A presidente Dilma Rousseff recebeu no encontro desta segunda-feira com ministros uma análise mais pessimista que a do dia anterior em relação às manifestações deste domingo em várias cidades. Todos demonstraram grande preocupação com os protestos.
Nas palavras de um ministro ao Blog, foi importante a presidente ter ampliado a reunião para auxiliares de outros partidos, a fim de ter um retrato mais plural da realidade sobre a onda de protestos.
Internamente, havia ministros do PT que ainda insistiam que o movimento era apenas dos que não votaram em Dilma. Os ministros de outros partidos, porém, deixaram claro que há uma insatisfação muito mais ampla e difusa contra o governo do que se imaginava anteriormente.
Na reunião, os presentes perguntaram ao ministro Gilberto Kassab (Cidades), ex-prefeito de São Paulo, sobre as estatísticas da manifestação na avenida Paulista que, segundo a Polícia Militar, reuniu 1 milhão de pessoas. Ele fez um cálculo com base na metragem e por fotografias e, considerando quatro a cinco pessoas por metro quadrado, avaliou em 350 mil a 400 mil o número de manifestantes presentes. O instituto Datafolha calculou 210 mil manifestantes.Fonte:Blog do Camarotti(G1)
segunda-feira, 16 de março de 2015
Página arquiteta nova grande manifestação contra o governo no dia 12 de abril
As marchas que tomaram o país no último domingo (15) já tem data para se repetir: 12 de abril. De acordo com a página Movimento Brasil Livre, do Facebook, que tem informações de protestos por todo o país, a próxima manifestação será ainda maior do que a primeira. Nos comentários da postagem, porém, os usuários questionam a demora entre os protestos. “Tem que voltar amanhã e só sair das ruas após a renúncia ou o Impeachment da Dilma e do Temer”, “Não pode parar, agora que começou, não deixem enfraquecer, Vai ser quase um mês de espera, isso vai ajudar o governo a fazer a população se acomodar de novo”, escreveram alguns dos revoltosos.
Ao falar de manifestações, Dilma chora e diz que 'vontade das urnas devem ser respeitadas'
Em meio a protestos que pedem o fim da corrupção, a sua saída da Presidência da República e até mesmo a intervenção militar, a presidente Dilma Rousseff disse, nesta segunda-feira (16), durante a sanção do novo Código Processual Civil que “as ruas são o espaço legítimo da manifestação popular” e que, apesar de considerar os atos “pacíficos e sem violência”, “as urnas traduzem a vontade da nação, que não pode ser desrespeitada”. “Houve um tema presente tanto nas manifestações de sexta-feira quanto nas de domingo: o combate à corrupção e à impunidade. Nos próximos dias, como prometido nas eleições, anunciaremos um conjunto de medidas voltadas ao combate à corrupção e à impunidade. Estaremos abertos, obviamente, a ouvir toda a sociedade para a tomada de outras medidas. Reitero minha convicção de que a conjuntura atual aponta para a necessidade urgente da realização de uma ampla Reforma Política. Meu compromisso é governar para os 203 milhões de brasileiros”, discursou. Em um momento de emoção, Dilma afirmou que, ao ver as cenas, “valeu a pena lutar pela democracia”. “O país está mais forte”, concluiu. Ainda no mesmo evento, a presidente voltou a defender as modificações em impostos realizadas, recentemente, pelo governo federal. De acordo com a presidente, “meu governo tem responsabilidade com a estabilidade da economia, é ela quem garante empregos e crescimento para o país”.
Bolsa família não sofrerá com ajuste fiscal, segundo ministra de Desenvolvimento Social
O Programa Bolsa Família não sofrerá com o ajuste fiscal proposto pela área econômica do governo federal para 2015. A garantia é da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Tereza Campello, que explica o motivo: o custo anual do programa é R$ 27 bilhões. "Isso dá menos de 0,5% do PIB [Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país]. Com menos de 0,5% do PIB complementa-se a renda de 14 milhões de famílias. O Bolsa Família não substitui o salário, é um complemento que dá, em média, R$ 170 por família", destacou a ministra. Para diminuir os gastos da pasta, Tereza afirmou que está buscando outras alternativas, como redução de publicações e economia com diárias e passagens. "Mas o Bolsa Família e os direitos da população pobre estão garantidos", assegurou.
Deputado federal baiano apresenta projeto de imposto sobre grandes fortunas
O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) apresentou projeto de taxação de grandes fortunas na Câmara Federal. Para ele, o artigo 153 da Constituição Federal já determina que exista um imposto sobre patrimônios elevados: "esse trecho do artigo da Constituição [inciso V], mesmo depois de 26 anos da promulgação da carta magna, ainda carece de regulamentação”. Segundo Assunção, um relatório do banco Credit Suisse calcula que em 2014 existiam 1,9 mil brasileiros com patrimônio superior a 50 milhões de dólares. "Em uma estimativa comedida, a tributação sobre o patrimônio dessa camada mais privilegiada renderia à União mais de R$ 15 bilhões anuais, se levarmos em conta a proposta que está no projeto, ou seja, mais da metade dos R$ 20 bilhões que o governo brasileiro pretende arrecadar com os aumentos de impostos anunciados recentemente”, afirma.
Dilma diz não fazer 'mea culpa' por manifestações do domingo
A presidente Dilma Rousseff disse, nesta segunda-feira (16), que não faz “mea culpa” quando pede humildade do governo em relação às manifestações deste domingo (15). “Tem uma certa volúpia da imprensa em querer uma atitude confessional. Eu não estou aqui para fazer confissão. Se alguém achar que eu não fui humilde, me diz que eu tomo providência”, afirmou, durante a entrevista coletiva após a sanção do novo Código Processual Civil. Ainda de acordo com Dilma, “é possível que erros tenham sido cometidos no governo”. “Tem gente que acha que deveríamos ter deixado empresas quebrarem e pessoas desempregadas. Eu achava ruim. Agora, isto não explica porque de estarmos nessa situação. O que explica é um fato constatado: a economia não reagiu. Ninguém pode negar que fizemos de tudo para economia reagir”, alegou.
Operação Vista Mar: MPF/BA denuncia seis pessoas por corrupção e advocacia administrativa
A Divisão de Combate à Corrupção (Diccor) do Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) ofereceu duas denúncias contra seis pessoas acusadas de receber propina para favorecer interesses de particulares que atuam no ramo imobiliário. A ação faz parte da “ Operação Vista Mar”, que apura irregularidades na avaliação patrimonial de imóveis da União em Salvador e no litoral da Bahia. Entre os denunciados estão Paulo Roberto de Souza Castro, servidor da Secretaria do Patrimônio da União na Bahia (SPU/BA), que teria se utilizado do cargo ocupado para receber vantagens. Segundo a denúncia do MPF, “Castro atuava orientando e interagindo com outros servidores da SPU visando auxiliar os negócios dos aludidos particulares”. No primeiro grupo denunciado, além do servidor, foram denunciados pelos crimes de corrupção passiva e ativa e advocacia administrativa o advogado Luiz Antônio Stamatis de Arruda Sampaio, o empresário Pedro Paulo Braga Sobrinho e o italiano Ferruccio Bonazzi. Eles teriam pago propina à Castro como forma de recompensa pelos serviços prestados pelo servidor. No segundo grupo, foram denunciados pelo crime de advocacia administrativa o genro de Paulo Roberto, Peter Wolf, e o sócio dele, Pedro Carlos Bocca. O MPF também requereu a ampliação da medida de bloqueio de bens do primeiro grupo denunciado para R$ 728,6 mil, como forma de resguardar a condenação pelas perdas acarretadas ao sistema financeiro público. Nas investigações realizadas pelo MPF, pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) e por meio de escutas telefônicas permitidas pela Justiça Federal, constatou-se que os grupos investigados recebiam propina para realizar alterações nos cadastros de imóveis com os objetivos de reduzir valores das taxas de ocupação e de agilizar procedimentos de análise de processos e emissões de certidões. Os empreendimentos imobiliários beneficiados com as fraudes estão localizados em terreno da Marinha, com destaque para imóveis em Maraú, Porto Seguro e na capital. Fonte:Bahia Noticias
Líder do PT na Câmara suspeita que CIA esteja por trás de protestos contra governo
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (PT-AC), publicou em sua página no Facebook uma suspeita: "Que a CIA esteja coordenando a campanha pelo enfraquecimento dos governos da América do Sul 'não alinhados', tal como fizeram para instalar as ditaduras militares nos anos 60". A observação foi publicada no último sábado (14), antes das manifestações contra o governo Dilma e o PT, que levaram milhares de pessoas às ruas de todo o país. De acordo com a Folha de S. Paulo, a postagem do deputado foi a mais comentada em sua página oficial. Os comentários, no entanto, foram desfavoráveis ao parlamentar. "É culpa da crise, do FHC e agora da CIA, nunca é do governo que tá no poder. A arte de delegar a culpa para os outros, vocês estão fazendo isso muito bem", criticou o internauta Marx Peres. "Que 'tara' esquerdista é essa de achar que sempre tem um americano por trás de tudo?", questionou o internauta Jonathas Vasconcelos. Em Rio Branco, no Acre, estado natural de Sibá Machado, mais de 5 mil pessoas foram às ruas no último domingo (15), segundo estimativa da Polícia Militar.
