sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Mais de 800 presos provisórios da Bahia poderão votar neste domingo de eleição
Da mesma forma como aconteceu no primeiro turno das eleições de 2014, 896 presos da Bahia poderão votar neste domingo (26), marcado pelo segundo turno das eleições presidenciais. Os custodiados são presos provisórios e jovens entre 16 e 21 anos, que cumprem medidas socioeducativas. A Defensoria Pública da Bahia acompanhará a votação nas unidades prisionais. Em Salvador, poderão votar os presos do Presídio Salvador, Penitenciária Lemos de Brito (anexo 2 da Cadeia Pública), Presídio Feminino, Centro de Observação Penal (COP), Unidade Especial Disciplinar (UED), Cadeia Pública e Comunidades de Atendimento Socioeducativo Case Salvador e Case CIA. No interior, os defensores públicos atuarão também na cidade de Feira de Santana, no Conjunto Penal de Feira e na Comunidade de Atendimento Socioeducativo Case Zilda Arns. Os estabelecimentos prisionais vão separar uma sala, onde ficarão as urnas e os mesários, servidores disponibilizados pela Defensoria. Os custodiados poderão votar das 8h às 17h. Somente os presos provisórios podem votar, conforme estabelecido pela Constituição Federal. Apesar de ser garantido desde 1998, apenas em 2010 o voto de presidiários foi regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio da resolução 23219/2010, e passou a ser aplicada Bahia. A norma eleitoral prevê a instalação de seções eleitorais em todas as unidades penais com mais de 20 votantes e unidades de internação de adolescentes. Desde 2010, esta é terceira eleição em que os presos provisórios e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas da Bahia votam.
Musculação supera futebol como atividade física mais praticada no Brasil
Sem dar entrevista, Aécio diz que PT tenta censurar Veja por Estadão
Em rápido pronunciamento à imprensa, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, acusou o PT de tentar censurar a última edição da revista Veja, publicada nesta sexta-feira (24). O tucano não quis dar entrevista e fez apenas uma declaração sobre a reportagem de capa da Veja em que o doleiro Alberto Youssef, preso desde março, acusa a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (ambos do PT) de terem conhecimento de um suposto esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. "A denúncia é extremamente grave e tem que ser confirmada, mas é preciso que seja também apurada", afirmou o candidato tucano, que acusou o PT de tentar censurar a publicação. "O Brasil merece uma resposta daqueles que governam o País. Infelizmente, a única manifestação foi pela censura, pela retirada de circulação da maior revista nacional. Essa não é, certamente, a resposta que os brasileiros aguardam", disse. O candidato tucano recusou-se a responder as perguntas de jornalistas, ao contrário do que tem feito diariamente durante a campanha, quando grava depoimentos para emissoras de TV. "Hoje não vou dar entrevista. Vou fazer apenas uma declaração em razão da relevância do tema", disse em uma sala do Hotel Sheraton, no Leblon, zona sul do Rio, onde passou o dia possivelmente se preparando para o debate desta sexta-feira (24) na TV Globo.Fonte:Estadão
Wagner é cotado para ministro da Fazenda de Dilma, diz revista
A edição desta semana da revista Veja não trouxa apenas a polêmica em relação ao doleiro Alberto Youssef e sua suposta ligação com a presidente Dilma Rousseff (PT) e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a publicação, haveria uma “forte articulação” dentro do Partido dos Trabalhadores para fazer de Jaques Wagner o novo ministro da Fazenda caso a petista seja reeleita – ideia que teria adesão de Lula. “Dilma Rousseff tem um bom relacionamento com o governador da Bahia”, diz o texto. De acordo com Lauro Jardim, da coluna Radar, o fato de Wagner não ter ligação com economia por ser “um ex-estudante de engenharia que nunca completou o curso” seria um problema, mas fez com que os apoiadores da ideia o relacionassem com o médico Antonio Palocci. “Wagner, como Palocci, também é um habilidoso conversador, um predicado obrigatório para aparar as arestas do setor produtivo”, defende.
Gabrielli pagou R$ 1 mi para que agência não denunciasse esquema, diz Veja
No suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef ao qual a revista Veja teria tido acesso, não são citados apenas a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A edição desta sexta-feira (24) traz ainda um caso que teria ocorrido no final do governo Lula: o então presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli – homem de confiança do ex-presidente – teria determinado que Youssef captasse R$ 1 milhão de reais entre as empreiteiras que participavam do esquema bilionário de lavagem de dinheiro para comprar o silêncio de uma agência de publicidade. A empresa teria ameaçado “explodir” o esquema de corrupção na estatal após pagar antecipadamente propina e ter, ainda assim, seu contrato reincidido. O doleiro não cita envolvimento direto de Lula e Dilma nas transações, mas disse ter condições de apresentar provas de que a movimentação não poderia ter existido sem o conhecimento dos petistas. A revista explica que, neste momento da delação premiada – que deve conseguir reduzir a pena do operador do esquema – Youssef não tem que apresentar as provas do que diz, apenas convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) de que está falando a verdade. Segundo a Veja, caso alguma informação dada seja mentira, o doleiro não só perde os benefícios da delação como pode ter acrescidos quatro anos na sua pena. De acordo com a revista, o atual secretário de Planejamento da Bahia não quis se pronunciar sobre o assunto.Fonte:Bahia Noticias
TSE nega pedido de coligação petista para retirar reportagem da Veja do ar
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta sexta-feira (24) pedido de retirada da reportagem publicada na quinta-feira (23) na página do Facebook da revista Veja, segundo a qual a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são citados em um suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef. O pedido foi feito pela coligação Com a Força do Povo, que apoia a candidatura de Dilma à reeleição. A matéria foi publicada com o título "Tudo o que você queria saber sobre o escândalo da Petrobras: Dilma e Lula sabiam”. Segundo a reportagem, Youssef disse que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de corrupção na Petrobras. Na representação, a coligação de Dilma acusa Veja de ter antecipado a edição para sexta-feira para "tentar afetar a lisura do pleito eleitoral". A representação diz ainda: "a matéria absurda de capa [...] imputa crime de responsabilidade à candidata Representante (...) e a mensagem ofensiva da capa da revista tem por objetivo bem delineado: agredir a imagem da candidata Representante". Para negar o pedido, o ministro Admar Gonzaga alegou que o artigo da lei eleitoral citado na representação (Artigo 57-D, Parágrafo 3º, da Lei das Eleições) para pedir a retirada do ar não está em vigor nas eleições deste ano. Com isso, a representação foi arquivada, sem julgamento sobre o conteúdo.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Selo fiscal em garrafões de água se torna obrigatório para comerciantes a partir de novembro
Comerciantes têm até o dia 1º de novembro para adaptar os garrafões de 20 litros de água mineral comercializados na Bahia a apresentar no lacre o selo fiscal pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba). A multa aplicada àqueles que descumprirem a determinação será de R$ 90 por unidade irregular. O sistema de selo, implantado em estados como Pernambuco e Paraíba, ajuda a combater a concorrência desleal de envasadoras irregulares porque dificulta a entrada clandestina de produtos no mercado. Além disso, a ação garante o controle da produção e a regularidade no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A obrigatoriedade já está em vigor desde o início de outubro e estabeleceu um período maior de adaptação para o comércio, o que permitiu o escoamento dos garrafões adquiridos antes da vigência do selo. A medida não implica em custo adicional, já que o valor desembolsado na aquisição do selo será utilizado como crédito na quitação do imposto devido pelas empresas.
Brasil registra uma tentativa de fraude a cada 14,7 segundos em setembro, diz Serasa
Levantamento feito pela empresa de consultoria Serasa Experian aponta que foram registradas no Brasil 176.137 tentativas de fraude em setembro deste ano. Em média, o número representa uma tentativa de roubo de identidade para uso ilícito, como obtenção de crédito sem pagamento, a cada 14,7 segundos. Em comparação a setembro do ano passado, o número é 5,4% maior; em relação ao mês anterior, a variação é de 0,2%. No entanto, houve redução de 5,2% das fraudes no acumulado entre janeiro e setembro. O setor com o maior número de registros é o de telefonia: foram 67.019 tentativas de fraude, 38% do total. Em segundo lugar, vem o setor de serviços (construtoras, imobiliárias, seguradores e serviços em geral), com 56.596 registros. Na sequência, estão os bancos, que representam 20,3% dos alvos de fraudes, com 35.728 tentativas, e o varejo, que teve 13.397 registros de fraude. Com informações da Agência Brasil.
Dilma tem 54% e Aécio 46% dos votos válidos, diz pesquisa Ibope
Segundo a pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (23) a candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) ampliou a vantagem em relação a Aécio Neves (PSDB) e chegou a 54% dos votos válidos, contra 46% do tucano. Ao se considerar brancos, nulos e indecisos, a petista tem 49% contra 41% de seu concorrente. A pesquisa encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou crescimento de Dilma em relação ao último levantamento do instituto, quando Aécio tinha 51% dos votos válidos. O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 203 municípios entre os dias 20 e 22 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01168/2014.
Resultado de eleição atrasará por causa de horário de verão
Frota para transporte de eleitores não pode ser ampliada, diz PRE
O prazo para solicitar a ampliação da frota de veículos cedidos para transporte gratuito de eleitores no segundo turno foi encerrado na segunda-feira (20), informou o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). A corte acolheu o entendimento da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-BA) e determinou que só poderá haver substituição ou reposição dos veículos disponibilizados no primeiro turno. Segundo o TRE, o dia 20 foi o “último dia para a requisição de funcionários e instalações destinados aos serviços de transporte e alimentação de eleitores no primeiro e eventual segundo turnos de votação”. Os candidatos são proibidos de fornecer transporte para eleitores e casos de infração devem ser denunciados à Justiça. O crime é previsto na Lei 6091/74 e prevê multa e pena de quatro a seis anos de reclusão.
Prefeitura Municipal: Serrinha ganha novos postos de saúde
Subaé, Chapada e Malhada do Alto, fazem parte das Comunidades que recentemente foram beneficiadas com a implantação de mais Postos de Saúde da Família em nosso município. E nesta quinta-feira (23), mais unidades serão oficialmente entregues à população do Cantinho e do Tanque Grande totalmente reformadas e ampliadas. As construções são adaptadas e resultam dos esforços da gestão em qualificar a atenção básica no município.
