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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Juiz Gerivaldo Neiva:"Respondi afirmativamente e acrescentei..."

Aproximando-se o dia das eleições, um pequeno comerciante me procurou no Fórum para saber sobre os critérios da Portaria que o Juiz Eleitoral (no caso, eu) iria baixar proibindo a abertura de bares e venda de bebidas alcoólicas no dia da eleição, em respeito à Lei Seca. Certamente, nosso comerciante é novo no ramo e ainda não sabe que não “baixo” este tipo de Portaria nas eleições em que sou o Juiz Eleitoral.

O que me chamou a atenção, no entanto, é o fato de que, pelo menos no interior da Bahia, existe a forte ideia de que existe uma lei, a “Lei Seca”, que regulamenta a proibição da abertura de bares e venda de bebidas alcóolicas no dia das eleições e que esta Lei se efetiva através de uma Portaria do Juiz Eleitoral. Embora alguns – inclusive juízes - insistam neste absurdo, o TSE já reconheceu que este tipo de Portaria é inconstitucional, pois ofende o princípio da reserva legal.

Incrédulo, o comerciante me ouviu explicar que a Lei Seca não existe e que um Juiz de Direito não tem o poder, através de uma Portaria, de regulamentar sobre assunto que não é da sua competência, pois a atividade comercial, mesmo em dia de eleições, não pode ser objeto de Portaria de um Juiz de Direito. No caso, somente uma Lei, mesmo assim cuidando de não ofender princípios constitucionais, poderia dispor sobre o assunto. Ao final, mais incrédulo ainda, indagou:

- Quer dizer que posso abrir meu bar e vender bebida normalmente, doutor?

 Respondi afirmativamente e acrescentei:

- Sei que algumas pessoas irão beber em demasia e até causar algum problema nos locais de votação, mas na democracia é assim mesmo. Não se pode punir o ato que ainda não aconteceu, pois sei que outros vão votar logo cedo, aproveitar o domingo para “tomar umas”, comer bem, dormir a tarde e acordar para comemorar a vitória de seu candidato ou lamentar a derrota. Na verdade, o papel do juiz é garantir o princípio constitucional da liberdade de ir e vir, de comercializar e até de se embriagar. De outro lado, caso o bêbado cometa algum crime eleitoral, poderá ser preso em flagrante pela polícia militar.

Só os tolos, e como são muitos, podem imaginar que através de uma Portaria, ou qualquer outra norma, o sistema de justiça ou de polícia podem impedir que as pessoas bebam no domingo de eleição. Ora, bebidas são vendidas livremente em supermercados ou depósitos de bebidas e as pessoas podem comprar na véspera e armazenar em suas residências. Além disso, os mesmos que defendem a ordem proibitiva para o bem do processo democrático, certamente, almoçarão em clubes ou restaurantes familiares e abrirão o apetite com um chopp bem gelado ou uma dose de uísque bem caprichada.

Assim, embora alguns respeitem a inexistente “Lei Seca”, esta é apenas mais uma norma
absolutamente inócua e que de nada vale para o fim a que aparentemente se destina – impedir o uso de bebida no dia da eleição. Vive-se, portanto, o juiz que editou a portaria, o policial militar que vai para as ruas, o Delegado de Polícia que vai receber os presos em flagrante e o proprietário do bar, na ilusão de que a norma proibitiva regula a vida das pessoas e que a violação dessa norma implica em rigorosa sanção para “exemplar” os outros que ainda estariam pensando em também violar a dita norma.

Continuando a conversa com nosso comerciante, perguntei sobre a localização do seu estabelecimento e proximidade com algum local de votação. Segundo me informou, o bar fica em um bairro da periferia em que sequer existe local de votação. Sendo assim, apenas lhe recomendei para evitar vender bebidas a menores de 18 anos e nem permitir que tivessem acesso ao bar. Balançando negativamente a cabeça, respondeu:

- Adianta não, doutor, se eu não vendo aos menores, tem sempre um maior que compra para eles. Depois, se eu não vendo, tem sempre outro dono de bar que vende. No fim, doutor, esse negócio de que é proibido vender bebida para menores é igual a Lei Seca que o senhor me explicou: não vale de nada e serve só de propaganda e ilusão de que os meninos não estão bebendo!

Como é duro para um Juiz de Direito ouvir certas verdades e, pior ainda, concordar com elas. Como pode um jurista admitir, sem sofrimento, que o Estado edita uma lei proibindo a venda de bebidas a menores de 18 anos, mas não tem como fazer valer esta lei, pois os próprios menores e os donos de bar vão encontrar artifícios os mais diversos para violar a lei? Neste caso, é de se perguntar: mas é a lei que vai resolver o problema do alcoolismo precoce ou a família e a educação? Pode se transferir, portanto, para ao sistema de justiça criminal soluções que deveriam ser pensadas e efetivadas em esferas da vida privada?

Para aumentar o sofrimento do jurista, não é só a lei que proíbe a venda de bebidas a menores de 18 anos que é burlada e se tornou inócua. São muitas e quase todas as que proíbem condutas. Pensemos, por exemplo, em relação à lei de drogas. Então, de que adianta uma lei dizendo que fumar maconha é proibido se a coisa mais simples do mundo é conseguir um baseado de maconha e fumar com os amigos?

Aliás, o conceito de usuário e traficante depende muito da pessoa, de sua cor, do local que resolveu fumar o baseado e de quem sejam seus amigos. Para uns, portanto, Themis vai tirar a venda dos olhos e serão imediatamente liberados; para outros, de venda nos olhos, Themis vai aplicar os rigores da lei, pois a lei é dura, mas é a lei e, por isso mesmo, deve ser observada por todos. Fosse em um certo debate, uma certa candidata diria solenemente: “dura lex, sed lex é uma ova!Fonte:www.gerivaldoneiva.com


* Juiz de Direito (Ba), membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD), membro da Comissão de Direitos Humanos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e Porta-Voz no Brasil do movimento Law Enforcement Against Prohibition (Leap-Brasil)

Família saudável não é aquela sem problema, orienta médico

Uma família saudável não é aquela que não tem problema. A família pode sim ter uma criança com determinada deficiência; a forma como eu lido com isso é que determina se a família é saudável ou não, orienta o médico e terapeuta espírita Alberto Almeida, do Pará, que na última conferência da 36ª Semana Espírita de Feira de Santana,abordou o tema "Jesus e a família".

O evento, que durou oito dias, atraiu um público estimado em 11 mil pessoas ao Ginásio de Esportes do Colégio Castro Alves. A última atividade foi o seminário sobre o tema central da Semana Espírita, "O amor pede passagem", sob orientação também de Alberto Almeida, na manhã de domingo (19), no Centro Espírita União Feirense.

A exemplo dos dias anteriores, a última noite da Semana Espírita foi especialmente marcada por requintadas apresentações musicais e artísticas. No início da noite, o Coral Acordes de Luz, do Centro Espírita União Feirense, distribuiu harmonia num repertório marcado pelo amor. Após a conferência, os músicos Vinícius Marques (violino) e Itamar Vieira (teclado) entoaram a Ave Maria acompanhados pela bela voz da cantora Poliana Cunha.

Uma atmosfera lírica e harmônica já tomava conta do ambiente quando os 80 trabalhadores que atuaram na organização do evento se distribuíram pelo espaço, realizando um abraço simbólico ao público presente - mais de 1.000 pessoas - que, de pé, e ao som da Ave Maria, empunhava um pequeno catavento de papel, no tom vermelho, cuja pretensão metafórica, de acordo com os idealizadores da Semana Espírita, é distribuir aos quatro cantos da cidade a energia cultivada durante o evento. Neste momento, um grupo de crianças irrompeu Ginásio de Esportes afora gritando à plateia: "O amor pede passagem!".

Ao final, o decodificador da Doutrina Espírita, Alan Kardec, e Jesus Cristo, personagens centrais das obras que difundem os fundamentos do Espiritismo, caminharam na plateia e silenciosamente subiram ao palco para saudar a todos.