Governo busca soluções para responder 'clamor das ruas', afirma Temer
O vice-presidente da República, Michel Temer, declarou que as manifestações que tomaram diversas cidades do País neste domingo são "mais do que legítimas" e que o tema da reunião da manhã desta segunda-feira, 16, com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, foi a busca de soluções para responder ao "clamor das ruas". "Num sistema democrático, essas manifestações são mais do que legítimas e, muitas vezes, até necessárias", afirmou Temer, durante almoço com empresários da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). "Quando se vê esse clamor das ruas é porque alguma coisa está errada", completou. Segundo o vice-presidente, assim como nos protestos de 2013, o momento é de o governo tomar providências. "A tônica da conversa (de manhã com Dilma) foi o que o governo pode fazer para atender ao clamor das ruas", afirmou Temer. Temer conclamou os políticos a não agir com arrogância e agradeceu às citações de seu nome, feitas pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, e pelo governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, como líder importância para atuar na atual crise política. "Não vamos nos impressionar negativamente com os acontecimentos de ontem, vamos nos impressionar positivamente", afirmou Temer, para completar: "O movimento é incentivador de soluções que, sem as reivindicações, talvez não viessem". Na reunião entre a presidente Dilma Rousseff e ministros, nesta manhã, a avaliação foi de que a defesa da saída da presidente foi a demanda de "uma minoria", segundo o vice-presidente Michel Temer, que participou do encontro em Brasília. Temer afirmou no Rio que defendeu, na reunião, que os protestos fazem parte da democracia e devem ser levados em conta por serem reivindicatórios. "A ideia é de que havia uma minoria que, evidentemente, queria a saída da presidente, mas como fruto dessa inconformidade, talvez, com o governo", afirmou Temer, após participar de almoço com empresários da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O vice-presidente voltou a afirmar que não há preocupação com uma eventual "perspectiva de saída" da presidente Dilma, algo que seria "inadmissível e impensável". A análise de Temer sobre a onda de protestos no domingo foi de que elas deveriam ser ainda mais levadas em conta do que os movimentos de 2013. "Devem ser lavados ainda mais em conta, não tenho dúvida", disse Temer, quando instado a comparar os protestos deste ano com os de 2013. "Como esses movimentos já se verificaram em vários momentos no País, temos que estabelecer diálogo produtivo com os vários setores, atentos aos movimentos de rua. Quando o movimento vai para rua, é porque a coisa está um pouco mais grave do que parece", resumiu o vice-presidente. Temer também diminuiu a importância de uma reforma ministerial. "Não sei se reforma ministerial resolve o assunto. Com toda franqueza, vai trocar três, quatro, cinco ou seis ministros, e isso não vai resolver o problema", disse o vice-presidente, para quem uma reforma ministerial não é indispensável.
Berg Borges:"Entendo que o momento é oportuno para se começar a discutir"
Recentemente fui chamado a discutir Segurança Pública no município de Biritinga. Muitas pessoas estavam interessadas no assunto e compareceram à Câmara de Vereadores para ouvir o que as autoridades tinham para informar à população que está cansada das ações de alguns malfeitores que ultimamente vêm perpetrando atos de violência no campo e na cidade, principalmente no campo.
Tenho estado frequentemente entre os amigos de lá e ouço muitos deles me afirmarem que depois que eu saí do comando do policiamento a coisa piorou, que se instalou uma bagunça e que perdeu-se o controle das coisas na pequena e pacata Biritinga.
Pois bem, entendo que o momento é oportuno para se começar a discutir um plano de ações com vista a minimizar os problemas e ter-se garantido a segurança que é um direito social. Sobretudo, não podemos nos esquecer de que a falta de segurança em regra é proporcionada também pela carência de outras necessidades básicas na vida das pessoas.
Com base nesta afirmação, tentaremos clarear alguns pontos importantes que talvez passem despercebidos para muita gente.
Primeiramente, sabemos que as condições econômicas do município não são das melhores. Biritinga é um município eminentemente rural e grande parte das pessoas que residem na sede têm histórias, ligações de uma forma ou de outra com o campo e historicamente o campo nunca foi privilegiado. Apesar de se notar algumas ações para atacar problemas pontuais, mas o que se vê é a falta de políticas públicas sólidas para melhorar a vida no campo, o que reflete na zona urbana.
A educação das pessoas no campo ficou dependente em grande parte das diretrizes que a cidade traçou para uma economia voltada para o urbano, considerado, infelizmente, por alguns, como mais importante. Basta comparar a qualidade das escolas que eram entregues à comunidade campestre com as edificadas na cidade. No município a única escola estadual que há está instalada na zona urbana. Deixou-se a responsabilidade de construir escolas na zona rural para o município.
Não se fortaleceu o campo, por consequência enfraqueceram a cidade. Sem contar na formação das pessoas que pouco aprendem sobre a sua realidade de pequeno agricultor.
A própria policia de um modo geral não tem planos consistentes no que diz respeito a policiamento em zona rural, boa parte do que se aprende nas escolas de formação é voltada para o policiamento urbano. Veículos, armamento, fardamento, comunicação foram desenvolvidos para demandas urbanas. As legislações do campo são pouco discutidas e entendidas por parte de muita gente, por exemplo: o volume sonoro considerado ilegal no campo é menor do que o da cidade e as pessoas pensam o contrário que na zona rural que podem abrir som em toda altura.
Então, é necessário revermos muitos de nossos conceitos sobre segurança pública, proteção de pessoas e patrimônio, quando o assunto é o campo. O campo a despeito de há pouco tempo ter absorvido a forma urbana de viver, mas dela muito se difere e por isto quase tudo requer novas técnicas, novos modelos.
Muitas pessoas acreditam que uma pessoa pode resolver os problemas de insegurança que surgiram nos últimos meses. Não, agente não precisa de um super-homem que faça a mudança imediata. O que se precisa é uma discussão ampla com a comunidade camponesa a respeito dos problemas das comunidades e daí tentarmos solucionar em conjunto, pois ninguém tem a fórmula mágica da paz social. Ela é construída à base da solidariedade. E neste caso, temos que admitir: o mundo está pouco solidário.
Entender o modo de funcionamento da economia do campo é essencial para implantamos um modelo de gestão de políticas públicas voltadas para a economia, principalmente a economia solidária, uma forma de se aliar fatores econômicos que não busque o lucro pelo lucro.
Falou-se em ronda rural para aplacar a sanha dos delinquentes que estão fazendo com que as pessoas se mudem de suas casas no campo e migrem para a cidade. Esta medida em curto prazo poderá surtir algum efeito, mas funcionará como analgésico que não cura a doença apenas trata de conter a dor, é um paliativo.
Entendemos que o laser saudável precisa ser estimulado nas comunidades rurais. Os campos de futebol estão quase todos desativados; vemos pouca influência do esporte na vida das pessoas, onde a prática desportiva se resume em grande parte aos “babas” de fim de tarde.
Devemos incentivar a pratica de outras modalidades como a que vimos na comunidade de Baixa Pequena com seu grupo de capoeira do mestre Santana e o grupo de jiu jitsu do sensei Ney, na comunidade de Montanha.
Então, meus amigos como podem ver, temos muito que discutir e este pequeno espaço vai se prolongar para que possamos nos unir, solidarizarmo-nos, em prol da boa vivência no campo e também na cidade, pois entendemos possível uma vida digna, com paz e harmonia, nessa cidade que aprendi a gostar e onde quero viver plenamente com segurança.Fonte:facebook(Berg Borges é Policial Militar)
Tenho estado frequentemente entre os amigos de lá e ouço muitos deles me afirmarem que depois que eu saí do comando do policiamento a coisa piorou, que se instalou uma bagunça e que perdeu-se o controle das coisas na pequena e pacata Biritinga.