O município de Serrinha contava apenas com sete postos de saúde e poucas eram as unidades próprias, atualmente o município, através da gestão do Prefeito Osni Cardoso, conta com cinco novos postos e quatro estão em construção, sendo que cinco foram construídas com recursos próprios, sendo as outras possibilitadas através de parcerias com os Governos Estadual e Federal. Serrinha conta também com dez unidades básicas de saúde, três foram reformadas e ampliadas, e atuam como unidades satélites dos PSF’s. Com a chegada de oito profissionais do Programa Mais Médicos do Governo Federal, o atendimento na atenção básica teve uma ascensão muito grande.
Além das Comunidades do Tanque Grande e Cantinho, a zona rural de Cabeça da Vaca, Mombaça, Recanto,
Três Estradas, Saco do Correio e o Centro de Saúde Luiz Eduardo Magalhães também passaram por reformas e ampliação e vão ser inauguradas até o final do mês de outubro.
O município de Serrinha contava apenas com sete postos de saúde e poucas eram as unidades próprias, atualmente o município, através da gestão do Prefeito Osni Cardoso, conta com cinco novos postos e quatro estão em construção, sendo que cinco foram construídas com recursos próprios, sendo as outras possibilitadas através de parcerias com os Governos Estadual e Federal. Serrinha conta também com dez unidades básicas de saúde, três foram reformadas e ampliadas, e atuam como unidades satélites dos PSF’s. Com a chegada de oito profissionais do Programa Mais Médicos do Governo Federal, o atendimento na atenção básica teve uma ascensão muito grande.
Além das Comunidades do Tanque Grande e Cantinho, a zona rural de Cabeça da Vaca, Mombaça, Recanto,
Três Estradas, Saco do Correio e o Centro de Saúde Luiz Eduardo Magalhães também passaram por reformas e ampliação e vão ser inauguradas até o final do mês de outubro.
Veja:Lula compara 2014 a 1954, ano da morte de Getúlio. É… Em comum, há o mar de lama.
Lula não perdeu o juízo, é claro, porque ele tem é método. Louco não é. O que lhe tem faltado é senso de ridículo e compromisso com a verdade. Segundo ele, o clima de “histeria” que toma conta da disputa se assemelha ao ano de 1954, quando Getúlio Vargas se matou. Aproveitou para dizer que os eleitores de Marina Silva têm a obrigação de votar em Dilma. Que grande petulância a desse senhor! Nem Marina se atreveu a dizer em quem seu eleitorado tem a obrigação de votar pela simples e óbvia razão de que ela não é dona de suas respectivas vontades. Ocorre que Lula está convicto de que é dono do Brasil.
Este senhor já comparou a oposição a nazistas e a Herodes. É claro que parte do que diz deriva de sua alastrante ignorância, compatível com seu ânimo para ofender pessoas. Num comício em Porto Alegre, afirmou nesta quarta: “A mesma histeria que a direita tinha contra Getúlio, nos anos 50, eu vejo estampada no discurso dos nossos adversários”. Ele ainda ironizou o papel da imprensa, dizendo que a mídia claramente “não tem partido nem candidato” — tentando sugerir o contrário. Ora, basta ler certo noticiário e acompanhar algumas emissoras de TV para constatar que certa mídia tem, de fato, é CANDIDATA.
Direita, Lula? Onde está a direita? Vamos ver os partidos que compõem a coligação “Com a Força do Povo”, de Dilma: PT, PMDB, PSD, PP, PR , PROS, PDT, PCdoB e PRB. Como? Então o PSD, o PP, o PROS e o PRB, de Edir Macedo, se tornaram agora notórios esquerdistas? Sem contar que o PMDB junta uma boa fatia dos conservadores brasileiros. A acusação é de um ridículo ímpar.
A propósito: a ser como quer Lula, estão faltando dois cadáveres na história e um ferido. Quem se candidata no PT a repetir o gesto de Getúlio? Quem será o major Rubem Vaz, assassinado pelos capangas do então presidente, que tentavam matar Carlos Lacerda? Quem vai levar um tiro no pé, a exemplo do então líder da oposição? Que bate-pau do governo de turno se candidata ao papel de Gregório Fortunato, o homem que tramou o atentado contra o principal adversário de Getúlio? A tese é de uma ignorância soberba, embora isso lhe tenha sido soprado aos ouvidos pelos intelectuais de quinta categoria do petismo.
É bem verdade que, de certo modo, Lula tem razão: uma coisa há em comum com 1954: o mar de lama. Existia há 60 anos; existe hoje — com a diferença de que aqueles eram tempos da bandidagem quase romântica. A de agora se profissionalizou.
Por Reinaldo Azevedo(Veja)
Feira: desembargador nega pedido de adiamento do julgamento de José Ronaldo
Relator da ação penal que configura como réu o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (DEM), o desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Jefferson Alves de Assis, negou o pedido de adiamento do Processo nº 0023133-08.2013.8.05.0000, que investiga o gestor municipal por estelionato. Com a ação, o relator representa posição do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).
O adiamento foi solicitado por dois dos cinco advogados de José Ronaldo, que argumentaram outro compromisso na data estipulada. Em contrapartida, o desembargador Jefferson de Assis rebateu afirmando que a solicitação não tem amparo legal, já que o princípio da ampla defesa está assegurado com a participação dos outros três advogados contratados pelo réu, podendo plenamente ser desenvolvida a defesa do prefeito no julgamento.
No despacho, ocorrido em 20 de outubro de 2014, o desembargador cita o fato de ter atendido uma petição com base em motivos semelhantes, em data anterior, o julgamento deveria ter ocorrido na quarta-feira (22), sendo deferindo o pleito inicial da defesa e o julgamento marcado para dia subsequente, ou seja, nesta quinta-feira (23).
Os desembargadores do TJ-BA vão apreciar se a denúncia apresentada pelo MP-BA possui elementos suficientes para configurar um julgamento criminal. O voto do relator será apresentado no momento do julgamento. Com informações do Jornal Grande Bahia.
Foto: Roberto Viana // Bocão News
O adiamento foi solicitado por dois dos cinco advogados de José Ronaldo, que argumentaram outro compromisso na data estipulada. Em contrapartida, o desembargador Jefferson de Assis rebateu afirmando que a solicitação não tem amparo legal, já que o princípio da ampla defesa está assegurado com a participação dos outros três advogados contratados pelo réu, podendo plenamente ser desenvolvida a defesa do prefeito no julgamento.
No despacho, ocorrido em 20 de outubro de 2014, o desembargador cita o fato de ter atendido uma petição com base em motivos semelhantes, em data anterior, o julgamento deveria ter ocorrido na quarta-feira (22), sendo deferindo o pleito inicial da defesa e o julgamento marcado para dia subsequente, ou seja, nesta quinta-feira (23).
Os desembargadores do TJ-BA vão apreciar se a denúncia apresentada pelo MP-BA possui elementos suficientes para configurar um julgamento criminal. O voto do relator será apresentado no momento do julgamento. Com informações do Jornal Grande Bahia.
Foto: Roberto Viana // Bocão News
Jurista defende fim da reeleição de políticos: 'saia e volte no futuro'
por Cláudia Cardozo
O jurista Luiz Flávio Gomes, em sua passagem pela Bahia, defendeu o fim da reeleição de políticos no Brasil. O jurista, que já foi promotor de Justiça, juiz e advogado, afirma que o fim da reeleição pode ajudar a reduzir os índices de corrupção no país. Segundo Gomes, “quanto mais o político se perpetua, mais contato ele tem com a máquina corrupta”, e que, com isso, o “risco dele se contaminar é muito grande”. “O que nós estamos propondo é a renovação contínua dos mandatos e dos políticos, porque isso vai fazendo com que a máquina seja oxigenada, com novas lideranças, gente que está preocupada, efetivamente, com os interesses do país, não com os interesses partidários ou próprios”, explica. O jurista critica ainda o fato de muitos políticos dizerem que a sua profissão é a política, e, que, ao final de cada mandato, muitos não conseguem mais retornar as suas profissões de origem por se tornar “irreciclável para o mercado”. “A democracia é regida por políticos, não tem como jogá-los fora. Mas, precisamos de políticos que sejam conscientes, honestos, cumpra um papel, saia, e depois, se quiser, se gostou da vida política, que volte no futuro”, sentencia. Luiz Flávio admite que a reeleição é algo bom na política, mas assevera que “nós vivemos um instante tão deplorável da vida pública brasileira, que a reeleição ficou perniciosa, ficou nefasta, ficou prejudicial”. Com esse diagnóstico, o jurista lançou o movimento Fim do Político de Carreira, que pretende reunir 1 milhão de assinaturas, através de abaixo-assinado, para levar ao Congresso e assim, extinguir o sistema de reeleição no país. Na entrevista concedida ao Bahia Notícias, Luiz Flávio Gomes afirma que o projeto apresentado por Aécio Neves, de quando ainda era senador, é um bom ponto de partida para discutir as reeleições no país, e estender o debate para o fim das reeleições de deputados e senadores. “Ninguém nunca propôs isso. Mas é hora de propor. É hora de fazer o parlamento ter um senso crítico dele mesmo. É hora de ampliar esse projeto, e, na hora do debate, discutir mais coisas”, avalia.
Bahia Notícias: Porque o senhor defende o fim das reeleições?
