no relatório da FIRJAN,como município que investe mal em: saúde,educação,e urbanização.Em outras palavras,gasta mal o dinheiro público.Também é um município que não respeita a lei de responsabilidade fiscal,por isso tem as contas reprovadas desde que assumiu os destinos do município.Esta situação tem que ser resolvida com urgência pelo prefeito Osni.Isso gera desconfiança por parte da população.Nesta altura do campeonato já tem gente por ai desconfiando até da idoneidade do prefeito,que,eu,particularmente,o reputo
como administrador honesto.Estamos praticamente em ano eleitoral,a gente sabe que Osni tem desejo de se candidatar ou ajudar eleger algum deputado,sendo assim,ele vai precisar de votos,mais na situação em que se encontra a praça Luiz Nogueira,o Mercadão da Rodagem,colégios abandonados e ruas esburacadas,vai ficar muito complicado o prefeito realizar o seu sonho.É preciso que ele exonere alguns secretários,enquanto há tempo,e coloque pessoas que queiram trabalhar,porque se continuar nesta pasmaceira,será prudente convocar o vice,GIKA da Borracharia,para colocar o município nos trilhos.
De 594 parlamentares em exercício, 190 foram condenados
Levantamento inédito feito pela ONG Transparência Brasil aponta que 190 dos 594 deputados e senadores em exercício já foram condenados pela Justiça ou tribunais de conta. São 36 parlamentares do PMDB (35% da bancada), 28 do PT (28%), 22 do PSDB (37%), 16 do PR (37%), 14 do PP (32%), 14 do DEM (44%), 12 do PSB (41%), 10 do PDT (32%), 9 do PTB (36%) e 29 das demais siglas.
Sentenças dos tribunais de contas por irregularidades em convênios, contratos e licitações são as mais recorrentes, atingindo 66 parlamentares (11% do Congresso). Em segundo lugar aparecem as condenações da Justiça Eleitoral por irregularidades em contas de campanha, com 57 deputados e senadores encrencados (9,6% do Congresso). Em terceiro estão os atos de improbidade administrativa (como enriquecimento ilícito e dano ao erário), que levaram à condenação de 41 congressistas (7,1% do Congresso), de acordo com dados extraídos do projeto Excelências (http://www.excelencias.org.br/), recém relançado pela ONG, com apoio de VEJA.
Prisões – Para catorze parlamentares em exercício foram emitidas sentenças de prisão. É o caso, no Senado, de Ivo Cassol (PP-RO). Por unanimidade, ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a quatro anos, oito meses e 26 dias de prisão, em regime semiaberto, por fraude em licitações. O caso foi julgado em agosto de 2013 mas ainda não teve decretado o trânsito em julgado, a partir do que se dá o cumprimento da pena.
Na Câmara, são treze os deputados federais que receberam penas de reclusão, em alguns casos convertida em prestação de serviços e pagamento de multas, conforme o mapeamento da ONG. Anthony Garotinho (PR-RJ), condenado em 2010 a dois anos e meio por formação de quadrilha, teve a pena de prisão substituída por prestação de serviços e suspensão de direitos políticos, recorreu e aguarda tramitação do caso no STF; o deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), por prática irregular de cirurgias de esterilização em troca de votos, foi sentenciado em 2011 a três anos em regime aberto e também recorreu (por meio do famigerado embargo infringente); Carlos Roberto (PSDB-SP) foi punido com três anos de prisão e multa, por apropriação indébita e crimes contra o patrimônio, mas, passando de suplente a titular, a decisão foi anulada em 2013, e o caso, remetido ao STF; Celso Jacob (PMDB-RJ), por falsificar documento público e infringir a Lei de Licitações, foi condenado em primeira instância e também recorreu; João Arruda (PMDB-PR), sentenciado por homicídio culposo em acidente de trânsito, teve a pena convertida em indenização e serviço comunitário; Abelardo Camarinha (PSB-SP), por crime de responsabilidade, foi condenado em 2012 a quatro meses de detenção, pena que foi convertida em multa e prescreveu; Dr. Luiz Fernando (PSD-AM) teve a pena de três anos de prisão por estelionato convertida em prestação de serviços e aguarda recurso; Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) foi sentenciado em 2010 pela Justiça Federal a três anos e quatro meses de prisão por violação de sigilo funcional e fraude processual, pena substituída por prestação de serviços comunitários e restrições de direitos, e também entrou com recurso; Marco Tebaldi (PSDB-SC) foi condenado em primeira instância a pagamento de multa e prisão, teve a pena substituída por prestação de serviços, recorreu e aguarda a tramitação do caso no STF.
Mensalão – Há ainda o caso dos quatro deputados condenados em 2012 no processo do mensalão: João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT) e José Genoino (PT-SP). Os quatro foram condenados, respectivamente, a nove anos e quatro meses, sete anos e onze meses, sete anos e dois meses e seis anos e onze meses de prisão, mas todos aguardam em liberdade o desfecho do processo, adiado indefinidamente desde a admissão dos embargos infringentes. Ao contrário de Cassol, para os mensaleiros foi decidida, além da reclusão, a perda de mandato. Outros oito parlamentares atualmente em exercício também já tiveram sua cassação determinada pela Justiça para algum cargo anteriormente ocupado (prefeito, deputado estadual ou vereador).
Negativo – "Essas condenações confirmam uma avaliação muito negativa da composição do Congresso. É mais um elemento de decepção", diz o diretor executivo da Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo. "Mas não surpreendem: mais da metade dos parlamentares tem algum problema na Justiça ou nos tribunais de contas." Conforme o Excelências, citações nas cortes do país alcançam 54,2% dos deputados e 54,3% dos senadores.Fonte:Veja
Maqueiros do Clériston Andrade e diretoria podem mover ação contra advogado
O diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), José Carlos Pitangueira, e os maqueiros do hospital podem mover duas ações judiciais contra o advogado Ronaldo Mendes. Na noite do último sábado (21), o advogado esteve no Clériston acompanhado de um promotor, para verificar a denúncia feita por um funcionário de que 11 pessoas teriam morrido, após um apagão no hospital.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o diretor do Clériston Andrade, José Carlos Pitangueiras, explicou que não houve um apagão e sim um curto circuito em uma tomada e que não foram 11 e sim oito óbitos. De acordo com Pitangueira, as mortes foram por causas naturais e não tiveram relação com o ocorrido.
“Essas informações infundadas são muito preocupantes. Nós temos 10 tomadas em cada leito e uma delas foi mexida. Isso só está acontecendo nos fins de semana ou na madrugada. Eu vou analisar se foi criminoso”, disse o diretor, levantando a suspeita de que alguém teria provocado o curto-circuito.
Ainda segundo o diretor, os aparelhos do hospital ficam ligados por 12 horas, caso falte energia. “Não houve apagão, podem consultar a Coelba. Se tiver um apagão ninguém vai morrer por isso, pois nossos aparelhos continuam ligados”.
Maqueiros negam ter feito denúncia
Os maqueiros do Clériston Andrade se reuniram na manhã desta segunda-feira (23) com a direção do hospital. Eles negam ter feito qualquer denúncia e pedem que o advogado Ronaldo Mendes aponte o autor.
“Ele está acusando a gente de ter dito isso, mas não é verdade. Nós queremos que ele diga o nome de quem falou. Queremos que ele aponte a pessoa”, afirmou o maqueiro Renato Santos Souza.
O maqueiro Luiz Eduardo Dias Costa também diz que a denúncia não é verdadeira. Ele cobrou uma posição do hospital.
“A gente vai conversar com um advogado para saber o que ele vai nos orientar. A princípio queremos uma retratação do advogado Ronaldo Mendes. Nós temos que tomar uma atitude, mas o hospital também deve. Não é simplesmente dizer que foram os maqueiros. Ele deve dizer o nome de quem foi. Nós não tivemos contato com o advogado, e se alguém falou, quem garante que foi um maqueiro?”, questionou.