Pois bem, entendo que o momento é oportuno para se começar a discutir um plano de ações com vista a minimizar os problemas e ter-se garantido a segurança que é um direito social. Sobretudo, não podemos nos esquecer de que a falta de segurança em regra é proporcionada também pela carência de outras necessidades básicas na vida das pessoas.
Com base nesta afirmação, tentaremos clarear alguns pontos importantes que talvez passem despercebidos para muita gente.
Primeiramente, sabemos que as condições econômicas do município não são das melhores. Biritinga é um município eminentemente rural e grande parte das pessoas que residem na sede têm histórias, ligações de uma forma ou de outra com o campo e historicamente o campo nunca foi privilegiado. Apesar de se notar algumas ações para atacar problemas pontuais, mas o que se vê é a falta de políticas públicas sólidas para melhorar a vida no campo, o que reflete na zona urbana.
A educação das pessoas no campo ficou dependente em grande parte das diretrizes que a cidade traçou para uma economia voltada para o urbano, considerado, infelizmente, por alguns, como mais importante. Basta comparar a qualidade das escolas que eram entregues à comunidade campestre com as edificadas na cidade. No município a única escola estadual que há está instalada na zona urbana. Deixou-se a responsabilidade de construir escolas na zona rural para o município.
Não se fortaleceu o campo, por consequência enfraqueceram a cidade. Sem contar na formação das pessoas que pouco aprendem sobre a sua realidade de pequeno agricultor.
A própria policia de um modo geral não tem planos consistentes no que diz respeito a policiamento em zona rural, boa parte do que se aprende nas escolas de formação é voltada para o policiamento urbano. Veículos, armamento, fardamento, comunicação foram desenvolvidos para demandas urbanas. As legislações do campo são pouco discutidas e entendidas por parte de muita gente, por exemplo: o volume sonoro considerado ilegal no campo é menor do que o da cidade e as pessoas pensam o contrário que na zona rural que podem abrir som em toda altura.
Então, é necessário revermos muitos de nossos conceitos sobre segurança pública, proteção de pessoas e patrimônio, quando o assunto é o campo. O campo a despeito de há pouco tempo ter absorvido a forma urbana de viver, mas dela muito se difere e por isto quase tudo requer novas técnicas, novos modelos.
Muitas pessoas acreditam que uma pessoa pode resolver os problemas de insegurança que surgiram nos últimos meses. Não, agente não precisa de um super-homem que faça a mudança imediata. O que se precisa é uma discussão ampla com a comunidade camponesa a respeito dos problemas das comunidades e daí tentarmos solucionar em conjunto, pois ninguém tem a fórmula mágica da paz social. Ela é construída à base da solidariedade. E neste caso, temos que admitir: o mundo está pouco solidário.
Entender o modo de funcionamento da economia do campo é essencial para implantamos um modelo de gestão de políticas públicas voltadas para a economia, principalmente a economia solidária, uma forma de se aliar fatores econômicos que não busque o lucro pelo lucro.
Falou-se em ronda rural para aplacar a sanha dos delinquentes que estão fazendo com que as pessoas se mudem de suas casas no campo e migrem para a cidade. Esta medida em curto prazo poderá surtir algum efeito, mas funcionará como analgésico que não cura a doença apenas trata de conter a dor, é um paliativo.
Entendemos que o laser saudável precisa ser estimulado nas comunidades rurais. Os campos de futebol estão quase todos desativados; vemos pouca influência do esporte na vida das pessoas, onde a prática desportiva se resume em grande parte aos “babas” de fim de tarde.
Devemos incentivar a pratica de outras modalidades como a que vimos na comunidade de Baixa Pequena com seu grupo de capoeira do mestre Santana e o grupo de jiu jitsu do sensei Ney, na comunidade de Montanha.
Então, meus amigos como podem ver, temos muito que discutir e este pequeno espaço vai se prolongar para que possamos nos unir, solidarizarmo-nos, em prol da boa vivência no campo e também na cidade, pois entendemos possível uma vida digna, com paz e harmonia, nessa cidade que aprendi a gostar e onde quero viver plenamente com segurança.Fonte:facebook(Berg Borges é Policial Militar)
OFICINA DE POLÍTICA E PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
O município de Serrinha esteve representado pela Secretaria de Governo e Relações Institucionais.
A capital do Rio Grande do Norte, Natal, recebeu de 09 a 13 de março a oficina de Política e Plano Municipal de Saneamento Básico, destinada a técnicos, gestores e profissionais ligados ao saneamento básico. O município de Serrinha esteve representado pelo Diretor Geral da Secretaria de Governo e Relações Institucionais, Gabriel Santana.
A abertura do evento foi realizada na segunda-feira, 09/03, com a presença do vice-presidente da ASSEMAE Regional Nordeste IV e Diretor Superintendente do SAAE de Limoeiro do Norte, José Garcia Alves de Lima, além do superintendente estadual da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Antônio Barbosa.
“Foi muito importante participar da oficina, parabenizo a ASSEMAE e a Funasa pela iniciativa. O conhecimento adquirido será fundamental para auxiliar os gestores a garantir a melhoria dos serviços nos municípios. Destaco também o incentivo do Prefeito Osni Cardoso, que sempre está atento para ações dessa natureza, acreditando que só poderemos alcançar as metas previstas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), a partir deste planejamento”, pontuou Gabriel Santana.
Dois milhões saem às ruas de verde e amarelo contra a roubalheira.
Dois milhões de pessoas foram às ruas nos 26 Estados do Brasil e no Distrito Federal — um milhão só em São Paulo. O número decorre da soma de estimativas feitas pelas PMs locais. O Datafolha, que vive sendo malhado pelos blogs sujos, agora mereceu testemunho de fé da companheirada porque assegura que 210 mil passaram pela Avenida Paulista. Considerada só a área dessa via, talvez. Fui ao topo de um prédio muito alto. Todas as perpendiculares estavam tomadas por uma massa compacta. A Rua da Consolação também. A PM diz ter levado em conta essas áreas adjacentes, considerando cinco pessoas por metro quadrado, mesmo critério empregado para chegar aos 12 mil petistas que se concentraram na região no dia 13.
Quantos estiveram nas ruas na cidade de São Paulo, afinal, neste domingo? Participei ativamente dos comícios das Diretas e estive presente a algumas manifestações pelo impeachment de Collor. É experiência pessoal e memória, sei disto, mas nunca vi nada igual a este 15 de março. Se, no lendário comício das Diretas do dia 17 de abril de 1984, no Anhangabaú, havia 400 mil pessoas, parece-me difícil supor que, neste domingo, o contingente se resumisse à metade daquele.
Mas digamos, para efeito de pensamento, que o instituto esteja certo. Ainda assim, quase um milhão de pessoas teriam marchado em protesto contra o governo Dilma. Seja um número ou outro, já é a maior manifestação política da história. Até porque os comícios das Diretas ocorriam em uma determinada capital e pronto. Desta feita, houve protesto em todas elas e em 185 outras cidades.
Este 15 de março marca ainda outro fato inédito. Nas campanhas das Diretas e em favor do impeachment de Collor, as esquerdas davam o tom do discurso — aliás, assim tem sido desde a redemocratização do Brasil. Nas ruas, os petistas passavam a impressão de ser a força hegemônica. O vermelho disputava o espaço com o verde e amarelo. Neste domingo, não! O PT não estava presente. Ainda que Dilma tenha mobilizado boa parte das palavras de ordem, a maioria delas, no tempo em que acompanhei a manifestação — e foi bastante — tinha o PT como alvo principal. Horas depois, ficaria claro, uma vez mais, por quê.
Ódio? Qual? Violência? Onde?
Desde que começou a ficar claro que o país poderia assistir à maior manifestação de sua história, o PT, ministros de Estado e a própria presidente evocaram a palavra “golpe”, como se o vocabulário terrorista fosse afastar as pessoas das ruas. Não funcionou. Perdidos, mudaram, então, a estratégia e passaram a fazer estranhas advertências sobre o risco de violência e a política do ódio.
Nem uma coisa nem outra. Hostilidade ao petismo? Ah, havia, sim. Ou os petistas trataram com afeto, em suas pequenas manifestações do dia 13, os que hoje se opõem ao governo Dilma? Violência? Exceção feita a algumas escaramuças aqui e ali — especialmente no Distrito Federal e depois de encerrado o protesto —, nunca se viu povo tão ordeiro. Em São Paulo, a Polícia Militar, em trabalho exemplar, prendeu um grupo de autointitulados “Carecas do Subúrbio”. Carregavam bombas caseiras e soco- inglês. Um deles conseguiu escapar e se escondeu no meio da multidão. Acompanhei o momento em que foi identificado. As pessoas se agacharam, colocaram-no em evidência e chamaram a Polícia. Funcionou.