Luiz Flávio Gomes: O fim da reeleição, no atual contexto que nos vivemos, de muita corrupção, é um indicativo de que vai diminuir a corrupção. Você corta a carreira do político, porque ele não pode perpetuar. Quanto mais o político se perpetua, mais contato ele tem com a máquina corrupta, logo o risco dele se contaminar é muito grande. O que nós estamos propondo é a renovação contínua dos mandatos e dos políticos, porque isso vai fazendo com que a máquina seja oxigenada, com novas lideranças, gente que está preocupada, efetivamente, com os interesses do país, não com os interesses partidários ou próprios. E os viciados, que já estão há muito tempo no poder, já não conseguem mais voltar para a profissão dele. É um absurdo a gente, na nossa vida, não poder exercer a profissão que cada um tem. O sujeito que se torna um político profissional, ele se torna irreciclável para o mercado. O cidadão tem que cuidar de sua vida, e, temporariamente, do país. Eu acho justo, eu acho correto, e nós precisamos de políticos bons. A verdade é essa. A democracia é regida por políticos, não tem como jogá-los fora. Mas, precisamos de políticos que sejam conscientes, honestos, cumpram um papel, saia, e depois, se quiser se gostou da vida política, que volte no futuro. O grande questionamento que se faz no país, sobre nosso movimento, é o que fazer com os bons políticos. Primeiro, os bons políticos são pouquíssimos, a maioria está na vala comum de políticos que preservam sua dignidade, e nem tampouco a dignidade da própria política. Esses pouquíssimos, eles podem ir para política orgânica, dentro dos partidos. Eles não saem da política porque são bons, prestam um bom serviço para nação, é justo que continuem na política, mas que fique na orgânica, depois, volte para a política institucional. Não podemos desprezar os bons. Outra pergunta comum e frequente é se a reeleição é boa ou ruim. A reeleição em si, até que é boa, e que em muitos países do mundo tem reeleição. Acontece que, neste momento, nós vivemos um instante tão deplorável da vida pública brasileira, que a reeleição ficou perniciosa, ficou nefasta, ficou prejudicial. E é isso que temos que impedir nesse momento. Com a evolução dos costumes, quando o Brasil ficar mais transparente, se os políticos tiverem mais consciência da responsabilidade deles, claro, que isso, no futuro, pode ser revisto e voltar a pensar em uma reeleição. Mas nesse momento, é difícil, porque quem está no cargo, uso dinheiro público para fazer eleição, e aí a concorrência com o adversário fica desigual, porque não existe igualdade de condições para o exercício da democracia.
BN: Porque a Constituição Federal permitiu a reeleição para o parlamento, sem um tempo limite? Pois nós vemos deputados e senadores em sucessivos mandatos, se perpetuando no Congresso, por exemplo.
LFG: Esse tema de não reeleição dos parlamentos, do legislativo, é um tema que, praticamente, quase nunca foi posto em questão. Estamos, pela primeira vez no Brasil, através de uma iniciativa popular, tentando colocar o tema em pauta. Vamos discutir por isso, porque chegou a um nível de esgotamento tal, que a insatisfação do povo é muito grande com os políticos que temos. De um modo geral, queremos que não volte, e que se volte que seja no futuro. Falta colocar o tema em discussão. Quando as pessoas vêem movimentos de iniciativa popular pensa ‘ah, isso é impossível, o político não vai aprovar nada contra ele’, de fato, a regra é essa. Ele não apoia nada contra ele, mas quando há pressão popular, muda. Por que a democracia é pressão também. Com pressão popular, eles se sentem acuados. Como dizia Ulysses Guimarães, ‘o político tem medo das ruas, o político tem medo do povo’. Se não lutar, não muda nada. E hoje, no Brasil, nós temos três faixas: uma, que são dos miseráveis, e esses não tem condição nenhuma de reivindicar nada; quem está no top, está dividindo orçamento público, e que também não importa nada. Então é a do meio, é a classe do meio, somos nós, que lemos que estamos antenados, somos nós que temos que reivindicar. Não basta mais só criticarmos todo mundo na internet. É importante a crítica, mas não é o suficiente, nós temos que dar o passo seguinte, de cidadão. A não reeleição hoje seria uma grande mudança, porque, vai colocar lideranças novas, e, quem sabe, a gente coloca gente menos contaminada?
BN: Como surgiu o movimento pelo fim do político de carreira?
LFG: Surgiu com a insatisfação popular, da nossa indignação com o quadro político que nós vivemos. O Ibope comprovou que 81% da população acham os partidos políticos são corruptos. Ou seja, o nível de deslegitimação da democracia é total. O movimento nasce com o propósito de promover mudanças, e a gente acha que as mudanças devem ser pontuais, uma por uma, porque a discussão da reforma política tem na pauta 500 assuntos, e aí, se discute 500 temas, mas nada saí. Vamos pauta por pauta, um por um: ficha limpa, compra de votos, o Supremo poder processar deputados sem licença da Câmara. Vamos conquistando os avanços. A democracia e a cidadania significam luta, e o povo que não luta, nada muda. Nosso propósito é atingir um milhão de assinaturas, e por isso estamos pedindo engajamento de todo mundo, e é simples: vai lá ao portal, baixa o formulário, e começa coletar assinaturas e depois manda para gente. Vamos juntar todo mundo, aquele monte de papel para levar ao Congresso Nacional e dizer ‘olha, o povo não suporta mais essa estrutura política, porque nós queremos restabelecer a dignidade da política’.
BN: Como o senhor avalia a formação atual do parlamento brasileiro?
LFG: O parlamento brasileiro é tradicionalmente conservador, é um parlamento que é um retrato das oligarquias que mandam no país. É um parlamento que não expressa os interesses do povo. O povo é só para votar. Do povo, o que o político quer é só o voto. As campanhas políticas são muito caras, e as grandes empresas financiam. E quem financia uma campanha política, toma conta do político. Ela é dona do político. E, portanto, o parlamento está inteiramente comprado. Uma exceção ou outra. Eles vão lutar pelos interesses de quem botou dinheiro na campanha. E aí, a oligarquia gira em torno de si mesma. Se houvesse interesse no coletivo, todas as crianças do Brasil estariam em uma escola de qualidade, porque todo mundo sabe que essa é a solução, todo mundo fala. Se todos nós sabemos que a solução é essa, porque então essa solução não é adotada? Para as oligarquias, isso não interessa. Não interessa o povo instruído. Estamos girando em torno de um eixo e o próximo Congresso é mais conservador do que os anteriores e mais comprado. Foi o período de mais dinheiro investido nos políticos. Foi à campanha mais cara de toda história. Vivemos essa realidade trágica no nosso país. Saiu uma pesquisa recente da Folha de São Paulo, em que perguntaram aos políticos quais eram suas profissões: 300 parlamentares disseram ‘sou político, não faço mais nada na minha vida’. 260 deputados e 40 senadores declararam que são ‘político’. Aí, depois vem advogado, vem médico, administrador, fazendeiro, sindicalista, vem tudo. Mas 300 de 584 são políticos de carreira, ou seja, abandonaram a profissão deles e se tornaram irrecicláveis para o mercado. São pessoas que estão enfiados, até a medula, no mundo da corrupção. Ser reeleito é muito caro, logo, alguém investiu muito dinheiro nele, do contrário, não teria sido reeleito. É muita gente que é político por profissão, e isto é uma aberração.
BN: No senado, os mandatos são de oito anos. Há alguma proposta para reduzir o tempo do mandato e limitar as reeleições?
LFG: No Senado, acho que deve ser oito anos, pronto e acabou. No Executivo, nós achamos que é só um mandato e já há um consenso de ampliar para cinco anos e não ter mais reeleição. No Senado, a coisa é mais grave, porque no Senado, existe a figura do suplente. No Senado, 18 são suplentes, do qual nunca votamos e ele não foi eleito por voto direto. E no domingo retrasado, mais dois suplentes assumem, porque dois senadores se elegeram governador, e agora, no próximo domingo aí, oito estão na mira para entrar, porque tem gente que vai ocupar outros cargos. Então, daqui a pouco, teremos 30/40 senadores que nunca receberam um voto na vida. E quem são eles? Normalmente, quem financiou a campanha do senador. Isso é uma jabuticaba, porque não existe em nenhuma outra parte do mundo. Só no Brasil.
BN: Existe algum modelo de parlamento que o Brasil deva seguir? Qual tempo ideal para que um político exerça um mandato?
LFG: Eu acho que cinco anos para o Executivo e oito para o legislativo. Porque aí, você faz os seus projetos e executa, e aí amigo, se você não executar em cinco anos, você pode ir embora para tua casa. Os bons modelos são todos os países evoluídos do mundo. Suíça, Suécia, Finlândia, Noruega. O primeiro ministro da Suécia vai trabalhar de bicicleta, é respeitado por que está de bicicleta. Cada gabinete é para 18 deputados, e ali, têm 6/7 pessoas trabalhando. Não têm essa pomposidade, essas mordomias. Os políticos no Brasil querem o palácio e o reinado, com 500 pessoas ao seu lado, ele quer cargos, ele quer todo tipo de mordomia. Isso é uma aristocracia ultrapassada. E isso tem que acabar. Somos cidadãos normais e tem que se viver como uma pessoa normal. Os modelos de Escandinávia, Suíça, são excelentes modelos de parlamentos, muito evoluídos.
BN: Como o senhor avalia a mudança dos posicionamentos dos partidos políticos sobre a reeleição. Como o senhor avalia a postura do PT e do PSDB sobre o tema no momento?
LFG: nós avaliamos isso como algo extremamente positivo, por estar em pauta. A Marina é contra reeleição, o Aécio já disse que também é contra, que quer um mandato de cinco anos. A Dilma gostou da ideia dos cincos anos e quer discutir esse assunto. Ou seja, o assunto entrou em pauta, porque já é pressão popular, mas que nós temos que prosseguir, porque hoje eles falam uma coisa, mas amanha mudam de ideia se não tiver pressão popular, porque ele quer manutenção do poder. É do DNA do político a manutenção do poder e não mudar nada. É só por pressão popular para mudar.
BN: O senhor falou que uma reforma política é necessária, mas é difícil de fazê-la de uma só vez. O que no momento pode ser feito para atenuar os problemas que temos na política brasileira?
LFG: Alguns pontos importantes que em um pacote seria ideal, vamos por parte: financiamento empresarial: esse caminho é um absurdo, porque, através dele, o capitalismo selvagem compra o político. O financiamento privado e particular tem que ser limitado a uma importância: R$ 500, R$ 1 mil, é isso e acabou. E tudo com conta registrada, pública, controlada pelo Tribunal de Contas e pelos Tribunais Regionais Eleitorais. Isso tem que mudar já. E tem a questão de mandatos, do fim da reeleição. Também tem a participação das mulheres, de exigir, obrigatoriamente, uma cota de mulheres no Congresso – atualmente, não consegue passar de 8%, um dos percentuais mais vergonhosos do planeta – tem que dizer que essa cota X é de mulher, pronto e acabou. Quais são as mulheres mais votadas? O Congresso é muito machista. O nosso Congresso é feito para os brancos – tem pouquíssimos índios e negros lá dentro, corporalmente são – é difícil ter uma pessoa com deficiência lá, homens – portanto mulheres estão excluídas, de outro lado, livres – porque lá não tem escravidão, que não foi escravo e nem sangue de escravos. É um Congresso que não quer mudar, um Congresso oligárquico. As mudanças têm que ser atacadas ponto a ponto. O nosso ponto é não reeleição, e acho que é um bom ponto de partida. Seria uma mudança profunda para diminuir muito a corrupção. Vamos parte por parte, mas tem quinhentos mil assuntos para discutir da reforma política.
