domingo, 26 de outubro de 2014
Campanha de segundo turno acirrada é destaque em imprensa internacional
A disputa acirrada no segundo da campanha eleitoral à Presidência do Brasil foi destaque nos jornais dos Estados Unidos, Europa e América Latina. O aumento da polarização foi tema de uma reportagem do The New York Times, dos EUA. O jornal cita frases do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com referência aos adversários do PSDB como "nazistas" e do candidato Aécio Neves (PSDB) em que compara a propaganda eleitoral do PT com o ex-ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels. A polarização também foi citada em matérias do espanhol El País e do chileno El Mercurio. O jornal La Nacion, da Argentina, dá destaque às declarações da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) nas quais Aécio é acusado de "desconhecer o tamanho do mercado latino-americano" ao tratar de flexibilizações no Mercosul para acordos de livre comércio. Já o correspondente da BBC no Rio de Janeiro, Wyre Davies, fez um perfil de Minas Gerais, chamado de "mini-Brasil" na matéria, e lembrou que os dois candidatos nasceram no estado, além de fazer referência à derrota de 7x1 do Brasil para a Alemanha, no estádio Mineirão.
Entidades e presidenciáveis condenam vandalismo no prédio da Abril
O protesto de cerca de 200 pessoas - o cálculo é do 14º DP, de Pinheiros - feito na sexta-feira (24) à noite diante do prédio da Editora Abril, em São Paulo, mereceu, no sábado (25), repúdio geral de entidades da mídia e dos dois presidenciáveis. "Foi uma manifestação de intolerância, uma lamentável tentativa de intimidação, próprias de quem não sabe conviver na democracia e num País com liberdade de imprensa", afirmou em nota a Associação Nacional dos Jornais (ANJ). A revista Veja antecipou em um dia sua publicação e foi às bancas na sexta-feira afirmando em reportagem de capa que tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "sabiam tudo" sobre a corrupção na Petrobras. Indignados, os manifestantes, integrantes da União da Juventude Socialista (UJS), picharam os muros com frases como "Fora Veja" e "Veja mente" e espalharam sujeira diante da editora. Em outro texto, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) "repudia veementemente" os ataques e considera "grave qualquer ato de intimidação à liberdade de imprensa". A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) criticou a Justiça Eleitoral por impedir que a Abril fizesse publicidade da nova edição da revista e destacou que "as agressões cometidas são igualmente condenáveis". A ABI acrescenta: "A História tem mostrado como manifestações de intolerância dessa natureza costumam terminar". A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) ressalta que um veículo de imprensa "tem o direito de publicar qualquer coisa" e quem não concorda "tem o direito de protestar", mas "respeitados os limites legais". Para a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), as manifestações "são atos de vandalismo que ferem a democracia, a liberdade de expressão e de imprensa". "É a palavra que sofre com estes atentados", diz o comunicado assinado pelo presidente da entidade, Frederic Kachar. Em São João del-Rei, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, voltou a condenar o episódio. "Assistimos ontem a um atentado contra a democracia e a liberdade de expressão. Essa é uma marca extremamente preocupante dos nossos adversários", afirmou. A presidente Dilma Rousseff (PT), que fazia campanha em Porto Alegre, definiu o gesto dos manifestantes como "barbárie" e lembrou que "não é assim que se faz um País civilizado", mas considerou a reportagem "um processo golpístico" e reiterou que vai processar a Veja. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
sábado, 25 de outubro de 2014
Último debate da campanha pode influenciar os votos dos indecisos?
Último evento da campanha presidencial, o debate da TV Globo, na noite desta sexta-feira, dividiu analistas ouvidos pela BBC Brasil quanto a um potencial impacto sobre os cruciais votos indecisos, cobiçados tanto por Dilma Rousseff (PT) quanto por Aécio Neves (PSDB).
Nas pesquisas divulgadas na quinta-feira, Dilma aparece com vantagem sobre Aécio. De acordo com o Datafolha, a candidata do PT tem 53% das intenções de voto, contra 47% do adversário, do PSDB. Já segundo o Ibope, a petista tem 54%, contra 46% do tucano. As duas sondagens têm margem de erro de dois pontos percentuais.
Ao término do último embate entre os dois candidatos, no entanto, a grande pergunta é: a dois dias do segundo turno de uma das eleições mais acirradas desde a redemocratização do país, o desempenho dos oponentes pode trazer vantagens ou desvantagens nas urnas?
Para Carlos Manhanelli, presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, não deve haver grande impacto.
"O eleitor indeciso sai desse debate da mesma forma como entrou. Não acho que haverá um reflexo muito intenso, pois não foi gerado um fato novo, uma grande novidade. A lógica de comparação foi a mesma, as trocas de acusações também. Não vejo grande diferença", avalia.
Já o cientista político Carlos Pereira, da FGV-Rio, acredita que pode, sim, haver um reflexo.
Ele atenta para os níveis de audiência do embate televisivo, que teria batido de 30 a 40 pontos em diversas capitais brasileiras, segundo dados preliminares. "É difícil avaliar agora, mas a percepção que tive é de que o desempenho dos candidatos pode refletir em alterações das intenções de voto nos próximos dois dias, sim", diz.
48 horas
Mais enfático, o cientista político Ricardo Ismael, professor da PUC-Rio, acredita que o debate deverá influenciar os eleitores, sobretudo os indecisos.
"Esse debate vai ter um grande impacto na votação, sim, e nem seria necessário um fato novo durante os embates. O debate por si só é o fato novo. Houve grande audiência, aparentemente o Brasil parou para assistir. Resta saber como refletirá nas intenções de voto", avalia.
"Haverá repercussão nas próximas 48 horas. Eu acho que amanhã de manhã a primeira pesquisa não captará inteiramente esse reflexo. As pessoas vão discutir, trocar opiniões, e até a votação o efeito poderá se cristalizar nas intenções de voto", acrescenta.
Ismael atenta ainda para três grupos que estariam na mira dos candidatos nesta reta final da campanha: os eleitores que votaram em Marina Silva (PSB) no primeiro turno e sinalizam a intenção de anular o voto na segunda rodada; os indecisos e os eleitores que têm preferência por um candidato, mas ainda não descartaram alterar o voto na última hora.
Desempenho
Para os analistas, os candidatos tiveram desempenhos semelhante aos debates anteriores, com pequenas alterações dignas de nota.
Esperava-se que o candidato Aécio Neves explorasse mais as denúncias apresentadas pela revista Veja contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ele abriu o debate com uma questão sobre a Veja, mas depois não retomou o assunto. Creio que a estratégia foi pontuar a questão, mas não saturar o eleitor, para evitar que o tema se tornasse um tiro pela culatra", diz Carlos Pereira, da FGV-Rio.
Para Ricardo Ismael, da PUC-Rio, Aécio saiu-se bem ao optar por uma estratégia mais ousada. "Ele partiu para as perguntas mais difíceis. Denúncia da Veja, porto em Cuba, apostou em questões contundentes. Já Dilma optou por suas zonas de conforto: Pronatec, Minha Casa, Minha Vida, níveis de emprego", avalia.
Já Carlos Manhanelli, da Associação Brasileira de Consultores Políticos, diz que embora Aécio tenha se saído muito bem, Dilma mostrou-se mais treinada, mais tranquila e com expressões mais suaves do que em debates anteriores. "É visível que o media training dela surtiu efeito. Ela gaguejou muito menos, mostrou-se mais segura", avalia.
Bastidores
Do lado de fora da arena onde ocorria o confronto, dezenas de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas não convidados assistiam resignados ao último encontro entre os candidatos antes das eleições por televisores espalhados na sala de imprensa.
Logo no início, uma coordenadora de produção murmurou à assistente, preocupada com o buffet montado para atender a imprensa.
"Manda o pessoal trazer a comida que sobrou lá dos candidatos para servir aqui para os jornalistas. Senão vai estragar nos camarins."
Pouco tempo depois, na medida em que o tom mais agressivo crescia entre os candidatos, o banheiro masculino localizado na sala de imprensa, o único da área, rapidamente se tornou uma espécie de "zona de paz", um ponto de encontro entre correligionários de Dilma Rousseff e Aécio Neves.
Por ali passaram empresários e parlamentares de todas as matizes políticas, como o empresário João Dória Jr, o governador da Bahia Jacques Wagner (PT), o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) e o senador eleito José Serra (PSDB).
Bem humorado, Wagner contou que conversou com Serra no local. O conteúdo da conversa ele não revela.
Já o faxineiro responsável pela limpeza do banheiro ("Estou cansado. Quero que isso acabe logo para ir para casa"), diz não querer saber de política.
"Vou votar nulo", rebateu sucintamente quando questionado pela reportagem se votaria em Dilma ou em Aécio.
Entrevistas
Ao fim do debate, a petista e o tucano deram entrevistas coletivas a jornalistas. A primeira a responder à imprensa foi Dilma, que roubou a cena.
Questionada por um jornalista sobre o que faria se descobrisse "eventualmente" que o esquema de corrupção da Petrobras teria abastecido um suposto caixa dois de sua campanha, como publicado pela revista Veja, a presidente respondeu categoricamente: "não existe esse 'se' na minha campanha. Próxima (pergunta)".
A pergunta seguinte seria de um jornalista angolano e, logo depois, de um repórter japonês que, com um português claudicante, mas compreensível, questionou Dilma sobre a segurança dos investimentos na Olimpíada do Rio 2016.
"Olha, se eu bem entendi a sua pergunta", disse a petista, e abriu um sorriso antes de responder.
Dilma finalizou lembrando um trocadilho do último debate, quando foi interrompida por uma assessora da TV Globo por ter ultrapassado o tempo. Interrompida mais de duas vezes, ela concluiu a frase e soltou: "já falei que vocês estão ficando com mania de tempo".
Após a petista, foi a vez de Aécio subir ao púlpito e conversar com jornalistas.
O tucano criticou o que disse ser um "aparelhamento" da Petrobras pelo PT e afirmou que, se eleito, "vai demitir imediatamente" a diretoria da estatal. Ele falou que vai "priorizar profissionais de carreira" em detrimento de indicações políticas.
Aécio afirmou também que quer trazer a inflação "para baixo do centro da meta".
Ele criticou ainda "os vândalos criminosos que atacaram a sede de um importante veículo de comunicação", em alusão aos atos de vandalismo na sede da editora Abril, que aconteceram na noite dessa sexta-feira.Fonte:MSN
Nas pesquisas divulgadas na quinta-feira, Dilma aparece com vantagem sobre Aécio. De acordo com o Datafolha, a candidata do PT tem 53% das intenções de voto, contra 47% do adversário, do PSDB. Já segundo o Ibope, a petista tem 54%, contra 46% do tucano. As duas sondagens têm margem de erro de dois pontos percentuais.
Ao término do último embate entre os dois candidatos, no entanto, a grande pergunta é: a dois dias do segundo turno de uma das eleições mais acirradas desde a redemocratização do país, o desempenho dos oponentes pode trazer vantagens ou desvantagens nas urnas?
Para Carlos Manhanelli, presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, não deve haver grande impacto.
"O eleitor indeciso sai desse debate da mesma forma como entrou. Não acho que haverá um reflexo muito intenso, pois não foi gerado um fato novo, uma grande novidade. A lógica de comparação foi a mesma, as trocas de acusações também. Não vejo grande diferença", avalia.
Já o cientista político Carlos Pereira, da FGV-Rio, acredita que pode, sim, haver um reflexo.
Ele atenta para os níveis de audiência do embate televisivo, que teria batido de 30 a 40 pontos em diversas capitais brasileiras, segundo dados preliminares. "É difícil avaliar agora, mas a percepção que tive é de que o desempenho dos candidatos pode refletir em alterações das intenções de voto nos próximos dois dias, sim", diz.