As manifestações deste domingo provaram uma tese antiga deste blog. Os “black blocs” nunca foram um fenômeno urbano, uma estética, uma ética — ou seja lá que outro lixo subintelectual se tenha tentado inventar. Eram e são bandidos tolerados e protegidos por movimentos de ultraesquerda. Onde estavam no dia de ontem? Sabiam que não seriam nem abrigados nem protegidos. Sabiam que seriam expulsos da rua pela massa de, estes sim, trabalhadores!
Como esquecer que Gilberto Carvalho, em entrevista histórica concedida à Folha, confessou ter se reunido várias vezes com lideranças da canalha mascarada?
Eram poucas as faixas porque praticamente não havia movimento organizado. Também não se permitiu que o protesto fosse aparelhado por partidos políticos — e, com isso, não estou rejeitando a política, não! Ao contrário! Vi nas ruas um momento de tomada de consciência de pessoas que já não aguentam mais a conversa mole e vigarista, segundo a qual, na prática, uma suposta justiça social serve de compensação à roubalheira descarada.
O Brasil está mudando. Os reacionários do PT e suas franjas fascistoides na subimprensa optam, agora, por atacar a população de trabalhadores que vai às ruas. Perderam o eixo e a noção de tudo. Com satisfação, vi uma frase de um texto deste blog estendida na Paulista: “Não somos de direita. Somos brasileiros direitos”.
Atenção! A democracia nos reserva, sim, o direito de ser de direita. Mas, neste domingo, as pessoas direitas é que estavam nas ruas, de direita ou não.
Fonte:Veja-Por Reinaldo Azevedo
‘Meu governo não consegue falar com a sociedade’, diz Pinheiro após manifestações
O senador Walter Pinheiro criticou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a fala de um ministro do governo Dilma, dada em caráter de anonimato para a publicação. O ministro teria dito, segundo a Folha, que "A PM está inflando esses números” e que na manifestação deste domingo (15) na Avenida Paulista não haveria "povão", e sim, a classe média que votou em Aécio Neves. Segundo Pinheiro, este ministro deveria "se preocupar com o recado, não importa de quem veio". "Tem uma frase dizendo que a polícia inflou. Pelo amor de Deus, acreditar que um ministro pense isso. Eu lamento que um ministro tenha dito isso. Ao invés de ficar preocupado se tinha 10 ou 10 mil, pois não devia se preocupar com a quantidade, deveria se preocupar com o recado, não importa de quem veio", criticou Pinheiro. Na opinião do senador baiano, as manifestações, que levaram milhares de pessoas às ruas em diversas cidades brasileiras, não se tratavam de um "terceiro turno", mas sim, "a continuidade de um recado que vêm desde a eleição". "Temos que parar e olhar para trás para ter capacidade e coragem de falar dos erros. Vou ficar avaliando se a manifestação é de classe baixa, de media, de alta? Nós não ganhamos a eleição com essa margem folgada na sociedade. Nós tivemos um recado na eleição. Pelo amor de Deus. Não é o problema com o Congresso, é com a sociedade. É com isso que estou preocupado. O meu governo não consegue falar com a sociedade, meu Deus!", desabafou.
Imprensa internacional destaca manifestações de domingo contra Dilma Rousseff
As manifestações realizadas neste domingo (15), em várias cidades brasileiras, contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) foram destaque em sites e jornais estrangeiros por meio de fotos, textos e frases dos protestos. “Um milhão de brasileiros saem às ruas contra Dilma Rousseff”, foi a manchete do jornal espanhol El País, que descreveu os manifestantes como pertencente "às classes médias mais educadas, melhor preparadas e mais informadas do país”. O Huffington Post escreveu em letras garrafais "Basta, Dilma", classificando os atos de domingo como os "maiores da história" do Brasil. Na página do jornal britânico especializado em economia "Financial Times", uma reportagem com título "Milhares pedem o impeachment de Rousseff" contextualizou o cenário político e econômico da nação. De acordo com cálculos realizados pela Policia Militar dos estados, as manifestações do dia 15 reuniram mais de dois milhões de pessoas em todo país.
1.200EBDA:Servidores da empresa terão direitos trabalhistas assegurados
Com a extinção da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), anunciada pelo governador Rui Costa (PT) na reforma administrativa estadual, o secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, garante que os mais de 1.200 servidores da empresa terão direitos trabalhistas assegurados. Em entrevista ao Bahia Notícias, o titular da pasta analisa o cenário encontrado na área rural da Bahia e os desafios enfrentados por sua gestão na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). “A estrutura da secretaria vai permear todo o estado. Vamos ter nos 27 territórios de identidade da Bahia uma representação da secretaria”, afirmou Rodrigues.
Secretário, a pasta é relativamente nova para o estado. Qual foi a realidade encontrada na área rural da Bahia?
Eu prefiro, antes de falar da realidade, falar da decisão do governador. Até para justificar a situação que nós encontramos. A decisão do governador é de organizar o conjunto das políticas públicas para atender às demandas da agricultura familiar, da reforma agrária, dos povos e comunidades tradicionais e quilombolas do estado da Bahia. Já existia um conjunto de ações, uma superintendência, existia a CAR [Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional]. E todos esses órgãos já faziam ações. Mas faziam de forma, não diria pulverizada, mas não estava centralizada em um único local. A tomada da decisão vem por conta de dois números importantes. A Bahia é o estado com o maior número de população rural. A Bahia detém 4 milhões de pessoas morando no campo. É o estado da federação com maior população rural. O segundo é o número de agricultores familiares. Por isso a decisão de criar uma secretaria. Nós temos 700 mil propriedades de agricultura familiar. É o estado com o maior número de agricultores familiares da nação. Então, essas são as justificativas pelas quais ele considerou necessário se criar uma secretaria, uma institucionalidade. E sobre como eu encontrei... Temos um cenário, primeiro, como em todo o país, com algumas dificuldades de acesso a tecnologias, por exemplo. Temos uma agricultura dinâmica, uma agricultura familiar que gera 70% da alimentação do país e do estado. Uma agricultura que gera um pouco mais do que isso de ocupação. Ou seja, quem está no campo, que trabalha, está vinculado à agricultura familiar. É a área que mais ocupa pessoas. Esses dois números dizem respeito a importância da agricultura familiar no PIB da Bahia, no PIB da agricultura. Na economia como um todo. Seja no emprego, seja na produção de alimentos. Por que a produção de alimentos baratos reduz o custo da cesta básica. E isso reduz a inflação. Veja, é a agricultura familiar, pequena, antes vista como “de pobre”, hoje não mais pensada dessa forma, influenciando elementos da macro economia. Seja da inflação, do desemprego, seja da produção de matéria prima. Nós encontramos um setor produtivo, estratégico, importante, mas com pouco acesso à inovação tecnológica, à ciência e tecnologia. Ainda temos, por mais que o governador Jaques Wagner tenha feito, um mundo rural com dificuldades de acesso à energia, à água, à telecomunicação. Tem ainda, por trás disso, um cenário muito importante que é a organização política dos agricultores familiares. Nós temos movimentos a exemplo do Movimento Sem Terra (MST), Federação de Agricultores Rurais como a FETRAF, FETAG, cooperativas de crédito, redes da economia solidária. Então, há uma organização deles, dos agricultores. Tanto do aspecto político, de defesa dos direitos trabalhistas e etc., como também organização produtiva, econômica... Então é um cenário que, se por um lado tem um fator positivo, tem por outro lado o setor de dificuldades.
Seriam essas as demandas do setor?
Perfeitamente.
Além dessas, você poderia listar o que a sociedade tem pedido para a secretaria?