BN: O senhor espera que nas próximas eleições já não exista mais as reeleições?
LFG: Espero sim, e para ano que vem, e já temos que passar a limpo esse assunto, e sentir as mudanças. Não pode continuar como está. O Brasil está correndo risco altíssimo. Estamos à beira do caos, estamos flertando com o abismo, e não pode continuar no descontrole, pois somos um país de 200 milhões de pessoas. Enquanto se é um país de 1 milhão de pessoas, é outra coisa, mas quando se é um país de 200 milhões, é outra. Agora, nós sentimos muitas melhorias. O povo começou a ir para faculdade, nunca nós tivemos 8% de pessoas com nível superior, nunca nós tivemos 18% das pessoas na idade universitária nas faculdades. Isso é a primeira vez. O povo melhorou um pouco de vida, e já melhorou a escolaridade. Esse povo sabe falar, já tem outra visão de cidadania, tem outra perspectiva de vida. É um povo que está aí para mudanças ou para conflito. Se não promovermos mudanças, os conflitos são inevitáveis.
BN: Já existe algum ato, mobilização para fortalecer o movimento?
LFG: já temos duas mil pessoas que baixaram o formulário e estão coletando assinaturas por todo país. No dia das eleições, vamos fazer um grande mutirão cívico. As pessoas baixarão as fichas e irão às filas dos locais de votação, para coletar assinatura de quem quer aderir ao movimento. Isso é engajamento cidadão. Temos tudo projetado nesses últimos dias e não pára. Nós vamos prosseguir até o instante que se dê ouvidos à população neste ponto. Temos que mudar esses pontos cruciais. Tem muita coisa para mudar.
BN: Já tem algum projeto no Congresso para pedir o fim da reeleição?
LFG: Tem o projeto do próprio Aécio Neves, que está no Senado. Esse projeto, talvez seja um ponto de partida para discutir isso no Senado. Agora, para limitar as eleições do parlamento, nem pensar. Ninguém nunca propôs isso. Mas é hora de propor. É hora de fazer o parlamento ter um senso crítico dele mesmo. É hora de ampliar esse projeto, e, na hora do debate, discutir mais coisas.Fonte:Bahia Noticias
O jurista Luiz Flávio Gomes, em sua passagem pela Bahia, defendeu o fim da reeleição de políticos no Brasil. O jurista, que já foi promotor de Justiça, juiz e advogado, afirma que o fim da reeleição pode ajudar a reduzir os índices de corrupção no país. Segundo Gomes, “quanto mais o político se perpetua, mais contato ele tem com a máquina corrupta”, e que, com isso, o “risco dele se contaminar é muito grande”. “O que nós estamos propondo é a renovação contínua dos mandatos e dos políticos, porque isso vai fazendo com que a máquina seja oxigenada, com novas lideranças, gente que está preocupada, efetivamente, com os interesses do país, não com os interesses partidários ou próprios”, explica. O jurista critica ainda o fato de muitos políticos dizerem que a sua profissão é a política, e, que, ao final de cada mandato, muitos não conseguem mais retornar as suas profissões de origem por se tornar “irreciclável para o mercado”. “A democracia é regida por políticos, não tem como jogá-los fora. Mas, precisamos de políticos que sejam conscientes, honestos, cumpra um papel, saia, e depois, se quiser, se gostou da vida política, que volte no futuro”, sentencia. Luiz Flávio admite que a reeleição é algo bom na política, mas assevera que “nós vivemos um instante tão deplorável da vida pública brasileira, que a reeleição ficou perniciosa, ficou nefasta, ficou prejudicial”. Com esse diagnóstico, o jurista lançou o movimento Fim do Político de Carreira, que pretende reunir 1 milhão de assinaturas, através de abaixo-assinado, para levar ao Congresso e assim, extinguir o sistema de reeleição no país. Na entrevista concedida ao Bahia Notícias, Luiz Flávio Gomes afirma que o projeto apresentado por Aécio Neves, de quando ainda era senador, é um bom ponto de partida para discutir as reeleições no país, e estender o debate para o fim das reeleições de deputados e senadores. “Ninguém nunca propôs isso. Mas é hora de propor. É hora de fazer o parlamento ter um senso crítico dele mesmo. É hora de ampliar esse projeto, e, na hora do debate, discutir mais coisas”, avalia.
Bahia Notícias: Porque o senhor defende o fim das reeleições?
Luiz Flávio Gomes: O fim da reeleição, no atual contexto que nos vivemos, de muita corrupção, é um indicativo de que vai diminuir a corrupção. Você corta a carreira do político, porque ele não pode perpetuar. Quanto mais o político se perpetua, mais contato ele tem com a máquina corrupta, logo o risco dele se contaminar é muito grande. O que nós estamos propondo é a renovação contínua dos mandatos e dos políticos, porque isso vai fazendo com que a máquina seja oxigenada, com novas lideranças, gente que está preocupada, efetivamente, com os interesses do país, não com os interesses partidários ou próprios. E os viciados, que já estão há muito tempo no poder, já não conseguem mais voltar para a profissão dele. É um absurdo a gente, na nossa vida, não poder exercer a profissão que cada um tem. O sujeito que se torna um político profissional, ele se torna irreciclável para o mercado. O cidadão tem que cuidar de sua vida, e, temporariamente, do país. Eu acho justo, eu acho correto, e nós precisamos de políticos bons. A verdade é essa. A democracia é regida por políticos, não tem como jogá-los fora. Mas, precisamos de políticos que sejam conscientes, honestos, cumpram um papel, saia, e depois, se quiser se gostou da vida política, que volte no futuro. O grande questionamento que se faz no país, sobre nosso movimento, é o que fazer com os bons políticos. Primeiro, os bons políticos são pouquíssimos, a maioria está na vala comum de políticos que preservam sua dignidade, e nem tampouco a dignidade da própria política. Esses pouquíssimos, eles podem ir para política orgânica, dentro dos partidos. Eles não saem da política porque são bons, prestam um bom serviço para nação, é justo que continuem na política, mas que fique na orgânica, depois, volte para a política institucional. Não podemos desprezar os bons. Outra pergunta comum e frequente é se a reeleição é boa ou ruim. A reeleição em si, até que é boa, e que em muitos países do mundo tem reeleição. Acontece que, neste momento, nós vivemos um instante tão deplorável da vida pública brasileira, que a reeleição ficou perniciosa, ficou nefasta, ficou prejudicial. E é isso que temos que impedir nesse momento. Com a evolução dos costumes, quando o Brasil ficar mais transparente, se os políticos tiverem mais consciência da responsabilidade deles, claro, que isso, no futuro, pode ser revisto e voltar a pensar em uma reeleição. Mas nesse momento, é difícil, porque quem está no cargo, uso dinheiro público para fazer eleição, e aí a concorrência com o adversário fica desigual, porque não existe igualdade de condições para o exercício da democracia.
BN: Porque a Constituição Federal permitiu a reeleição para o parlamento, sem um tempo limite? Pois nós vemos deputados e senadores em sucessivos mandatos, se perpetuando no Congresso, por exemplo.
LFG: Esse tema de não reeleição dos parlamentos, do legislativo, é um tema que, praticamente, quase nunca foi posto em questão. Estamos, pela primeira vez no Brasil, através de uma iniciativa popular, tentando colocar o tema em pauta. Vamos discutir por isso, porque chegou a um nível de esgotamento tal, que a insatisfação do povo é muito grande com os políticos que temos. De um modo geral, queremos que não volte, e que se volte que seja no futuro. Falta colocar o tema em discussão. Quando as pessoas vêem movimentos de iniciativa popular pensa ‘ah, isso é impossível, o político não vai aprovar nada contra ele’, de fato, a regra é essa. Ele não apoia nada contra ele, mas quando há pressão popular, muda. Por que a democracia é pressão também. Com pressão popular, eles se sentem acuados. Como dizia Ulysses Guimarães, ‘o político tem medo das ruas, o político tem medo do povo’. Se não lutar, não muda nada. E hoje, no Brasil, nós temos três faixas: uma, que são dos miseráveis, e esses não tem condição nenhuma de reivindicar nada; quem está no top, está dividindo orçamento público, e que também não importa nada. Então é a do meio, é a classe do meio, somos nós, que lemos que estamos antenados, somos nós que temos que reivindicar. Não basta mais só criticarmos todo mundo na internet. É importante a crítica, mas não é o suficiente, nós temos que dar o passo seguinte, de cidadão. A não reeleição hoje seria uma grande mudança, porque, vai colocar lideranças novas, e, quem sabe, a gente coloca gente menos contaminada?
BN: Como surgiu o movimento pelo fim do político de carreira?
LFG: Surgiu com a insatisfação popular, da nossa indignação com o quadro político que nós vivemos. O Ibope comprovou que 81% da população acham os partidos políticos são corruptos. Ou seja, o nível de deslegitimação da democracia é total. O movimento nasce com o propósito de promover mudanças, e a gente acha que as mudanças devem ser pontuais, uma por uma, porque a discussão da reforma política tem na pauta 500 assuntos, e aí, se discute 500 temas, mas nada saí. Vamos pauta por pauta, um por um: ficha limpa, compra de votos, o Supremo poder processar deputados sem licença da Câmara. Vamos conquistando os avanços. A democracia e a cidadania significam luta, e o povo que não luta, nada muda. Nosso propósito é atingir um milhão de assinaturas, e por isso estamos pedindo engajamento de todo mundo, e é simples: vai lá ao portal, baixa o formulário, e começa coletar assinaturas e depois manda para gente. Vamos juntar todo mundo, aquele monte de papel para levar ao Congresso Nacional e dizer ‘olha, o povo não suporta mais essa estrutura política, porque nós queremos restabelecer a dignidade da política’.
BN: Como o senhor avalia a formação atual do parlamento brasileiro?