O diretor do Clériston Andrade informou que os maqueiros pediram a permissão dele para entrarem no Ministério Público contra o advogado Ronaldo Mendes, mas que ele não deu opinião.
“Eles me pediram permissão, mas não vou dar a minha opinião. Com relação à posição do hospital, vou passar pelo Ministério Público para saber que atitude devo tomar”, afirmou.
Corte de ponto
José Carlos Pitangueira ainda falou sobre o grande número de atestados apresentados por alguns funcionários do hospital, que têm mais de dois empregos, e afirmou que está cortando o ponto. Segundo o diretor, isso tem gerado incômodo, e por isso estão querendo boicotar a diretoria.
“Eu tenho 417 atestados em 75 dias, sendo que mais de 60% dessas pessoas que colocam atestados estão trabalhando em outros locais. A partir de amanhã vou começar a rastrear quem tem mais de três empregos e estou avisando que não terá mais acordo. Primeiro vai ser a escala do Clériston. Se acha que a Sesab (Secretaria Estadual de Saúde) é bico, que saia. Vou continuar cortando ponto de quem não trabalhar”, ressaltou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
Lídice diz que será candidata à sucessão de Wagner mesmo sem o apoio do PT
Desde o início das especulações sobre uma eventual candidatura do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, ao Palácio do Planalto, o sinal mais claro de que a postulação é séria foi dado na última semana, quando o partido colocou à disposição os cargos que ocupa no governo federal. A iniciativa de Campos, no entanto, repercutiu também na configuração dos estados. Tanto que a senadora Lídice da Mata, dirigente do partido na Bahia, voltou a falar da candidatura própria, agora, mesmo sem o apoio do governador Jaques Wagner.
“Muita gente fala que Lídice não pode ser a candidata do governo, inclusive, o próprio governador, porque nosso projeto nacional é prioritário, então nós não podemos apoiar Lídice porque ela será candidata de Eduardo. Havendo uma negativa de uma candidatura na base do governo, ainda assim eu posso ser candidata”, pontuou a senadora em entrevista à rádio Metrópole. Segundo Lídice, ela reúne condições para ser candidata, independente da postura do PT ou do governador. “Eu luto para ser a candidata do governo, para ser a candidata do governador, porque eu participo desse projeto, sou senadora pela Bahia dentro desse espectro de forças e creio que tenho contribuído decisivamente para o fortalecimento desse projeto”, defendeu.
Para a dirigente socialista, episódios no passado demonstram que é possível um duplo palanque para os governos federal ou estadual. “Na eleição passada, Dilma dividiu o seu apoio aqui. Nós éramos candidatos e César Borges era candidato, ambos defendiam Dilma, que veio ao palanque de todos. A inversão também já existiu em outras campanhas eleitorais. Essa não é uma possibilidade nova no Brasil”, avaliou Lídice.
A senadora, todavia, reconhece que há dificuldades em tornar esse modelo de aliança viável no cenário político baiano do próximo ano. “Esse argumento é um argumento de peso, porém não é um argumento que crie uma impossibilidade total de uma composição desse tipo. Sei que o PT e o governador pensam diferente, mas, no entanto, acho que as condições para uma resposta definitiva não estão dadas. É uma precipitação essa posição”, sugeriu a presidente do PSB baiano.
Lídice, porém, antecipou que não pretende adotar uma postura de oposicionista ao projeto. “Não queremos que a nossa candidatura assuma a característica de candidatura de oposição. Acho que seria uma posição incoerente ficar no governo, ter construído, ter participado internamente do governo e hoje sair para uma postura de oposição ao governo, abertamente batendo no governo”, assegurou a socialista.Fonte:Tribuna da Bahia
'Entendemos de remédio mais do que qualquer médico', diz conselho de Farmácia
A decisão de permitir que farmacêuticos façam prescrição de remédios isentos de receita médica causou polêmica no mundo da saúde. Mas o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo defendeu a novidade.
"Entendemos de remédio muito mais do que qualquer médico. Nossa formação é voltada para isso. Cada macaco no seu galho", afirmou à Folha de S. Paulo Pedro Menegasso, presidente do conselho.
A nova resolução será publicada na quarta-feira no "Diário Oficial da União". Para Renato Azevedo Junior, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, acredita que a norma tem ligação com lei do Ato Médico, aprovada em junho, que não prevê mais a prescrição de tratamentos como exclusivo dos médicos.
"A lei do Ato Médico abriu brecha para qualquer um prescrever medicamentos. É bem complicado", criticou ele. Para Menegasso, as duas coisas não têm ligação. "Não tem nada a ver com o ato médico. Discutimos isso por anos. Coincidiu de a publicação ocorrer agora, que está essa confusão com os médicos".
Os farmacêuticos também querem que o governo brasileiro autorize os profissionais da categoria a prescrever um determinado grupo de medicamentos intermediário entre os de prescrição médica e os isentos de receita, como por exemplo o Paracetamol 750 mg.
"Não queremos invadir a área de ninguém. Só queremos regularizar o que já acontece de maneira informal nas farmácias", afirma Menegasso. Ele diz que alguns farmacêuticos escrevem a posologia e outras orientações para os pacientes. "Por que não escrever em um receituário, deixar registrado isso?", questiona.
Com a norma, os farmacêuticos poderão auxiliar nos casos menos grave, como dores de cabeça e diarreia.
Fonte:correio da Bahia
"Entendemos de remédio muito mais do que qualquer médico. Nossa formação é voltada para isso. Cada macaco no seu galho", afirmou à Folha de S. Paulo Pedro Menegasso, presidente do conselho.
A nova resolução será publicada na quarta-feira no "Diário Oficial da União". Para Renato Azevedo Junior, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, acredita que a norma tem ligação com lei do Ato Médico, aprovada em junho, que não prevê mais a prescrição de tratamentos como exclusivo dos médicos.
"A lei do Ato Médico abriu brecha para qualquer um prescrever medicamentos. É bem complicado", criticou ele. Para Menegasso, as duas coisas não têm ligação. "Não tem nada a ver com o ato médico. Discutimos isso por anos. Coincidiu de a publicação ocorrer agora, que está essa confusão com os médicos".
Os farmacêuticos também querem que o governo brasileiro autorize os profissionais da categoria a prescrever um determinado grupo de medicamentos intermediário entre os de prescrição médica e os isentos de receita, como por exemplo o Paracetamol 750 mg.
"Não queremos invadir a área de ninguém. Só queremos regularizar o que já acontece de maneira informal nas farmácias", afirma Menegasso. Ele diz que alguns farmacêuticos escrevem a posologia e outras orientações para os pacientes. "Por que não escrever em um receituário, deixar registrado isso?", questiona.
Com a norma, os farmacêuticos poderão auxiliar nos casos menos grave, como dores de cabeça e diarreia.
Fonte:correio da Bahia
Mais Médicos: profissionais formados fora do país chegam às cidades do interior
Os problemas que afligem os brasileiros, principalmente no interior, poderão ser apaziguados com o trabalho dos estrangeiros, segundo o prefeito de Araci, Antônio Carvalho da Silva Neto (PSD).
“Era uma carência do município, já que dois dos 14 postos de saúde da família que temos estavam sem médicos”, afirmou o prefeito do município. “Enfrentamos problemas tanto para atrair quanto para fixar os médicos aqui. Quando a gente consegue contratar um profissional, ele fica poucos meses e acaba indo para outro lugar. Mas com essas duas profissionais, as equipes dos postos estão completas, pelo menos por enquanto”, afirmou.
Para o médico Eddi Eduardo Perez Prada, que trabalhará no município de Mansidão, no Oeste do estado, um dos principais pontos de atenção será o caso das doenças infectocontagiosas. Para ele, os casos se agravam pela falta de tratamento.
Eddi e outros colegas concordam em pelo menos dois pontos: o SUS brasileiro é semelhante ao sistema de Cuba, o que deve facilitar o trabalho; e aqui na Bahia doenças erradicadas em Cuba, como a tuberculose, ainda existem.