O tema da reforma agrária, da regularização fundiária é o tema principal. Tudo surge a partir do o acesso à terra. O tema terra não é fácil de ser tratado. O tema da reforma agrária por muito tempo foi partidarizado... Precisamos rever o lugar da reforma agrária como um instrumento de desenvolvimento. Quem é da zona rural, quem é da roça, do campo sabe o que é ter o título da terra. Quem mora na cidade sabe o que é ter o título da casa. Quem mora na zona rural quer ter o título da terra. Nós temos ainda um número significativo, no país e na Bahia, de pessoas que precisam ter acesso à terra. O tema da habitação rural é uma demanda também muito forte. Nós temos ainda uma demanda por habitação rural muito grande na Bahia. E, nós, com o programa Minha Casa Minha Vida, com a ação da Sedur [Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano], a intenção é enfrentar esse tema. Até pra habitar, para morar, é difícil. A não ser quando você mora com seus pais. O tema da água é outro bastante importante. E a gente está vendo aí em todo o estado, em todo o país, a dificuldade que é o tema da segurança hídrica. Tanto para consumo humano como para produção, para alimentação animal. Para irrigação então o tema da água é muito caro, e um tema que não é só do semiárido. Ele é mais duro no semiárido, mas todo o estado sofre com o tema da água para produção e até para consumo. E até alguns casos para produção é difícil, porque se você pega uma região com água muito salobra ou salinizada, ela vai dificultar a produção. O outro é de infraestrutura, de estradas. Tem muita demanda por isso, estradas vicinais. As estradas BAs e BRs do governador Jaques Wagner, de Dilma e Lula fizeram muito, mas as estradas vicinais, que é uma responsabilidade do município, são as estradas que cortam os municípios por dentro, e a gente precisa fazer um bom investimento. Além disso, o tema do mercado talvez seja um dos mais difíceis, porque muitos agricultores estão preparados para comercializar, vendendo para alimentação escolar, para o governo... A gente está se esforçando bastante para agroindustrializar, ajudar a fazer uma agroindústria. O governador Rui Costa criou uma superintendência que vai cuidar da assistência técnica, que vai chegar até o agricultor com as informações, capacitações e orientações técnicas para produzir melhor, para produzir mais, para viver melhor no campo. É uma demanda muito latente na pauta do movimento: reforma agrária, água, assistência técnica e comercialização. Diria que esses quatro são os mais fortes.
E a SDR tem pensando o que para suprir essas necessidades?
Reforma agrária é um tema que vamos colaborar bastante. Mas é uma responsabilidade maior do governo federal, da União. Nós temos uma parceria para poder cadastrar as famílias, para fazer crédito fundiário... O tema da água, o governador Rui Costa, da mesma forma, colocou em nossas mãos, na secretaria, para, em parceria com o governo federal, levar às propriedades rurais a maior quantidade de água para produção. Seja em forma de barragens, em sistemas simplificados ou nas próprias cisternas... Há uma conjunto de tecnologias para garantir isso. É o governo federal quem tem aportado o maior volume com o Pronaf, e nós queremos fazer continuar a parceria com o Banco do Nordeste, Banco do Brasil, para tratar do tema do crédito. E temos ainda o tema da comercialização. Nós temos recursos para agroindústrias. Inclusive na parte de comercialização, além de capacitação, temos condições de fazer ou apoiar as prefeituras, os movimentos, com a construção de mercado, aperfeiçoamentos de mercados, centrais de comercialização. Entendendo que estamos numa situação de crise fiscal, mesmo assim há ainda para 2015 uma deliberação do governador para que a gente possa fazer dentro da demanda especificada.
O senhor falou que existe um problema estrutural na área rural aqui do estado. Podemos ver no noticiário que algumas necessidades básicos não chegam a essas pessoas. O senhor mencionou a questão da água, existe também problema de desenvolvimento escolar nesses municípios menores. De que forma a secretaria pretende resolver isso? Propor parcerias com consórcios, com outras secretarias? Como é que anda essa articulação?
Está muito claro que a secretaria é uma secretaria de desenvolvimento econômico. A função nossa é apoiar a agricultura familiar, na geração de renda, melhoria da renda familiar, na melhoria do PIB rural da Bahia. É um papel importante e claro para nós. Por outro lado, a gente não faz desenvolvimento rural, não consegue manter o homem e a mulher no campo produzindo, se não tivermos uma estrutura mínima de educação para a juventude, para os filhos daquela família. A gente não consegue manter se não tiver um acesso a um sinal de TV, a um sinal de telefonia celular. Não conseguimos se não tiver uma boa aproximação com a rede pública de saúde. Não dá para a gente criar hospitais e postos de saúde que tenham uma distância mínima para qualquer necessidade. Aquela família que está servindo no campo quer condições de acesso facilitado de alguns serviços públicos. Temos que fazer uma rede de parcerias ou rede de relações. E o governador já determinou que quer um governo em que as caixinhas dialoguem com as outras pra ter uma política um pouco mais articulada. A determinação é que a gente possa manter essa linha, não só com as secretarias outras do governo do estado, mas com governo federal que já atua com esse público na zona rural.
Em uma entrevista recente, o senhor afirmou a necessidade de parcerias com os consórcios territoriais e públicos, secretarias estaduais, prefeituras, universidades, instituições de pesquisa e entidades da sociedade civil. Essas entidades estão abertas para parcerias pelo desenvolvimento rural do estado? Há alguma dificuldade nesse começo de gestão?
A estrutura da secretaria vai permear todo o estado. Nós vamos ter nos 27 territórios de identidade da Bahia uma representação da secretaria. Estamos chamando de Setaf, que é o Serviço Territorial de Atendimento a Agricultura Familiar. Quem vai ficar ali são pessoas, profissionais, técnicos da assistência técnica, profissionais da CAR, representantes também de outras secretarias como a Adab, Bahia Pesca... A nível municipal estamos criando o Semaf, Serviço Municipal de Agricultura Familiar. E não tem dificuldade nenhuma, muito pelo contrário. Os consórcios e colegiados estão contentes com essa ação territorial. Mesmo a gente não tendo formatado prontamente o desenho definitivo, já existe uma demanda muito grande de prefeitos e prefeitas, de movimentos sociais querendo fazer esse pacto. Não tem resistência, pelo contrário, há uma demanda e apoio muito forte dessas representações de consórcio, colegiado, sindicato, associações de cooperativas, prefeituras, câmara de vereadores... Daqui de Salvador a gente fica muito longe. Essa secretaria o governador entende como sendo a secretaria do interior. Por mais que a gente tenha agricultura urbana numa região metropolitana como Salvador, o forte da agricultura familiar no estado é no interior dos municípios. A intenção é percorrer do extremo sul, ao norte, ao oeste, tentando levar com maior rapidez esse tipo de serviço.
Nos últimos quinze dias foram adquiridos cerca de 15 milhões de reais em sementes. O que a secretaria pretende fazer com elas? Distribuir para pequenos agricultores?
Nós ainda temos uma deficiência que é a necessidade do estado distribuir sementes. A intenção é superar isso, criar uma rede de banco de sementes no interior do estado para que o agricultor não fique refém. Estamos distribuindo sementes até que as comunidades, os municípios tenham condições de autossuficiências. E com outra atenção: as sementes que nós distribuímos são sementes limpas, não são transgênicas. Isso é importante para manter a qualidade, a independência do agricultor familiar do conjunto de insumos. Quando você compra uma semente produzida em laboratório, você tem que usar determinado tipo de adubo, um determinado tipo de veneno. E a gente não quer isso. A gente quer esse tipo de insumo da agricultura familiar que ele é limpo. Nosso exercício é para criar autonomia. O governador vai fazer uma entrega dia 16, em Feira de Santana. Uma simbologia de entrega, mas a semente já está rodando, para que a gente possa pegar as chuvas de março ainda. As chuvas de São José. É claro que a gente não consegue cobrir com uma quantidade ideal. Por isso é importante a construção de uma política de banco de semente.
Então não existe uma meta para encher esse banco de semente?
Cada comunidade autogerencia a sua produção e o seu uso. A política que estamos construindo ainda é de transição. Transição agroecológica. Para sair dessa coisa de mercado e a comunidade ter suas próprias plantas nativas, semente... isso tanto acontece com sementes de plantas como de animais. A semente animal é um caprino novo, é um bezerro novo que a gente possa distribuir para que ele possa melhorar a genética. Por enquanto nós estamos tratando semente de planta, de feijão e de milho, mas a intenção nossa é continuar com a política de distribuição de animais para recompor o rebanho. Nós perdemos muito, muitas cabeças de caprino, de bovinos, e a intenção é recompor esse rebanho. Que não é de um ano pra o outro. Isso é lento. A seca não passou ainda. Nós temos ainda municípios no estado da Bahia em situação de emergência. É possível que a gente passe ainda em 2015 um período de algumas regiões terem dificuldades. Outras choveram bem, mas não houve chuva para recompor os nossos lençóis freáticos e águas mananciais para as próximas safras.
O senhor falou sobre a seca em algumas cidades do estado. De que modo a secretaria o estado pode interceder e ajudar esses municípios a se recuperarem, a pelo menos amenizar a situação?