LFG: O parlamento brasileiro é tradicionalmente conservador, é um parlamento que é um retrato das oligarquias que mandam no país. É um parlamento que não expressa os interesses do povo. O povo é só para votar. Do povo, o que o político quer é só o voto. As campanhas políticas são muito caras, e as grandes empresas financiam. E quem financia uma campanha política, toma conta do político. Ela é dona do político. E, portanto, o parlamento está inteiramente comprado. Uma exceção ou outra. Eles vão lutar pelos interesses de quem botou dinheiro na campanha. E aí, a oligarquia gira em torno de si mesma. Se houvesse interesse no coletivo, todas as crianças do Brasil estariam em uma escola de qualidade, porque todo mundo sabe que essa é a solução, todo mundo fala. Se todos nós sabemos que a solução é essa, porque então essa solução não é adotada? Para as oligarquias, isso não interessa. Não interessa o povo instruído. Estamos girando em torno de um eixo e o próximo Congresso é mais conservador do que os anteriores e mais comprado. Foi o período de mais dinheiro investido nos políticos. Foi à campanha mais cara de toda história. Vivemos essa realidade trágica no nosso país. Saiu uma pesquisa recente da Folha de São Paulo, em que perguntaram aos políticos quais eram suas profissões: 300 parlamentares disseram ‘sou político, não faço mais nada na minha vida’. 260 deputados e 40 senadores declararam que são ‘político’. Aí, depois vem advogado, vem médico, administrador, fazendeiro, sindicalista, vem tudo. Mas 300 de 584 são políticos de carreira, ou seja, abandonaram a profissão deles e se tornaram irrecicláveis para o mercado. São pessoas que estão enfiados, até a medula, no mundo da corrupção. Ser reeleito é muito caro, logo, alguém investiu muito dinheiro nele, do contrário, não teria sido reeleito. É muita gente que é político por profissão, e isto é uma aberração.
BN: No senado, os mandatos são de oito anos. Há alguma proposta para reduzir o tempo do mandato e limitar as reeleições?
LFG: No Senado, acho que deve ser oito anos, pronto e acabou. No Executivo, nós achamos que é só um mandato e já há um consenso de ampliar para cinco anos e não ter mais reeleição. No Senado, a coisa é mais grave, porque no Senado, existe a figura do suplente. No Senado, 18 são suplentes, do qual nunca votamos e ele não foi eleito por voto direto. E no domingo retrasado, mais dois suplentes assumem, porque dois senadores se elegeram governador, e agora, no próximo domingo aí, oito estão na mira para entrar, porque tem gente que vai ocupar outros cargos. Então, daqui a pouco, teremos 30/40 senadores que nunca receberam um voto na vida. E quem são eles? Normalmente, quem financiou a campanha do senador. Isso é uma jabuticaba, porque não existe em nenhuma outra parte do mundo. Só no Brasil.
BN: Existe algum modelo de parlamento que o Brasil deva seguir? Qual tempo ideal para que um político exerça um mandato?
LFG: Eu acho que cinco anos para o Executivo e oito para o legislativo. Porque aí, você faz os seus projetos e executa, e aí amigo, se você não executar em cinco anos, você pode ir embora para tua casa. Os bons modelos são todos os países evoluídos do mundo. Suíça, Suécia, Finlândia, Noruega. O primeiro ministro da Suécia vai trabalhar de bicicleta, é respeitado por que está de bicicleta. Cada gabinete é para 18 deputados, e ali, têm 6/7 pessoas trabalhando. Não têm essa pomposidade, essas mordomias. Os políticos no Brasil querem o palácio e o reinado, com 500 pessoas ao seu lado, ele quer cargos, ele quer todo tipo de mordomia. Isso é uma aristocracia ultrapassada. E isso tem que acabar. Somos cidadãos normais e tem que se viver como uma pessoa normal. Os modelos de Escandinávia, Suíça, são excelentes modelos de parlamentos, muito evoluídos.
BN: Como o senhor avalia a mudança dos posicionamentos dos partidos políticos sobre a reeleição. Como o senhor avalia a postura do PT e do PSDB sobre o tema no momento?
LFG: nós avaliamos isso como algo extremamente positivo, por estar em pauta. A Marina é contra reeleição, o Aécio já disse que também é contra, que quer um mandato de cinco anos. A Dilma gostou da ideia dos cincos anos e quer discutir esse assunto. Ou seja, o assunto entrou em pauta, porque já é pressão popular, mas que nós temos que prosseguir, porque hoje eles falam uma coisa, mas amanha mudam de ideia se não tiver pressão popular, porque ele quer manutenção do poder. É do DNA do político a manutenção do poder e não mudar nada. É só por pressão popular para mudar.
BN: O senhor falou que uma reforma política é necessária, mas é difícil de fazê-la de uma só vez. O que no momento pode ser feito para atenuar os problemas que temos na política brasileira?
LFG: Alguns pontos importantes que em um pacote seria ideal, vamos por parte: financiamento empresarial: esse caminho é um absurdo, porque, através dele, o capitalismo selvagem compra o político. O financiamento privado e particular tem que ser limitado a uma importância: R$ 500, R$ 1 mil, é isso e acabou. E tudo com conta registrada, pública, controlada pelo Tribunal de Contas e pelos Tribunais Regionais Eleitorais. Isso tem que mudar já. E tem a questão de mandatos, do fim da reeleição. Também tem a participação das mulheres, de exigir, obrigatoriamente, uma cota de mulheres no Congresso – atualmente, não consegue passar de 8%, um dos percentuais mais vergonhosos do planeta – tem que dizer que essa cota X é de mulher, pronto e acabou. Quais são as mulheres mais votadas? O Congresso é muito machista. O nosso Congresso é feito para os brancos – tem pouquíssimos índios e negros lá dentro, corporalmente são – é difícil ter uma pessoa com deficiência lá, homens – portanto mulheres estão excluídas, de outro lado, livres – porque lá não tem escravidão, que não foi escravo e nem sangue de escravos. É um Congresso que não quer mudar, um Congresso oligárquico. As mudanças têm que ser atacadas ponto a ponto. O nosso ponto é não reeleição, e acho que é um bom ponto de partida. Seria uma mudança profunda para diminuir muito a corrupção. Vamos parte por parte, mas tem quinhentos mil assuntos para discutir da reforma política.
BN: O senhor espera que nas próximas eleições já não exista mais as reeleições?
LFG: Espero sim, e para ano que vem, e já temos que passar a limpo esse assunto, e sentir as mudanças. Não pode continuar como está. O Brasil está correndo risco altíssimo. Estamos à beira do caos, estamos flertando com o abismo, e não pode continuar no descontrole, pois somos um país de 200 milhões de pessoas. Enquanto se é um país de 1 milhão de pessoas, é outra coisa, mas quando se é um país de 200 milhões, é outra. Agora, nós sentimos muitas melhorias. O povo começou a ir para faculdade, nunca nós tivemos 8% de pessoas com nível superior, nunca nós tivemos 18% das pessoas na idade universitária nas faculdades. Isso é a primeira vez. O povo melhorou um pouco de vida, e já melhorou a escolaridade. Esse povo sabe falar, já tem outra visão de cidadania, tem outra perspectiva de vida. É um povo que está aí para mudanças ou para conflito. Se não promovermos mudanças, os conflitos são inevitáveis.
BN: Já existe algum ato, mobilização para fortalecer o movimento?
LFG: já temos duas mil pessoas que baixaram o formulário e estão coletando assinaturas por todo país. No dia das eleições, vamos fazer um grande mutirão cívico. As pessoas baixarão as fichas e irão às filas dos locais de votação, para coletar assinatura de quem quer aderir ao movimento. Isso é engajamento cidadão. Temos tudo projetado nesses últimos dias e não pára. Nós vamos prosseguir até o instante que se dê ouvidos à população neste ponto. Temos que mudar esses pontos cruciais. Tem muita coisa para mudar.
BN: Já tem algum projeto no Congresso para pedir o fim da reeleição?
LFG: Tem o projeto do próprio Aécio Neves, que está no Senado. Esse projeto, talvez seja um ponto de partida para discutir isso no Senado. Agora, para limitar as eleições do parlamento, nem pensar. Ninguém nunca propôs isso. Mas é hora de propor. É hora de fazer o parlamento ter um senso crítico dele mesmo. É hora de ampliar esse projeto, e, na hora do debate, discutir mais coisas.Fonte:Bahia Noticias
Samuel Celestino: "O voto trocado"
A pesquisa – a principal delas, do Datafolha – liberada ontem, mais uma vez demonstrou, com tem acontecido na última semana, que Dilma Rousseff está numericamente à frente de Aécio Neves. São 52 pontos para ela, 48 para ele, o que leva à conclusão de que a Presidência da República será definida neste resto de campanha, com peso para o debate que amanhã será travado na Rede Globo. Se assim for, poderemos ter a repetição do sujo confronto entre Fernando Collor e Lula, na primeira eleição direta para a Presidência pós-ditadura, em 1989. Apenas para recordar, naquele embate Collor usou de todos os artifícios e desconstruiu a candidatura Lula, que não tinha um décimo do populismo que hoje enfeixa.
A eleição deste domingo provavelmente será definida pelo estado de miserabilidade que marca a região Nordeste, basicamente a Bahia, onde a zona rural e todo o imenso semi-árido do estado são povoados por uma população que se ressente da ausência de emprego. A fome, a partir de um solo árido e seco, marca o Nordeste. Como conseqüência, os brasileiros da região são reconhecidos pela baixa estatura, estabelecendo-se uma desigualdade em relação à altura, em média, da população do resto do País.
O programa Bolsa Família, absolutamente necessário para minorar a fome, controlado pelo governo da República, passou a ser marcante como alavanca eleitoral. É retribuído pelo voto de uma imensa população desigual em relação à educação e à informação. Sem o programa, a fome se alastraria e, com ela, as doenças. De outro modo, geraria uma população dependente por não ter a menor noção do que, de fato, é o Brasil. Aliás, o interior nordestino é absolutamente desinformado.
Assim, o Bolsa Família passou a ser um programa necessário, mas populista, cujos beneficiários retribuem com a única coisa que podem oferecer: o seu voto. Além de o Nordeste ser uma região pobre, carente, é de há muito governado (todos os estados) por políticos de baixa qualidade, pelas oligarquias que se alternam nos governos estaduais dentro da própria família, onde agem de forma imperial, além de se tornarem imensamente ricas a partir do saque e desvios dos recursos oriundos da pobreza.
Dilma Rousseff é apenas uma consequência do populismo petista, cuja origem está no próprio Nordeste. É curioso que, dentro deste sistema político que nasceu na base sindical paulista, já não está presente, como antes, naquele estado. Assim como mudou a concepção da presidente que, na sua juventude, se lançou à luta armada (embora não se tenha notícia de que ela tenha praticado) em defesa da liberdade dos brasileiros que estavam aprisionados por uma ditadura insana, que utilizava de práticas desumanas, como a tortura, para se manter no poder.