Foi a coroação de um evento que durante oito dias pregou o conhecimento da condição humana e o amor entre as pessoas como elementos imprescindíveis para o crescimento espiritual. Os papeis foram representados pelos atores Paulo Sérgio da Silva (Kardec) e Gil Tanajura (Jesus), ambos devidamente caracterizados pelos personagens.

Para encerrar, Sheila Menezes (voz) e Tony Campos (violão) entoaram A Paz, (canção de Michael Jackson que ganhou versão do grupo Roupa Nova), já considerado um hino do movimento espírita de Feira de Santana: "... Só o amor muda o que já se fez/ E a força da paz junta todos outra vez/ Venha, já é hora de acender a chama da vida/ E fazer a Terra inteira feliz...".

O coordenador do Conselho Regional Espírita 3, Marcus Machado, disse que o sucesso do evento é fruto da parceria diversificada que vem sendo construída em Feira de Santana: "Agradecemos a todos os centros espíritas, às empresas que contribuem enormemente e a uma equipe maravilhosa de trabalhadores, muitos dos quais, trabalham há quase um ano para realizar este evento, a todos, nosso muito obrigado!".

Equilíbrio é fundamental

O médico Alberto Almeida falou na última conferência sobre os valores e cuidados que devem ser cultivados para o bem da família, dentre os quais, o sentido de responsabilidade, liberdade e disciplina que devem ser cuidadosamente dosados pelos pais dia-a-dia a fim de educar seus filhos. "O equilíbrio é fundamental. Se formos exageradamente rígidos, teremos muitas dificuldades para tê-los por perto. Se formos permissivos dificilmente veremos nossos filhos felizes. Para dar-lhes responsabilidade, é preciso dosar os ensinamentos com a liberdade", orienta.

Sagaz, o conferencista explica que "o processo de administração do lar envolve a autoridade, igual para todos, mas não autoritarismo, ter paciência para distribuir firmeza sem ser autoritários". De acordo com ele, também é fundamental o conceito de equidade na atenção para todos os filhos.

"Muitas vezes, a família adoece porque os pais dão a atenção ao filho que mais necessita, o que pode ser natural, mas é preciso saber dosar. Não se pode esquecer os outros filhos que, por não apresentarem uma doença, por exemplo, achamos que não precisam de atenção. E estes filhos começam a achar ruim não estar doentes: Ahh, por que eu não sou autista?!?" De acordo com o médico, os pais não fazem isso conscientemente, mas é preciso dar a estes filhos também suficiente afeto e carinho, sair com eles para alguns programas. Enfim, é imprescindível distribuir a atenção", alerta o médico.

Sobre as dificuldades enfrentadas pelos lares que abrigam um ser com algum tipo de deficiência, Alberto Almeida explica que isto não precisa transformar o lar, tornando-o enfermo. "A família pode ter alguém que nasceu sem uma percepção sensorial, pode ter um filho que nasceu com um problema psiquiátrico grave, uma forma de autismo. O lar não deixa de ser saudável por que tem um doente em casa, não é assim. A família saudável é aquela que administra a relação entre os seus membros, de uma forma adequada. Dar atenção ao mais necessitado, mas também cobrir de afeto o outro, dizer a ele que também é amado, o tempo todo", orienta.Fonte:Acorda Cidade

Ultrapassagem de Dilma no Datafolha potencializa supremacia do marketing

Vivemos atrás do significado maior de qualquer coisa que resuma uma época, seja a propagação do vírus Ebola ou a conversão da água do volume morto do Cantareira em drink-ostentação. Os brasileiros do futuro talvez elejam 2014 como um ano histórico. Dirão que foi o ano em que a política ingressou de vez na Idade Mídia, tornando-se um mero ramo da publicidade.

O Datafolha mais recente, divulgado na noite desta segunda-feira (20), reforça a sensação de que o principal fenômeno político da atual sucessão presidencial tem sido, até o momento, o triunfo da ideologia da desconstrução. Depois de triturar Marina Silva, expurgando-a do segundo turno, a usina de demolição em que se converteu o comitê de Dilma Rousseff passa no moedor a imagem de Aécio Neves.

O quadro ainda é de empate estatístico. Mas inverteram-se as posições. Nas duas primeiras sondagens do segundo turno, Aécio aparecia à frente de Dilma: 51% a 49%. Agora, é a petista quem ostenta a superioridade numérica: 52% a 48%.

Aécio não desabou como Marina. Porém, a campanha de Dilma, a mais marquetada da temporada, vai transformando-o, devagarinho,  numa paçoca em que se misturam a apelação do bafômetro à merecida cobrança por atos como a construção do agora célebre aeroporto de Cláudio. Tudo isso recoberto com um creme demofóbico que gruda no candidato tucano as pechas de ameaça aos mais pobres e amigo dos muito ricos. Nessa caricatura de segundo turno, Armínio Fraga faz o papel de Neca Setúbal.

Os efeitos são eloquentes. A taxa de rejeição de Aécio ficou maior que a de Dilma: 40% a 39%. Há 12 dias, diziam que jamais votariam no tucano 34% dos eleitores. Rejeitavam a petista 43%. Há mais e pior: Aécio derrete em pedaços do mapa onde sua candidatura parecia mais sólida. Por exemplo: Em 9 de outubro, ele ostentava uma vantagem de 21 pontos sobre Dilma no Sudeste. Hoje, a diferença é de nove pontos.

Não é só: inverteram-se as curvas de preferência eleitoral no estratégico grupo da dita classe média emergente. Nesse nicho, que responde por pouco mais de um terço dos votos em disputa, Aécio prevalecia sobre Dilma na semana passada por 52% a 48%. Agora, é ela quem está na dianteira: 53% a 47%.

Esse naco do eleitorado é composto de gente que progrediu nos últimos anos, sobretudo na Era Lula. São pessoas que atingiram o ensino médio e embolsam até cinco salários mínimos mensais. Em tese, são suscetíveis ao discurso petista da mudança “com segurança'' não como “um tiro no escuro”.

O jogo continua aberto. Há um derradeiro debate pela frente, na tevê Globo. Mas seja qual for o resultado, 2014 consolida-se como o ano da verdadeira nova política, essa que é 100% feita de publicidade. A sucessão parece um teatro de bonecos japonês.

Chama-se bunraku. Nele, os bonecos são manipulados por pessoas vestidas de preto contra um fundo escuro. A plateia vê os manipuladores. Mas finge que eles não estão lá. No caso da eleição brasileira, o homem de preto é João Santana.

Antigamente, o candidato era um pretensioso que invadia a programação do horário nobre da tevê para fazer merchandising do próprio umbigo. Hoje, a melhor candidatura é a que se ocupa de apontar defeitos nos umbigos alheios.

Há um déficit de discussão sobre o que está por vir depois da posse. Mas quem se importa?

Veja:PT já canta vitória. É cedo pra isso!


Com uma arrogância muito característica, os petistas já cantaram vitória num encontro havido ontem à noite no Tuca, o teatro da PUC, em São Paulo. Aproveitaram para demonizar e ironizar os adversários, tratando-os como inimigos do povo, que têm de ser eliminados da vida pública. Entendo. O Brasil tem de ficar entregue a patriotas como aqueles que cuidavam da Petrobras. Muito bem: segundo o Datafolha, se a eleição tivesse acontecido ontem, a petista Dilma Rousseff teria obtido 46% das intenções de voto, contra 43% do tucano Aécio Neves. Ocorre que as eleições não aconteceram ontem. Em cinco dias, ele teria oscilado dois pontos para baixo, e ela, três para cima. Os dois continuam empatados na margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. Em votos válidos, o placar é 52% a 48%. Seis por cento dizem não saber em quem votar, e 5% votariam em branco ou nulo.

Aécio aparece na frente nas regiões Sudeste (49% a 40%), Sul (51% a 33%) e Centro-Oeste (48% a 39%), e Dilma, no Norte (55% a 39%) e Nordeste (64% a 27%). Segundo o Datafolha, a mudança mais significativa teria acontecido no Sudeste, onde o tucano teria oscilado de 50% para 49%, e a petista, crescido de 35% para 40%. O eleitorado do Sudeste corresponde a 43,44% do total. No Nordeste, Dilma teria avançado três pontos, de 61% para 64%, e Aécio, oscilado dois para baixo: de 29% para 27%. Vejam os dados.