48 horas
Mais enfático, o cientista político Ricardo Ismael, professor da PUC-Rio, acredita que o debate deverá influenciar os eleitores, sobretudo os indecisos.
"Esse debate vai ter um grande impacto na votação, sim, e nem seria necessário um fato novo durante os embates. O debate por si só é o fato novo. Houve grande audiência, aparentemente o Brasil parou para assistir. Resta saber como refletirá nas intenções de voto", avalia.
"Haverá repercussão nas próximas 48 horas. Eu acho que amanhã de manhã a primeira pesquisa não captará inteiramente esse reflexo. As pessoas vão discutir, trocar opiniões, e até a votação o efeito poderá se cristalizar nas intenções de voto", acrescenta.
Ismael atenta ainda para três grupos que estariam na mira dos candidatos nesta reta final da campanha: os eleitores que votaram em Marina Silva (PSB) no primeiro turno e sinalizam a intenção de anular o voto na segunda rodada; os indecisos e os eleitores que têm preferência por um candidato, mas ainda não descartaram alterar o voto na última hora.
Desempenho
Para os analistas, os candidatos tiveram desempenhos semelhante aos debates anteriores, com pequenas alterações dignas de nota.
Esperava-se que o candidato Aécio Neves explorasse mais as denúncias apresentadas pela revista Veja contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ele abriu o debate com uma questão sobre a Veja, mas depois não retomou o assunto. Creio que a estratégia foi pontuar a questão, mas não saturar o eleitor, para evitar que o tema se tornasse um tiro pela culatra", diz Carlos Pereira, da FGV-Rio.
Para Ricardo Ismael, da PUC-Rio, Aécio saiu-se bem ao optar por uma estratégia mais ousada. "Ele partiu para as perguntas mais difíceis. Denúncia da Veja, porto em Cuba, apostou em questões contundentes. Já Dilma optou por suas zonas de conforto: Pronatec, Minha Casa, Minha Vida, níveis de emprego", avalia.
Já Carlos Manhanelli, da Associação Brasileira de Consultores Políticos, diz que embora Aécio tenha se saído muito bem, Dilma mostrou-se mais treinada, mais tranquila e com expressões mais suaves do que em debates anteriores. "É visível que o media training dela surtiu efeito. Ela gaguejou muito menos, mostrou-se mais segura", avalia.
Bastidores
Do lado de fora da arena onde ocorria o confronto, dezenas de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas não convidados assistiam resignados ao último encontro entre os candidatos antes das eleições por televisores espalhados na sala de imprensa.
Logo no início, uma coordenadora de produção murmurou à assistente, preocupada com o buffet montado para atender a imprensa.
"Manda o pessoal trazer a comida que sobrou lá dos candidatos para servir aqui para os jornalistas. Senão vai estragar nos camarins."
Pouco tempo depois, na medida em que o tom mais agressivo crescia entre os candidatos, o banheiro masculino localizado na sala de imprensa, o único da área, rapidamente se tornou uma espécie de "zona de paz", um ponto de encontro entre correligionários de Dilma Rousseff e Aécio Neves.
Por ali passaram empresários e parlamentares de todas as matizes políticas, como o empresário João Dória Jr, o governador da Bahia Jacques Wagner (PT), o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) e o senador eleito José Serra (PSDB).
Bem humorado, Wagner contou que conversou com Serra no local. O conteúdo da conversa ele não revela.
Já o faxineiro responsável pela limpeza do banheiro ("Estou cansado. Quero que isso acabe logo para ir para casa"), diz não querer saber de política.
"Vou votar nulo", rebateu sucintamente quando questionado pela reportagem se votaria em Dilma ou em Aécio.
Entrevistas
Ao fim do debate, a petista e o tucano deram entrevistas coletivas a jornalistas. A primeira a responder à imprensa foi Dilma, que roubou a cena.
Questionada por um jornalista sobre o que faria se descobrisse "eventualmente" que o esquema de corrupção da Petrobras teria abastecido um suposto caixa dois de sua campanha, como publicado pela revista Veja, a presidente respondeu categoricamente: "não existe esse 'se' na minha campanha. Próxima (pergunta)".
A pergunta seguinte seria de um jornalista angolano e, logo depois, de um repórter japonês que, com um português claudicante, mas compreensível, questionou Dilma sobre a segurança dos investimentos na Olimpíada do Rio 2016.
"Olha, se eu bem entendi a sua pergunta", disse a petista, e abriu um sorriso antes de responder.
Dilma finalizou lembrando um trocadilho do último debate, quando foi interrompida por uma assessora da TV Globo por ter ultrapassado o tempo. Interrompida mais de duas vezes, ela concluiu a frase e soltou: "já falei que vocês estão ficando com mania de tempo".
Após a petista, foi a vez de Aécio subir ao púlpito e conversar com jornalistas.
O tucano criticou o que disse ser um "aparelhamento" da Petrobras pelo PT e afirmou que, se eleito, "vai demitir imediatamente" a diretoria da estatal. Ele falou que vai "priorizar profissionais de carreira" em detrimento de indicações políticas.
Aécio afirmou também que quer trazer a inflação "para baixo do centro da meta".
Ele criticou ainda "os vândalos criminosos que atacaram a sede de um importante veículo de comunicação", em alusão aos atos de vandalismo na sede da editora Abril, que aconteceram na noite dessa sexta-feira.Fonte:MSN
Melhor que a novela: os bastidores do debate na TV Globo
Melhores amigos - Nos bastidores do último debate da TV Globo, nenhum aliado do PSDB mostrou-se mais à vontade que o PSB. Dividiram espaço na plateia com os tucanos o conselheiro Walter Feldman, Paulo Câmara, governador eleito de Pernambuco, e Beto Albuquerque, candidato a vice da ex-senadora Marina Silva. Albuquerque vibrou cada vez que Aécio Neves deixou a presidente-candidata Dilma Rousseff desconsertada. Ao final, tiraram fotos e fizeram selfies. De bom-humor, Aécio disse que, se tudo der errado, "se mudará para Porto de Galinhas", em Pernambuco, Estado reduto do PSB.
Divórcio - Albuquerque disse ao site de VEJA que não fala com Roberto Amaral, destronado da presidência do partido, desde que o pessebista-lulista rompeu a aliança feita entre seu partido e o PSDB. "Se ele tiver o mínimo de senso, muda de partido", afirmou.
Tão longe, tão perto - A candidata derrotada à Presidência Marina Silva não compareceu ao debate porque viajou para o Acre nesta sexta-feira para votar no domingo. Ao final do evento, Aécio perguntou a Beto Albuquerque (PSB) como estava a aliada. "Ela está bem?". O deputado gaúcho assentiu e disse que o partido organizou a ida de Marina mais cedo a Rio Branco para que ela pudesse acompanhar o debate pela TV.
Conciliadores - Os dois únicos petistas que cruzaram a fronteira para cumprimentar tucanos foram o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ministro José Eduardo Cardozo.
Embarque – O ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab, do PSD, também integrou a comitiva petista.
Guerrilheira - Jaques Wagner, que tem comparecido assiduamente aos debates presidenciais, desta vez inovou no visual. Debaixo do paletó, vestia uma camiseta vermelha com o rosto de Dilma estampado. O retrato da presidente é de quando ela foi presa durante a ditadura.
Papo de banheiro - Em rápida escapada, o senador eleito José Serra (PSDB) encontrou Jaques Wagner no banheiro, durante o intervalo do segundo bloco do debate. Conversaram por alguns instantes.
Tempo! – A benevolência do mediador do debate, William Bonner, com os dois candidatos quando extrapolaram o tempo de respostas foi constante alvo de críticas da plateia. O senador eleito pelo PSDB no Ceará, Tasso Jereissati, repetiu três vezes: "Já acabou, já acabou, já acabou", quando Dilma estourou seu tempo. Em outra resposta, quando Aécio esgotou o cronômetro, os petistas começaram a falar alto para silenciar o tucano.
Melhor que novela - Diretores da TV Globo celebraram ao final do debate a audiência, cujo pico foi de 31 pontos – recorde entre todos os debates feitos este ano e mais do que a novela Império.
Na conta do PT - Quando deixava o estúdio da Rede Globo, Aécio Neves se deparou com uma foto da Avenida Faria Lima, em São Paulo, repleta de manifestantes pró-PSDB. Beto Albuquerque, animado, disse: "Está vendo o que você está fazendo em São Paulo?". Aécio seguiu o tom bem-humorado: "Eu não. É ela!", disse, referindo-se à adversária petista.
Torcida - “Foi o melhor debate do Aécio”, avaliou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Ele foi bem mais objetivo”, acrescentou Serra. “Tentar tirar proveito político de uma seca que atingiu duramente parte da Região Sudeste foi injusto e desrespeitoso”, criticou.
Retranca - O coordenador da campanha de Dilma no Rio de Janeiro, o vice-prefeito da capital, Adilson Pires (PT), torceu por um debate “nada ofensivo”. Segundo ele, terminar no empate seria bom.
Tática – Um dos alvos preferenciais de Dilma, o economista Armínio Fraga, pré-nomeado ministro da Fazenda se Aécio for eleito, afirmou que a tática petista é meramente “tirar do foco o fracasso da política econômica”'. Disse: “A tática deles é desviar a atenção da inflação alta e do investimento baixo”.
Teflon - O vice-presidente da República, Michel Temer, avalia que o escândalo de corrupção da Petrobras não interfere na decisão do eleitor na hora do voto. "Não acho que a questão da Petrobras tenha influência eleitoral, embora ninguém negue que tenha de ser apurado", afirmou.
Telhado de vidro – Enrolado com sucessivas denúncias de corrupção, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi (PDT) sentou-se na segunda fileira de convidados de Dilma. Sobre uma possível volta ao governo, prognosticou: "Se eu voltar vocês me matam", disse a jornalistas. (Ana Clara Costa, Talita Fernandes e Daniel Haidar)Fonte:Veja
Divórcio - Albuquerque disse ao site de VEJA que não fala com Roberto Amaral, destronado da presidência do partido, desde que o pessebista-lulista rompeu a aliança feita entre seu partido e o PSDB. "Se ele tiver o mínimo de senso, muda de partido", afirmou.
Tão longe, tão perto - A candidata derrotada à Presidência Marina Silva não compareceu ao debate porque viajou para o Acre nesta sexta-feira para votar no domingo. Ao final do evento, Aécio perguntou a Beto Albuquerque (PSB) como estava a aliada. "Ela está bem?". O deputado gaúcho assentiu e disse que o partido organizou a ida de Marina mais cedo a Rio Branco para que ela pudesse acompanhar o debate pela TV.
Conciliadores - Os dois únicos petistas que cruzaram a fronteira para cumprimentar tucanos foram o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ministro José Eduardo Cardozo.
Embarque – O ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab, do PSD, também integrou a comitiva petista.
Guerrilheira - Jaques Wagner, que tem comparecido assiduamente aos debates presidenciais, desta vez inovou no visual. Debaixo do paletó, vestia uma camiseta vermelha com o rosto de Dilma estampado. O retrato da presidente é de quando ela foi presa durante a ditadura.
Papo de banheiro - Em rápida escapada, o senador eleito José Serra (PSDB) encontrou Jaques Wagner no banheiro, durante o intervalo do segundo bloco do debate. Conversaram por alguns instantes.
Tempo! – A benevolência do mediador do debate, William Bonner, com os dois candidatos quando extrapolaram o tempo de respostas foi constante alvo de críticas da plateia. O senador eleito pelo PSDB no Ceará, Tasso Jereissati, repetiu três vezes: "Já acabou, já acabou, já acabou", quando Dilma estourou seu tempo. Em outra resposta, quando Aécio esgotou o cronômetro, os petistas começaram a falar alto para silenciar o tucano.