“Vamos ter que estudar e ter atenção com esses casos, que são muito comuns aqui”, analisou Eddi.
Metade dos médicos tem pendências com Cremeb
Dos 57 médicos estrangeiros que solicitaram registro profissional junto ao Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), 56 foram para os 28 municípios onde atenderão, mas apenas 29 profissionais obtiveram a licença.
Segundo o secretário de Saúde do estado, Jorge Solla, as pendências apontadas pelo Cremeb “já foram resolvidas” em 25 casos. São problemas como irregularidades nas fotos, falta de indicação do nome do tutor e supervisor. “Esperamos que todos sejam liberados para atuar até o fim desta semana”, diz.
Os três casos restantes demandam mais atenção, de acordo com o secretário. “São pendências que exigem a retirada de documentos no país de origem dos médicos”, conta.
“Em dois desses casos, foi pedido o envio dos documentos para cá, então os médicos envolvidos também já foram para seus postos”. Um caso, porém, exigiu o retorno do profissional ao país de origem, o do mexicano Antonio Jaldo Silva Ramos.Fonte:correio da Bahia
“Era uma carência do município, já que dois dos 14 postos de saúde da família que temos estavam sem médicos”, afirmou o prefeito do município. “Enfrentamos problemas tanto para atrair quanto para fixar os médicos aqui. Quando a gente consegue contratar um profissional, ele fica poucos meses e acaba indo para outro lugar. Mas com essas duas profissionais, as equipes dos postos estão completas, pelo menos por enquanto”, afirmou.
Para o médico Eddi Eduardo Perez Prada, que trabalhará no município de Mansidão, no Oeste do estado, um dos principais pontos de atenção será o caso das doenças infectocontagiosas. Para ele, os casos se agravam pela falta de tratamento.
Eddi e outros colegas concordam em pelo menos dois pontos: o SUS brasileiro é semelhante ao sistema de Cuba, o que deve facilitar o trabalho; e aqui na Bahia doenças erradicadas em Cuba, como a tuberculose, ainda existem.
“Vamos ter que estudar e ter atenção com esses casos, que são muito comuns aqui”, analisou Eddi.
Metade dos médicos tem pendências com Cremeb
Dos 57 médicos estrangeiros que solicitaram registro profissional junto ao Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), 56 foram para os 28 municípios onde atenderão, mas apenas 29 profissionais obtiveram a licença.
Segundo o secretário de Saúde do estado, Jorge Solla, as pendências apontadas pelo Cremeb “já foram resolvidas” em 25 casos. São problemas como irregularidades nas fotos, falta de indicação do nome do tutor e supervisor. “Esperamos que todos sejam liberados para atuar até o fim desta semana”, diz.
Os três casos restantes demandam mais atenção, de acordo com o secretário. “São pendências que exigem a retirada de documentos no país de origem dos médicos”, conta.
“Em dois desses casos, foi pedido o envio dos documentos para cá, então os médicos envolvidos também já foram para seus postos”. Um caso, porém, exigiu o retorno do profissional ao país de origem, o do mexicano Antonio Jaldo Silva Ramos.Fonte:correio da Bahia
Dona da Vivo amplia fatia na Telecom Italia e pode vender TIM no Brasil
O grupo espanhol Telefônica fechou um acordo para aumentar sua fatia na Telco, holding que controla a Telecom Italia, na Europa.
A ampliação da presença da Telefônica na Telecom Italia tem implicações diretas no Brasil, onde as duas empresas são concorrentes. A Telefônica, que já é dona da Vivo (VIVT4), agora torna-se indiretamente sócia majoritária da TIM (TIMP3).
A TIM informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. A reportagem do UOL também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Vivo, mas não obteve retorno até o momento.
Pelas regras do setor de telecomunicações no Brasil, um mesmo grupo não pode ter duas empresas que atuam em telefonia celular numa mesma região. Por isso, uma possibilidade é que a Telecom Italia venda a TIM Participações no Brasil.
Outro desafio é manter a qualidade dos serviços prestados no Brasil, disse à agência de notícias Reuters uma fonte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O negócio deve ser avaliado por autoridades brasileiras, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A Vivo possui 28,7% do mercado de telefonia celuar no Brasil e a Tim, 27,2%.
Telecom Italia enfrenta dificuldades
A Telefônica já era a maior acionista da Telco, com uma participação de 46%, e deve passar a 66%, num primeiro momento, e até 70%, numa segunda etapa. A Telco detém 22,4% da Telecom Italia.
O acordo foi fechado pela Telefônica com os demais investidores na Telco: os bancos italianos Mediobanca e Intesa Sanpaolo, e a seguradora Generali.
Pelo acordo, as ações da Telecom Italia foram avaliadas em 1,09 euro, quase o dobro do atual preço de mercado. Em 2007, os acionistas da Telco pagaram 2,8 euros por cada ação. Os papéis da companhia valem agora 0,59 euro.
Com o novo acordo, a Telefônica fortalece sua influência sobre uma importante rival na América do Sul, e permite aos sócios italianos saírem de um investimento não lucrativo, pondo fim a meses de especulações sobre o futuro da companhia italiana.
A Telecom Italia enfrenta dificuldades para crescer devido à sua dívida de 29 bilhões de euros e à profunda retração econômica do mercado italiano.
A ampliação da presença da Telefônica na Telecom Italia tem implicações diretas no Brasil, onde as duas empresas são concorrentes. A Telefônica, que já é dona da Vivo (VIVT4), agora torna-se indiretamente sócia majoritária da TIM (TIMP3).
A TIM informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. A reportagem do UOL também entrou em contato com a assessoria de imprensa da Vivo, mas não obteve retorno até o momento.
Pelas regras do setor de telecomunicações no Brasil, um mesmo grupo não pode ter duas empresas que atuam em telefonia celular numa mesma região. Por isso, uma possibilidade é que a Telecom Italia venda a TIM Participações no Brasil.
Outro desafio é manter a qualidade dos serviços prestados no Brasil, disse à agência de notícias Reuters uma fonte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O negócio deve ser avaliado por autoridades brasileiras, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A Vivo possui 28,7% do mercado de telefonia celuar no Brasil e a Tim, 27,2%.
Telecom Italia enfrenta dificuldades
A Telefônica já era a maior acionista da Telco, com uma participação de 46%, e deve passar a 66%, num primeiro momento, e até 70%, numa segunda etapa. A Telco detém 22,4% da Telecom Italia.
O acordo foi fechado pela Telefônica com os demais investidores na Telco: os bancos italianos Mediobanca e Intesa Sanpaolo, e a seguradora Generali.
Pelo acordo, as ações da Telecom Italia foram avaliadas em 1,09 euro, quase o dobro do atual preço de mercado. Em 2007, os acionistas da Telco pagaram 2,8 euros por cada ação. Os papéis da companhia valem agora 0,59 euro.
Com o novo acordo, a Telefônica fortalece sua influência sobre uma importante rival na América do Sul, e permite aos sócios italianos saírem de um investimento não lucrativo, pondo fim a meses de especulações sobre o futuro da companhia italiana.
A Telecom Italia enfrenta dificuldades para crescer devido à sua dívida de 29 bilhões de euros e à profunda retração econômica do mercado italiano.
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
INTERNAUTA:" Politicos da velha guarda em Serrinha é coisa do passado"
EM DEFESA DE HELDER CERQUEIRA
o ex-vereador Helder, não pulou ele é servidor da area de arrecadação, logo,com o diploma de direito pode ser melhor aproveitado em outro departamento por que se qualificou para isso, nada mais interessante para as partes absorver esta mão de obra e para o servidor aprimorar-se na procuradoria, mesmo porque é necessario profissionais capazes, tendo em vista que a ex-prefeita no unico intuito de prejudicar o municipio convocou, profissionais sem qualificação e sem necessidade. Se como politico pulou, para Helder não representa muito, para o gestor, pífio, O bom mesmo é que Helder trabalhe, porque ele precisa.(Guilherme-Serrinha)
ZÉ RIBEIRO:HELDER CERQUEIRA É UM HOMEM TRABALHADOR,VAMOS DEIXA-LO EM PAZ.