É claro que é cedo para o PT comemorar. Por mais que a gente possa apostar na vontade que têm os institutos de acertar, o primeiro turno nos recomenda prudência. Até porque certos cuidados se fazem necessários quando se olham dados parciais das pesquisas. Por que digo isso?

No país, segundo o Datafolha, os que não sabem (6%) e brancos e nulos (5%) somam 11%, mesmo percentual, por exemplo, do Sudeste. No Sul, no entanto, onde Aécio está na frente, chegam a 16%; seriam de 13% no Centro-Oeste, mas de apenas 6% no Norte e de 9% no Nordeste. Vamos ver: brancos e nulos somaram 9,64% no primeiro turno, mas cinco dos sete Estados que ultrapassaram a marca de 10% estão no Nordeste: Rio Grande do Norte, com 14%; Alagoas (12,4%), Sergipe (11,67%), Bahia (10,67%), Paraíba (10,14%) e Ceará (9,73%). Rio e São Paulo também ultrapassaram a média, com 13,97% e 10,79%, respectivamente.

Essa observação não serve nem para animar nem para desanimar ninguém. Trata-se apenas de matéria de fato. Na rejeição, ambos estão empatados: não votariam nela 39% dos entrevistados; nele, 40%.

Aécio lidera também em todos os estratos de renda, exceção feita a um: dos que ganham até dois salários mínimos: nesse caso, Dilma tem 55%, e ele 34%. Entre os que recebem de dois a cinco, o tucano vence por 46% a 43%. A vantagem é de 57% a 33% entre cinco e 10 mínimos e de 65% a 29% entre os com renda acima de 10.

É evidente que a euforia truculenta demonstrada por petistas no encontro do Tuca é injustificada. A disputa está empatada. Os tucanos, estes, sim, têm de tomar cuidado. Querem um conselho? Façam como Aécio no primeiro turno, que jamais deixou de acreditar que estaria no segundo turno — e está. Quanto aos petistas, dizer o quê? Estão eufóricos com os números do Datafolha porque eles lhes dizem, por enquanto, que vale a pena investir no jogo sujo.

Vamos ver. Como diria Chacrinha, o Velho Guerreiro, uma eleição só acaba quando termina.

Por Reinaldo Azevedo

Rui Costa acusa ACM Neto de 'desviar' fortuna para jornal, rádio e TV

O governador eleito pela Bahia, Rui Costa (PT), acusou o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) de fazer um "duto" entre a prefeitura e o grupo de comunicação pertencente à família do democrata. "Ele aqui, como pefeito da cidade, desvia, através da publicidade uma verdadeira fortuna para o seu jornal, as suas rádios e para a filiada da Globo via verba de publicidade, como o Aécio fez em Minas. É na verdade, um duto que sai da prefeitura e vai direto para rádio, jornais e a TV que é da sua propriedade", acusou o petista.

Rui ainda questionou a legalidade do suposto ato administrativo: "Nós sempre perguntamos se eticamente isso é correto".

As declarações do governador que substituirá Jaques Wagner no Palácio de Ondina foram feitas em entrevista ao Estadão.

Datafolha: Pela primeira vez, Aécio tem rejeição numericamente maior que a de Dilma

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, apresentou pela primeira vez índice numericamente maior de rejeição, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (20): 40% afirmaram que não votariam “de jeito nenhum” no tucano, enquanto 39% responderam o mesmo em relação à presidente Dilma Rousseff (PT). Ainda sobre o ex-governador mineiro, 41% afirmaram que “votariam com certeza”, 18% que “talvez votassem” e 2% que “não sabem”. Já em relação à petista, 45% responderam que “votariam com certeza”, 15% “talvez votassem” e 1% que “não sabe”. O Datafolha também fez um levantamento sobre a avaliação do eleitorado sobre o desempenho do governo de Dilma: 42% consideram sua gestão boa ou ótima, 37%, regular e 20%, ruim ou péssima.

Na Fonte Nova, Bahia encara o Atlético-MG cheio de desfalques

De um lado, um Bahia sem vencer há três rodadas, presente na zona do rebaixamento e cheio de desfalques. Do outro, empolgado com a boa fase, um Atlético Mineiro que luta para se manter no G4 e ainda sonho com o título nacional. E será com este cenário, na noite desta terça-feira (21), na Arena Fonte Nova, às 20h50, que tricolores e atleticanos se enfrentam pelo Brasileirão.

Apesar da sequência ruim, com três derrotas consecutivas, o Bahia pode deixar a zona do rebaixamento. Para isso, nesta terça-feira (21), precisa derrotar o time mineiro. No dia seguinte, secar o Vitória diante do Corinthians.

Mas, antes de torcer contra o rival, o Bahia precisa fazer a parte dele, e terá desfalques. O centroavante Kieza segue de fora, com entorse no tornozelo, assim como o argentino Maxi Biancucchi, com lesão muscular.

De última hora, com dores no ombro, o atacante Rafinha também foi vetado pelo departamento médico. Como se não bastasse a série de problemas, o volante Fahel sentiu a região do púbis no último treino e também teve a presença descartada. Outro que não joga é Rafael Miranda, suspenso.

Em compensação, o técnico do Bahia contará com a volta do volante Uelliton, após cumprir suspensão.

FICHA TÉCNICA:
Série A - 30ª rodada
Bahia x Atlético-MG
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)
Data: 21/10/2014
Horário: 20h50 (Horário da Bahia)
Árbitro: Elmo Resende Cunha (GO)
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto (SP) e Cristhian Passos Sorence (GO

Bahia: Marcelo Lomba; Railan, Demerson, Lucas Fonseca e Guilherme Santos; Uelliton, Bruno Paulista, Emanuel Biancucchi e Diego Macedo; Marcos Aurélio e Henrique. Técnico: Gilson Kleina.

Atlético-MG: Victor; Marcos Rocha, Edcarlos, Jemerson e Douglas Santos; Josué, Leandro Donizete, Dátalo e Guilherme; Luan e Diego Tardelli. Técnico: Levir Culpi.

Samuel Celestino:"Entre o óleo e a fumaça"

Dilma e Aécio comportaram-se relativamente bem, no debate do domingo, na Record. Estocadas esparsas. O que está a acontecer nestes debates é uma estranha mudança em termos de confronto de idéias entre os dois candidatos à Presidência. Dilma, principalmente, prefere e sente-se melhor retrocedendo ao passado para chegar ao dia 1º de janeiro de 1995, quando Fernando Henrique foi empossado na Presidência. Constantemente, ela retorna aos anos  90, deixando de lado o confronto entre ela e Aécio.

Leva a transparecer que, pelo menos, ela quer discutir o que aconteceu nos últimos 20 anos da democracia brasileira. Grande parte dos eleitores, os que têm menos de 30 anos, não se interessam  em conhecer o que se passava na política brasileira durante a sua infância. Observa-se um fato curioso. Quando FHC tomou posse, o Brasil apenas elegera o primeiro presidente, democraticamente, cinco anos antes. Tancredo fora eleito indiretamente pelo colégio eleitoral instituído pela ditadura, e morreu antes da posse, abrindo vaga para Sarney. O primeiro, eleito, por conseguinte, foi Fernando Collor que caiu por força de um impeachment, exatamente em consequência da corrupção no seu governo, que depois seria absolvido pelo STF.

Em sequência, seguiu-se Itamar Franco, que teria FHC como ministro da Fazenda, a quem coube derrubar a inflação com o Plano Real. No entanto, volta e meia o debate resvala para 20 anos no passado de sorte a atingir FHC, que nada tem a ver com 2014. De tal modo que, em dado momento do debate, Rousseff, dirigindo-se ao seu interlocutor, largou um “no seu governo”,  ao que Aécio, com ironia, respondeu: “você está equivocada, eu nunca fui presidente”.