Melhor que novela - Diretores da TV Globo celebraram ao final do debate a audiência, cujo pico foi de 31 pontos – recorde entre todos os debates feitos este ano e mais do que a novela Império.
Na conta do PT - Quando deixava o estúdio da Rede Globo, Aécio Neves se deparou com uma foto da Avenida Faria Lima, em São Paulo, repleta de manifestantes pró-PSDB. Beto Albuquerque, animado, disse: "Está vendo o que você está fazendo em São Paulo?". Aécio seguiu o tom bem-humorado: "Eu não. É ela!", disse, referindo-se à adversária petista.
Torcida - “Foi o melhor debate do Aécio”, avaliou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Ele foi bem mais objetivo”, acrescentou Serra. “Tentar tirar proveito político de uma seca que atingiu duramente parte da Região Sudeste foi injusto e desrespeitoso”, criticou.
Retranca - O coordenador da campanha de Dilma no Rio de Janeiro, o vice-prefeito da capital, Adilson Pires (PT), torceu por um debate “nada ofensivo”. Segundo ele, terminar no empate seria bom.
Tática – Um dos alvos preferenciais de Dilma, o economista Armínio Fraga, pré-nomeado ministro da Fazenda se Aécio for eleito, afirmou que a tática petista é meramente “tirar do foco o fracasso da política econômica”'. Disse: “A tática deles é desviar a atenção da inflação alta e do investimento baixo”.
Teflon - O vice-presidente da República, Michel Temer, avalia que o escândalo de corrupção da Petrobras não interfere na decisão do eleitor na hora do voto. "Não acho que a questão da Petrobras tenha influência eleitoral, embora ninguém negue que tenha de ser apurado", afirmou.
Telhado de vidro – Enrolado com sucessivas denúncias de corrupção, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi (PDT) sentou-se na segunda fileira de convidados de Dilma. Sobre uma possível volta ao governo, prognosticou: "Se eu voltar vocês me matam", disse a jornalistas. (Ana Clara Costa, Talita Fernandes e Daniel Haidar)Fonte:Veja
Pressionados, Inter e Bahia lutam por objetivos distintos no Beira-Rio
Com a possibilidade de deixar a zona do rebaixamento, mas sem vencer há cinco rodadas, o Bahia entra em campo para mais um jogo de fundamental importância na tentativa de permanecer mais um ano na elite do futebol brasileiro, na noite deste sábado (25), às 20h (horário da Bahia), diante do Internacional, no Estádio Beira-Rio.
Para este jogo, o que não soa como novidade, o Bahia tem problemas com relação aos desfalques e não pode repetir a mesma equipe que, na terça-feira (21), empatou com o Atlético Mineiro.
Marcos Aurélio, por questões contratuais, não pode jogar assim como o lateral-esquerdo Guilherme Santos, que foi expulso e terá cumprir suspensão. Os atacantes Rafinha e Kieza, vetados pelo departamento médico, seguem de fora.
Por outro lado, após cumprir suspensão, o volante Rafael Miranda treinou e está confirmado na equipe, que deve ter mudanças táticas. Com a presença do camisa 5, o Bahia deve passar a jogar no Beira-Rio com três volantes.
No lugar de Marcos Aurélio, o técnico Gilson Kleina, apesar de fazer mistério quanto ao time, vai colocar o argentino Emanuel Biancucchi ao lado de Diego Macedo no meio de campo, deixando o atacante Henrique mais isolado no ataque.
FICHA TÉCNICA:
Série A - 31ª rodada
Inter x Bahia
Local: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Data: 25/10/2014
Horário: 20h (horário da Bahia)
Árbitro: Marcos da Penha (ES)
Auxiliares: Fabiano da Silva e Vanderson Zanotti (ES)
Inter: Alisson; Wellington Silva (Gilberto), Paulão (Alan Costa), Ernando e Fabrício; Willians, Aránguiz, Alan Patrick, Jorge Henrique e D'Alessandro (Alex); Nilmar. Técnico: Abel Braga
Bahia: Marcelo Lomba; Railan, Demerson, Lucas Fonseca e Pará; Uelliton, Bruno Paulista, Rafael Miranda, Emanue Biancucchi e Diego Macedo (Maxi); Henrique. Técnico: Gilson Kleina.
TSE proíbe Veja de fazer propaganda de capa
Vencer ou vencer. Esse é o pensamento do Vitória para o duelo contra o Criciúma, neste sábado (25), às 17h30, no Barradão, válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time Rubro-Negro precisa de um resultado positivo para tentar sair do Z-4, já que ocupa a 17ª colocação no certame nacional com apenas 31 conquistados.
Para o confronto, o técnico Ney Franco não poderá contar com o meia Marcinho, vetado pelo departamento médico por causa de dores musculares e o volante Luiz Gustavo, que cumpre suspensão automática. Em contrapartida, terá o retorno do lateral-direito Nino Paraíba.
Com apenas oito jogos para o término do Brasileirão, o atacante Edno faz um alerta e diz que não é mais permitido vacilar. “Estamos em uma reta final de campeonato e não podemos vacilar. Conversamos e temos encarar todos os jogos e melhorar nosso rendimento dentro de casa, e jogar bem do início até o fim. Não acho normal perder para Corinthians, Cruzeiro e para ninguém. O atleta tem que pensar sempre em vencer e se entregar ao máximo”, afirmou.
A situação do Criciúma é semelhante a do Vitória. O Tigre possui 30 pontos, um a mais que o time Rubro-Negro, porém é o lanterna da competição.
O técnico Gilmar Dal Pozo terá um desfalque importante no compromisso deste sábado. O meia Paulo Baier, considerado o maestro da equipe, levou o terceiro amarelo na última rodada e cumpre suspensão. Por outro lado, o comandante do Tigre terá o retorno do zagueiro Joílson, do volante Rodrigo Souza e do meia João Vitor.
O técnico Gilmar Dal Pozo terá um desfalque importante no compromisso deste sábado. O meia Paulo Baier, considerado o maestro da equipe, levou o terceiro amarelo na última rodada e cumpre suspensão. Por outro lado, o comandante do Tigre terá o retorno do zagueiro Joílson, do volante Rodrigo Souza e do meia João Vitor.
FICHA TÉCNICA
Vitória X Criciúma
Campeonato Brasileiro – 31ª rodada
Local: Barradão, em Salvador (BA)
Data: 25 de outubro de 2014, sábado
Hora: 17h30 (de Salvador)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves e José Javel Silveira (ambos do RS)
Vitória: Júnior Fernández; Nino Paraíba, Roger Carvalho, Kadu e Mansur; Cáceres, José Welison (Adriano), Richarlyson e Edno; Vinícius e Dinei. Técnico: Ney Franco
Criciúma: Galatto; Eduardo, Joílson, Ronaldo Alves e Cortez; Rodrigo Souza, Serginho, João Vitor e Cleber Santana; Lucca e Souza. Técnico: Gilmar Dal Pozo.
TSE proíbe Veja de fazer propaganda de capa
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar na noite desta sexta-feira (24) que proíbe a editora Abril, responsável por publicar a revista Veja, de fazer propaganda em qualquer meio de comunicação da reportagem de capa segundo a qual a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam conhecimento do esquema de corrupção da Petrobras. A reportagem diz se basear em depoimento prestado na última terça-feira (21) pelo doleiro Alberto Youssef no processo de delação premiada a que ele se submete para ter direito à redução de pena. O pedido para impedir a publicidade da matéria foi apresentado pela campanha de Dilma na tarde desta sexta-feira (26). A defesa da petista requereu ao tribunal que a revista se abstivesse de fazer propaganda de sua capa, que tem, na opinião dos advogados de Dilma, conteúdo ofensivo à candidata à reeleição. Para a campanha petista, uma eventual publicidade do caso tem por objetivo único beneficiar a candidatura do tucano Aécio Neves. A ação da defesa de Dilma se ampara no artigo da Lei das Eleições que prevê que a propaganda eleitoral no rádio e na televisão restringe-se ao horário gratuito, sendo proibida a veiculação de propaganda paga. Essa mesma vedação, segundo campanha da petista, é estendida à divulgação de propaganda na internet e por meio de outdoors. Em caso de descumprimento da liminar, os advogados de Dilma cobram a aplicação de multa de R$ 1 milhão por veiculação proibida. A campanha da presidente argumentou ainda que a revista Veja antecipou sua edição em dois dias com a "nítida intenção de tumultuar a lisura do pleito eleitoral do próximo domingo (26)". Citam ainda que a revista teria postado no Facebook dela, com 5,4 milhões de seguidores, notícia com o título "Tudo o que você queria saber sobre o escândalo da Petrobras: Dilma e Lula sabiam". Essa propaganda teria sido reproduzida na página oficial do PSDB, partido do adversário na disputa ao Palácio do Planalto, também na mesma rede social. Em sua defesa, a Editora Abril sustentou que as liberdades de comunicação e de atividade econômica são direitos previstos na Constituição. Esses direitos, disse a editora, "não podem ser sufocados por medidas de cunho censor sob a alegação de imaginária propaganda eleitoral". Para Abril, o que se pretende é "impedir a imprensa de divulgar assunto que a sociedade tem o direito de tomar conhecimento". "Não houve ilícito algum na matéria publicada na edição e tampouco nas propagandas de divulgação da revista, de modo que a representada (Editora Abril) agiu no seu estrito direito constitucional", afirmou. Em parecer, o procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, manifestou-se a favor da campanha de Dilma. Para Janot, diante da iminência da realização de uma propaganda eleitoral irregular, é necessário proibir a divulgação das publicidades sob pena de acarretar "prejuízo irreparável ao equilíbrio e (à) lisura do pleito". Em sua decisão, o ministro Admar Gonzaga, relator do processo, afirmou que há elementos para acatar o pedido liminar, suspendendo, até o julgamento do mérito, qualquer publicidade da editora sobre o assunto. Segundo ele, cabe ao TSE "velar pela preservação da isonomia entre os candidatos que disputam o pleito". "Desse modo, ainda que a divulgação da revista Veja apresente nítidos propósitos comerciais, os contornos de propaganda eleitoral, a meu ver, atraem a incidência da legislação eleitoral, por consubstanciar interferência indevida e grave em detrimento de uma das candidaturas", afirmou o ministro.Fonte:Bahia Noticias
Bahia tem mais de 90 cidades com lixões; Área de preservação em Lençóis sofre com descarte
Noventa cidades da Bahia ainda mantêm lixões, informou a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Pela Lei 12.305, que institui o Plano Nacional dos Recursos Sólidos, todas as cidades do país tinham que extinguir os lixões até agosto passado, como a substituição dos locais por aterros sanitários. Na Bahia, o problema pode ser ainda maior, já que, das 412 prefeituras questionadas (o estado tem 417 municípios), mais da metade (282) não respondeu às perguntas da CNM. Em Lençóis, na Chapada Diamantina, um terreno da Área de Preservação Ambiental (APA) Marimbus/Iraquara, serve de incineração de resíduos sólidos. Criada em 1993, por decreto estadual, a APA é considerada um instrumento de conservação do Parque Nacional da Chapada Diamantina. No último dia 15, a Câmara dos Deputados aprovou a prorrogação do prazo para a extinção dos lixões por mais quatro anos. Com a aprovação da Medida Provisória, municípios e estados são obrigados a elaborar Planos de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) até agosto de 2016. O texto deve ser votado pelo Senado até o dia 6 de novembro.