COMENTÁRIO INFELIZ
desse blog consta comentario intitulado"quem fica com quem", que foge aos padrões e principios eticos, de civilidade e de respeito as pessoas humanas, mais se qualificando como uma torpe prática de delinquencia. O fato de afirmar que hoje em Serrinha o povo fica com Tânia Lomes,Ferreirinha,Zévaldo,Plinio e tantas outras puxassaquices é direito do(a) comentarista, mais propriamente alguem que com cequeira e fanatismo não enxerga o horizonte, mas, apenas, um minusculo ponto, como todo aquele que nada sabendo pretende a todos impor sua ignorância. Ainda assim, mesmo discordando em genero, número e caso, respeito sua opinião. O abominavel é que essa pessoa se esconda no anonimato para assacar graves injurias contra Serrinha,e atual administração, que hoje encarna e empunha com seriedade os principios e a bandeira da moralidade e da autentica e verdadeira mudança
RIBEIRO: MEU AMIGO,DESCULPA,MAS,EU NEM SEI DO QUE VOCÊ ESTÁ "FALANDO".
OSNI É DONO DA VEZ
Com Relação a atual administração, inegável dizer o quanto a cidade se tornou mais aprazível, bem mais hospitaleira. Eventos como esses,festas, Maravilhoso, resgatando assim as nossas origens, ver o MARIANÃO em perfeito estado, Contas pagas em dia e o que é importante, todas as compras feitas no municipio,morram de inveja oposição.(Ninha-Serrinha)
RIBEIRO:NÃO VAI CHORAR NÃO NÉ?
Email:ribeiroanos70@gmail.com (Moderador automático)
Comerciante de Juazeiro faz apelo aos ladrões
Cansado de ser roubado, um comerciante de Juazeiro, no norte da Bahia, fez um apelo inusitado para os ladrões. Ele mandou fazer uma faixa e instalou na porta do mercadinho dele. “Srs. Ladrões, pelo amor de Deus, não me roubem mais não”, diz a faixa.
Ele conta que só neste mês de setembro, ele já foi roubado três vezes. Nos últimos dois anos, o mercadinho foi vítima de assalto 15 vezes. Na última invasão, os suspeitos arrombaram uma janela e uma porta de metal para conseguirem entrar no local.
O comerciante guarda em seu computador, fotografias nada agradáveis da ação dos criminosos. “Isso está acontecendo, não só aqui, como em parte do bairro todo, aliás, na cidade toda. Eu andei hoje pela manhã e constatei que mais de 10 comerciantes estão sofrendo a mesma coisa que eu”, disse Mário Cleones de Souza.
Em todas as vezes que ele foi assaltado, ele prestou queixa à polícia, mas como até agora ninguém foi preso, ele resolveu colocar a faixa no local. “Essa foi a forma que encontrei de misturar a raiva com a alegria de viver e estar sobrevivendo por tudo o que estou passando”, completa.
Segundo informações da Secretaria de Segurnça Pública do Estado (SSP), do ano passado até setembro de 2013, em Juazeiro, aumentaram em 30% os crimes contra o patrimônio, aqueles que se referem a roubos, furtos e arrombamentos à lojas e residências.
“Trabalhamos diuturnamente com essa iniciativa de prevenir que os delitos ocorram. Então qualquer cidadão que se sinta ameaçado de sofrer um crime contra o patrimônio pode ligar no 190 porque uma guarnição da polícia militar será acionada para atender a necessidade dele”, afirmou o policial militar Sandro Teixeira de Sena.Fonte:Calila Noticias
Ele conta que só neste mês de setembro, ele já foi roubado três vezes. Nos últimos dois anos, o mercadinho foi vítima de assalto 15 vezes. Na última invasão, os suspeitos arrombaram uma janela e uma porta de metal para conseguirem entrar no local.
O comerciante guarda em seu computador, fotografias nada agradáveis da ação dos criminosos. “Isso está acontecendo, não só aqui, como em parte do bairro todo, aliás, na cidade toda. Eu andei hoje pela manhã e constatei que mais de 10 comerciantes estão sofrendo a mesma coisa que eu”, disse Mário Cleones de Souza.
Em todas as vezes que ele foi assaltado, ele prestou queixa à polícia, mas como até agora ninguém foi preso, ele resolveu colocar a faixa no local. “Essa foi a forma que encontrei de misturar a raiva com a alegria de viver e estar sobrevivendo por tudo o que estou passando”, completa.
Segundo informações da Secretaria de Segurnça Pública do Estado (SSP), do ano passado até setembro de 2013, em Juazeiro, aumentaram em 30% os crimes contra o patrimônio, aqueles que se referem a roubos, furtos e arrombamentos à lojas e residências.
“Trabalhamos diuturnamente com essa iniciativa de prevenir que os delitos ocorram. Então qualquer cidadão que se sinta ameaçado de sofrer um crime contra o patrimônio pode ligar no 190 porque uma guarnição da polícia militar será acionada para atender a necessidade dele”, afirmou o policial militar Sandro Teixeira de Sena.Fonte:Calila Noticias
Governadores se unem por reajuste menor do piso de professores
Governadores encaminharam um documento ao Executivo federal com fórmula sugerida para corrigir os salários dos professores da educação básica, preocupados com a previsão de um alto reajuste do piso nacional para a categoria. De acordo com a Folha de S. Paulo, os chefes dos Executivos estaduais enviaram na semana retrasada a proposta de reajustar o piso com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior acrescido de 50% da variação real (descontada a inflação) do fundo. Cálculos iniciais do governo federal sinalizam um aumento de 19% no próximo ano, mais do que o dobro do que os 7,97% concedidos aos profissionais no começo de 2013. Atualmente, nenhum professor pode receber um valor inferior a R$ 1.567. Há ainda uma proposta – que gira em torno de 10% - defendida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), entidade que representa os trabalhadores da educação básica.
Trabalho infantil diminui um terço entre 2000 e 2012
Estudo divulgado nesta segunda-feira (23) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) informa que, entre 2000 e 2012, os casos de trabalho infantil tiveram redução de um terço no planeta, com queda de 246 milhões para 168 milhões no número de jovens entre 5 e 17 anos. De acordo com a pesquisa, os maiores progressos na queda do uso desse tipo de mão de obra ocorreu nos últimos cinco anos. A estimativa é que mais da metade das crianças envolvidas em algum tipo de trabalho exercem atividades consideradas perigosas. O maior número de crianças em atividade no mercado de trabalho está na Ásia, com 46% do total. Proporcionalmente à população, a África é o continente que concentra o maior percentual de trabalho infantil, com 21%. A agricultura é o setor com maior concentração de atividades exercidas por crianças e adolescentes, com 59% dos casos. Os setores de serviços e da indústria também mostram incidência de uso de mão de obra infantil, especialmente na economia informal. De acordo com a OIT, 15 milhões de crianças estão envolvidas no trabalho doméstico, sendo quase 260 mil no Brasil.
Irmã Dulce é a maior baiana segundo internautas
Com toda a vida dedicada a cuidar do próximo, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce (1914-1992), foi eleita pelos internautas do portal A TARDE como a maior baiana de todos os tempos, em enquete que ficou no ar na internet durante seis dias. A beata recebeu 39% dos votos e ficou na frente do jurista e político Ruy Barbosa, que obteve 21% dos votos, escolhido por personalidades do Estado como o maior baiano, uma semana antes, e do ex-senador Antônio Carlos Magalhães, com 13%.
"As pessoas anseiam serem amparadas e Irmã Dulce representa o símbolo mais completo do imaginário popular: ser salvo das doenças dessa vida e ir para o céu. Ela era uma santa", afirma a socióloga Marlene Vaz. A beata costumava receber todos os doentes no hospital, mesmo se não tivesse leitos para todos. "No imaginário popular, ela era a pessoa que salvava", completa.