Água em qualquer região do estado para consumo humano não tem tanta dificuldade. Possivelmente a dificuldade vai ser para produção. Se uma região de Juazeiro falta água, as indústrias saem de lá, os serviços como hotéis, serviços cultural saem. O governador Rui Costa fez um conjunto de ampliação dos sistemas de adutoras em todo o estado. A gente esteve em Brasília numa reunião no Ministério da Integração Nacional para discutir a questão do Canal do Sertão, que vai pegar a ponta ali de Juazeiro para trazer até Pedras Altas e depois trazer a Bacia de Jacuípe, perto da região de Riachão. A ação concreta para essas regiões são cisternas, barragens, poços e principalmente sistemas simplificados de água. São as questões básicas para o enfrentamento com regiões de seca.
Em curto prazo teria algo que pudesse ser feito?
A curto prazo, na gestão do governador Rui Costa, é fechar o ciclo do Canal do Sertão. Com isso a gente traz pra região uma capacidade muito grande de investimento. Essa água não é para irrigar. É água para dessedentação animal, ou seja, para os bichos beberem. Não é pra produção de forragens ou de capim, é para indústria. Nós temos barragens importantes a serem feitas, como barragem na região de Conquista.
Foi publicado que Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) está em fase de extinção, o que vai ser feito com esses funcionários?
A principal justificativa do governador Rui Costa é inovação. Garantir o serviço de assistência técnica. O que está se movimentando é a forma como a gente entrega esses serviços. A nível federal foi criado a Anater, é a Agência de Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. O governador Rui Costa, acompanhando a política nacional, resolveu criar a Bahiater. Temos a preocupação de manter os serviços, de ampliar e de qualificar os serviços. A diferença é que na EBDA, a empresa baiana, o governo executava os serviços. Nós temos cerca de 200 pessoas para fazer serviços. Nós continuamos com papel de financiador. Agora, quando extinguir a empresa você tem a sensibilidade e dureza do governador que é sindicalista de tratar aquela massa falida de patrimônio. O que fazer com o patrimônio? Vamos continuar utilizando das fazendas experimentais em formato diferenciado... Então tem um patrimônio, que vai desde fazenda sede que a gente vai dar um uso pra Bahiater. Os serviços essenciais não foram parados. Vamos ampliar os serviços. Temos um conjunto de profissionais qualificadíssimos, por sinal a EBDA tem uma história muito rica na agricultura da Bahia, seja pra fazer análise, acompanhar chuvas nas estações meteorológicas, seja para tratar do tema de laticínios, de frigorífico... Tem todo um arsenal de trabalhos que a EBDA fazia e que deu um know-how à Bahia de primeiro lugar em várias coisas. Esses profissionais de qualidade vamos aproveitar na Bahiater, na SDR, em algum lugar.
Não vai ser a totalidade de funcionários da EBDA então?
Temos das 1.220 pessoas hoje da EBDA, um conjunto que são Redas. Então só ai é uma quantidade significativa. Temos um conjunto de funcionários já aposentados. Temos 271 pessoas que não estavam aptas a aposentar por conta do tempo de serviço ou de idade. Numa extinção tem demissão. Vai haver demissão. Aqueles que tiverem interesse em continuar, vamos ver se tem alguma forma. O governador quer uma maneira de que eles não possam ficar padecendo no sentido de questões salarias, da previdência. Estamos procurando forma de disponibilizar uma relação contratual com segurança jurídica. O governador não abre mão de tratá-los com reconhecimento.Fonte:Bahia Noticias
Secretário, a pasta é relativamente nova para o estado. Qual foi a realidade encontrada na área rural da Bahia?
Eu prefiro, antes de falar da realidade, falar da decisão do governador. Até para justificar a situação que nós encontramos. A decisão do governador é de organizar o conjunto das políticas públicas para atender às demandas da agricultura familiar, da reforma agrária, dos povos e comunidades tradicionais e quilombolas do estado da Bahia. Já existia um conjunto de ações, uma superintendência, existia a CAR [Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional]. E todos esses órgãos já faziam ações. Mas faziam de forma, não diria pulverizada, mas não estava centralizada em um único local. A tomada da decisão vem por conta de dois números importantes. A Bahia é o estado com o maior número de população rural. A Bahia detém 4 milhões de pessoas morando no campo. É o estado da federação com maior população rural. O segundo é o número de agricultores familiares. Por isso a decisão de criar uma secretaria. Nós temos 700 mil propriedades de agricultura familiar. É o estado com o maior número de agricultores familiares da nação. Então, essas são as justificativas pelas quais ele considerou necessário se criar uma secretaria, uma institucionalidade. E sobre como eu encontrei... Temos um cenário, primeiro, como em todo o país, com algumas dificuldades de acesso a tecnologias, por exemplo. Temos uma agricultura dinâmica, uma agricultura familiar que gera 70% da alimentação do país e do estado. Uma agricultura que gera um pouco mais do que isso de ocupação. Ou seja, quem está no campo, que trabalha, está vinculado à agricultura familiar. É a área que mais ocupa pessoas. Esses dois números dizem respeito a importância da agricultura familiar no PIB da Bahia, no PIB da agricultura. Na economia como um todo. Seja no emprego, seja na produção de alimentos. Por que a produção de alimentos baratos reduz o custo da cesta básica. E isso reduz a inflação. Veja, é a agricultura familiar, pequena, antes vista como “de pobre”, hoje não mais pensada dessa forma, influenciando elementos da macro economia. Seja da inflação, do desemprego, seja da produção de matéria prima. Nós encontramos um setor produtivo, estratégico, importante, mas com pouco acesso à inovação tecnológica, à ciência e tecnologia. Ainda temos, por mais que o governador Jaques Wagner tenha feito, um mundo rural com dificuldades de acesso à energia, à água, à telecomunicação. Tem ainda, por trás disso, um cenário muito importante que é a organização política dos agricultores familiares. Nós temos movimentos a exemplo do Movimento Sem Terra (MST), Federação de Agricultores Rurais como a FETRAF, FETAG, cooperativas de crédito, redes da economia solidária. Então, há uma organização deles, dos agricultores. Tanto do aspecto político, de defesa dos direitos trabalhistas e etc., como também organização produtiva, econômica... Então é um cenário que, se por um lado tem um fator positivo, tem por outro lado o setor de dificuldades.
Seriam essas as demandas do setor?
Perfeitamente.
Além dessas, você poderia listar o que a sociedade tem pedido para a secretaria?
O tema da reforma agrária, da regularização fundiária é o tema principal. Tudo surge a partir do o acesso à terra. O tema terra não é fácil de ser tratado. O tema da reforma agrária por muito tempo foi partidarizado... Precisamos rever o lugar da reforma agrária como um instrumento de desenvolvimento. Quem é da zona rural, quem é da roça, do campo sabe o que é ter o título da terra. Quem mora na cidade sabe o que é ter o título da casa. Quem mora na zona rural quer ter o título da terra. Nós temos ainda um número significativo, no país e na Bahia, de pessoas que precisam ter acesso à terra. O tema da habitação rural é uma demanda também muito forte. Nós temos ainda uma demanda por habitação rural muito grande na Bahia. E, nós, com o programa Minha Casa Minha Vida, com a ação da Sedur [Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano], a intenção é enfrentar esse tema. Até pra habitar, para morar, é difícil. A não ser quando você mora com seus pais. O tema da água é outro bastante importante. E a gente está vendo aí em todo o estado, em todo o país, a dificuldade que é o tema da segurança hídrica. Tanto para consumo humano como para produção, para alimentação animal. Para irrigação então o tema da água é muito caro, e um tema que não é só do semiárido. Ele é mais duro no semiárido, mas todo o estado sofre com o tema da água para produção e até para consumo. E até alguns casos para produção é difícil, porque se você pega uma região com água muito salobra ou salinizada, ela vai dificultar a produção. O outro é de infraestrutura, de estradas. Tem muita demanda por isso, estradas vicinais. As estradas BAs e BRs do governador Jaques Wagner, de Dilma e Lula fizeram muito, mas as estradas vicinais, que é uma responsabilidade do município, são as estradas que cortam os municípios por dentro, e a gente precisa fazer um bom investimento. Além disso, o tema do mercado talvez seja um dos mais difíceis, porque muitos agricultores estão preparados para comercializar, vendendo para alimentação escolar, para o governo... A gente está se esforçando bastante para agroindustrializar, ajudar a fazer uma agroindústria. O governador Rui Costa criou uma superintendência que vai cuidar da assistência técnica, que vai chegar até o agricultor com as informações, capacitações e orientações técnicas para produzir melhor, para produzir mais, para viver melhor no campo. É uma demanda muito latente na pauta do movimento: reforma agrária, água, assistência técnica e comercialização. Diria que esses quatro são os mais fortes.
E a SDR tem pensando o que para suprir essas necessidades?