Jaques Wagner nega ida para ministério da Fazenda, mas admite outra pasta
Ventilada a possibilidade de ser ministro da Fazenda em eventual reeleição da presidente Dilma Rousseff, o governador da Bahia, Jaques Wagner, negou a hipótese. No governo Lula, Wagner foi ministro do Trabalho, entre2003 e 2005, e das Relações Institucionais, em 2005. "Poder eu posso (...) Se ela me convidar, me convocar, a gente vai trabalhar para ajudar. Acho que tem que se conversar sobre isso na segunda-feira (após a definição das eleições)", disse a jornalistas em intervalo durante o último debate presidencial, realizado pela Rede Globo na noite desta sexta-feira (24). O governador baiano disse que no caso da Fazenda, ele não costuma "colocar o pé naquilo que não domina". Em relação a um ministério de sua preferência, Wagner declarou que não faz escolha. "Isso depende dela. Ela que vai montar e convidar as pessoas. A gente nunca conversou disso. Se ela me convidar, não posso dizer o que prefiro", avaliou.
Aécio promete demitir diretoria da Petrobras caso seja eleito
O candidato do PSDB a presidente, Aécio Neves, prometeu, caso vença a eleição deste domingo (26), demitir toda a diretoria da Petrobras, apontada como cúmplice em esquema de desvio de dinheiro que envolve empresas fornecedoras e partidos políticos, entre eles, PMDB, PP e PT. "A remoção da diretoria da Petrobrás é imediata (em caso de vitória). Vamos privilegiar funcionários de carreira e profissionalizá-la. Isso serve para os bancos públicos e as grandes empresas nacionais. Os brasileiros vão encontrar no meu governo o resgate da meritocracia", declarou o tucano. Como era de esperar, Aécio voltou a mencionar reportagem da revista Veja. Segundo a publicação, o doleiro Alberto Youssef, um dos acusados de participação no esquema, declarou em depoimento que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento dos casos de corrupção na maior estatal do País. Procurado pelo O Globo, o advogado do doleiro afirmou que não tem conhecimento das declarações veiculadas pela Veja. Informações do Estadão.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Em último confronto, padrão de críticas e acusações é mantido entre presidenciáveis
O último debate entre os candidatos à Presidência da República, na TV Globo, não apresentou muitas novidades e manteve o padrão de acusações e críticas, que já foram fruto de reclamações de eleitores durante outros enfrentamentos. Já na primeira pergunta, Aécio Neves (PSDB) questionou Dilma Rousseff (PT) sobre a denúncia publicada na revista Veja desta sexta-feira (24) de que ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de corrupção na Petrobras. O tucano ainda utilizou casos como o mensalão e financiamento do porto de Cuba para criticar a gestão da petista na Presidência, enquanto Dilma ironizou a crise de abastecimento de água que atinge a região da água e comparou seu mandato à gestão de Fernando Henrique Cardoso. Mesmo durante as perguntas dos eleitores indecisos – novidade apresentada neste debate –, as criticas continuaram de ambos os lados, apesar de mais propostas terem sido vistas durante o segundo e quarto blocos. Por quatro vezes, vaias e aplausos de convidados dos presidenciáveis interromperam respostas, o que fez com que o mediador William Bonner chamasse a atenção dos presentes. Ao final, Dilma afirmou que construiu um país que "cresce e faz todas as pessoas crescerem com olhar especial para jovens e mulheres" e que não permitirá que a qualidade de vida das pessoas “volte atrás”. “Nós não vamos permitir que nada nem ninguém, nem crise nem pessimismo, tire de você o que você conquistou”. Já Aécio disse que chegou ao fim do processo eleitoral “honrado”, prometeu mudança de valores, de deficiência do Estado” e citou seu avô, Tancredo Neves. “Eu subirei a rampa do Palácio do Planalto com a mesma coragem que ele nos conduziu à democracia”, concluiu o tucano.Fonte:Bahia Noticias
“Vazamento deve ser apurado”, diz advogado de Youssef
O advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, coordenador da defesa do doleiro Alberto Youssef, disse nesta sexta-feira que está impedido de se manifestar sobre as declarações de seu cliente. A mais recente edição de VEJA traz uma reportagem revelando que Youssef disse à Polícia Federal e ao Ministério Público que tanto o ex-presidente Lula como a presidente Dilma sabiam do esquema de corrupção na Petrobras. O depoimento foi prestado na última terça-feira na presença de um delegado e de um procurador da República.
Basto explicou que, devido ao segredo de Justiça, não pode comentar o processo de delação premiada de Youssef e nem fornecer qualquer detalhe sobre as declarações do doleiro. “Sobre a reportagem, o que eu disse é que não concordo com o vazamento dos depoimentos. Mas isso, num país que tem imprensa livre, cabe às autoridades investigar quem vazou”, disse o criminalista.
O senhor nega que Alberto Youssef tenha dito que o Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras? Eu acho que as minhas declarações estão sendo usadas politicamente. Não posso me manifestar sobre um fato que é sigiloso. Nunca desmenti a reportagem da revista. Eu não posso desmentir um fato sobre o qual não posso me manifestar.
Mas o senhor tem conhecimento do teor do depoimento prestado na terça-feira. O que estou dizendo é que não posso confirmar o teor dos depoimentos porque eles são sigilosos.
A reportagem de VEJA afirma que as declarações foram prestadas na presença de um procurador e de um delegado. Sobre a reportagem, o que eu disse é que não concordo com o vazamento dos depoimentos. Mas isso, num país que tem imprensa livre, cabe às autoridades investigar. A imprensa é livre para divulgar o que apura, mas não posso me manifestar sobre um conteúdo que é sigiloso, sobre o qual não tenho autorização para falar. A defesa sabe de tudo que é dito nos depoimentos, mas não se pronuncia nem para desmentir nem para confirmar.Fonte:Veja
Basto explicou que, devido ao segredo de Justiça, não pode comentar o processo de delação premiada de Youssef e nem fornecer qualquer detalhe sobre as declarações do doleiro. “Sobre a reportagem, o que eu disse é que não concordo com o vazamento dos depoimentos. Mas isso, num país que tem imprensa livre, cabe às autoridades investigar quem vazou”, disse o criminalista.
O senhor nega que Alberto Youssef tenha dito que o Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras? Eu acho que as minhas declarações estão sendo usadas politicamente. Não posso me manifestar sobre um fato que é sigiloso. Nunca desmenti a reportagem da revista. Eu não posso desmentir um fato sobre o qual não posso me manifestar.
Mas o senhor tem conhecimento do teor do depoimento prestado na terça-feira. O que estou dizendo é que não posso confirmar o teor dos depoimentos porque eles são sigilosos.
A reportagem de VEJA afirma que as declarações foram prestadas na presença de um procurador e de um delegado. Sobre a reportagem, o que eu disse é que não concordo com o vazamento dos depoimentos. Mas isso, num país que tem imprensa livre, cabe às autoridades investigar. A imprensa é livre para divulgar o que apura, mas não posso me manifestar sobre um conteúdo que é sigiloso, sobre o qual não tenho autorização para falar. A defesa sabe de tudo que é dito nos depoimentos, mas não se pronuncia nem para desmentir nem para confirmar.Fonte:Veja
'Darei minha resposta a eles na Justiça', diz Dilma, sobre reportagem da revista Veja
Em resposta à reportagem de capa da revista Veja, divulgada parcialmente nesta quinta-feira (23), que afirma que o doleiro Alberto Youssef relatou em depoimento que a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula (PT) sabiam do esquema de desvio operado na Petrobras, a petista se manifestou sobre o assunto em seu programa eleitoral veiculado nesta sexta-feira (24). O pronunciamento encerra o programa, após enumerar diversas capas da publicação que teriam o objetivo de “reverter a decisão popular” com uma “denúncia supostamente bombástica”. Dilma inicia sua fala com a declaração de que desejaria terminar sua campanha “de outra forma”, mas que não poderia se calar “frente a esse ato de terrorismo eleitoral articulado pela revista Veja e seus parceiros ocultos”. A presidente ressalta que a reportagem não se baseia em “nenhuma prova” e usa “supostas declarações de pessoas do submundo do crime”. Dilma ainda diz que a Veja realiza “uma campanha sistemática” contra ela e Lula, mas que “desta vez a Veja excedeu todos os limites”. A presidente afirma que acredita que os eleitores não serão influenciados pela reportagem. "O povo brasileiro tem maturidade suficiente para discernir entre a mentira e a verdade. O povo sabe que não compactuo com a corrupção, minha história é um testemunho disso, e sabe que farei o que for necessário, doa a quem doer, para punir quem mexe com o patrimônio do povo”, pontuou a presidente, para acrescentar: “Os brasileiros darão sua resposta à Veja e seus cúmplices nas urnas. E eu darei a minha resposta a eles na Justiça".
Presidenciáveis participam hoje de último debate
por Stefânia Akel | Estadão Conteúdo
Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) se enfrentam na noite desta sexta-feira no último debate do segundo turno, promovido pela TV Globo. O debate está previsto para começar às 21h11 (22h11 no horário de Brasília), com duração prevista de uma hora e 50 minutos, e será mediado pelo jornalista William Bonner. Dos quatro blocos do debate, Dilma e Aécio se enfrentarão diretamente em dois - no primeiro e no terceiro -, com perguntas de tema livre. No segundo e no quarto bloco, as perguntas serão feitas por eleitores indecisos. O debate terminará com as considerações finais dos candidatos. Os indecisos serão selecionados em todos os Estados pelo instituto Ibope. Cada eleitor indeciso vai elaborar previamente perguntas com temas de interesse nacional. As oito perguntas mais bem formuladas serão selecionadas pela Globo. O cenário do debate será uma arena, com o objetivo de facilitar a movimentação dos candidatos, e os eleitores indecisos estarão sentados em volta dos presidenciáveis.
Mais de 800 presos provisórios da Bahia poderão votar neste domingo de eleição
Da mesma forma como aconteceu no primeiro turno das eleições de 2014, 896 presos da Bahia poderão votar neste domingo (26), marcado pelo segundo turno das eleições presidenciais. Os custodiados são presos provisórios e jovens entre 16 e 21 anos, que cumprem medidas socioeducativas. A Defensoria Pública da Bahia acompanhará a votação nas unidades prisionais. Em Salvador, poderão votar os presos do Presídio Salvador, Penitenciária Lemos de Brito (anexo 2 da Cadeia Pública), Presídio Feminino, Centro de Observação Penal (COP), Unidade Especial Disciplinar (UED), Cadeia Pública e Comunidades de Atendimento Socioeducativo Case Salvador e Case CIA. No interior, os defensores públicos atuarão também na cidade de Feira de Santana, no Conjunto Penal de Feira e na Comunidade de Atendimento Socioeducativo Case Zilda Arns. Os estabelecimentos prisionais vão separar uma sala, onde ficarão as urnas e os mesários, servidores disponibilizados pela Defensoria. Os custodiados poderão votar das 8h às 17h. Somente os presos provisórios podem votar, conforme estabelecido pela Constituição Federal. Apesar de ser garantido desde 1998, apenas em 2010 o voto de presidiários foi regulamentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio da resolução 23219/2010, e passou a ser aplicada Bahia. A norma eleitoral prevê a instalação de seções eleitorais em todas as unidades penais com mais de 20 votantes e unidades de internação de adolescentes. Desde 2010, esta é terceira eleição em que os presos provisórios e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas da Bahia votam.