Esta é a realidade do País, o que não significa, naturalmente, que Dilma deva ser sacrificada na eleição. Não é por aí. Ganhe quem ganhar, ela ou Aécio, o Brasil continuará o mesmo de sempre. É uma marca do subdesenvolvimento que engloba todo o Nordeste, especialmente a Bahia por ser o maior estado da região. O País é marcado por manchas regionais, algumas ricas – como o Sudeste, que avança na direção do Centro-Oeste, - e outra pobres e carentes e, aí, inclui-se o Norte.
O fato, em retorno à origem deste texto, é que estamos a quatro dias das eleições. Há o que festejar, sim, porque este domingo, embora com todos os problemas, o País ascendeu a um patamar democrático, da liberdade dos seus cidadãos, com exceção das imensas manchas da pobreza, que ainda está aprisionada à troca da alimentação pelo voto, enfim pela ausência de trabalho. Quando há oferecimento do trabalho pagam-se salários vis e extorsivos que, para muitos, é melhor não trabalhar. Prefere-se viver na dependência do Bolsa Família.
Já nos anos 50 do século passado Luiz Gonzaga chorava a tristeza sertaneja na sua sanfona: “Mas meu Deus uma esmola/para um homem que é são/ ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”. Ainda continua assim.Fonte:Bahia Noticias
A eleição deste domingo provavelmente será definida pelo estado de miserabilidade que marca a região Nordeste, basicamente a Bahia, onde a zona rural e todo o imenso semi-árido do estado são povoados por uma população que se ressente da ausência de emprego. A fome, a partir de um solo árido e seco, marca o Nordeste. Como conseqüência, os brasileiros da região são reconhecidos pela baixa estatura, estabelecendo-se uma desigualdade em relação à altura, em média, da população do resto do País.
O programa Bolsa Família, absolutamente necessário para minorar a fome, controlado pelo governo da República, passou a ser marcante como alavanca eleitoral. É retribuído pelo voto de uma imensa população desigual em relação à educação e à informação. Sem o programa, a fome se alastraria e, com ela, as doenças. De outro modo, geraria uma população dependente por não ter a menor noção do que, de fato, é o Brasil. Aliás, o interior nordestino é absolutamente desinformado.
Assim, o Bolsa Família passou a ser um programa necessário, mas populista, cujos beneficiários retribuem com a única coisa que podem oferecer: o seu voto. Além de o Nordeste ser uma região pobre, carente, é de há muito governado (todos os estados) por políticos de baixa qualidade, pelas oligarquias que se alternam nos governos estaduais dentro da própria família, onde agem de forma imperial, além de se tornarem imensamente ricas a partir do saque e desvios dos recursos oriundos da pobreza.
Dilma Rousseff é apenas uma consequência do populismo petista, cuja origem está no próprio Nordeste. É curioso que, dentro deste sistema político que nasceu na base sindical paulista, já não está presente, como antes, naquele estado. Assim como mudou a concepção da presidente que, na sua juventude, se lançou à luta armada (embora não se tenha notícia de que ela tenha praticado) em defesa da liberdade dos brasileiros que estavam aprisionados por uma ditadura insana, que utilizava de práticas desumanas, como a tortura, para se manter no poder.
Esta é a realidade do País, o que não significa, naturalmente, que Dilma deva ser sacrificada na eleição. Não é por aí. Ganhe quem ganhar, ela ou Aécio, o Brasil continuará o mesmo de sempre. É uma marca do subdesenvolvimento que engloba todo o Nordeste, especialmente a Bahia por ser o maior estado da região. O País é marcado por manchas regionais, algumas ricas – como o Sudeste, que avança na direção do Centro-Oeste, - e outra pobres e carentes e, aí, inclui-se o Norte.
O fato, em retorno à origem deste texto, é que estamos a quatro dias das eleições. Há o que festejar, sim, porque este domingo, embora com todos os problemas, o País ascendeu a um patamar democrático, da liberdade dos seus cidadãos, com exceção das imensas manchas da pobreza, que ainda está aprisionada à troca da alimentação pelo voto, enfim pela ausência de trabalho. Quando há oferecimento do trabalho pagam-se salários vis e extorsivos que, para muitos, é melhor não trabalhar. Prefere-se viver na dependência do Bolsa Família.
Já nos anos 50 do século passado Luiz Gonzaga chorava a tristeza sertaneja na sua sanfona: “Mas meu Deus uma esmola/para um homem que é são/ ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”. Ainda continua assim.Fonte:Bahia Noticias
TJ-BA publica edital do concurso público para servidores, após nove anos sem concurso público
Depois de nove anos, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) promoverá um concurso para servidores. São 200 vagas abertas para nível superior, médio e médio técnico, com salários entre R$ 3.091,21 e R$ 5.117,24. O edital do certame foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico desta quinta-feira (23). As vagas são para analista e técnico Judiciário. São 107 vagas para nível superior, 81 para nível médio e médio técnico, com formação de cadastro de reserva. Também ficou definido que 70% das vagas serão destinadas aos cartórios judiciais. Podem concorrer pessoas com formação em direito, administração, tecnologia da informação, arquitetura, assistência social, biblioteconomia, jornalismo, contabilidade, economia, enfermagem, engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia mecânica, estatística, medicina, odontologia e psicologia. As inscrições começam na próxima quarta-feira (29) e terminam no dia 4 de dezembro. Os valores das taxas de inscrição são de R$ 85 para nível superior e R$ 68 para nível médio e técnico. As provas, com questões objetivas e discursivas, serão realizadas em Barreiras, Feira de Santana, Ilhéus, Juazeiro, Porto Seguro, Salvador e Vitória da Conquista no dia 25 de janeiro. O tribunal ainda oferece auxílio-alimentação e transporte. O último concurso realizado pelo TJ-BA foi em janeiro de 2005, com vagas para serventias judiciais. A realização da seleção pública é uma antiga reivindicação dos servidores e magistrados. As inscrições podem ser feitas no site da Fundação Getúlio Vargas, responsável pelo certame.
Dunga convoca seleção sem atletas que atuam no Brasil
Dunga voltou à seleção brasileira após o fracasso na última Copa do Mundo e desde então conseguiu ótimos resultados. Em quatro partidas, foram quatro vitórias, com oito gols marcados e nenhum sofrido. Entre elas, destaque para a boa vitória sobre a Argentina por 2 a 0, em amistoso disputado no último dia 11 na China, pelo Superclássico das Américas. No mais, a equipe brasileira bateu Colômbia e Equador, ambos por 1 a 0, e goleou o Japão por 4 a 0.
Desde o início do trabalho, Dunga deixou claro que sua intenção era promover uma renovação gradual na equipe, mesclando nomes que estiveram na última Copa com outros sem tanta experiência internacional. E mais uma vez ele fez isso na lista desta quinta-feira, que contou com a volta de Thiago Silva, ausente nas duas primeiras convocações do treinador por lesão, depois de ter sido o capitão da seleção na Copa do Mundo de 2014.
Ao contrário do que vinha acontecendo, no entanto, desta vez ele finalmente poupou atletas de clubes brasileiros, uma vez que os amistosos acontecerão em meio às retas finais do Brasileirão e da Copa do Brasil. O amistoso contra a Turquia, por exemplo, acontecerá exatamente no mesmo dia da primeira partida da decisão da Copa do Brasil.
Por conta disso, nomes presentes nas duas convocações do técnico até o momento, como Jefferson, Gil, Elias, Everton Ribeiro e Diego Tardelli, estão fora. A ausência dos jogadores que atuam no Brasil promoveu alguns retornos de atletas que já têm uma história na seleção, mas que não vinham sendo lembrados, como o goleiro Diego Alves, do Valencia, e o meia-atacante Lucas, do Paris Saint-Germain.
A opção de Dunga também abriu espaço para novidades. O goleiro Neto, da Fiorentina, e o atacante Douglas Costa, do Shakhtar Donetsk, voltam a ser convocados. Do Shakhtar, aliás, sai a principal novidade da lista: o atacante Luiz Adriano, que quebrou diversos recordes ao marcar cinco gols em um jogo de Liga dos Campeões, na última terça. Roberto Firmino, do Hoffenheim, e Casemiro, do Porto, são as maiores surpresas da lista.
Os confrontos contra Turquia, que acontecerá dia 12 às 16h30 (de Brasília), e Áustria, dia 18 às 16 horas, encerram o calendário da seleção brasileira em 2014. O ex-zagueiro da seleção, do São Paulo e da Ponte Preta Oscar foi confirmado nesta quinta-feira como auxiliar pontual de Dunga nestas partidas. Para o ano que vem, a CBF ainda não divulgou a realização de nenhum amistoso.
Confira a convocação da seleção brasileira:
Goleiros - Rafael Cabral (Napoli), Neto (Fiorentina) e Diego Alves (Valencia);
Zagueiros - David Luiz (Paris Saint-Germain), Marquinhos (Paris Saint-Germain), Thiago Silva (Paris Saint-Germain) e Miranda (Atlético de Madrid);
Laterais - Mário Fernandes (CSKA Moscou), Alex Sandro (Porto), Filipe Luís (Chelsea) e Danilo (Porto);
Meio-campistas - Luiz Gustavo (Wolfsburg), Rômulo (Spartak Moscou), Fernandinho (Manchester City), Casemiro (Porto), Oscar (Chelsea), Roberto Firmino (Hoffenheim), Willian (Chelsea) e Philippe Coutinho (Liverpool);
Atacantes - Neymar (Barcelona), Luiz Adriano (Shakhtar Donetsk), Douglas Costa (Shakhtar Donetsk) e Lucas (Paris Saint-Germain).Fonte:Estadão
Apenas 6% dos candidatos com título religioso no nome de urna foram eleitos
Dos 418 candidatos com título religioso no nome de urna, apenas 25 foram eleitos no pleito deste ano, o que equivale a 6% dos postulantes nesta condição. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, entre os 272 que usaram o título de pastor, 14 venceram a disputa nas urnas. A proporção é maior entre os que se denominaram padres: de 15, oito ganharam as eleições. Completam a lista um “bispo”, um “irmão” e um “frei”. O estado que mais elegeu candidatos com nome religioso foi São Paulo, com quatro deputados estaduais e um federal. Pernambuco e Sergipe vem em seguida com, respectivamente, três estaduais e dois estaduais e um federal. O Partido Republicano Brasileiro (PRB) é a legenda que mais abriga os eleitos com nome religioso: seis estaduais e um federal. A segunda posição coube ao Partido Social Cristão (PSC), com três estaduais e dois federais. A terceira sigla é o Partido dos Trabalhadores (PT), com três estaduais e um federal. Com informações do portal G1.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Romário irá apoiar Aécio Neves, diz colunista; baixinho também teria feito as pazes com Ronaldo
O senador eleito Romário (PSB), que teve votação recorde no Rio de Janeiro, irá apoiar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. Os dois selaram o acordo nesta terça-feira (21) e Romário gravou nesta quarta-feira (22) em Brasília, sem alarde, um depoimento que será exibido na quinta-feira (23) à noite, no programa de TV do tucano. O ex-jogador é visto na campanha de Aécio como um trunfo para a busca de votos nestes últimos dias no terceiro maior colégio eleitoral do Brasil. De acordo com o colunista de Veja, Lauro Jardim, Romário e Ronaldo Fenômeno, que já se estranharam publicamente em 2013 e no início deste ano, devem aparecer juntos na sexta-feira (24), num evento que deve reunir também Aécio Neves. Amigos dos dois jogadores teriam atuado como bombeiros.