Reforma agrária é um tema que vamos colaborar bastante. Mas é uma responsabilidade maior do governo federal, da União. Nós temos uma parceria para poder cadastrar as famílias, para fazer crédito fundiário... O tema da água, o governador Rui Costa, da mesma forma, colocou em nossas mãos, na secretaria, para, em parceria com o governo federal, levar às propriedades rurais a maior quantidade de água para produção. Seja em forma de barragens, em sistemas simplificados ou nas próprias cisternas... Há uma conjunto de tecnologias para garantir isso. É o governo federal quem tem aportado o maior volume com o Pronaf, e nós queremos fazer continuar a parceria com o Banco do Nordeste, Banco do Brasil, para tratar do tema do crédito. E temos ainda o tema da comercialização. Nós temos recursos para agroindústrias. Inclusive na parte de comercialização, além de capacitação, temos condições de fazer ou apoiar as prefeituras, os movimentos, com a construção de mercado, aperfeiçoamentos de mercados, centrais de comercialização. Entendendo que estamos numa situação de crise fiscal, mesmo assim há ainda para 2015 uma deliberação do governador para que a gente possa fazer dentro da demanda especificada.
O senhor falou que existe um problema estrutural na área rural aqui do estado. Podemos ver no noticiário que algumas necessidades básicos não chegam a essas pessoas. O senhor mencionou a questão da água, existe também problema de desenvolvimento escolar nesses municípios menores. De que forma a secretaria pretende resolver isso? Propor parcerias com consórcios, com outras secretarias? Como é que anda essa articulação?
Está muito claro que a secretaria é uma secretaria de desenvolvimento econômico. A função nossa é apoiar a agricultura familiar, na geração de renda, melhoria da renda familiar, na melhoria do PIB rural da Bahia. É um papel importante e claro para nós. Por outro lado, a gente não faz desenvolvimento rural, não consegue manter o homem e a mulher no campo produzindo, se não tivermos uma estrutura mínima de educação para a juventude, para os filhos daquela família. A gente não consegue manter se não tiver um acesso a um sinal de TV, a um sinal de telefonia celular. Não conseguimos se não tiver uma boa aproximação com a rede pública de saúde. Não dá para a gente criar hospitais e postos de saúde que tenham uma distância mínima para qualquer necessidade. Aquela família que está servindo no campo quer condições de acesso facilitado de alguns serviços públicos. Temos que fazer uma rede de parcerias ou rede de relações. E o governador já determinou que quer um governo em que as caixinhas dialoguem com as outras pra ter uma política um pouco mais articulada. A determinação é que a gente possa manter essa linha, não só com as secretarias outras do governo do estado, mas com governo federal que já atua com esse público na zona rural.
Em uma entrevista recente, o senhor afirmou a necessidade de parcerias com os consórcios territoriais e públicos, secretarias estaduais, prefeituras, universidades, instituições de pesquisa e entidades da sociedade civil. Essas entidades estão abertas para parcerias pelo desenvolvimento rural do estado? Há alguma dificuldade nesse começo de gestão?
A estrutura da secretaria vai permear todo o estado. Nós vamos ter nos 27 territórios de identidade da Bahia uma representação da secretaria. Estamos chamando de Setaf, que é o Serviço Territorial de Atendimento a Agricultura Familiar. Quem vai ficar ali são pessoas, profissionais, técnicos da assistência técnica, profissionais da CAR, representantes também de outras secretarias como a Adab, Bahia Pesca... A nível municipal estamos criando o Semaf, Serviço Municipal de Agricultura Familiar. E não tem dificuldade nenhuma, muito pelo contrário. Os consórcios e colegiados estão contentes com essa ação territorial. Mesmo a gente não tendo formatado prontamente o desenho definitivo, já existe uma demanda muito grande de prefeitos e prefeitas, de movimentos sociais querendo fazer esse pacto. Não tem resistência, pelo contrário, há uma demanda e apoio muito forte dessas representações de consórcio, colegiado, sindicato, associações de cooperativas, prefeituras, câmara de vereadores... Daqui de Salvador a gente fica muito longe. Essa secretaria o governador entende como sendo a secretaria do interior. Por mais que a gente tenha agricultura urbana numa região metropolitana como Salvador, o forte da agricultura familiar no estado é no interior dos municípios. A intenção é percorrer do extremo sul, ao norte, ao oeste, tentando levar com maior rapidez esse tipo de serviço.
Nos últimos quinze dias foram adquiridos cerca de 15 milhões de reais em sementes. O que a secretaria pretende fazer com elas? Distribuir para pequenos agricultores?
Nós ainda temos uma deficiência que é a necessidade do estado distribuir sementes. A intenção é superar isso, criar uma rede de banco de sementes no interior do estado para que o agricultor não fique refém. Estamos distribuindo sementes até que as comunidades, os municípios tenham condições de autossuficiências. E com outra atenção: as sementes que nós distribuímos são sementes limpas, não são transgênicas. Isso é importante para manter a qualidade, a independência do agricultor familiar do conjunto de insumos. Quando você compra uma semente produzida em laboratório, você tem que usar determinado tipo de adubo, um determinado tipo de veneno. E a gente não quer isso. A gente quer esse tipo de insumo da agricultura familiar que ele é limpo. Nosso exercício é para criar autonomia. O governador vai fazer uma entrega dia 16, em Feira de Santana. Uma simbologia de entrega, mas a semente já está rodando, para que a gente possa pegar as chuvas de março ainda. As chuvas de São José. É claro que a gente não consegue cobrir com uma quantidade ideal. Por isso é importante a construção de uma política de banco de semente.
Então não existe uma meta para encher esse banco de semente?
Cada comunidade autogerencia a sua produção e o seu uso. A política que estamos construindo ainda é de transição. Transição agroecológica. Para sair dessa coisa de mercado e a comunidade ter suas próprias plantas nativas, semente... isso tanto acontece com sementes de plantas como de animais. A semente animal é um caprino novo, é um bezerro novo que a gente possa distribuir para que ele possa melhorar a genética. Por enquanto nós estamos tratando semente de planta, de feijão e de milho, mas a intenção nossa é continuar com a política de distribuição de animais para recompor o rebanho. Nós perdemos muito, muitas cabeças de caprino, de bovinos, e a intenção é recompor esse rebanho. Que não é de um ano pra o outro. Isso é lento. A seca não passou ainda. Nós temos ainda municípios no estado da Bahia em situação de emergência. É possível que a gente passe ainda em 2015 um período de algumas regiões terem dificuldades. Outras choveram bem, mas não houve chuva para recompor os nossos lençóis freáticos e águas mananciais para as próximas safras.
O senhor falou sobre a seca em algumas cidades do estado. De que modo a secretaria o estado pode interceder e ajudar esses municípios a se recuperarem, a pelo menos amenizar a situação?
Água em qualquer região do estado para consumo humano não tem tanta dificuldade. Possivelmente a dificuldade vai ser para produção. Se uma região de Juazeiro falta água, as indústrias saem de lá, os serviços como hotéis, serviços cultural saem. O governador Rui Costa fez um conjunto de ampliação dos sistemas de adutoras em todo o estado. A gente esteve em Brasília numa reunião no Ministério da Integração Nacional para discutir a questão do Canal do Sertão, que vai pegar a ponta ali de Juazeiro para trazer até Pedras Altas e depois trazer a Bacia de Jacuípe, perto da região de Riachão. A ação concreta para essas regiões são cisternas, barragens, poços e principalmente sistemas simplificados de água. São as questões básicas para o enfrentamento com regiões de seca.
Em curto prazo teria algo que pudesse ser feito?
A curto prazo, na gestão do governador Rui Costa, é fechar o ciclo do Canal do Sertão. Com isso a gente traz pra região uma capacidade muito grande de investimento. Essa água não é para irrigar. É água para dessedentação animal, ou seja, para os bichos beberem. Não é pra produção de forragens ou de capim, é para indústria. Nós temos barragens importantes a serem feitas, como barragem na região de Conquista.
Foi publicado que Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) está em fase de extinção, o que vai ser feito com esses funcionários?