Musculação supera futebol como atividade física mais praticada no Brasil
Sem dar entrevista, Aécio diz que PT tenta censurar Veja por Estadão
Em rápido pronunciamento à imprensa, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, acusou o PT de tentar censurar a última edição da revista Veja, publicada nesta sexta-feira (24). O tucano não quis dar entrevista e fez apenas uma declaração sobre a reportagem de capa da Veja em que o doleiro Alberto Youssef, preso desde março, acusa a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (ambos do PT) de terem conhecimento de um suposto esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. "A denúncia é extremamente grave e tem que ser confirmada, mas é preciso que seja também apurada", afirmou o candidato tucano, que acusou o PT de tentar censurar a publicação. "O Brasil merece uma resposta daqueles que governam o País. Infelizmente, a única manifestação foi pela censura, pela retirada de circulação da maior revista nacional. Essa não é, certamente, a resposta que os brasileiros aguardam", disse. O candidato tucano recusou-se a responder as perguntas de jornalistas, ao contrário do que tem feito diariamente durante a campanha, quando grava depoimentos para emissoras de TV. "Hoje não vou dar entrevista. Vou fazer apenas uma declaração em razão da relevância do tema", disse em uma sala do Hotel Sheraton, no Leblon, zona sul do Rio, onde passou o dia possivelmente se preparando para o debate desta sexta-feira (24) na TV Globo.Fonte:Estadão
Wagner é cotado para ministro da Fazenda de Dilma, diz revista
A edição desta semana da revista Veja não trouxa apenas a polêmica em relação ao doleiro Alberto Youssef e sua suposta ligação com a presidente Dilma Rousseff (PT) e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a publicação, haveria uma “forte articulação” dentro do Partido dos Trabalhadores para fazer de Jaques Wagner o novo ministro da Fazenda caso a petista seja reeleita – ideia que teria adesão de Lula. “Dilma Rousseff tem um bom relacionamento com o governador da Bahia”, diz o texto. De acordo com Lauro Jardim, da coluna Radar, o fato de Wagner não ter ligação com economia por ser “um ex-estudante de engenharia que nunca completou o curso” seria um problema, mas fez com que os apoiadores da ideia o relacionassem com o médico Antonio Palocci. “Wagner, como Palocci, também é um habilidoso conversador, um predicado obrigatório para aparar as arestas do setor produtivo”, defende.
Gabrielli pagou R$ 1 mi para que agência não denunciasse esquema, diz Veja
No suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef ao qual a revista Veja teria tido acesso, não são citados apenas a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A edição desta sexta-feira (24) traz ainda um caso que teria ocorrido no final do governo Lula: o então presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli – homem de confiança do ex-presidente – teria determinado que Youssef captasse R$ 1 milhão de reais entre as empreiteiras que participavam do esquema bilionário de lavagem de dinheiro para comprar o silêncio de uma agência de publicidade. A empresa teria ameaçado “explodir” o esquema de corrupção na estatal após pagar antecipadamente propina e ter, ainda assim, seu contrato reincidido. O doleiro não cita envolvimento direto de Lula e Dilma nas transações, mas disse ter condições de apresentar provas de que a movimentação não poderia ter existido sem o conhecimento dos petistas. A revista explica que, neste momento da delação premiada – que deve conseguir reduzir a pena do operador do esquema – Youssef não tem que apresentar as provas do que diz, apenas convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) de que está falando a verdade. Segundo a Veja, caso alguma informação dada seja mentira, o doleiro não só perde os benefícios da delação como pode ter acrescidos quatro anos na sua pena. De acordo com a revista, o atual secretário de Planejamento da Bahia não quis se pronunciar sobre o assunto.Fonte:Bahia Noticias
TSE nega pedido de coligação petista para retirar reportagem da Veja do ar
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou nesta sexta-feira (24) pedido de retirada da reportagem publicada na quinta-feira (23) na página do Facebook da revista Veja, segundo a qual a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são citados em um suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef. O pedido foi feito pela coligação Com a Força do Povo, que apoia a candidatura de Dilma à reeleição. A matéria foi publicada com o título "Tudo o que você queria saber sobre o escândalo da Petrobras: Dilma e Lula sabiam”. Segundo a reportagem, Youssef disse que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de corrupção na Petrobras. Na representação, a coligação de Dilma acusa Veja de ter antecipado a edição para sexta-feira para "tentar afetar a lisura do pleito eleitoral". A representação diz ainda: "a matéria absurda de capa [...] imputa crime de responsabilidade à candidata Representante (...) e a mensagem ofensiva da capa da revista tem por objetivo bem delineado: agredir a imagem da candidata Representante". Para negar o pedido, o ministro Admar Gonzaga alegou que o artigo da lei eleitoral citado na representação (Artigo 57-D, Parágrafo 3º, da Lei das Eleições) para pedir a retirada do ar não está em vigor nas eleições deste ano. Com isso, a representação foi arquivada, sem julgamento sobre o conteúdo.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Selo fiscal em garrafões de água se torna obrigatório para comerciantes a partir de novembro
Comerciantes têm até o dia 1º de novembro para adaptar os garrafões de 20 litros de água mineral comercializados na Bahia a apresentar no lacre o selo fiscal pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba). A multa aplicada àqueles que descumprirem a determinação será de R$ 90 por unidade irregular. O sistema de selo, implantado em estados como Pernambuco e Paraíba, ajuda a combater a concorrência desleal de envasadoras irregulares porque dificulta a entrada clandestina de produtos no mercado. Além disso, a ação garante o controle da produção e a regularidade no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A obrigatoriedade já está em vigor desde o início de outubro e estabeleceu um período maior de adaptação para o comércio, o que permitiu o escoamento dos garrafões adquiridos antes da vigência do selo. A medida não implica em custo adicional, já que o valor desembolsado na aquisição do selo será utilizado como crédito na quitação do imposto devido pelas empresas.
Brasil registra uma tentativa de fraude a cada 14,7 segundos em setembro, diz Serasa
Levantamento feito pela empresa de consultoria Serasa Experian aponta que foram registradas no Brasil 176.137 tentativas de fraude em setembro deste ano. Em média, o número representa uma tentativa de roubo de identidade para uso ilícito, como obtenção de crédito sem pagamento, a cada 14,7 segundos. Em comparação a setembro do ano passado, o número é 5,4% maior; em relação ao mês anterior, a variação é de 0,2%. No entanto, houve redução de 5,2% das fraudes no acumulado entre janeiro e setembro. O setor com o maior número de registros é o de telefonia: foram 67.019 tentativas de fraude, 38% do total. Em segundo lugar, vem o setor de serviços (construtoras, imobiliárias, seguradores e serviços em geral), com 56.596 registros. Na sequência, estão os bancos, que representam 20,3% dos alvos de fraudes, com 35.728 tentativas, e o varejo, que teve 13.397 registros de fraude. Com informações da Agência Brasil.
Dilma tem 54% e Aécio 46% dos votos válidos, diz pesquisa Ibope
Segundo a pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (23) a candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) ampliou a vantagem em relação a Aécio Neves (PSDB) e chegou a 54% dos votos válidos, contra 46% do tucano. Ao se considerar brancos, nulos e indecisos, a petista tem 49% contra 41% de seu concorrente. A pesquisa encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou crescimento de Dilma em relação ao último levantamento do instituto, quando Aécio tinha 51% dos votos válidos. O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 203 municípios entre os dias 20 e 22 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01168/2014.
Resultado de eleição atrasará por causa de horário de verão
Frota para transporte de eleitores não pode ser ampliada, diz PRE
O prazo para solicitar a ampliação da frota de veículos cedidos para transporte gratuito de eleitores no segundo turno foi encerrado na segunda-feira (20), informou o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). A corte acolheu o entendimento da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-BA) e determinou que só poderá haver substituição ou reposição dos veículos disponibilizados no primeiro turno. Segundo o TRE, o dia 20 foi o “último dia para a requisição de funcionários e instalações destinados aos serviços de transporte e alimentação de eleitores no primeiro e eventual segundo turnos de votação”. Os candidatos são proibidos de fornecer transporte para eleitores e casos de infração devem ser denunciados à Justiça. O crime é previsto na Lei 6091/74 e prevê multa e pena de quatro a seis anos de reclusão.
Prefeitura Municipal: Serrinha ganha novos postos de saúde
Subaé, Chapada e Malhada do Alto, fazem parte das Comunidades que recentemente foram beneficiadas com a implantação de mais Postos de Saúde da Família em nosso município. E nesta quinta-feira (23), mais unidades serão oficialmente entregues à população do Cantinho e do Tanque Grande totalmente reformadas e ampliadas. As construções são adaptadas e resultam dos esforços da gestão em qualificar a atenção básica no município.
O município de Serrinha contava apenas com sete postos de saúde e poucas eram as unidades próprias, atualmente o município, através da gestão do Prefeito Osni Cardoso, conta com cinco novos postos e quatro estão em construção, sendo que cinco foram construídas com recursos próprios, sendo as outras possibilitadas através de parcerias com os Governos Estadual e Federal. Serrinha conta também com dez unidades básicas de saúde, três foram reformadas e ampliadas, e atuam como unidades satélites dos PSF’s. Com a chegada de oito profissionais do Programa Mais Médicos do Governo Federal, o atendimento na atenção básica teve uma ascensão muito grande.
Além das Comunidades do Tanque Grande e Cantinho, a zona rural de Cabeça da Vaca, Mombaça, Recanto,
Três Estradas, Saco do Correio e o Centro de Saúde Luiz Eduardo Magalhães também passaram por reformas e ampliação e vão ser inauguradas até o final do mês de outubro.
O município de Serrinha contava apenas com sete postos de saúde e poucas eram as unidades próprias, atualmente o município, através da gestão do Prefeito Osni Cardoso, conta com cinco novos postos e quatro estão em construção, sendo que cinco foram construídas com recursos próprios, sendo as outras possibilitadas através de parcerias com os Governos Estadual e Federal. Serrinha conta também com dez unidades básicas de saúde, três foram reformadas e ampliadas, e atuam como unidades satélites dos PSF’s. Com a chegada de oito profissionais do Programa Mais Médicos do Governo Federal, o atendimento na atenção básica teve uma ascensão muito grande.
Além das Comunidades do Tanque Grande e Cantinho, a zona rural de Cabeça da Vaca, Mombaça, Recanto,
Três Estradas, Saco do Correio e o Centro de Saúde Luiz Eduardo Magalhães também passaram por reformas e ampliação e vão ser inauguradas até o final do mês de outubro.
Veja:Lula compara 2014 a 1954, ano da morte de Getúlio. É… Em comum, há o mar de lama.
Lula não perdeu o juízo, é claro, porque ele tem é método. Louco não é. O que lhe tem faltado é senso de ridículo e compromisso com a verdade. Segundo ele, o clima de “histeria” que toma conta da disputa se assemelha ao ano de 1954, quando Getúlio Vargas se matou. Aproveitou para dizer que os eleitores de Marina Silva têm a obrigação de votar em Dilma. Que grande petulância a desse senhor! Nem Marina se atreveu a dizer em quem seu eleitorado tem a obrigação de votar pela simples e óbvia razão de que ela não é dona de suas respectivas vontades. Ocorre que Lula está convicto de que é dono do Brasil.
Este senhor já comparou a oposição a nazistas e a Herodes. É claro que parte do que diz deriva de sua alastrante ignorância, compatível com seu ânimo para ofender pessoas. Num comício em Porto Alegre, afirmou nesta quarta: “A mesma histeria que a direita tinha contra Getúlio, nos anos 50, eu vejo estampada no discurso dos nossos adversários”. Ele ainda ironizou o papel da imprensa, dizendo que a mídia claramente “não tem partido nem candidato” — tentando sugerir o contrário. Ora, basta ler certo noticiário e acompanhar algumas emissoras de TV para constatar que certa mídia tem, de fato, é CANDIDATA.
Direita, Lula? Onde está a direita? Vamos ver os partidos que compõem a coligação “Com a Força do Povo”, de Dilma: PT, PMDB, PSD, PP, PR , PROS, PDT, PCdoB e PRB. Como? Então o PSD, o PP, o PROS e o PRB, de Edir Macedo, se tornaram agora notórios esquerdistas? Sem contar que o PMDB junta uma boa fatia dos conservadores brasileiros. A acusação é de um ridículo ímpar.