O que transparece com nitidez é que, ao invés de dois candidatos, litigam pelo poder dois partidos políticos, o PSDB, que passou oito anos no poder, e o PT, que fecha no final de dezembro 12 anos e tenta mais quatro. É provável que  a razão da baixíssima qualidade dos debates esteja no desejo de alcançar a população com menor nível de escolaridade. Mesmo assim não parece bater com exatidão. Porque utilizam – e não há como fugir –  certos termos incompreensíveis para o povão, mas inerentes à política. Seguramente, as pessoas com menor escolaridade ficam alheias e não entendem as  expressões utilizadas pelos candidatos.

Mesmo nos confrontos de baixa qualidade (baixaria, quero dizer) a classe com menor nível de alfabetização talvez não compreenda ao certo, porque as estocadas ferinas sãos entendidas apenas pelos escolarizados. A camada da baixa renda absorve apenas quando a questão está em torno do bolsa família. Levando-se em consideração a Bahia, neste caso o entendimento que alcança são os poucos escolarizados, quase analfabetos, numa multidão de 15 milhões de habitantes. Esta faixa entende perfeitamente este beneficio, que começou no governo FHC e ganhou grande impulso, já com o nome de bolsa família, no governo Lula.

Aliás, há que se tomar cuidado porque o benefício pode acabar corroído pela inflação, que ataca, principalmente, a classe média, média-baixa e baixa, assim como o desemprego que costuma acompanhar esta época de crise econômica, como se observa.

Estamos na última semana da campanha eleitoral. Demorou – culpa do calendário - mas estamos na reta final que acontecerá no próximo domingo, ou seja, excetuando esta terça-feira, mais cinco dias e, aí, comemorarão os dilmistas, se ela foi eleita, ou os aecistas, se houver um rompimento do ciclo petista do poder no País. Dois meses depois teremos um novo governo. Seja quem for eleito, espera-se um período melhor e mais limpo do que este, onde a Petrobras quase desaparece na fumaça com tamanha corrupção que, estranhamente, ocorria em todos os cargos de diretoria da estatal, com a participação (suposta) de três dezenas de políticos (se não for mais). Curioso ou mentiroso é que ninguém sabia de nada do que se passava entre o óleo e a fumaça.Fonte:Atarde

Corte de água atinge 60% dos paulistanos, diz Instituto Datafolha

Ao menos 60% dos paulistanos já ficaram sem água em algum momento nos últimos 30 dias. Isso é o que indica a pesquisa Datafolha. Três em cada quatro atingidos pelos cortes de água disseram que a interrupção no fornecimento durou mais de seis horas. O corte acaba afetando 65% da população pobre e 32% dos que tem renda superior a 10 salários mínimos, ainda de acordo com os dados da pesquisa. Dos entrevistados, 66% afirmam que planejam estocar água, em relação aos 34% que já estão fazendo isso. Entre as medidas tomadas pela maioria da população de classe baixa, estão a de deixar de lavar a calçada (89%), reutilizar água (82%), para de lavar o carro (54%) e deixar de usar máquina de lavar roupa (51%). Já entre os ricos, as principais medidas tomadas foram não mais lavar o carro (76%), não valar calçadas (68%) e reutilizar água (59%). O pessimismo quanto à crise no abastecimento de água é alto (88%) e a cada quatro entrevistados, três dizem que o problema poderia ter sido evitado pelo governo do estado. 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Datafolha: Dilma tem 52%, e Aécio, 48%

A seis dias das eleições, é a primeira vez que a presidente-candidata aparece numericamente à frente do tucano no segundo turno

Pesquisa Datafolha encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem 52% das intenções de votos válidos (excluídos brancos e nulos), contra 48% do adversário do PSDB, Aécio Neves. Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados – no limite da margem de erro –, mas, em comparação aos dois levantamentos anteriores feitos pelo instituto no segundo turno, é a primeira vez que a petista aparece numericamente à frente do tucano.

Se considerados os 5% dos entrevista dos que pretendem votar em branco ou nulo, além de 6% de indecisos, Dilma tem 46% das intenções de votos, e Aécio marca 43%.

Segundo o instituto, a taxa de rejeição a Aécio ultrapassou os índices de Dilma: 40% e 39%, respectivamente. O instituto atribui o crescimento dela à melhora na avaliação de governo – 42% disseram aprovar sua gestão, o melhor desempenho desde as manifestações de junho do ano passado. 

A pesquisa foi feita nesta segunda-feira com 4.389 eleitores, em 257 municípios, e está registrada sob o protocolo BR 01140/2014.

Empresário é responsável por apoio de famosos a Aécio, diz colunista

Quem acompanha a acirrada disputa para eleições presidenciáveis entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), percebe que o tucano tem muito mais apoio dos famosos do que a candidata do Partido do Trabalhadores. Mas, o grande segredo de conquistar a empatia das celebridades tem nome e se chama Marcus Buaiz.

De acordo com o colunista Léo Dias, do jornal O Dia, o empresário é um dos donos da 9ine junto com Ronaldo Fenômeno, que também já manifestou apoio ao tucano. Além disso, Buaiz é marido de Wanessa Camargo e já fez até o sogro Zezé, que se aparentava ser fiel ao PT na eleição passada, mudar de lado.

Ainda de acordo com a coluna, Buaiz é amigo pessoal de várias celebridades e criou um grupo no WhatsApp com diversos famosos para traçar estratégias de conquistar mais votos para Aécio. Reunidos no aplicativo estão nomes como Luciano Huck, Angélica, Márcio Garcia, Renata Sorrah, Boni e muitos outros.

Operadoras começarão a cobrar por navegação após uso do pacote de dados

As operadoras de telefonia móvel mudarão a forma de cobrança dos serviços de internet pelo celular. O usuário que consumir toda a franquia de dados não terá mais a opção de continuar navegando com a velocidade reduzida. O consumidor deverá contratar um novo pacote de dados se quiser continuar com acesso à rede. A medida deve implicar o aumento das despesas mensais dos usuários. A primeira operadora a efetuar a mudança será a Vivo. Um dos pacotes de maior uso dos clientes da companhia é a franquia de 75 MB, que custa R$ 6,90 por semana. Se o consumidor usar os dados antes do fim do mês, terá que pagar o adicional de R$ 2,99 por mais 50 MB, com validade de sete dias. Informações de O Globo.

TCM reprova 15 contas de municípios baianos no exercício de 2013

Das 130 contas de municípios baianos julgadas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), no exercício de 2013, 15 foram rejeitadas. Entre os motivos mais recorrentes para a reprovação das contas estão a abertura de créditos adicionais sem a existência de recurso ou autorização legislativa e sonegação de processos licitatórios ou irregularidades nos procedimentos. 115 contas foram aprovadas com ressalva. Das contas rejeitadas, estão a da prefeitura de Teodoro Sampaio, sob a gestão de Akira Suga (PSB), do prefeito de Itapebi, Francisco Antônio de Brito Filho (PSC), e da prefeitura do sudoeste baiano, Planaltino, sob a gestão de José Carlos Gomes Nascimento (PCdoB). Quanto às contas das 417 câmaras, das 154 julgadas cinco foram aprovadas na íntegra, 141 com ressalvas e oito rejeitadas. A maioria dos gestores reprovados descumpriu o art. 29-A da Constituição Federal, ultrapassando o limite para despesa total. 

'Se depender de mim, não serei candidato em 2018', diz Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (20), que não tem vontade de disputar novamente as eleições presidenciais em 2018. Lula acredita que já cumpriu sua “missão”. Ainda assim, ele não descartou completamente a possibilidade a depender do cenário político daqui a quatro anos. "Se depender de mim, não [serei candidato]", afirmou. "Quando chegar na eleição de 2018, estarei com 72 anos. Nós temos que ter [isso] em conta”, contou em entrevista à Rádio Jornal do Commercio, do Recife. O ex-presidente acompanha sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), nesta terça-feira (21) em campanha em Pernambuco – único estado do Nordeste em que a petista não saiu vitoriosa, já que perdeu para Marina Silva (PSB). Durante os pouco mais de 20 minutos de entrevista, Lula criticou o tratamento que o PSDB, partido do presidenciável Aécio Neves, deu à região durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso. "O problema dos tucanos é que eles têm voo curto e eles não conseguem sair do Sudeste. Eles ficam aqui. Eles não têm voo para chegar no Nordeste ou para chegar no Norte", alfinetou. Informações da Folha de S. Paulo.