Falecida em 1992, Irmã Dulce recebeu o título de Bem-Aventurada em 2011, e está a um passo de receber a canonização e se tornar santa. Falta apenas o Vaticano confirmar mais um milagre realizado pela beata.
A lista dos dez maiores ainda tem o geógrafo Milton Santos (8%), o escritor Jorge Amado (6%), o poeta Castro Alves e o educador Anísio Teixeira, que obtiveram 5%, e o compositor Dorival Caymmi, o médico e político Edgar Santos e o cineasta Glauber Rocha com 1%, cada.
Quando se compara a lista dos dez maiores baianos eleitos pelas personalidades com a dos internautas, constata-se algumas diferenças. Irmã Dulce saltou da quarta posição para o primeiro lugar, tomando a posição de Ruy Barbosa, que caiu para segundo. O poeta abolicionista Castro Alves, que ficou em segundo na opinião das personalidades baianas, foi o sexto.
Os internautas ainda utilizaram os comentários para citar outros nomes que poderiam ser considerados O Maior Baiano de Todos os Tempos. "Teodoro Sampaio foi formidável na percepção da importância dos saberes indígenas na odisséia bandeirante. Igualmente digna de consideração foi sua contribuição ao estudo de vários rios brasileiros", indicou Anderson Besouro.
O médico José Silveira, o escritor João Ubaldo Ribeiro, a religiosa Joana Angélica e a heroína do 2 de Julho, Maria Quitéria, também foram lembrados.
Metodologia
Na primeira eleição, 214 personalidades baianas, dos meios intelectual, político, empresarial e cultural, responderam à pergunta "Qual é o Maior Baiano de Todos os Tempos?". Poderiam ser indicados três nomes. Um total de 122 foram citados, alguns até de não baianos, como o pintor Carybé, o fotógrafo Pierre Verger e o escritor Mário Quintana.
Para conhecer a opinião dos internautas, o portal A TARDE fez uma enquete com os dez mais bem colocados da primeira votação: Ruy Barbosa, Castro Alves, Jorge Amado, Irmã Dulce, Milton Santos, Anisio Teixeira, Dorival Caymmi, Edgar Santos, ACM e Glauber Rocha.
Conheça mais um pouco sobre os três primeiros na preferência dos internautas
Irmã Dulce: mãe dos pobres
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu no dia 26 de maio de 1914 em Salvador. Aos treze anos, ela começou a acolher mendigos e moradores de rua na casa dela. O local ficou conhecido como "A Portaria de São Francisco".
Em 1933, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Ela se tornou freira um ano depois, aos 20 anos, e recebeu o nome de Irmã Dulce. Ela continuou o trabalho de acolher pessoas nas ruas e, em 1959, transformou um galinheiro, ao lado do convento, na Associação Obras Sociais Irmã Dulce.
Desde então, Irmã Dulce passou a ser conhecida como o Anjo Bom da Bahia e chegou a ser indicada para o prêmio Nobel da Paz, em 1988. Quatro anos depois, em 1992, ela faleceu no Convento Santo Antônio, em decorrência de problemas respiratórios.
Em uma cerimônia em 2011, em Salvador, a freira alcançou a condição de Bem-Aventurada (Beata), o último passo antes de se tornar santa. "Por Nossa autoridade Apostólica, damos a faculdade para que a Venerável Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, (...) a qual, profundamente confiante na divina Providência, dedicou-se a ajudar os excluídos e doentes paupérrimos, nos quais reconheceu o rosto amoroso de Jesus Crucificado, seja chamada de hoje em diante com o nome de Bem Aventurada, com sua festa fixada no dia 13 de Agosto, nos lugares e modos estabelecidos pelo direito, podendo ser celebrada cada ano", dizia a Carta Apóstólica lida pelo arcebispo metropolitano de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.
Ruy Barbosa: O Águia de Haia
Ruy Barbosa de Oliveira nasceu em Salvador em 5 de novembro de 1849. Ele se tornou bacharel em Direito em 1870, em São Paulo. Foi um dos maiores defensores das eleições diretas e da abolição da escravatura. Em 1907, na Conferência da Paz em Haia, se destacou internacionalmente ao defender a igualdade entre as nações, ganhando o apelido de Águia de Haia.
O jurista também foi um dos autores da primeira constituição republicana do País e chegou a ser Ministro da Fazenda. Ele se candidatou a presidente duas vezes, em 1894 e em 1910, mas não foi eleito. Ruy Barbosa também era jornalista e escreveu para A Imprensa, Jornal do Brasil e Diário de Notícias. Sócio fundador da Academia Brasileira de Letras, o jurista sucedeu Machado de Assis na presidência da casa. Ele faleceu em 1923, em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
ACM: Da medicina à política
Nascido no dia 4 de setembro de 1927, em Salvador, Antônio Carlos Magalhães formou-se em medicina em 1952. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual e tornou-se líder da bancada da União Democrática Nacional (UDN).
Ainda se tornou deputado federal antes de ser nomeado prefeito de Salvador pelo governador da Bahia, Luís Viana Filho, em 1967. Ele ficou no cargo por três anos. Em 1971, foi indicado pelo presidente da república, o General Emílio Garrastazu Médici, para assumir o governo do Estado, onde ficou até 1975, e retornaria mais uma vez em 1979, desta vez com a indicação do então presidente João Baptista Figueiredo. Antônio Carlos Magalhães ainda foi governador, desta vez eleito pela população, em 1991.
Na política nacional, Antônio Carlos foi Ministro das Comunicações de 1985 a 1990, durante o mandato de José Sarney, então presidente do Brasil. Em 1994 elegeu-se senador pela Bahia e protagonizou o escândalo do painel eletrônico em 2001, quando foi acusado de manipular o painel de votações do senado e obter a lista, secreta, com os nomes dos senadores que votaram pela cassação do senador Luiz Estevão.
ACM faleceu no dia 20 de julho de 2007, em São Paulo, onde estava internado após ter uma parada cardíaca em decorrência de uma infecção generalizada.Fonte:Atarde
Por causa de curto-circuito, emergência fica sem energia e funcionários denunciam 11 mortes
Um curto-circuito em uma tomada do Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, a 109 quilômetros de Salvador, deixou parte da emergência sem energia por quase 10 minutos no último sábado.
Segundo o advogado Ronaldo Mendes, maqueiros denunciaram que o problema pode ter provocado 11 mortes. Ele entrou com uma representação no Ministério Público. O diretor do hospital, José Carlos Pitangueiras, declarou que a denúncia não procede e vai investigar se o curto-circuito foi criminoso.
Ele informou que ocorreram oito óbitos no sábado, nenhum deles no intervalo da queda de energia. Ainda segundo Pitangueiras, o hospital tem quatro geradores. A Coelba negou que tenha ocorrido queda de energia na região do hospital.
Segundo o advogado Ronaldo Mendes, maqueiros denunciaram que o problema pode ter provocado 11 mortes. Ele entrou com uma representação no Ministério Público. O diretor do hospital, José Carlos Pitangueiras, declarou que a denúncia não procede e vai investigar se o curto-circuito foi criminoso.
Ele informou que ocorreram oito óbitos no sábado, nenhum deles no intervalo da queda de energia. Ainda segundo Pitangueiras, o hospital tem quatro geradores. A Coelba negou que tenha ocorrido queda de energia na região do hospital.
Alimentação incorreta e estresse podem deflagrar crises de labirintite
Você acorda cedinho e parece que tudo está girando. Aí, você sente tontura, enjoo, perde o equilíbrio e tem um grande mal-estar. Cuidado, isso pode ser labirintite.
Labirintite é um termo usado popularmente para descrever quadros de tontura e vertigem. Mas, na verdade, é uma doença pouco frequente, caracterizada por uma infecção ou inflamação no labirinto (estrutura do ouvido interno constituída pela cóclea, responsável pela audição, e pelo vestíbulo, responsável pelo equilíbrio).