A propósito: a ser como quer Lula, estão faltando dois cadáveres na história e um ferido. Quem se candidata no PT a repetir o gesto de Getúlio? Quem será o major Rubem Vaz, assassinado pelos capangas do então presidente, que tentavam matar Carlos Lacerda? Quem vai levar um tiro no pé, a exemplo do então líder da oposição? Que bate-pau do governo de turno se candidata ao papel de Gregório Fortunato, o homem que tramou o atentado contra o principal adversário de Getúlio? A tese é de uma ignorância soberba, embora isso lhe tenha sido soprado aos ouvidos pelos intelectuais de quinta categoria do petismo.
É bem verdade que, de certo modo, Lula tem razão: uma coisa há em comum com 1954: o mar de lama. Existia há 60 anos; existe hoje — com a diferença de que aqueles eram tempos da bandidagem quase romântica. A de agora se profissionalizou.
Por Reinaldo Azevedo(Veja)
Feira: desembargador nega pedido de adiamento do julgamento de José Ronaldo
Relator da ação penal que configura como réu o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (DEM), o desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Jefferson Alves de Assis, negou o pedido de adiamento do Processo nº 0023133-08.2013.8.05.0000, que investiga o gestor municipal por estelionato. Com a ação, o relator representa posição do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA).
O adiamento foi solicitado por dois dos cinco advogados de José Ronaldo, que argumentaram outro compromisso na data estipulada. Em contrapartida, o desembargador Jefferson de Assis rebateu afirmando que a solicitação não tem amparo legal, já que o princípio da ampla defesa está assegurado com a participação dos outros três advogados contratados pelo réu, podendo plenamente ser desenvolvida a defesa do prefeito no julgamento.
No despacho, ocorrido em 20 de outubro de 2014, o desembargador cita o fato de ter atendido uma petição com base em motivos semelhantes, em data anterior, o julgamento deveria ter ocorrido na quarta-feira (22), sendo deferindo o pleito inicial da defesa e o julgamento marcado para dia subsequente, ou seja, nesta quinta-feira (23).
Os desembargadores do TJ-BA vão apreciar se a denúncia apresentada pelo MP-BA possui elementos suficientes para configurar um julgamento criminal. O voto do relator será apresentado no momento do julgamento. Com informações do Jornal Grande Bahia.
Foto: Roberto Viana // Bocão News
O adiamento foi solicitado por dois dos cinco advogados de José Ronaldo, que argumentaram outro compromisso na data estipulada. Em contrapartida, o desembargador Jefferson de Assis rebateu afirmando que a solicitação não tem amparo legal, já que o princípio da ampla defesa está assegurado com a participação dos outros três advogados contratados pelo réu, podendo plenamente ser desenvolvida a defesa do prefeito no julgamento.
No despacho, ocorrido em 20 de outubro de 2014, o desembargador cita o fato de ter atendido uma petição com base em motivos semelhantes, em data anterior, o julgamento deveria ter ocorrido na quarta-feira (22), sendo deferindo o pleito inicial da defesa e o julgamento marcado para dia subsequente, ou seja, nesta quinta-feira (23).
Os desembargadores do TJ-BA vão apreciar se a denúncia apresentada pelo MP-BA possui elementos suficientes para configurar um julgamento criminal. O voto do relator será apresentado no momento do julgamento. Com informações do Jornal Grande Bahia.
Foto: Roberto Viana // Bocão News
Jurista defende fim da reeleição de políticos: 'saia e volte no futuro'
por Cláudia Cardozo
O jurista Luiz Flávio Gomes, em sua passagem pela Bahia, defendeu o fim da reeleição de políticos no Brasil. O jurista, que já foi promotor de Justiça, juiz e advogado, afirma que o fim da reeleição pode ajudar a reduzir os índices de corrupção no país. Segundo Gomes, “quanto mais o político se perpetua, mais contato ele tem com a máquina corrupta”, e que, com isso, o “risco dele se contaminar é muito grande”. “O que nós estamos propondo é a renovação contínua dos mandatos e dos políticos, porque isso vai fazendo com que a máquina seja oxigenada, com novas lideranças, gente que está preocupada, efetivamente, com os interesses do país, não com os interesses partidários ou próprios”, explica. O jurista critica ainda o fato de muitos políticos dizerem que a sua profissão é a política, e, que, ao final de cada mandato, muitos não conseguem mais retornar as suas profissões de origem por se tornar “irreciclável para o mercado”. “A democracia é regida por políticos, não tem como jogá-los fora. Mas, precisamos de políticos que sejam conscientes, honestos, cumpra um papel, saia, e depois, se quiser, se gostou da vida política, que volte no futuro”, sentencia. Luiz Flávio admite que a reeleição é algo bom na política, mas assevera que “nós vivemos um instante tão deplorável da vida pública brasileira, que a reeleição ficou perniciosa, ficou nefasta, ficou prejudicial”. Com esse diagnóstico, o jurista lançou o movimento Fim do Político de Carreira, que pretende reunir 1 milhão de assinaturas, através de abaixo-assinado, para levar ao Congresso e assim, extinguir o sistema de reeleição no país. Na entrevista concedida ao Bahia Notícias, Luiz Flávio Gomes afirma que o projeto apresentado por Aécio Neves, de quando ainda era senador, é um bom ponto de partida para discutir as reeleições no país, e estender o debate para o fim das reeleições de deputados e senadores. “Ninguém nunca propôs isso. Mas é hora de propor. É hora de fazer o parlamento ter um senso crítico dele mesmo. É hora de ampliar esse projeto, e, na hora do debate, discutir mais coisas”, avalia.
Bahia Notícias: Porque o senhor defende o fim das reeleições?
Luiz Flávio Gomes: O fim da reeleição, no atual contexto que nos vivemos, de muita corrupção, é um indicativo de que vai diminuir a corrupção. Você corta a carreira do político, porque ele não pode perpetuar. Quanto mais o político se perpetua, mais contato ele tem com a máquina corrupta, logo o risco dele se contaminar é muito grande. O que nós estamos propondo é a renovação contínua dos mandatos e dos políticos, porque isso vai fazendo com que a máquina seja oxigenada, com novas lideranças, gente que está preocupada, efetivamente, com os interesses do país, não com os interesses partidários ou próprios. E os viciados, que já estão há muito tempo no poder, já não conseguem mais voltar para a profissão dele. É um absurdo a gente, na nossa vida, não poder exercer a profissão que cada um tem. O sujeito que se torna um político profissional, ele se torna irreciclável para o mercado. O cidadão tem que cuidar de sua vida, e, temporariamente, do país. Eu acho justo, eu acho correto, e nós precisamos de políticos bons. A verdade é essa. A democracia é regida por políticos, não tem como jogá-los fora. Mas, precisamos de políticos que sejam conscientes, honestos, cumpram um papel, saia, e depois, se quiser se gostou da vida política, que volte no futuro. O grande questionamento que se faz no país, sobre nosso movimento, é o que fazer com os bons políticos. Primeiro, os bons políticos são pouquíssimos, a maioria está na vala comum de políticos que preservam sua dignidade, e nem tampouco a dignidade da própria política. Esses pouquíssimos, eles podem ir para política orgânica, dentro dos partidos. Eles não saem da política porque são bons, prestam um bom serviço para nação, é justo que continuem na política, mas que fique na orgânica, depois, volte para a política institucional. Não podemos desprezar os bons. Outra pergunta comum e frequente é se a reeleição é boa ou ruim. A reeleição em si, até que é boa, e que em muitos países do mundo tem reeleição. Acontece que, neste momento, nós vivemos um instante tão deplorável da vida pública brasileira, que a reeleição ficou perniciosa, ficou nefasta, ficou prejudicial. E é isso que temos que impedir nesse momento. Com a evolução dos costumes, quando o Brasil ficar mais transparente, se os políticos tiverem mais consciência da responsabilidade deles, claro, que isso, no futuro, pode ser revisto e voltar a pensar em uma reeleição. Mas nesse momento, é difícil, porque quem está no cargo, uso dinheiro público para fazer eleição, e aí a concorrência com o adversário fica desigual, porque não existe igualdade de condições para o exercício da democracia.
BN: Porque a Constituição Federal permitiu a reeleição para o parlamento, sem um tempo limite? Pois nós vemos deputados e senadores em sucessivos mandatos, se perpetuando no Congresso, por exemplo.
LFG: Esse tema de não reeleição dos parlamentos, do legislativo, é um tema que, praticamente, quase nunca foi posto em questão. Estamos, pela primeira vez no Brasil, através de uma iniciativa popular, tentando colocar o tema em pauta. Vamos discutir por isso, porque chegou a um nível de esgotamento tal, que a insatisfação do povo é muito grande com os políticos que temos. De um modo geral, queremos que não volte, e que se volte que seja no futuro. Falta colocar o tema em discussão. Quando as pessoas vêem movimentos de iniciativa popular pensa ‘ah, isso é impossível, o político não vai aprovar nada contra ele’, de fato, a regra é essa. Ele não apoia nada contra ele, mas quando há pressão popular, muda. Por que a democracia é pressão também. Com pressão popular, eles se sentem acuados. Como dizia Ulysses Guimarães, ‘o político tem medo das ruas, o político tem medo do povo’. Se não lutar, não muda nada. E hoje, no Brasil, nós temos três faixas: uma, que são dos miseráveis, e esses não tem condição nenhuma de reivindicar nada; quem está no top, está dividindo orçamento público, e que também não importa nada. Então é a do meio, é a classe do meio, somos nós, que lemos que estamos antenados, somos nós que temos que reivindicar. Não basta mais só criticarmos todo mundo na internet. É importante a crítica, mas não é o suficiente, nós temos que dar o passo seguinte, de cidadão. A não reeleição hoje seria uma grande mudança, porque, vai colocar lideranças novas, e, quem sabe, a gente coloca gente menos contaminada?
BN: Como surgiu o movimento pelo fim do político de carreira?
LFG: Surgiu com a insatisfação popular, da nossa indignação com o quadro político que nós vivemos. O Ibope comprovou que 81% da população acham os partidos políticos são corruptos. Ou seja, o nível de deslegitimação da democracia é total. O movimento nasce com o propósito de promover mudanças, e a gente acha que as mudanças devem ser pontuais, uma por uma, porque a discussão da reforma política tem na pauta 500 assuntos, e aí, se discute 500 temas, mas nada saí. Vamos pauta por pauta, um por um: ficha limpa, compra de votos, o Supremo poder processar deputados sem licença da Câmara. Vamos conquistando os avanços. A democracia e a cidadania significam luta, e o povo que não luta, nada muda. Nosso propósito é atingir um milhão de assinaturas, e por isso estamos pedindo engajamento de todo mundo, e é simples: vai lá ao portal, baixa o formulário, e começa coletar assinaturas e depois manda para gente. Vamos juntar todo mundo, aquele monte de papel para levar ao Congresso Nacional e dizer ‘olha, o povo não suporta mais essa estrutura política, porque nós queremos restabelecer a dignidade da política’.
BN: Como o senhor avalia a formação atual do parlamento brasileiro?