PT aprova aumento do teto de gasto da campanha de Dilma

por Ricardo Galhardo l Estadão Conteúdo
A executiva nacional do PT aprovou na manhã desta segunda-feira (20) a elevação em R$ 40 milhões do teto de gastos das campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição. De acordo com a decisão aprovada pelo PT, o limite de gastos da campanha de Dilma vai de R$ 298 milhões para R$ 338 milhões. Antes do aumento, a previsão de gastos da campanha petista já era a maior entre os candidatos a presidente. Aécio Neves (PSDB) registrou teto de R$ 290 milhões e Eduardo Campos (PSB), substituído por Marina Silva, estipulou um limite de R$ 150 milhões. Segundo fontes petistas, a elevação do teto de gastos é uma manobra contábil. O objetivo é incluir nas contas de Dilma gastos com material produzidos por candidatos a governador que estamparam a imagem da presidente em seus panfletos e santinhos. Algumas campanhas estaduais, como a do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, em São Paulo, registraram despesas muito acima dos valores arrecadados. Os números ainda não foram fechados mas o prejuízo é dado como certo. Transferir parte das dívidas para a campanha nacional é uma forma de reduzir a pressão financeira sobre os candidatos estaduais. Além disso, o PT terá que cobrir os gastos assumidos por candidatos a cargos legislativos que, a pedido da direção nacional, mantiveram suas estruturas funcionando no segundo turno em benefício da campanha de Dilma. Em São Paulo, por exemplo, cabos eleitorais que trabalharam para candidatos a deputado federal e estadual continuam nas ruas carregando bandeiras do PT. Os militantes engajados nas campanhas proporcionais têm rodado o chamado cinturão vermelho, formado por bairros que historicamente votam majoritariamente do PT, batendo de porta em porta para distribuir material e pedir votos para a petista. O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como operador de um esquema de propinas para o PT na estatal, participou da reunião da executiva. Depois de aprovado, o aumento do limite de gastos deve ser registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao menos 9 pesquisas serão divulgadas nesta semana

por Daniel Galvão | Estadão Conteúdo

Na reta final da campanha, pelo menos nove pesquisas eleitorais para presidente serão divulgadas nesta semana. Os levantamentos foram registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos Institutos Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus. A pesquisa Ibope/Estadão/Globo deve ser divulgada às 18 horas de quinta-feira (23). Devem ser entrevistados 3.010 eleitores e o número do registro é BR-01168/2014. O instituto também deve divulgar um levantamento no sábado, véspera da eleição. Já o Datafolha deve divulgar quatro pesquisas esta semana. Uma prevista para hoje, com 4.400 eleitores, registrada sob o protocolo BR-01140/2014. Outro levantamento terá período de coleta na terça-feira (21) e pode ser divulgado a partir do fim do dia pelo contratante, o jornal Folha de S. Paulo. O número de entrevistas também é 4.400. A sondagem foi protocolada sob o registro BR-01160/2014. O terceiro levantamento do Datafolha, que deve ser divulgado na quinta-feira (23), tem período de coleta no mesmo dia e foi contratado pela Rede Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo. A previsão é de 9.978 eleitores entrevistados. O número de protocolo é BR-01162/2014. O instituto, assim como o Ibope, também divulgará uma pesquisa no sábado. O Vox Populi tem duas pesquisas previstas. Uma na noite desta segunda-feira, com 2.000 eleitores entrevistados entre 18 e 19 de outubro, contratada pela Rede Record. O registro é BR-01136/2014. Outra deve ser feita e divulgada no sábado (25) com o mesmo número de eleitores e o mesmo contratante. O registro é BR-01185/2014. A Corte eleitoral recebeu ainda o registro de sondagem a ser feita pelo Instituto Sensus, com coleta prevista entre terça (21) e sexta-feira (24). Com 2 mil entrevistas, a pesquisa deve ser divulgada pela revista IstoÉ, a partir de sexta. O protocolo é BR-01166/2014. Ibope e Datafolha também podem divulgar levantamentos para governador em diversos Estados. Pelo Ibope, estão previstas sondagens no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal, Roraima, Amapá, Amazonas, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Acre, Ceará, Pará e Rio Grande do Norte. Pelo Datafolha, as pesquisas devem abranger Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará e Distrito Federal.

Tremores atingem costas do Ceará e Pernambuco

por Carmen Pompeu | Estadão Conteúdo

O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou, desde este domingo (19), três terremotos a 1.270 quilômetros da costa cearense, e um outro tremor próximo à costa pernambucana. "Não há motivos para pânico, mas é sempre bom a gente saber, pois é uma atividade sísmica ativa, que existe no Oceano Atlântico e pode ser sentida com mais intensidade na nossa costa, como aconteceu em 1972, quando foi registrado um terremoto de sete graus de magnitude", disse o pesquisador da UFRN, Joaquim Mendes Ferreira. Os três tremores aconteceram em um aglomerado ao norte da costa do Ceará. O primeiro aconteceu às 20h51 (horário de verão), com magnitude de 4,9 graus na escala Richter, que vai até nove graus. O segundo terremoto foi às 21h06 também com 4,9 graus. Já aos 56 minutos desta segunda-feira houve um abalo de 4,8 graus. Na costa de Pernambuco, também foi registrado, no domingo, um outro tremor de 4,8 graus às 23h46, com epicentro localizado a aproximadamente 775 quilômetros do nordeste da Ilha de Ascensão.

O debate entre Aécio e Dilma não teve pancadaria, mas isso não quer dizer que a petista não tenha espancado a verdade


O debate entre os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) rendeu uma média de 13 pontos no Ibope, o que é muito bom para o horário. O encontro, desta feita, foi um pouco mais frio do que o das outras vezes, embora não tenha deixado de ser tenso. A menos que eu tenha perdido, não se ouviu a palavra “mentira”, ainda que os dois candidatos tenham concordado em discordar sobre todos os assuntos. Mais uma vez, Dilma quis falar de um Brasil que já passou, citando números conforme lhe dava na telha, e Aécio, de um país que pode ser. Assim, de novo, ela investiu na política do medo, e ele, na da esperança de dias melhores. Dilma repetiu a relação absurda estabelecida no debate da Jovem Pan-UOL-SBT: afirmou que o país só conseguiria chegar a uma inflação de 3% com um choque de juros e triplicando o desemprego. É espantoso que uma presidente da República trate de assunto tão sério com tamanha ligeireza. Dá para entender por que os mercados entram em pânico se acham que sua situação eleitoral melhora? Mais: se, no sábado, ela admitiu que houve roubalheira na Petrobras, no domingo, já ensaiou um recuo. Basta rever o embate para que se constate que essa não é uma leitura que manifesta boa vontade com ele e má vontade com ela.

Um debate, a rigor, para ser sério, tem de contar com honestidade intelectual. A fala final de Dilma foi, de fato, a síntese de suas intervenções: segundo ela, estão em confronto dois modelos: um que teria proporcionado “avanços e conquistas” (o seu), e outro que teria condenado o povo ao desemprego e ao arrocho salarial” (o da oposição). Resumir os oito anos de governo FHC a esses dois termos nem errado chega a ser; é apenas estúpido.

Pela enésima vez foi preciso ouvir Dilma a afirmar que o governo FHC proibiu a criação de escolas técnicas: falso! Que apenas 11 foram construídas na gestão tucana. Falso. Que seus adversários tentaram privatizar a Petrobras. Falso. Que eles pretendem cortar direitos trabalhistas. Falso. Que são contra a participação dos bancos públicos na economia. Falso. O problema do PT na propaganda e no debate é responder a um adversário que o partido inventou, que não existe.