"As alterações do equilíbrio decorrentes do labirinto deveriam ser denominadas alterações vestibulares", ensina Eliézia Alvarenga, otorrinolaringologista do Hospital Samaritano de São Paulo.
Essas alterações vestibulares, ao contrário, são muito comuns, e atingem cerca de 33% das pessoas em algum período da vida, de acordo com uma pesquisa realizada pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) no ano passado. E podem ser desencadeadas pela má alimentação e pelo estresse.
Uma questão de equilíbrio
O equilíbrio corporal é algo complexo e depende das respostas dos dois labirintos (direito e esquerdo, que devem estar em sintonia), do sistema musculoesquelético, que envolve a coluna e nos mantém ereto; e do sistema visual, que tem uma atuação no sistema modulador e transmissor dos impulsos nervosos responsáveis pelo equilíbrio, dadas pelo sistema nervoso central.
"Quando qualquer doença causa um distúrbio nesse sistema, podem ser desencadeadas tonturas, instabilidades ou até vertigens fortes com náuseas e vômitos. Isso é a `labirintite', termo genérico para as doenças do labirinto", explica Ricardo Ferreira Bento, professor do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia e diretor da Divisão de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Como o labirinto é parte do sistema do ouvido, a labirintite é relacionada à diminuição auditiva, zumbido ou sensação de "ouvido cheio".
São inúmeras as causas das chamadas labirintites. O labirinto pode ser afetado por alterações inflamatórias, infecciosas, traumáticas, metabólicas, vasculares, degenerativas, neurológicas, endócrinas, tumorais, por medicações ou abuso de drogas entre outras. Já a labirintite real (a infecção ou inflamação do labirinto) pode ser causada por vírus, bactérias, lesão na cabeça, alergia ou ser uma reação a um determinado medicamento.
"Apesar do quadro de tonturas e náuseas ser muito desagradável, na maioria das vezes a labirintite não é causada por um problema de maior gravidade", diz Luiz Ubirajara Sennes, professor do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Otorrinolaringologia da FMUSP. De qualquer forma, ele recomenda sempre procurar auxílio médico quando houver uma crise de tontura, para que seja investigada sua causa e afastada a suspeita de doenças graves.
Cuidado com o que você come
Os alimentos também podem interferir nas crises de labirintite. Os três principais inimigos do ouvido interno são o açúcar, o sal e a cafeína. A ingestão de açúcar em excesso pode interferir nas estruturas do labirinto, fazendo com que ele mande mensagens erradas ao cérebro. O sal está relacionado ao aumento da pressão nos vasos, o que também pode perturbar o labirinto. E a cafeína pode estimular demais o labirinto, também causando perturbações.
"Hábitos alimentares inadequados como ingestão de muita gordura e açúcar podem levar a alterações metabólicas que irão afetar o correto funcionamento do labirinto (colesterol aumentado, hipoglicemia por hiperinsulinismo, entre outras)", alerta Sennes.
É preciso prestar atenção não apenas no que se come, mas também em como se come. Comer sentado à mesa, sem pressa e tranquilamente, diminui o estresse, ajuda a digestão e faz bem para todo o corpo – até mesmo para o equilíbrio. Outra atitude que ajuda é comer a cada três horas, pois o labirinto precisa de um aporte constante de glicose e oxigênio para exercer suas funções. Ficar em jejum, portanto, não é uma boa ideia.
Hidratar-se também é essencial. Beber aproximadamente dois litros de água por dia é fundamental para que todas as reações biológicas do corpo ocorram adequadamente.
CUIDADOS PARA EVITAR CRISES
Para se evitar uma crise de alterações vestibulares, ou labirintite, é possível adotar uma série de atitudes. A primeira delas é tomar cuidado especial com a alimentação, tendo uma dieta balanceada e evitando alimentos gordurosos ou ricos em açúcar e carboidratos. Cafeína e álcool também devem ser evitados. Outra atitude importante é ficar longe do cigarro. A nicotina e outras substâncias do cigarro são tóxicas para o labirinto.
A prática de exercícios físicos também pode ajudar, pois estimula a circulação e o bem-estar de todo organismo.
Enfim, um estilo de vida saudável, que une alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos, além de evitar situações de estresse, pode ajudar – e muito – a impedir a deflagração de uma crise de labirintite. "A vida saudável com peso adequado, alimentação regular, exercícios físicos e ausência de estresse é a melhor prevenção para as alterações do labirinto", afirma Sennes.
No stress
O estresse também pode levar a tonturas, pois é uma alteração do estado normal do organismo, com mudanças na liberação de hormônios, das funções cardiovasculares e digestivas, do sistema nervoso e psicológicas que podem afetar secundariamente o labirinto.
O estresse influencia no desencadeamento da sensação de tontura, o que, muitas vezes, acaba confundindo o diagnóstico da labirintite.
Mas ainda não se sabe com certeza se o estresse poderia causar a labirintite. No entanto, sabe-se que ele pode desencadear uma crise, assim como agravar seus sintomas.
"O estresse, muitas vezes, pode ser o gatilho para a crise e sua manutenção, gerando insegurança e retroalimentando a tontura e o estresse. Em um determinado momento dificulta saber o que veio primeiro: a tontura ou o estresse", diz Alvarenga.
Nem toda tontura é labirintite
Tontura não é doença, mas, sim, um sintoma que pode surgir em numerosas doenças. É um sinal de alerta de que algo não vai bem no organismo.
As tonturas estão entre os sintomas mais frequentes em todo o mundo e são de origem labiríntica em 85% dos casos. Mas elas podem estar relacionadas a outros problemas também. Um deles é o já citado estresse. Outros podem ser queda repentina da pressão arterial, desidratação e queda na taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia), e até mesmo problemas cardíacos, hipertensão e tumores.
"Por isso, é sempre importante procurar serviço médico especializado para diagnosticar as causas e realizar o tratamento adequado", recomenda Bento.
Para descobrir as causas, inicialmente é feita uma série de testes, que são chamados de otoneurológicos, para diagnosticar se o problema é no labirinto e o que o provoca. Quando diagnosticada a labirintite, o tratamento varia de acordo com a causa, e pode ir de medicamentos para melhorar problemas do labirinto e da circulação sanguínea até intervenções cirúrgicas.Fonte:Uol
Enxaqueca não tem cura, mas pode ser controlada; veja mitos e verdades
A OMS (Organização Mundial de Saúde) apontou a enxaqueca como a quarta doença crônica mais incapacitante no mundo, atrás apenas da tetraplegia, psicose e demência. A dor intensa de cabeça, que pode vir associada a outros sintomas, é tão perturbadora que, nos Estados Unidos, o governo calcula perder US$ 12 milhões por ano com funcionários que faltam ao trabalho por causa do problema.
Por definição, enxaqueca é uma cefaleia benigna, isto é, não está relacionada a tumores ou outras moléstias graves. Na crise, o paciente pode sentir intolerância à luz e a cheiros, náuseas, vômito e vertigem. A dor é pulsátil ou latejante, ocorrendo de um lado da cabeça, ou alternando de um lado para outro durante os episódios. A duração vai de quatro a 72 horas e costuma piorar com esforço físico e melhorar com repouso e sono.
Algumas pessoas, antes de a dor chegar, podem sofrer com perturbações visuais (enxergar pontos luminosos, por exemplo) ou formigamentos em alguma parte do corpo. E é importante não confundir dor de cabeça forte com enxaqueca. A Sociedade Internacional de Cefaleia reconhece mais de 150 modalidades de dor de cabeça, e a enxaqueca é uma delas.
"A cefaleia é o termo usado para qualquer dor localizada no crânio ou na face. Já a enxaqueca é uma forma específica de dor de cabeça, uma síndrome caracterizada por crânio latejante, geralmente unilateral, acompanhado por náuseas, vômitos, dificuldades com luz ou barulho e tontura, sendo em sua maioria de média a alta intensidade", explica Flávio Sallem, neurologista do Hospital das Clínicas e do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, criador do blog Neuroinformação.