LFG: O parlamento brasileiro é tradicionalmente conservador, é um parlamento que é um retrato das oligarquias que mandam no país. É um parlamento que não expressa os interesses do povo. O povo é só para votar. Do povo, o que o político quer é só o voto. As campanhas políticas são muito caras, e as grandes empresas financiam. E quem financia uma campanha política, toma conta do político. Ela é dona do político. E, portanto, o parlamento está inteiramente comprado. Uma exceção ou outra. Eles vão lutar pelos interesses de quem botou dinheiro na campanha. E aí, a oligarquia gira em torno de si mesma. Se houvesse interesse no coletivo, todas as crianças do Brasil estariam em uma escola de qualidade, porque todo mundo sabe que essa é a solução, todo mundo fala. Se todos nós sabemos que a solução é essa, porque então essa solução não é adotada? Para as oligarquias, isso não interessa. Não interessa o povo instruído. Estamos girando em torno de um eixo e o próximo Congresso é mais conservador do que os anteriores e mais comprado. Foi o período de mais dinheiro investido nos políticos. Foi à campanha mais cara de toda história. Vivemos essa realidade trágica no nosso país. Saiu uma pesquisa recente da Folha de São Paulo, em que perguntaram aos políticos quais eram suas profissões: 300 parlamentares disseram ‘sou político, não faço mais nada na minha vida’. 260 deputados e 40 senadores declararam que são ‘político’. Aí, depois vem advogado, vem médico, administrador, fazendeiro, sindicalista, vem tudo. Mas 300 de 584 são políticos de carreira, ou seja, abandonaram a profissão deles e se tornaram irrecicláveis para o mercado. São pessoas que estão enfiados, até a medula, no mundo da corrupção. Ser reeleito é muito caro, logo, alguém investiu muito dinheiro nele, do contrário, não teria sido reeleito. É muita gente que é político por profissão, e isto é uma aberração.
BN: No senado, os mandatos são de oito anos. Há alguma proposta para reduzir o tempo do mandato e limitar as reeleições?
LFG: No Senado, acho que deve ser oito anos, pronto e acabou. No Executivo, nós achamos que é só um mandato e já há um consenso de ampliar para cinco anos e não ter mais reeleição. No Senado, a coisa é mais grave, porque no Senado, existe a figura do suplente. No Senado, 18 são suplentes, do qual nunca votamos e ele não foi eleito por voto direto. E no domingo retrasado, mais dois suplentes assumem, porque dois senadores se elegeram governador, e agora, no próximo domingo aí, oito estão na mira para entrar, porque tem gente que vai ocupar outros cargos. Então, daqui a pouco, teremos 30/40 senadores que nunca receberam um voto na vida. E quem são eles? Normalmente, quem financiou a campanha do senador. Isso é uma jabuticaba, porque não existe em nenhuma outra parte do mundo. Só no Brasil.
BN: Existe algum modelo de parlamento que o Brasil deva seguir? Qual tempo ideal para que um político exerça um mandato?
LFG: Eu acho que cinco anos para o Executivo e oito para o legislativo. Porque aí, você faz os seus projetos e executa, e aí amigo, se você não executar em cinco anos, você pode ir embora para tua casa. Os bons modelos são todos os países evoluídos do mundo. Suíça, Suécia, Finlândia, Noruega. O primeiro ministro da Suécia vai trabalhar de bicicleta, é respeitado por que está de bicicleta. Cada gabinete é para 18 deputados, e ali, têm 6/7 pessoas trabalhando. Não têm essa pomposidade, essas mordomias. Os políticos no Brasil querem o palácio e o reinado, com 500 pessoas ao seu lado, ele quer cargos, ele quer todo tipo de mordomia. Isso é uma aristocracia ultrapassada. E isso tem que acabar. Somos cidadãos normais e tem que se viver como uma pessoa normal. Os modelos de Escandinávia, Suíça, são excelentes modelos de parlamentos, muito evoluídos.
BN: Como o senhor avalia a mudança dos posicionamentos dos partidos políticos sobre a reeleição. Como o senhor avalia a postura do PT e do PSDB sobre o tema no momento?
LFG: nós avaliamos isso como algo extremamente positivo, por estar em pauta. A Marina é contra reeleição, o Aécio já disse que também é contra, que quer um mandato de cinco anos. A Dilma gostou da ideia dos cincos anos e quer discutir esse assunto. Ou seja, o assunto entrou em pauta, porque já é pressão popular, mas que nós temos que prosseguir, porque hoje eles falam uma coisa, mas amanha mudam de ideia se não tiver pressão popular, porque ele quer manutenção do poder. É do DNA do político a manutenção do poder e não mudar nada. É só por pressão popular para mudar.
BN: O senhor falou que uma reforma política é necessária, mas é difícil de fazê-la de uma só vez. O que no momento pode ser feito para atenuar os problemas que temos na política brasileira?
LFG: Alguns pontos importantes que em um pacote seria ideal, vamos por parte: financiamento empresarial: esse caminho é um absurdo, porque, através dele, o capitalismo selvagem compra o político. O financiamento privado e particular tem que ser limitado a uma importância: R$ 500, R$ 1 mil, é isso e acabou. E tudo com conta registrada, pública, controlada pelo Tribunal de Contas e pelos Tribunais Regionais Eleitorais. Isso tem que mudar já. E tem a questão de mandatos, do fim da reeleição. Também tem a participação das mulheres, de exigir, obrigatoriamente, uma cota de mulheres no Congresso – atualmente, não consegue passar de 8%, um dos percentuais mais vergonhosos do planeta – tem que dizer que essa cota X é de mulher, pronto e acabou. Quais são as mulheres mais votadas? O Congresso é muito machista. O nosso Congresso é feito para os brancos – tem pouquíssimos índios e negros lá dentro, corporalmente são – é difícil ter uma pessoa com deficiência lá, homens – portanto mulheres estão excluídas, de outro lado, livres – porque lá não tem escravidão, que não foi escravo e nem sangue de escravos. É um Congresso que não quer mudar, um Congresso oligárquico. As mudanças têm que ser atacadas ponto a ponto. O nosso ponto é não reeleição, e acho que é um bom ponto de partida. Seria uma mudança profunda para diminuir muito a corrupção. Vamos parte por parte, mas tem quinhentos mil assuntos para discutir da reforma política.
BN: O senhor espera que nas próximas eleições já não exista mais as reeleições?
LFG: Espero sim, e para ano que vem, e já temos que passar a limpo esse assunto, e sentir as mudanças. Não pode continuar como está. O Brasil está correndo risco altíssimo. Estamos à beira do caos, estamos flertando com o abismo, e não pode continuar no descontrole, pois somos um país de 200 milhões de pessoas. Enquanto se é um país de 1 milhão de pessoas, é outra coisa, mas quando se é um país de 200 milhões, é outra. Agora, nós sentimos muitas melhorias. O povo começou a ir para faculdade, nunca nós tivemos 8% de pessoas com nível superior, nunca nós tivemos 18% das pessoas na idade universitária nas faculdades. Isso é a primeira vez. O povo melhorou um pouco de vida, e já melhorou a escolaridade. Esse povo sabe falar, já tem outra visão de cidadania, tem outra perspectiva de vida. É um povo que está aí para mudanças ou para conflito. Se não promovermos mudanças, os conflitos são inevitáveis.
BN: Já existe algum ato, mobilização para fortalecer o movimento?
LFG: já temos duas mil pessoas que baixaram o formulário e estão coletando assinaturas por todo país. No dia das eleições, vamos fazer um grande mutirão cívico. As pessoas baixarão as fichas e irão às filas dos locais de votação, para coletar assinatura de quem quer aderir ao movimento. Isso é engajamento cidadão. Temos tudo projetado nesses últimos dias e não pára. Nós vamos prosseguir até o instante que se dê ouvidos à população neste ponto. Temos que mudar esses pontos cruciais. Tem muita coisa para mudar.
BN: Já tem algum projeto no Congresso para pedir o fim da reeleição?
LFG: Tem o projeto do próprio Aécio Neves, que está no Senado. Esse projeto, talvez seja um ponto de partida para discutir isso no Senado. Agora, para limitar as eleições do parlamento, nem pensar. Ninguém nunca propôs isso. Mas é hora de propor. É hora de fazer o parlamento ter um senso crítico dele mesmo. É hora de ampliar esse projeto, e, na hora do debate, discutir mais coisas.Fonte:Bahia Noticias
O jurista Luiz Flávio Gomes, em sua passagem pela Bahia, defendeu o fim da reeleição de políticos no Brasil. O jurista, que já foi promotor de Justiça, juiz e advogado, afirma que o fim da reeleição pode ajudar a reduzir os índices de corrupção no país. Segundo Gomes, “quanto mais o político se perpetua, mais contato ele tem com a máquina corrupta”, e que, com isso, o “risco dele se contaminar é muito grande”. “O que nós estamos propondo é a renovação contínua dos mandatos e dos políticos, porque isso vai fazendo com que a máquina seja oxigenada, com novas lideranças, gente que está preocupada, efetivamente, com os interesses do país, não com os interesses partidários ou próprios”, explica. O jurista critica ainda o fato de muitos políticos dizerem que a sua profissão é a política, e, que, ao final de cada mandato, muitos não conseguem mais retornar as suas profissões de origem por se tornar “irreciclável para o mercado”. “A democracia é regida por políticos, não tem como jogá-los fora. Mas, precisamos de políticos que sejam conscientes, honestos, cumpra um papel, saia, e depois, se quiser, se gostou da vida política, que volte no futuro”, sentencia. Luiz Flávio admite que a reeleição é algo bom na política, mas assevera que “nós vivemos um instante tão deplorável da vida pública brasileira, que a reeleição ficou perniciosa, ficou nefasta, ficou prejudicial”. Com esse diagnóstico, o jurista lançou o movimento Fim do Político de Carreira, que pretende reunir 1 milhão de assinaturas, através de abaixo-assinado, para levar ao Congresso e assim, extinguir o sistema de reeleição no país. Na entrevista concedida ao Bahia Notícias, Luiz Flávio Gomes afirma que o projeto apresentado por Aécio Neves, de quando ainda era senador, é um bom ponto de partida para discutir as reeleições no país, e estender o debate para o fim das reeleições de deputados e senadores. “Ninguém nunca propôs isso. Mas é hora de propor. É hora de fazer o parlamento ter um senso crítico dele mesmo. É hora de ampliar esse projeto, e, na hora do debate, discutir mais coisas”, avalia.
Bahia Notícias: Porque o senhor defende o fim das reeleições?
Luiz Flávio Gomes: O fim da reeleição, no atual contexto que nos vivemos, de muita corrupção, é um indicativo de que vai diminuir a corrupção. Você corta a carreira do político, porque ele não pode perpetuar. Quanto mais o político se perpetua, mais contato ele tem com a máquina corrupta, logo o risco dele se contaminar é muito grande. O que nós estamos propondo é a renovação contínua dos mandatos e dos políticos, porque isso vai fazendo com que a máquina seja oxigenada, com novas lideranças, gente que está preocupada, efetivamente, com os interesses do país, não com os interesses partidários ou próprios. E os viciados, que já estão há muito tempo no poder, já não conseguem mais voltar para a profissão dele. É um absurdo a gente, na nossa vida, não poder exercer a profissão que cada um tem. O sujeito que se torna um político profissional, ele se torna irreciclável para o mercado. O cidadão tem que cuidar de sua vida, e, temporariamente, do país. Eu acho justo, eu acho correto, e nós precisamos de políticos bons. A verdade é essa. A democracia é regida por políticos, não tem como jogá-los fora. Mas, precisamos de políticos que sejam conscientes, honestos, cumpram um papel, saia, e depois, se quiser se gostou da vida política, que volte no futuro. O grande questionamento que se faz no país, sobre nosso movimento, é o que fazer com os bons políticos. Primeiro, os bons políticos são pouquíssimos, a maioria está na vala comum de políticos que preservam sua dignidade, e nem tampouco a dignidade da própria política. Esses pouquíssimos, eles podem ir para política orgânica, dentro dos partidos. Eles não saem da política porque são bons, prestam um bom serviço para nação, é justo que continuem na política, mas que fique na orgânica, depois, volte para a política institucional. Não podemos desprezar os bons. Outra pergunta comum e frequente é se a reeleição é boa ou ruim. A reeleição em si, até que é boa, e que em muitos países do mundo tem reeleição. Acontece que, neste momento, nós vivemos um instante tão deplorável da vida pública brasileira, que a reeleição ficou perniciosa, ficou nefasta, ficou prejudicial. E é isso que temos que impedir nesse momento. Com a evolução dos costumes, quando o Brasil ficar mais transparente, se os políticos tiverem mais consciência da responsabilidade deles, claro, que isso, no futuro, pode ser revisto e voltar a pensar em uma reeleição. Mas nesse momento, é difícil, porque quem está no cargo, uso dinheiro público para fazer eleição, e aí a concorrência com o adversário fica desigual, porque não existe igualdade de condições para o exercício da democracia.