Petrobras
O debate deste domingo serviu para evidenciar como é realmente sensível o caso Petrobras. Se, no sábado, ela admitiu que houve desvios na Petrobras, no debate deste domingo, já foi mais ambígua, falando que há apenas “indícios de desvios”. Uau! Só os “indícios” que foram parar no bolso de Paulo Roberto Costa somam admitidos R$ 70 milhões. João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, é apontado por Costa e Alberto Youssef como um dos chefões do esquema. O partido ficaria com 2% de todos os grandes contratos. O tucano quis saber se Dilma confia em Vaccari, já que o homem é até conselheiro de Itaipu. Ela não respondeu.

Dilma apelou, mais uma vez, ao Mapa da Violência para afirmar que, em Minas, o número de homicídios cresceu mais 50% na gestão de Aécio. E ainda pediu que ele fosse ver a tabela. Eu fui. Ele governou o Estado entre janeiro de 2003 e março de 2010 — logo, os números que lhe dizem respeito são aqueles desse período. Fonte:Veja

Segundo turno: pleito acontece sob a vigência do horário de verão

Em vigência nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e no Distrito Federal, desde domingo (19), o horário de verão pode causar questionamentos do eleitorado que vai às urnas no dia 26 de outubro. A Justiça Eleitoral informa que não haverá alteração, ou seja, será das 8h às 17h, obedecendo ao horário local.

Além do segundo turno da eleição para presidente da República em todo o país, os eleitores dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e do Distrito Federal também irão às urnas no dia 26 para escolher o governador.

Apuração

A divulgação do resultado das eleições para presidente da República no segundo turno só começará a partir das 20h, pelo horário de Brasília. Isso porque, com a adoção do horário de verão, o estado do Acre ficará com três horas a menos de fuso horário em relação à Capital do país.

Debate esquenta com propina da Petrobras e fica ameno no final

O caso de propina na Petrobras fez o debate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) na TV Record ter troca de acusações neste domingo (19). Este é o penúltimo embate televisivo até o dia da eleição. O último será promovido pela TV Globo. Após Aécio provocar Dilma em relação à sua primeira declaração pública afirmando que houve desvios na Petrobras, Dilma contra-atacou utilizando como munição a notícia veiculada na última semana de que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, teria recebido propina para impedir uma investigação sobre a estatal em uma CPI. O momento foi em que o clima mais esquentou no debate, para ser depois amenizado. Ao Dilma questionar se os tucanos já investigados eram inocentes ou tinha havido “precarização” por parte daqueles que conduziram as investigações, Aécio respondeu que “Se não é comprovada a acusação, a pessoa é inocentada”. O decorrer do embate ficou mais propositivo, onde foram discutidos assuntos ligados à economia e segurança pública. Os presidenciáveis voltaram, também, a reivindicar para os seus partidos a “paternidade” do Bolsa Família. O evento registrou prévia de 12 pontos de audiência, deixando a emissora em segundo lugar na faixa. A Globo, na liderança, ficou com 16 pontos. 

Número de leitos da rede pública diminui em 14,7 mil

Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta redução de 14,7 mil leitos de internação na rede pública. O decréscimo é pouco menos de 5% do total nos últimos quatro anos. A queda atinge principalmente os leitos dedicados à pediatria cirúrgica, psiquiatria e obstetrícia cirúrgica. Para o conselho, a quantidade dos leitos deveria subir, porque além de agravar a superlotação nos hospitais, prejudica a realização de cirurgias e tratamentos. Já o Ministério da Saúde justifica que a redução de leitos segue uma tendência mundial. A pasta diz que o decréscimo é causado pelo aumento do uso da tecnologia, que economiza internações. O CFM comparou o período de julho de 2010 e julho deste ano, a partir de informações obtidas por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Informações da Folha.

Wagner não tem autoridade para falar sobre corrupção, diz Neto

O prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) afirmou, em entrevista à Folha, que o PT procurou banalizar o tema corrupção, na tentativa de nivelar todos os políticos. Na campanha do aliado Aécio Neves (PSDB), ele promete que o tucano terá “um olhar muito especial para o Nordeste”. “Isso incomoda o PT, porque eles querem chamar para si a condição de donos, de proprietários de uma região. E, isso, não vamos aceitar”, acusou o democrata. Ele rebateu a afirmação do governador Jaques Wagner, que declarou que a corrupção é um tema rejeitado pela população. “O governador [Jaques Wagner] certamente é uma das últimas pessoas que têm autoridade para falar sobre corrupção. Seja por sua relação direta com os petistas envolvidos em escândalos recentes, seja pelo fato de ter colocado [o ex-presidente da Petrobras] José Sérgio Gabrielli como um secretário forte de seu governo”, sugeriu Neto. O prefeito diz que a nomeação de Gabrielli como parte do governo baiano trouxe uma conexão da Bahia com o escândalo da Petrobras.Fonte:Bahia Noticias

Surto de chikungunya em Feira faz Hemoba local suspender campanhas de doação de sangue

Por conta do surto de chikungunya em Feira de Santana, centro norte do estado, a unidade do Hemoba na cidade interrompeu por tempo indeterminado as campanhas externas de doação de sangue. Até quando o surto for normalizado, voluntários que queiram doar, devem se dirigir à unidade do Hemoba na Avenida Eduardo Fróes da Mota, na região central da cidade. O último levantamento da Vigilância Epidemiológica, divulgado na terça-feira (14), registrou 118 casos novos da doença no município, aumento de 76% em relação à última apuração. A doença é transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti, mesmo transmissor da dengue, e pelo Aedes albopictus. Os sintomas vão de febre alta a dores musculares e nas articulações, o que faz os pacientes andares encurvados. Segundo a coordenadora do hemocentro, Luciene Coutinho, com a suspensão externas das doações de sangue, o Hemoba de Feira está sendo assistido por outras unidades, como Camaçari, Cruz das Almas e Santo Antônio de Jesus, mas o volume do material sanguíneo preocupa caso o surto demore a ser controlado. Segundo Luciene, atualmente, o Hemoba feirense pode assistir o Hospital Clériston Almeida e o Hospital da Criança. "Como o surto tem avançado, isso nos preocupa", diz Luciene contatada pelo Bahia Notícais. Ela faz um apelo para que as pessoas não deixem de doar. Na unidade, os voluntários passam por triagem, antes da doação. A suspensão, de acordo com a coordenadora, tem como base uma resolução do Ministério da Saúde. 

Pesquisa CNT/MDA indica empate técnico; Dilma 45,5% e Aécio 44,5%

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (20) mostra novamente empate técnico no segundo turno das eleições para a Presidência entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Enquanto a petista aparece numericamente à frente do tucano, com 45,5%, Aécio garante 44,5%. Já 5,7% dos entrevistados optaram pelo voto nulo ou em branco e 4,5% não souberam responder. Considerados apenas os votos válidos, Dilma aparece com 50,5% e Aécio com 49,5%. Foram entrevistadas 2.002 pessoas de 137 municípios de 25 unidades de Federação, entre os dias 18 e 19 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-01139/2014. Fonte:Bahia Noticias

'Nunca vote em uma pessoa religiosa', diz padre Marcelo Rossi

O padre Marcelo Rossi declarou, em entrevista ao site Terra, que “é totalmente contra” a candidatura de religiosos, seja um padre da Igreja Católica ou pastor das entidades protestantes. “Ou você é um líder religioso, ou você é um líder político. Pode colocar minhas palavras: ‘Nunca vote em nenhuma pessoa religiosa’”, sugere o líder católico. Ele justifica que a pior fase da Igreja Católica foi quando viveu a união de Estado, política e religião. “Pode ver que a Igreja Católica é a única que não tem candidato (atualmente)”, argumenta. “Eu tenho medo. A pior coisa é fanático. Fuja dessas pessoas, que são as mais perigosas e as que se corrompem mais facilmente”, continuou o padre. Apesar de a Igreja Católica não ter declarado voto em nenhum candidato, a principal entidade representante da instituição, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assume posições, como a defesa pela reforma política.

domingo, 19 de outubro de 2014

Horário de Verão altera serviços na Bahia:Veja o que muda

A Bahia, mais uma vez, não participará do horário de Verão, mas alguns serviços no estado que seguem o horário de Brasília serão alterados a partir de segunda-feira,20. Os bancos funcionam em horário normal na capital e RMS, mas em horário recuado no interior.