Faz parte da guerra municipal, diz Rui Costa sobre acusação de vereador de Araci
Na cidade de Araci, nordeste da Bahia, o vereador Marquinhos (PSDB) foi à tribuna da Câmara fazer declarações pesadas contra a prefeitura local, sob o comando de Silva Neto (PDT), de ter feito "investimento financeiro" na campanha do governador eleito pela Bahia Rui Costa (PT). O episódio ocorreu nessa terça-feira (21), quando o edil também afirmou não entender a votação "expressiva" que Rui teve na cidade. O vereador estaria "revoltado" por ter seu candidato ao governo, Paulo Souto (DEM), derrotado nas urnas.
Durante o pronunciamento, o tucano disparou contra a gestão de Silva Neto. “Se vocês me disserem que a força dos colegas vereadores foi fundamental, o investimento financeiro, que o munícipio fez na campanha de Rui Costa. As compras de votos que teve... Ai eu digo que foi mérito e experiência de quem estava articulando. Agora Wagner pedir voto em Araci para esse cara, com que moral? O que foi que Wagner fez pra esse município”, bradou.
Nessa quarta-feira (22), o Bocão News procurou o governador baiano recém-eleito, que afirmou desconhecer, até o momento, as acusações e minimizou. "Não tenho nenhum conhecimento. Mas isso faz parte da guerra municipal, já da disputa para 2016. Não dá para levar essas coisas a sério. Todo município tem essa guerra na antessala da eleição. Infelizmente, a eleição mal acabou, o pessoal já está guerreando para a próxima eleição. Por isso eu sou a favor da reforma eleitoral, só temos um ano de intervalo entre uma eleição e outra. Não tem administração pública que suporte isso", afirmou Rui.
O petista também disse que centenas de casos como esses são comuns nos municípios, e tudo, segundo ele, é parte da "guerra" municipal para o pleito de 2016. Costa também tentou minimizar o episódio: "Infelizmente, acusar sem provas virou moda na politica atual, o que é ruim".Fonte:Bocão News
Durante o pronunciamento, o tucano disparou contra a gestão de Silva Neto. “Se vocês me disserem que a força dos colegas vereadores foi fundamental, o investimento financeiro, que o munícipio fez na campanha de Rui Costa. As compras de votos que teve... Ai eu digo que foi mérito e experiência de quem estava articulando. Agora Wagner pedir voto em Araci para esse cara, com que moral? O que foi que Wagner fez pra esse município”, bradou.
Nessa quarta-feira (22), o Bocão News procurou o governador baiano recém-eleito, que afirmou desconhecer, até o momento, as acusações e minimizou. "Não tenho nenhum conhecimento. Mas isso faz parte da guerra municipal, já da disputa para 2016. Não dá para levar essas coisas a sério. Todo município tem essa guerra na antessala da eleição. Infelizmente, a eleição mal acabou, o pessoal já está guerreando para a próxima eleição. Por isso eu sou a favor da reforma eleitoral, só temos um ano de intervalo entre uma eleição e outra. Não tem administração pública que suporte isso", afirmou Rui.
O petista também disse que centenas de casos como esses são comuns nos municípios, e tudo, segundo ele, é parte da "guerra" municipal para o pleito de 2016. Costa também tentou minimizar o episódio: "Infelizmente, acusar sem provas virou moda na politica atual, o que é ruim".Fonte:Bocão News
Em vídeo, irmã de Lula diz que votar em Aécio é o ‘melhor para o Brasil’
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o principal cabo eleitoral de Dilma Rousseff (PT) em sua campanha de reeleição para a Presidência da República. Contudo, sua irmã Lindinalva Silva parece não concordar que o PT seja o melhor para o país neste momento. “Estou pedindo para vocês terem consciência. No dia 26 de outubro, votem em Aécio Neves (PSDB)”, diz Lindinalva em um vídeo divulgado na internet. Nas imagens, ela exibe uma folha de papel que teriam “umas leis, uns projetos que a Dilma está criando”. “Então é muito importante que todos vejam”, afirma, apesar de não ser possível ler o que está escrito. Questionada então por uma outra mulher sobre porque as pessoas deveriam votar no tucano, ela responde que acreditar ser “o melhor para o Brasil neste momento”. Segundo a irmã do ex-presidente, ela não pensa em familiares e sim “no Brasil todo, principalmente nos cristãos”. Segundo o site Terra, a autenticidade do vídeo foi confirmada pelo deputado eleito Wilson Santos (PSDB), ex-prefeito de Cuiabá (MT). Em entrevista a um colunista da Veja em 2012, quando foi candidata a vereadora, Lindinalva confirma que fez campanha para Santos mesmo que ele fosse tucano. “Pois é, o pessoal até comentava que até estranho eu ajudar o PSDB. Mas é que o PT não me procurou antes e eu não achei que estivesse fazendo nada de errado”, teria dito a Fabrício Lobel.
Prefeita de Almadina é multada por contratar parentes de vereadores
A prefeita Alba Gleide de Moura de Góes Pinto, de Almadina, no sul baiano, foi multada em R$ 2 mil pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) nesta terça-feira (21), por nomeações de parentes de vereadores para cargos comissionados em 2013. Segundo denúncia formulada pelo ex-prefeito José Raimundo Laudano Santos, as nomeações visariam o favorecimento dos edis para que rejeitassem as contas municipais de sua responsabilidade. O relator conselheiro Antônio Emanuel afirmou que o caso apresentado não pode ser caracterizado como nepotismo, seja direto ou cruzado, devido a ausência dos requisitos necessários para sua configuração – já que o parentesco das pessoas nomeadas não era com a prefeita. Contudo, defendeu que ofendia aos “princípios constitucionais da razoabilidade, impessoalidade e moralidade administrativa”. “Assim, o favorecimento de parentes de autoridades públicas constitui-se em prática imoral, na medida em que o interesse individual prevalece sobre a coletividade, devendo ser imputada sanção à gestora”, informou o TCM. A gestora ainda pode recorrer da decisão.Fonte:Bahia Noticias
Dilma mantém 52% e Aécio 48%, diz Datafolha
por Mateus Fagundes e Leda Samara | Estadão Conteúdo
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (22) mostra a candidata Dilma Rousseff (PT) numericamente à frente do candidato do PSDB, Aécio Neves, mas em situação de empate técnico. Em votos válidos, Dilma manteve os 52% do levantamento divulgado na segunda-feira, 20, e Aécio, 48%. Em votos totais, Dilma oscilou de 46% para 47% e Aécio manteve 43%. Brancos e nulos oscilaram de 5% para 6% e indecisos foram de 6% para 4%. A pesquisa mostra também que 82% dos eleitores de Dilma acreditam que ela será reeleita no domingo. No grupo dos que votam em Aécio, 78% acham que o vencedor do pleito será ele. A pesquisa Datafolha, contratada pelo jornal Folha de S. Paulo, ouviu 4.355 eleitores nesta terça-feira, 21, em 256 municípios de todo o País. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança, de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro prevista. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01160/2014.
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (22) mostra a candidata Dilma Rousseff (PT) numericamente à frente do candidato do PSDB, Aécio Neves, mas em situação de empate técnico. Em votos válidos, Dilma manteve os 52% do levantamento divulgado na segunda-feira, 20, e Aécio, 48%. Em votos totais, Dilma oscilou de 46% para 47% e Aécio manteve 43%. Brancos e nulos oscilaram de 5% para 6% e indecisos foram de 6% para 4%. A pesquisa mostra também que 82% dos eleitores de Dilma acreditam que ela será reeleita no domingo. No grupo dos que votam em Aécio, 78% acham que o vencedor do pleito será ele. A pesquisa Datafolha, contratada pelo jornal Folha de S. Paulo, ouviu 4.355 eleitores nesta terça-feira, 21, em 256 municípios de todo o País. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança, de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro prevista. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01160/2014.
Ilhéus: Justiça do Trabalho condena Itacarne a pagar R$ 700 mil por danos morais coletivos
A Justiça do Trabalho em Ilhéus, no sul da Bahia, condenou o Frigorífico Itacarne a pagar R$ 700 mil por danos morais coletivos, por descumprir uma série de normas de saúde e segurança do trabalho. A juíza Nélia Hudson, da 2ª Vara do Trabalho, condenou a empresa após receber uma denúncia proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), através de uma ação civil pública assinada pelo procurador Ilan Fonseca. O procurador afirmou que o órgão recebeu diversas denúncias sobre as más condições do meio ambiente de trabalho. O MPT tentou adotar outras medidas para que a empresa se adequasse as normas de segurança, mas por vezes, foi flagrado cometendo irregularidades que colocavam a saúde dos trabalhadores em risco. A Justiça determinou o cumprimento de 12 itens de segurança em 90 dias, sob pena de multa mensal de R$ 10 mil por item descumprido. A indenização por danos morais coletivas será revertida para o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), criado em 2011 pelo governo do estado para financiar ações e projetos de capacitação de trabalhadores e combate a formas degradantes de trabalho. A investigação começou em novembro de 2008. Nas inspeções, foram encontradas irregularidades como ausência de equipamentos de proteção individual, falta de treinamento para operar equipamentos, forte ruído, falta de pausa e de condições adequadas ara descanso, dentre outras irregularidades. Além disso, o MPT alegou que a empresa praticava dumping social, quando uma empresa obtém vantagens perante sua concorrência à custa do desrespeito de leis trabalhistas, impondo a seus empregados condições de trabalho precárias para reduzir custos e tirar proveito disso.