Culpa dos neurotransmissores
Em relação à origem do problema, Abouch Krymchantowski, neurologista especializado em dor de cabeça e enxaqueca, membro da American Headache Society e da International Headache Society, esclarece que se trata de uma doença de neurotransmissores como serotonina, noradrenalina, dopamina e glutamato, transmitida por meio de genes, que pode ou não causar crises de dor de cabeça. Quer dizer, é possível o sujeito sofrer com enxaqueca sem apresentar dor.
"Há pacientes sem queixa alguma, outros com incômodos bem pouco frequentes e terceiros com crises constantes e incapacitantes. E são estes últimos que, em geral, procuram ajuda médica", diz o neurologista.
A disfunção, portanto, é genética, um distúrbio neurovascular crônico. Isso quer dizer que, caso você tenha os sintomas, é muito provável que seus pais também os manifestem. Em cerca de 15% dos casos, o quadro de dor é precedido por uma aura premonitória que envolve sinais neurológicos – como as alterações visuais. Sem tratamento, a crise típica pode durar até três dias.
Para caracterizá-la e ter certeza do diagnóstico, é necessário apresentar mais de dois dos sintomas: dor unilateral, dor de intensidade média ou forte, latejamento e piora com a movimentação; e um dentre os sinais náusea ou vômito, fotofobia (sensibilidade à luz) ou fonofobia (desconforto provocado por sons).
Consultório
Conforme garante Sallem, o diagnóstico é feito em consultório, com levantamento de dados do histórico e da análise neurológica normal. "O estudo do paciente serve para descartar outras doenças que poderiam, supostamente, estar causando os sintomas."
Como a enxaqueca é uma disfunção química e genética do cérebro, não aparece em nenhum exame complementar. "Se fizermos um pet scan durante uma crise, veremos alterações já conhecidas e não suficientes para comprovar o problema, cuja diagnose é essencialmente clínica e baseada em consultas demoradas, criteriosas e completas. Em testes de ressonância magnética funcional do cérebro nos últimos dez anos, também tem se evidenciado que o cérebro de pacientes com o distúrbio apresenta alterações em áreas de processamento da dor, mas isso não serve para diagnóstico. Cuidado com médicos que fazem consultas de dez minutos e pedem uma série de exames. Isso é incorreto e injustificado", completa Krymchantowski.
Mulheres: vítimas preferenciais
Quanto à prevalência da enxaqueca, ela ataca mais as mulheres do que os homens: estudos mostram que de 15% a 18% das mulheres e 6% dos homens apresentam sintomas característicos da doença. Na população em geral, a incidência atinge 11%. E, embora o primeiro ataque possa acontecer até na velhice, o mais comum é surgir já na adolescência.
A frequência das crises é de 1,5 ao mês, mas pelo menos 10% sofrem com ataques semanais. A duração média é de 24 horas, sendo que 20% se estende a dois ou três dias. No Brasil, cerca de 1% da população tem pelo menos um episódio por semana.
Tratamento
O tratamento mais eficaz é multidisciplinar e calcado em três pilares, ressalta Krymchantowski. O primeiro deles é a educação do paciente, com orientações sobre o que é a doença e como reduzir seu impacto. Em segundo, há métodos preventivos com emprego de drogas de uso diário que vão modular os mecanismos do distúrbio no cérebro.
"Nesse sentido, podemos usar remédios como neuromoduladores, betabloqueadores e antidepressivos tricíclicos. Todos, em maior ou menor grau, regulam os sistemas dos diferentes neurotransmissores", afirma Krymchantowski. Por fim, na hora de cuidar da crise propriamente dita, o médico pode combinar triptanos com anti-inflamatórios.
Sallem complementa dizendo que há caminhos não farmacológicos, como o biofeedback, método que usa um aparelho com eletrodos que são ligados a diferentes partes do corpo. "Há, ainda, outras opções, como estimulação magnética transcraniana ou o uso de toxina botulínica, que está sendo testada em indivíduos que não reagem a outras técnicas."
Importante: a maioria dos médicos defende que medidas preventivas devem ser instituídas quando acontecem pelo menos dois ataques por mês, ou quando há aumento na incidência das crises. Como as medicações costumam apresentar efeitos indesejáveis, devem ser prescritas por médicos experientes. Acredita-se que, em média, 2/3 dos portadores que recebem tratamento preventivo se beneficiam com redução de 50% no número de ataques.
Como doença neurológica genética, ela realmente não tem cura. No entanto, os sintomas, sejam dor de cabeça ou não, podem desaparecer espontaneamente um dia ou como consequência de um tratamento bem feito.
"Tenho muitos pacientes que ficaram sem crises de dor ou com sua constância pelo menos 90% menor após tratamentos bem empregados. Alguns permaneceram assim mesmo com a suspensão dos remédios, pois adotaram hábitos saudáveis como a prática de exercícios, regularidade de alimentação e sono, vida sexual ativa e gerenciamento do estresse", atesta Krymchantowski.
Em muitos pacientes, em especial nas mulheres, a dor pode desaparecer com a menopausa, por conta de fatores hormonais.Fonte:Folha
domingo, 22 de setembro de 2013
Farmacêuticos poderão prescrever remédios que não exijam prescrição médica
Na quarta-feira (25) o Conselho Federal de Farmácia vai publicar uma nova resolução no Diário Oficial da União, autorizando os farmacêuticos de todo o país de prescreverem remédios sem a exigência de uma prescrição médica, como analgésicos e antitérmicos, segundo informações da 'Folha de S. Paulo'. A decisão, no entanto, terá 180 dias para ser implantada. Após o prazo, os farmacêuticos poderão fazer 'consultas' com os clientes e até passarão a cuidar dos pequenos problemas de saúde. Além disso, o cliente também vai receber um receituário assinado e carimbado com os dados do profissional. Ainda de acordo com o jornal, a prescrição não será obrigatória.
Botafogo leva virada do Bahia no final e vê Cruzeiro aumentar vantagem na ponta
O Botafogo fez uma apresentação ruim e perdeu de virada para o Bahia por 2 a 1 na tarde deste domingo, no Maracanã. O resultado irritou a torcida, que deixou o estádio antes do final e vaiou a atuação alvinegra. O Cruzeiro, que apenas empatou sem gols com o Corinthians no mesmo horário, no Pacaembu, aumentou a vantagem na liderança para oito pontos. Seedorf, muito apático, foi substituído no intervalo do jogo.
Os gols da partida foram marcados pelo lateral Edílson, em cobrança de falta de longe que contou com falha do goleiro Marcelo Lomba, na primeira etapa. No segundo tempo, o time da casa teve várias chances de garantir a vitória, mas foi displicente. O Bahia se aproveitou, foi para cima e conseguiu a virada. Fernandão, aos 36 min, e Obina, aos 40min, ambos após cobranças de falta, viraram o jogo.
"Acho condenável os médicos brasileiros assediarem os cubanos"
Estudiosa da diplomacia médica cubana, a socióloga norte-americana Julie Feinsilver, formada pela Universidade de Yale, é uma exceção em seu país. Admiradora da medicina praticada no país governado pelos irmãos Raúl e Fidel Castro, ela lançou em 1993 o livro "Healing the Masses" ("curando as massas", em tradução livre), no qual abordava o modelo implantado na ilha.
Hoje, tanto o livro como artigos da socióloga se transformaram em referências para quem quer se aprofundar em medicina cubana. Feinsilver, que vive em Washington, já contou em entrevistas que teria sido vigiada pela CIA e FBI, com direito a telefone grampeado.
"Acho condenável os médicos brasileiros assediarem os cubanos, que foram para o seu país ajudar os mais pobres entre os pobres", disse Feinsilver em entrevista, por e-mail, ao UOL. "Houve protestos por parte de algumas sociedades médicas por causa de um medo infundado: a concorrência."