Novos horários

Bancos

A partir de segunda-feira, agências do interior do estado vão funcionar das 9h às 14h; na capital e Região Metropolitana, horário normal, das 10h às 16h

Lotéricas

Jogos em dia de sorteio serão recebidos até 18h — uma hora antes

Correios/ interior

Unidades funcionam em horário normal, das 8h às 16h. Mas envio por Sedex será encerrado mais cedo. Na Pituba, por exemplo, o Sedex terá seu horário de funcionamento alterado de 19h para 18h.Fonte:Correio da Bahia.

Padre Marcelo Rossi comenta investigação que sofreu do Vaticano

O padre Marcelo Rossi comentou sobre a investigação que sofreu do Vaticano por quase uma década e afirmou que, "se houve fiscalização, houve também o reconhecimento". A informação foi divulgada com exclusividade pelo jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, no dia 30 de setembro.

"Eu li. Hoje você vai fazendo certos encaixes e você percebe. Não há problema nenhum. Eu acho interessante que as pessoas saibam que muitos ficam, sempre no início, [se perguntando] 'qual é a desse padre?', 'o que ele quer?', 'ele quer aparecer?', 'qual é o objetivo dele?'. E, graças a Deus, não só [a igreja] entendeu, como o próprio papa Bento 16 me deu o prêmio Van Thuân de 'Evangelizador Moderno' [em 2010]. Então, acredito que, se houve fiscalização, houve reconhecimento", comentou o padre Marcelo durante o "Altas Horas" deste sábado (18).

Segundo apurou UOL, o padre Marcelo Rossi teve seus passos, CDs, livros, missas e aparições na TV seguidos de perto pelo Vaticano do final dos anos 90 até cerca de quatro anos atrás.

A investigação, que durou quase 10 anos, foi provocada por uma denúncia feita por um religioso brasileiro, que acusou o padre de culto ao personalismo, exibicionismo por ir demais às TVs, de desvirtuar as práticas católicas e de transformar a missa em uma espécie de "circo".

A fiscalização foi comandada pela Congregação para a Doutrina da Fé, liderada pelo cardeal Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornaria o papa Bento 16.  A Congregatio pro Doctrina Fidei é o novo nome que o Vaticano dá para a assassina Inquisição.

Entre o final dos anos 90 e a década de 2000, a Congregação recebia regularmente vídeos com as participações do padre Marcelo em programas como o de Gugu Liberato no SBT e de Fausto Silva, na Globo.

O outro lado

Procuradas na ocasião, tanto a Nunciatura Apostólica em Brasília --a embaixada do Vaticano no Brasil--, quanto a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se recusaram a comentar a investigação que o Vaticano lançou sobre o padre Marcelo Rossi do final dos anos 90 até a segunda metade dos anos 2000.

Já a assessoria da Mitra de Santo Amaro e do bispo dom Fernando informou que o bispo desconhece a investigação do Vaticano a respeito do trabalho do padre Marcelo Rossi.

Por meio da assessoria, a Mitra diz que, se a sindicância realmente ocorreu, "trata-se de uma coisa do passado, e, como tal, já passou."

Horário de Verão muda programação da TV aberta na Bahia

O Horário de Verão começou neste domingo (19) em boa parte dos estados do Brasil. A Bahia, apesar de estar fora do horário de verão, sentirá a mudança na programação da televisão aberta já neste domingo. Na Rede Bahia, o programa Esquenta será exibido na faixa das 11h, já o Fantástico, será as 19h50. O programa Rede Bahia Revista, que passava as 23h30, será antecipado para as 22h35. A programação da TV Aratu também será modificada. A propaganda eleitoral gratuita será exibida às 12h, o programa da Eliana, às 14h15. A programação da Band Bahia também sofrerá mudanças. O programa Brasil Urgente começará às 16h e o Band Cidade, às 17h50. Na TV Itapoan, o Domingo Show começa hoje às 10h, e, após o Horário Político, às 12h, continua na faixa das 12h20. Durante a semana, na Rede Bahia, o Jornal Nacional passará as 19h, e as novelas também serão antecipadas. Malhação começará às 16h25 e a novela Boogie Oogie, às 17h. O  BA TV será exibido às 17h55, e logo em seguida, vai ao ar a novela Geração Brasil, as 18h10. A novela Império passará às 20h10. Na próxima sexta-feira (24), a programação volta a sofrer modificações, com o final da propaganda política obrigatória.

Pedido de habeas corpus de Marco Prisco será julgado nesta terça

O vereador e deputado estadual Marco Prisco (PSDB) pode ter a sua prisão domiciliar revista no julgamento do habeas corpus marcado para esta terça (21), de acordo com informações da coluna Tempo Presente do A Tarde. Líder grevista dos policiais militares, o tucano está impedido de ficar fora de casa até as 20h em dias de semana e em qualquer horário no final de semana. O Tribunal Regional Federal (TRF-1) vai realizar o julgamento. A prisão domiciliar é imposta pela Justiça por conta da liderança de Prisco à paralisação da PM em 2012. Ele foi acusado de crimes contra a segurança nacional. Prisco foi o terceiro mais votado entre os deputados estaduais eleitos.


Veja: A pior pobreza é a da alma


Em "A Vida na Sarjeta", seu primeiro livro editado no Brasil, Theodore Dalrymple traça um retrato desencantado das camadas mais baixas da Inglaterra. Ao site de VEJA, o psiquiatra inglês, expoente da melhor tradição do conservadorismo anglo-saxão, explica por que a "miséria moral" que identifica entre britânicos deve servir de advertência para o Brasil do Bolsa-Família
De manhã, no hospital de um bairro pobre de Birmingham, ele atendia às vítimas. À tarde, no prédio vizinho, um grande presídio da segunda cidade mais populosa da Inglaterra, ouvia os algozes. Foi dessa perspectiva singular que Theodore Dalrymple, pseudônimo do psiquiatra inglês Anthony Daniels, investigou por 14 anos a miséria das camadas mais baixas da Grã-Bretanha. São os milhares de histórias de vida de pacientes e detentos que embasam o duro e desencantado retrato da Vida na Sarjeta (É Realizações, 280 pg, R$ 34,90), título do livro que chega ao Brasil na semana que vem.

Na obra, o psiquiatra sustenta que, se a miséria material foi praticamente varrida do mundo desenvolvido, a "pobreza da alma" se aprofunda e galga velozmente a escala social, patrocinada pelo assistencialismo irrefletido e guiada por conceitos irresponsavelmente ventilados por intelectuais de esquerda. Tendo conhecido a miséria dos países africanos, onde trabalhou quando jovem, ele é taxativo: "Nada do que vi – nem a pobreza ou a opressão ostensiva – jamais teve o mesmo efeito devastador na personalidade humana que o indiscriminado Estado de Bem-Estar Social", escreve. "Nunca vi a perda de dignidade, o egocentrismo, o vazio espiritual e emocional ou a absoluta ignorância de como viver que vejo diariamente na Inglaterra."

Dalrymple nunca havia sido editado no Brasil, embora seja um dos expoentes da melhor tradição do conservadorismo britânico – ou exatamente por causa disso...​ De qualquer forma, A Vida na Sarjeta é uma boa introdução à sua vasta bibliografia (mais de 20 títulos) e passeia por alguns dos temas que lhe são mais caros, e que critica impiedosamente, como o relativismo moral, a falência da educação, o esgarçamento dos laços familiares, o egotismo dos acadêmicos, o coitadismo, o politicamente correto, entre outros assuntos.

O livro chega com atraso de nada menos que 13 anos, mas isso, paradoxalmente, pode torná-lo mais oportuno. O Brasil do Bolsa-Família e das cotas; da "nova classe C" e do Minha Casa, Minha Vida; que viu a desnutrição recuar e a obesidade ganhar contornos epidêmicos; em que quase todas as crianças vão à escola, mas a maioria chega ao fim do ensino fundamental sem competências básicas de escrita e matemática – esse país tem muito a aprender com a miséria moral da "abundância" britânica.