BN: Porque a Constituição Federal permitiu a reeleição para o parlamento, sem um tempo limite? Pois nós vemos deputados e senadores em sucessivos mandatos, se perpetuando no Congresso, por exemplo.
LFG: Esse tema de não reeleição dos parlamentos, do legislativo, é um tema que, praticamente, quase nunca foi posto em questão. Estamos, pela primeira vez no Brasil, através de uma iniciativa popular, tentando colocar o tema em pauta. Vamos discutir por isso, porque chegou a um nível de esgotamento tal, que a insatisfação do povo é muito grande com os políticos que temos. De um modo geral, queremos que não volte, e que se volte que seja no futuro. Falta colocar o tema em discussão. Quando as pessoas vêem movimentos de iniciativa popular pensa ‘ah, isso é impossível, o político não vai aprovar nada contra ele’, de fato, a regra é essa. Ele não apoia nada contra ele, mas quando há pressão popular, muda. Por que a democracia é pressão também. Com pressão popular, eles se sentem acuados. Como dizia Ulysses Guimarães, ‘o político tem medo das ruas, o político tem medo do povo’. Se não lutar, não muda nada. E hoje, no Brasil, nós temos três faixas: uma, que são dos miseráveis, e esses não tem condição nenhuma de reivindicar nada; quem está no top, está dividindo orçamento público, e que também não importa nada. Então é a do meio, é a classe do meio, somos nós, que lemos que estamos antenados, somos nós que temos que reivindicar. Não basta mais só criticarmos todo mundo na internet. É importante a crítica, mas não é o suficiente, nós temos que dar o passo seguinte, de cidadão. A não reeleição hoje seria uma grande mudança, porque, vai colocar lideranças novas, e, quem sabe, a gente coloca gente menos contaminada?
BN: Como surgiu o movimento pelo fim do político de carreira?
LFG: Surgiu com a insatisfação popular, da nossa indignação com o quadro político que nós vivemos. O Ibope comprovou que 81% da população acham os partidos políticos são corruptos. Ou seja, o nível de deslegitimação da democracia é total. O movimento nasce com o propósito de promover mudanças, e a gente acha que as mudanças devem ser pontuais, uma por uma, porque a discussão da reforma política tem na pauta 500 assuntos, e aí, se discute 500 temas, mas nada saí. Vamos pauta por pauta, um por um: ficha limpa, compra de votos, o Supremo poder processar deputados sem licença da Câmara. Vamos conquistando os avanços. A democracia e a cidadania significam luta, e o povo que não luta, nada muda. Nosso propósito é atingir um milhão de assinaturas, e por isso estamos pedindo engajamento de todo mundo, e é simples: vai lá ao portal, baixa o formulário, e começa coletar assinaturas e depois manda para gente. Vamos juntar todo mundo, aquele monte de papel para levar ao Congresso Nacional e dizer ‘olha, o povo não suporta mais essa estrutura política, porque nós queremos restabelecer a dignidade da política’.
BN: Como o senhor avalia a formação atual do parlamento brasileiro?
LFG: O parlamento brasileiro é tradicionalmente conservador, é um parlamento que é um retrato das oligarquias que mandam no país. É um parlamento que não expressa os interesses do povo. O povo é só para votar. Do povo, o que o político quer é só o voto. As campanhas políticas são muito caras, e as grandes empresas financiam. E quem financia uma campanha política, toma conta do político. Ela é dona do político. E, portanto, o parlamento está inteiramente comprado. Uma exceção ou outra. Eles vão lutar pelos interesses de quem botou dinheiro na campanha. E aí, a oligarquia gira em torno de si mesma. Se houvesse interesse no coletivo, todas as crianças do Brasil estariam em uma escola de qualidade, porque todo mundo sabe que essa é a solução, todo mundo fala. Se todos nós sabemos que a solução é essa, porque então essa solução não é adotada? Para as oligarquias, isso não interessa. Não interessa o povo instruído. Estamos girando em torno de um eixo e o próximo Congresso é mais conservador do que os anteriores e mais comprado. Foi o período de mais dinheiro investido nos políticos. Foi à campanha mais cara de toda história. Vivemos essa realidade trágica no nosso país. Saiu uma pesquisa recente da Folha de São Paulo, em que perguntaram aos políticos quais eram suas profissões: 300 parlamentares disseram ‘sou político, não faço mais nada na minha vida’. 260 deputados e 40 senadores declararam que são ‘político’. Aí, depois vem advogado, vem médico, administrador, fazendeiro, sindicalista, vem tudo. Mas 300 de 584 são políticos de carreira, ou seja, abandonaram a profissão deles e se tornaram irrecicláveis para o mercado. São pessoas que estão enfiados, até a medula, no mundo da corrupção. Ser reeleito é muito caro, logo, alguém investiu muito dinheiro nele, do contrário, não teria sido reeleito. É muita gente que é político por profissão, e isto é uma aberração.
BN: No senado, os mandatos são de oito anos. Há alguma proposta para reduzir o tempo do mandato e limitar as reeleições?
LFG: No Senado, acho que deve ser oito anos, pronto e acabou. No Executivo, nós achamos que é só um mandato e já há um consenso de ampliar para cinco anos e não ter mais reeleição. No Senado, a coisa é mais grave, porque no Senado, existe a figura do suplente. No Senado, 18 são suplentes, do qual nunca votamos e ele não foi eleito por voto direto. E no domingo retrasado, mais dois suplentes assumem, porque dois senadores se elegeram governador, e agora, no próximo domingo aí, oito estão na mira para entrar, porque tem gente que vai ocupar outros cargos. Então, daqui a pouco, teremos 30/40 senadores que nunca receberam um voto na vida. E quem são eles? Normalmente, quem financiou a campanha do senador. Isso é uma jabuticaba, porque não existe em nenhuma outra parte do mundo. Só no Brasil.
BN: Existe algum modelo de parlamento que o Brasil deva seguir? Qual tempo ideal para que um político exerça um mandato?
LFG: Eu acho que cinco anos para o Executivo e oito para o legislativo. Porque aí, você faz os seus projetos e executa, e aí amigo, se você não executar em cinco anos, você pode ir embora para tua casa. Os bons modelos são todos os países evoluídos do mundo. Suíça, Suécia, Finlândia, Noruega. O primeiro ministro da Suécia vai trabalhar de bicicleta, é respeitado por que está de bicicleta. Cada gabinete é para 18 deputados, e ali, têm 6/7 pessoas trabalhando. Não têm essa pomposidade, essas mordomias. Os políticos no Brasil querem o palácio e o reinado, com 500 pessoas ao seu lado, ele quer cargos, ele quer todo tipo de mordomia. Isso é uma aristocracia ultrapassada. E isso tem que acabar. Somos cidadãos normais e tem que se viver como uma pessoa normal. Os modelos de Escandinávia, Suíça, são excelentes modelos de parlamentos, muito evoluídos.
BN: Como o senhor avalia a mudança dos posicionamentos dos partidos políticos sobre a reeleição. Como o senhor avalia a postura do PT e do PSDB sobre o tema no momento?
LFG: nós avaliamos isso como algo extremamente positivo, por estar em pauta. A Marina é contra reeleição, o Aécio já disse que também é contra, que quer um mandato de cinco anos. A Dilma gostou da ideia dos cincos anos e quer discutir esse assunto. Ou seja, o assunto entrou em pauta, porque já é pressão popular, mas que nós temos que prosseguir, porque hoje eles falam uma coisa, mas amanha mudam de ideia se não tiver pressão popular, porque ele quer manutenção do poder. É do DNA do político a manutenção do poder e não mudar nada. É só por pressão popular para mudar.
BN: O senhor falou que uma reforma política é necessária, mas é difícil de fazê-la de uma só vez. O que no momento pode ser feito para atenuar os problemas que temos na política brasileira?
LFG: Alguns pontos importantes que em um pacote seria ideal, vamos por parte: financiamento empresarial: esse caminho é um absurdo, porque, através dele, o capitalismo selvagem compra o político. O financiamento privado e particular tem que ser limitado a uma importância: R$ 500, R$ 1 mil, é isso e acabou. E tudo com conta registrada, pública, controlada pelo Tribunal de Contas e pelos Tribunais Regionais Eleitorais. Isso tem que mudar já. E tem a questão de mandatos, do fim da reeleição. Também tem a participação das mulheres, de exigir, obrigatoriamente, uma cota de mulheres no Congresso – atualmente, não consegue passar de 8%, um dos percentuais mais vergonhosos do planeta – tem que dizer que essa cota X é de mulher, pronto e acabou. Quais são as mulheres mais votadas? O Congresso é muito machista. O nosso Congresso é feito para os brancos – tem pouquíssimos índios e negros lá dentro, corporalmente são – é difícil ter uma pessoa com deficiência lá, homens – portanto mulheres estão excluídas, de outro lado, livres – porque lá não tem escravidão, que não foi escravo e nem sangue de escravos. É um Congresso que não quer mudar, um Congresso oligárquico. As mudanças têm que ser atacadas ponto a ponto. O nosso ponto é não reeleição, e acho que é um bom ponto de partida. Seria uma mudança profunda para diminuir muito a corrupção. Vamos parte por parte, mas tem quinhentos mil assuntos para discutir da reforma política.
BN: O senhor espera que nas próximas eleições já não exista mais as reeleições?
LFG: Espero sim, e para ano que vem, e já temos que passar a limpo esse assunto, e sentir as mudanças. Não pode continuar como está. O Brasil está correndo risco altíssimo. Estamos à beira do caos, estamos flertando com o abismo, e não pode continuar no descontrole, pois somos um país de 200 milhões de pessoas. Enquanto se é um país de 1 milhão de pessoas, é outra coisa, mas quando se é um país de 200 milhões, é outra. Agora, nós sentimos muitas melhorias. O povo começou a ir para faculdade, nunca nós tivemos 8% de pessoas com nível superior, nunca nós tivemos 18% das pessoas na idade universitária nas faculdades. Isso é a primeira vez. O povo melhorou um pouco de vida, e já melhorou a escolaridade. Esse povo sabe falar, já tem outra visão de cidadania, tem outra perspectiva de vida. É um povo que está aí para mudanças ou para conflito. Se não promovermos mudanças, os conflitos são inevitáveis.
BN: Já existe algum ato, mobilização para fortalecer o movimento?
LFG: já temos duas mil pessoas que baixaram o formulário e estão coletando assinaturas por todo país. No dia das eleições, vamos fazer um grande mutirão cívico. As pessoas baixarão as fichas e irão às filas dos locais de votação, para coletar assinatura de quem quer aderir ao movimento. Isso é engajamento cidadão. Temos tudo projetado nesses últimos dias e não pára. Nós vamos prosseguir até o instante que se dê ouvidos à população neste ponto. Temos que mudar esses pontos cruciais. Tem muita coisa para mudar.
BN: Já tem algum projeto no Congresso para pedir o fim da reeleição?
LFG: Tem o projeto do próprio Aécio Neves, que está no Senado. Esse projeto, talvez seja um ponto de partida para discutir isso no Senado. Agora, para limitar as eleições do parlamento, nem pensar. Ninguém nunca propôs isso. Mas é hora de propor. É hora de fazer o parlamento ter um senso crítico dele mesmo. É hora de ampliar esse projeto, e, na hora do debate, discutir mais coisas.Fonte:Bahia Noticias
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