UOL - No Brasil, o salário de um médico cubano que participa do programa Mais Médicos será de R$ 10.000, ou cerca de US$ 4.000. No entanto, 85% desse valor vai para o governo cubano. Cuba sempre faz esse tipo de acordo?
Julie Feinsilver - Sim, o governo oferece educação gratuita e muito mais para os médicos, e atua como um headhunter encontrando os postos de trabalho e gerenciando a contratação. Em um país capitalista, os profissionais pagariam impostos por todos os serviços e necessidades sociais básicas fornecidas, além de uma taxa para o headhunter. Não é razoável que o governo cubano negocie um acordo que seja bom para ele e para os médicos?
Em relação à porcentagem real de dinheiro no contrato com os médicos cubanos, não sei se 85% é a parte do governo. Falo baseada no caso típico em que o governo recebe a parte do leão. Um amigo me informou que o Brasil tem uma lei de transparência que torna pública a informação dos salários (Lei Complementar 131, também conhecida como Lei da Transparência, sancionada em 2009 e que obriga a União, os Estados e municípios com menos de 50 mil habitantes a divulgarem seus gastos na web), o que eu acho uma excelente ideia. Infelizmente, isso não é comum na maioria dos lugares e, em alguns casos, pela própria lei, essa informação fica "escondida", ou seja, não é fácil de ser encontrada.
UOL - Sabe qual é o salário médio que os médicos recebem em Cuba e em outros países?
Feinsilver - Não há uma média. Salários dependem do acordo feito entre governo e o país interessado. No entanto, os salários em Cuba são muito baixos porque toda a educação e cuidados de saúde são gratuitos e o restante é altamente subsidiado. Isso não quer dizer que tudo seja maravilhoso em Cuba. Não é, mas os custos beiram o insignificante para necessidades muito básicas. Você não pode comparar preços, salários e custos em Cuba aos de qualquer outro lugar. Toda economia de lá é diferente da dos países capitalistas.
UOL - Como o governo cubano repassa o dinheiro para os médicos? É possível monitorar se eles estão repassando os valores corretamente?
Feinsilver - Seus salários são pagos para suas famílias em Cuba com bônus por estarem no exterior, e o adicional é pago a eles no país onde estão, mas eu tenho sérias dúvidas de que isso possa ser monitorado. O governo brasileiro ou empresas brasileiras permitem que estranhos monitorem como pagam seu próprio pessoal? Eu duvido. Então, por que esperar que os cubanos façam isso?
UOL - Aqui no Brasil, os médicos cubanos vão trabalhar nas regiões mais pobres e remotas, onde os profissionais brasileiros não querem ir por falta de estrutura no local. Essa diferença foi vista no Brasil, por opositores ao programa federal Mais Médicos, como uma forma de exploração de médicos cubanos. Você concorda com essa afirmação?
Feinsilver – Não. Cubanos têm uma ideologia muito diferente da dos brasileiros. Eles se voluntariam para ir a áreas remotas e carentes em outros países e consideram um dever servir no exterior e ajudar os necessitados. Ganham muito mais dinheiro e obtêm vantagens fazendo isso, apesar de parecer um ganho muito baixo para os brasileiros. Claro que também estão altamente motivados pelo dinheiro extra e benefícios que receberão prestando serviço internacional.
Queria salientar que sua formação ideológica, desde a infância, é muito diferente da de pessoas de países capitalistas. No entanto, isso não significa que eles não estão interessados em ganhar muito mais dinheiro, principalmente porque nas recentes reformas econômicas (os cubanos gostam de chamar de "atualização de sua economia"), os médicos ficaram em desvantagem se comparados às pessoas que trabalham no turismo, área na qual gorjetas e ganhos em moedas fortes são comuns.
Missões no exterior ajudam a nivelar as condições de igualdade para eles, mas com grande sacrifício pessoal, pois deixam o seu país e os seus entes queridos para viver em condições ainda mais modestas e, por vezes, muito pior em outros países onde servem os pobres. Motivação ideológica dos médicos (saúde é um direito humano básico para todos) fornece uma justificativa importante para esse sacrifício, assim como o dinheiro que ganham.
UOL - As principais entidades médicas brasileiras são contra a vinda de médicos estrangeiros, especialmente os cubanos, por serem a maioria, pois não vão fazer a mesma avaliação exigida aos que estudam fora para exercer a medicina no Brasil. Concorda com esse argumento?
Feinsilver – Não, médicos cubanos vão trabalhar em áreas carentes, onde a população tem necessidades básicas de saúde e pode ser mais do que adequadamente tratada por eles. A formação e o treinamento dos cubanos são diferentes das dos brasileiros (e de profissionais de outros países) porque junto com a medicina curativa, estudam e enfatizam a atenção primária, a prevenção de doenças e epidemias e a promoção da saúde. Eles avaliam o paciente como um ser vivo bio-psico-social e trabalham em um ambiente específico que também deve ser avaliado para melhorar a saúde da população.
UOL - Médicos cubanos foram perseguidos em outros países?
Feinsilver – Não! Eu acho condenável os médicos brasileiros assediarem os cubanos, que foram para o seu país ajudar os mais pobres entre os pobres. Eles [brasileiros] podem protestar para o seu governo, mas o tratamento que deram aos médicos cubanos foi antiprofissional e desumano. Houve protestos por parte de algumas sociedades médicas por causa de um medo infundado: a concorrência. Porém, os médicos locais se recusam a trabalhar onde os cubanos estão dispostos a ir: as áreas remotas e os bairros pobres.
UOL – O que motivou a senhora a estudar a medicina cubana?
Feinsilver – Vi as desigualdades dentro e entre os países enquanto pegava carona ao redor da América do Sul e Europa, muitos anos atrás. Isso me levou a estudar o que, na época, era um experimento social fascinante. E a saúde universal grátis era uma parte importante dessa experiência. O fato de um país pobre e em desenvolvimento decidir ajudar outros países prestando serviços de saúde gratuitos aos pacientes foi muito impressionante e esse é o tipo de ajuda externa que muitas nações mais desenvolvidas poderiam proporcionar.
O tratamento que os profissionais brasileiros deram aos médicos cubanos foi antiprofissional e desumano
UOL - O que atrai sua atenção na medicina cubana?
Feinsilver - A vontade e a capacidade de compartilhar seus conhecimentos e habilidades, da atenção primária à evolução do desenvolvimento da biotecnologia (de vacinas e tratamentos) e transplantes de órgãos sofisticados, entre outros, a populações carentes de outros países. Além de fornecer gratuitamente educação médica para dezenas de milhares de estudantes pobres do mundo em desenvolvimento desde 1961, apesar de ter perdido metade de seus próprios médicos à emigração logo após a revolução (1959).
UOL - Como foi sua experiência como consultora na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)? (A socióloga morou um período no Brasil em 1996.)
Feinsilver – Foi maravilhosa, porém, eu só fiz uma breve consultoria, muitos anos atrás. Os executivos e cientistas que conheci eram altamente qualificados, muito bem educados, trabalhadores, pessoas dedicadas, além de serem interessantes e agradáveis para se trabalhar em grupo. Eu ficaria feliz em fazer outra consultoria se surgisse uma oportunidade.
UOL – Lembra-se do que viu aqui e de como era a saúde quando nos visitou?
Feinsilver - Lembro-me muito do Brasil, pois quando fui consultora da Fiocruz não foi a única vez que eu estive aí. Na verdade, eu peguei carona por todo o país, inclusive para Manaus, muitos anos antes e até assisti a algumas conferências. Também já passei férias aí.
No que diz respeito à saúde, lembro-me de muitas áreas com necessidades de melhoria e de médicos de classe mundial no Rio de Janeiro e em São Paulo. Eu não posso falar sobre todas as cidades, mas tenho certeza de que muitas tenham igualmente bons médicos... se você puder pagar por eles.
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