O médico admite que nos países que ainda convivem com pobreza material, como o Brasil, seus argumentos podem parecer frívolos. Não são. "Com um pouco de sorte, A Vida na Sarjeta terá relevância para os brasileiros em alguns poucos anos", ironiza, em entrevista ao site de VEJA. Dalrymple aproveita para explicar a escolha do pseudônimo, com que protegeu sua identidade quando começou a assinar artigos mordazes e inconformados na imprensa britânica sobre as condições do hospital e da prisão em que trabalhava. "Theodore Dalrymple soa antigo, algo vitoriano, aristocrático, escocês. Pense em alguém muito mal-humorado, observando o mundo de seu clube em Londres, tomando uma taça de vinho do Porto, e dizendo que está tudo perdido (risos)."

Reprodução/VEJACapa de 'A Vida na Sarjeta'
Capa de 'A Vida na Sarjeta: o círculo vicioso da miséria moral', de Theodore Dalrymple
Como é a 'vida na sarjeta'? Na Europa e nos Estados Unidos, a pobreza é hoje definida em termos relativos. Em termos absolutos, os pobres já desfrutam de comodidades que teriam deslumbrado Luís XIV. Eles são pobres apenas em comparação com a média da população. Seu problema é outro: eles não sabem como viver. Não têm nenhum propósito mais elevado na vida. Não são religiosos, não têm crença política, não têm cultura própria. E não precisam lutar pela vida. Não passam fome e dá para ir levando a vida, sem grande esforço. Não falta assistência médica nem escola para os filhos. Não faz muita diferença se eles têm um emprego ou não. Eles não têm esperança de progredir economicamente, nem medo de quebrar. Vivem numa espécie de limbo, e seu mau comportamento é a única coisa que pode tornar a vida interessante.

Este fenômeno é restrito à "subclasse" (underclass, no original)? Na verdade, não gosto muito do termo 'subclasse', porque implica afirmar que há uma grande diferença entre essa parcela da população e o resto, o que não é verdade. Há uma continuidade, e eu argumento no livro que certas atitudes disfuncionais estão se disseminando pela escala social, para além do que Marx poderia chamar de 'lumpemproletariado'. Não estamos falando de cerca de 5% da população. Se fosse assim, seria muito triste para esses 5%, mas não seria tão sério para a sociedade como um todo. O que ocorre é que certos fenômenos disfuncionais se disseminaram das classes mais baixas para as mais altas, com um decréscimo do nível geral de cultura.

Por que o senhor põe a culpa nos intelectuais? Porque eles criaram essa noção, ao longo de mais de cem anos de propaganda, de que se as pessoas tivessem um lugar para morar, aquecimento adequado, comida suficiente etc., todos os problemas estariam resolvidos. Bom, eu acho ótimo que o padrão de vida das pessoas melhore, e que as pessoas tenham um lugar para morar, com aquecimento adequado etc. Mas o que acontece é que os problemas mudam de natureza. As políticas aplicadas sob influência de intelectuais liberais destruíram a família na Grã-Bretanha. Onde eu trabalhava, por exemplo, simplesmente não havia uma família em que o pai cuidasse dos filhos. Essa mudança aconteceu em pouquíssimo tempo, como efeito de políticas sociais e econômicas desastradas. Eu diria que o Estado de bem estar social foi uma condição necessária para a desagregação social a que assistimos na Inglaterra, mas não a única. Não observamos a mesma situação nos países da Escandinávia, por exemplo, e acho que há duas razões para esta diferença. Uma é escala. Você tem de lembrar que Londres é quase duas vezes a Dinamarca inteira, em termos de população. A outra razão é o nível de educação, que na Dinamarca é muito mais alto. Os dinamarqueses provavelmente escrevem melhor em inglês do que a maior parte dos ingleses. Assim, uma população com baixo nível educacional pendurada no assistencialismo, essa é a receita do desastre.

O que há de errado com as escolas britânicas? Temos muitas escolas, mas o ensino é muito ruim em várias delas, principalmente nas áreas em que a escolaridade é mais necessária, ou seja, onde não há o apoio das famílias. Cerca de 20% das crianças inglesas deixam a escola sem saber ler direito. Isso não tem nada a ver com o dinheiro que se gasta com elas. Na verdade, dá para ensinar a ler gastando muito pouco e bem depressa. E, no entanto, isso não está sendo feito. E quem mais sofre são as crianças mais vulneráveis, que vêm de famílias que não dão muita atenção à educação.

E isso também é culpa dos intelectuais? A culpa é dos educadores que impuseram às escolas métodos que não funcionam e que não mudam há 30 ou 40 anos. Nós sabemos por experiência que mesmo as crianças que vêm dos piores lares podem aprender a ler e escrever corretamente. As experiências mostram isso. E tudo que é necessário são métodos educacionais eficientes - como os que eram usados 50 anos atrás. Só que há uma teimosa recusa em reconhecer isso. No antigo sistema, crianças inteligentes e habilidosas eram selecionadas para seguir cursos acadêmicos puramente na base da competência e do mérito. Mesmo em áreas bem pobres, havia escolas muito boas, com um padrão bem alto. Foi assim durante muitos anos. Meu pai frequentou uma dessas escolas em Londres e se lembra de alunos que iam às aulas sem sapatos. Esse modelo garantia um certo grau de mobilidade social. É claro que só uma minoria de crianças era beneficiada, mas pelo menos era um sistema de genuína meritocracia.

Por que essas ideias não têm o mesmo efeito perverso sobre a classe média? Há duas razões. A primeira é que a classe média se preocupa muito mais com a educação. Se as crianças não vão bem na escola, os pais tomam alguma providência para melhorar a situação. E a segunda é que, na verdade, esses métodos não são impostos com a mesma firmeza sobre a classe média, porque ela reagiria a isso. Assim, a experiência é feita com os mais vulneráveis, que não sabem protestar, nem reclamar - a não ser através da violência física. Se fôssemos ceder à teoria conspiratória marxista, poderíamos dizer que o sistema educacional inglês é o meio pelo qual a classe média se assegura de manter fora de competição a metade mais pobre da população.

O senhor escreve que a "pobreza da alma" é muito pior que a pobreza material. Que lições países que ainda lidam com a miséria material, como o Brasil, devem tirar da "subclasse" dos países mais desenvolvidos? Mesmo em países miseráveis da África, onde trabalhei, nunca vi tamanha pobreza espiritual ou psicológica como a que observei na Inglaterra. E isso, eu acho, só pode ser explicado pela privação do sentido da vida. São pessoas capturadas por esse ciclo de dependência, em que nada parece tornar a vida melhor ou pior. Não há esperança, nem medo. Isso é algo que os brasileiros devem saber e evitar. Deixe-me dar um exemplo. Na Inglaterra, em 2006, antes da crise econômica, nós tínhamos 2,9 milhões de pessoas vivendo graças ao auxílio-doença. Elas não eram considerados desempregadas, mas doentes. Acontece que a grande maioria não tinha enfermidade nenhuma – ou teríamos mais doentes do que na 1ª Guerra Mundial. Essa corrupção moral tem um efeito profundo sobre a sociedade, tanto sobre as pessoas que pedem o benefício, como os médicos que dão os atestados e até sobre o governo, que pôde melhorar seu indicador de desemprego.

O assistencialismo tem um peso grande na vida dos brasileiros. Um em cada quatro pessoas é beneficiado por programas de transferência de renda, que praticamente todos os políticos apoiam. É possível erguer uma rede de proteção social que atenda à população necessidade sem incentivar os vícios que o senhor identifica? Eu não conheço muito bem o Brasil. Mas é certamente perigoso permitir que transferências regulares se tornem mais importantes que a renda das pessoas, porque haverá uma pressão para aumentá-las cada vez mais, em detrimento não só de toda a economia, mas também do caráter dos beneficiados. E é claro também que esses benefícios, quando elevados, acabam se tornando um direito divorciado de qualquer forma de merecimento. Se você tem direito a uma casa, renda, educação, assistência médica e tudo o mais, qual o sentido do esforço? Acho que, se bem controlada, não há razão para não ter uma rede de proteção social. O problema é que na Europa, particularmente na Grã-Bretanha, o sistema saiu de controle.Fonte:Veja