Rede Globo erra e divulga pesquisa com dois pontos a mais para Dilma Rousseff
A Rede Globo divulgou erroneamente a pesquisa de intenção de votos para presidente da República no Jornal da Globo da madrugada desta terça-feira (21). No levantamento do Datafolha, encomendado pela emissora e pelo jornal Folha de S.Paulo, o total dos votos válidos de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na região Sudeste soma 102% (a porcentagem correta deveria ser 100%). A rede se equivocou e deu dois pontos percentuais a mais para a candidata petista.
No telejornal, o jornalista Heraldo Pereira exibiu em um telão as intenções de voto de cada candidato por região. No Sudeste, Dilma Rousseff apareceu com 46%, contra 56% de Aécio Neves, totalizando 102%. A soma, entretanto, não pode ultrapassar 100%. A pesquisa real mostra a petista com 44%. A porcentagem do candidato tucano está correta. O erro na soma da pesquisa passou despercebido por Heraldo Pereira e pelos apresentadores do Jornal da Globo, Christiane Pelajo e William Waack. Nas outras regiões, as porcentagens foram divulgadas corretamente. A pesquisa foi realizada pelo instituto Datafolha, que ouviu 4.389 eleitores na última segunda-feira (20). Confira abaixo o print com o erro:Fonte:Bahia Noticias
Leticia Sabatella critica campanha de Aécio por uso indevido de imagens de artistas globais
A atriz Leticia Sabatella usou as redes sociais para criticar a propaganda eleitoral do candidato Aécio Neves à presidência. A artista denunciou o uso de imagens de diversos atores de forma descontextualizada e sem autorização na campanha do político tucano. ‘‘Acabo de assistir, com muita indignação, um vídeo de propaganda política pró candidato Aécio Neves, utilizando imagens de vários atores que haviam sido feitas pra campanha do Gota D'água, contra a realização da Usina de Belo Monte, em defesa das populações e das áreas atingidas, naquela região. Eu quero deixar bem claro, que isto é um roubo, um desrespeito. Eu não vou votar em Aécio Neves! Nenhum daqueles atores deram sua autorização para constar suas imagens e depoimentos, descontextualizados, naquele vídeo de propaganda pró PSDB! Trata-se de uma enorme MENTIRA! Quem puder , por gentileza, compartilhe. Grata. Leticia Sabatella”, escreveu no Facebook, na tarde desta terça-feira (21). Após requerimento do advogado da atriz, a veiculação do vídeo foi suspensa. “Acredito que não tenha sido diretamente do comitê do candidato Aécio Neves, a autoria da montagem mentirosa. Por um instante até pensei. Mas o fato é que me forçou a declarar meu não voto no candidato e esclarecer a manipulação. Em nome da verdade. Da minha liberdade de escolha”, escreveu Sabatella em uma nova postagem.Fonte:Bahia Noticias
Segundo jornal italiano, Robinho é investigado por estupro coletivo de brasileira na Itália
por Edimário Duplat
Segundo informações veiculadas pelo jornal italiano Corriere dello Sport nesta quarta-feira (22), o atacante Robinho vem sendo investigado pela polícia italiana por um suposto caso de estupro coletivo denunciado por uma jovem brasileira de 18 anos. De acordo com o periódico, o caso aconteceu em 2013 e a investigação já colheu depoimento da suposta vítima e do próprio atleta, que prestou esclarecimentos no meio deste ano. O Ministério Público chegou a pedir a prisão do brasileiro na ocasião, mas a juíza Alessandra Simion rejeitou o pedido de custódia por achar que não haveria razão para precaução. Este é o segundo caso de acusação de estupro feito contra o jogador. Em 2009, na época em que defendia o Manchester City, Robinho foi denunciado por uma jovem em uma boate na cidade inglesa de Leeds. Depois de prestar esclarecimentos, a investigação acabou sendo encerrada e a Procuradoria não deu seqüência ao caso.
Segundo informações veiculadas pelo jornal italiano Corriere dello Sport nesta quarta-feira (22), o atacante Robinho vem sendo investigado pela polícia italiana por um suposto caso de estupro coletivo denunciado por uma jovem brasileira de 18 anos. De acordo com o periódico, o caso aconteceu em 2013 e a investigação já colheu depoimento da suposta vítima e do próprio atleta, que prestou esclarecimentos no meio deste ano. O Ministério Público chegou a pedir a prisão do brasileiro na ocasião, mas a juíza Alessandra Simion rejeitou o pedido de custódia por achar que não haveria razão para precaução. Este é o segundo caso de acusação de estupro feito contra o jogador. Em 2009, na época em que defendia o Manchester City, Robinho foi denunciado por uma jovem em uma boate na cidade inglesa de Leeds. Depois de prestar esclarecimentos, a investigação acabou sendo encerrada e a Procuradoria não deu seqüência ao caso.
Chikungunya atinge 35 cidades baianas; Vigilância estima zerar transmissão local em 6 meses
por Francis Juliano
A febre chikungunya já atinge 35 municípios na Bahia, segundo último relatório da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). De acordo com a pasta, até o dia 21 de outubro foram notificados 1.267 casos no estado. Feira de Santana, no centro norte, ainda é a primeira em registros, com 371 casos confirmados de 1.015 notificações feitas, e Riachão do Jacuípe, na mesma região, tem 82 casos confirmados, com174 notificações. As outras confirmações da doença ocorreram em Salvador, com dois casos, e Alagoinhas, Cachoeira e Amélia Rodrigues registraram um caso confirmado cada uma. No entanto, segundo a Sesab, todos os casos fora de Feira tiveram foco na segunda maior cidade. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesab, Jesuína Castro, um plano de ação estadual foi aprovado na sexta-feira (17) com representantes de secretarias de saúde do interior para intensificar o combate à doença. “Pela primeira vez, nos reunimos com um público ampliado de secretários e nós vamos apoiar esses municípios que têm dificuldades de recursos e de qualificação para enfrentar a doença”, disse Jesuína. A coordenadora afirmou também que o objetivo é manter o mesmo trabalho com a perspectiva de evitar que a doença se torne endêmica (recorrente no estado) em seis meses. “Nós pretendemos fazer esse trabalho e reduzir ao nível zero [quando a doença não é mais transmitida por pessoas que moram no local]”, completou.
A febre chikungunya já atinge 35 municípios na Bahia, segundo último relatório da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). De acordo com a pasta, até o dia 21 de outubro foram notificados 1.267 casos no estado. Feira de Santana, no centro norte, ainda é a primeira em registros, com 371 casos confirmados de 1.015 notificações feitas, e Riachão do Jacuípe, na mesma região, tem 82 casos confirmados, com174 notificações. As outras confirmações da doença ocorreram em Salvador, com dois casos, e Alagoinhas, Cachoeira e Amélia Rodrigues registraram um caso confirmado cada uma. No entanto, segundo a Sesab, todos os casos fora de Feira tiveram foco na segunda maior cidade. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesab, Jesuína Castro, um plano de ação estadual foi aprovado na sexta-feira (17) com representantes de secretarias de saúde do interior para intensificar o combate à doença. “Pela primeira vez, nos reunimos com um público ampliado de secretários e nós vamos apoiar esses municípios que têm dificuldades de recursos e de qualificação para enfrentar a doença”, disse Jesuína. A coordenadora afirmou também que o objetivo é manter o mesmo trabalho com a perspectiva de evitar que a doença se torne endêmica (recorrente no estado) em seis meses. “Nós pretendemos fazer esse trabalho e reduzir ao nível zero [quando a doença não é mais transmitida por pessoas que moram no local]”, completou.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
SERRINHA:MUDANÇAS NO SECRETARIADO SÓ EM DEZEMBRO
Olá meus amigos! Quero protestar em nome das pessoas prejudicadas pelo péssimo trabalho da Embasa nesta cidade.Apesar dos esforços do governo Estadual e Municipal,a situação piora a cada dia.Realmente a direção da Embasa em Serrinha é irritante e incompetente.
Hoje foi apresentado uma matéria especial sobre Segurança Pública aqui em Serrinha na Rádio Regional,e não podia ser diferente;o medo toma conta também dos comerciantes.Sem contar com ajuda do CDL,os donos de casas comercias tentam afastar os larápios por conta própria.Para a maioria,o monitoramento por câmaras ajudaria,mas,o prefeito da cidade alega não dispor de dinheiro para a compra dos equipamentos. Como se vê,os bandidos com certeza irão continuar jogando solto.
Hoje conversei com uma pessoa do alto escalão do governo petista em Serrinha sobre as mudanças que estão sendo comentadas nos bastidores da política.Andam dizendo que Osni irá mudar alguns secretários.Eu perguntei:Será que estas mudanças irão acontecer mesmo?quem fica e quem sai? " Zé,antes de dezembro não vai mudar nada.O prefeito não comentou com ninguém sobre este assunto,ele ainda está analisando.Tem gente especulando pra ganhar audiência".Finalizou.
Hoje foi apresentado uma matéria especial sobre Segurança Pública aqui em Serrinha na Rádio Regional,e não podia ser diferente;o medo toma conta também dos comerciantes.Sem contar com ajuda do CDL,os donos de casas comercias tentam afastar os larápios por conta própria.Para a maioria,o monitoramento por câmaras ajudaria,mas,o prefeito da cidade alega não dispor de dinheiro para a compra dos equipamentos. Como se vê,os bandidos com certeza irão continuar jogando solto.
Hoje conversei com uma pessoa do alto escalão do governo petista em Serrinha sobre as mudanças que estão sendo comentadas nos bastidores da política.Andam dizendo que Osni irá mudar alguns secretários.Eu perguntei:Será que estas mudanças irão acontecer mesmo?quem fica e quem sai? " Zé,antes de dezembro não vai mudar nada.O prefeito não comentou com ninguém sobre este assunto,ele ainda está analisando.Tem gente especulando pra ganhar audiência".Finalizou.
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