A principal justificativa do governador Rui Costa é inovação. Garantir o serviço de assistência técnica. O que está se movimentando é a forma como a gente entrega esses serviços. A nível federal foi criado a Anater, é a Agência de Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. O governador Rui Costa, acompanhando a política nacional, resolveu criar a Bahiater. Temos a preocupação de manter os serviços, de ampliar e de qualificar os serviços. A diferença é que na EBDA, a empresa baiana, o governo executava os serviços. Nós temos cerca de 200 pessoas para fazer serviços. Nós continuamos com papel de financiador. Agora, quando extinguir a empresa você tem a sensibilidade e dureza do governador que é sindicalista de tratar aquela massa falida de patrimônio. O que fazer com o patrimônio? Vamos continuar utilizando das fazendas experimentais em formato diferenciado... Então tem um patrimônio, que vai desde fazenda sede que a gente vai dar um uso pra Bahiater. Os serviços essenciais não foram parados. Vamos ampliar os serviços. Temos um conjunto de profissionais qualificadíssimos, por sinal a EBDA tem uma história muito rica na agricultura da Bahia, seja pra fazer análise, acompanhar chuvas nas estações meteorológicas, seja para tratar do tema de laticínios, de frigorífico... Tem todo um arsenal de trabalhos que a EBDA fazia e que deu um know-how à Bahia de primeiro lugar em várias coisas. Esses profissionais de qualidade vamos aproveitar na Bahiater, na SDR, em algum lugar.
Não vai ser a totalidade de funcionários da EBDA então?
Temos das 1.220 pessoas hoje da EBDA, um conjunto que são Redas. Então só ai é uma quantidade significativa. Temos um conjunto de funcionários já aposentados. Temos 271 pessoas que não estavam aptas a aposentar por conta do tempo de serviço ou de idade. Numa extinção tem demissão. Vai haver demissão. Aqueles que tiverem interesse em continuar, vamos ver se tem alguma forma. O governador quer uma maneira de que eles não possam ficar padecendo no sentido de questões salarias, da previdência. Estamos procurando forma de disponibilizar uma relação contratual com segurança jurídica. O governador não abre mão de tratá-los com reconhecimento.Fonte:Bahia Noticias
Fifa define a Arena Fonte Nova como uma das sedes do futebol nos Jogos Olímpicos
Em reunião realizada nesta segunda-feira (16), a Fifa definiu as sedes para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 e a Arena Fonte Nova será um dos estádios utilizados para a disputa do futebol masculino e feminino na competição. Ao todo foram sete estádios escolhidos, com o Rio de Janeiro sendo a única cidade com duas sedes (Maracanã e Engenhão). Além deles, foram selecionados a Arena Amazônia em Manaus, a Arena Corinthians em São Paulo, o Mineirão em Belo Horizonte e o Mané Garrincha em Brasília.
domingo, 15 de março de 2015
Para governo, manifestação é representativa, mas sem foco
O governo acompanha com atenção as manifestações em todo o país e, a esta altura, avalia que muita gente foi para a rua, mas que os atos não tiveram foco político. Mesmo reconhecendo a grande presença de brasileiros na rua, o governo avaliou que o ponto central não foi o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, embora em todas as capitais os protestos estiveram permeados por faixas com o “Fora, Dilma”.
"É uma manifestação expressiva, mas não tem eixo político", disse um importante auxiliar da presidente Dilma.
Neste início da tarde, o governo está atento à mobilização em São Paulo, território onde o PT já tem dificuldades, mas onde conseguiu mobilizar uma manifestação significativa na sexta-feira passada.
A preocupação do governo era com o tamanho dos protestos, mas também com a avaliação sobre quem ganharia com eles. Ao final da manhã, a avaliação foi a de que “poderia ser pior, mas não foi”.
"É uma manifestação que não é tão pequena que nós não iríamos nos importar com ela, mas também não foi tão grande que nos assustasse”, disse esse auxiliar, com leitura otimista baseada no fato de que não houve uma liderança política puxando o protesto nem um tema central.
Para o governo, o tema mais forte foi o protesto contra a corrupção, assunto que, na avaliação dos governistas, não cola na presidente Dilma que, para eles, tem boa imagem neste aspecto.
"Agora é esperar São Paulo, Se não houver confronto, já está de bom tamanho", disse o assessor da presidente.
Mesmo com atos tão representativos, a presidente Dilma Rousseff não pretende se manifestar hoje sobre o assunto.
Até porque uma forma seria por meio de pronunciamento, coisa que de antemão está descartada dos planos do governo por um bom tempo depois do panelaço do último domingo durantea fala da presidente na TV. A mais forte possibilidade é que Dilma dê entrevista amanhã, em Brasília, depois de cerimônia no Palácio do Planalto.Fonte:G1(Cristiana Lôbo)
"É uma manifestação expressiva, mas não tem eixo político", disse um importante auxiliar da presidente Dilma.
Neste início da tarde, o governo está atento à mobilização em São Paulo, território onde o PT já tem dificuldades, mas onde conseguiu mobilizar uma manifestação significativa na sexta-feira passada.
A preocupação do governo era com o tamanho dos protestos, mas também com a avaliação sobre quem ganharia com eles. Ao final da manhã, a avaliação foi a de que “poderia ser pior, mas não foi”.
"É uma manifestação que não é tão pequena que nós não iríamos nos importar com ela, mas também não foi tão grande que nos assustasse”, disse esse auxiliar, com leitura otimista baseada no fato de que não houve uma liderança política puxando o protesto nem um tema central.
Para o governo, o tema mais forte foi o protesto contra a corrupção, assunto que, na avaliação dos governistas, não cola na presidente Dilma que, para eles, tem boa imagem neste aspecto.
"Agora é esperar São Paulo, Se não houver confronto, já está de bom tamanho", disse o assessor da presidente.
Mesmo com atos tão representativos, a presidente Dilma Rousseff não pretende se manifestar hoje sobre o assunto.
Até porque uma forma seria por meio de pronunciamento, coisa que de antemão está descartada dos planos do governo por um bom tempo depois do panelaço do último domingo durantea fala da presidente na TV. A mais forte possibilidade é que Dilma dê entrevista amanhã, em Brasília, depois de cerimônia no Palácio do Planalto.Fonte:G1(Cristiana Lôbo)
Cival Anjos:"Me desculpem, mas estas pessoas são mais é aproveitadoras"
Atenção gente!
A população de Serrinha-Ba que tem mais de 82 mil habitantes provou hoje que está com Dilma, que apoia Dilma em tudo que ela faça!
Dia de movimento tinha um número pequeno de pessoas nas ruas protestando contra os desmandos do país!
Quem está certa, estas pessoas guerreiras que foram para as ruas ou os acomodados?
Cadê os 10 ou 15 mil eleitores de Adriano, quase 1000 de Batista, mais de 1200 de Lulu os de Beto da Mineração? kkkkk
Me desculpem, mas estas pessoas são mais é aproveitadoras, com exceção das que tiveram algum tipo de compromisso hoje, as demais querem é um cargo político, é receber algo para fazer a campanha e votar só por ter sido paga e benefícios outros!
Quer saber? Em serrinha não existe oposição, mas grupos adversários políticos e eleitores despolitizados!
Dá nojo ver uma imbecilidade desta!
Passei nas ruas e vi gente que se diz ser de grupo de oposição tranquila, tomando sua cerveja e nem está ai para o azar!
De parabéns está o PT, que aprendeu fazer política e com sua forma letal consegue paralisar as ações do povo que fica indefeso!
Estas mensagens, em suas maiores vem via TV e pela internet, pelas propagandas bonitas de governo e campanhas políticas e incutem a mensagem subliminar e os bobos recebem as setas de peito aberto e fica ser reação!
Me atinjam que eu quero ver!!!!
Mas se fosse para se reunir para falar da vida dos outros garanto que tinha pessoas suficientes para eleger o próximo prefeito de Serrinha.
Acorda Serrinha, Reage Serrinha!!! Deixa de marasmo povo!!!Fonte:Texto-Radialista-Cival Anjos
No protesto, Geddel diz que falta apenas o 'batom na calcinha' de Dilma para impeachment
O presidente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, esteve presente no ato deste domingo (15), no Farol da Barra, em Salvador, que faz parte de um movimento nacional de protestos contra o governo federal. O ex-ministro da Integração Nacional de Lula se disse surpreso com o tamanho da marcha soteropolitana. “Me surpreendeu o número de pessoas, o engajamento delas, sobretudo o tamanho da revolta dos baianos. Fomos às ruas, gritando ‘fora PT’ e ‘fora a corrupção’. Fiquei surpreendido”, disse Geddel. O político avaliou que a tendência é que após os protestos nacionais desse domingo, o sentimento de insatisfação “ganhe volume” e que o povo quer, além da reforma política, o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Como diz o ditado popular sobre a marca do batom na cueca, sei que ainda falta o ‘batom na calcinha’, a prova”, afirmou Geddel em relação às suspeitas do envolvimento de Dilma no escândalo de corrupção da Petrobras, que não foram comprovadas nas investigações da Operação Lava Jato. “O povo não está preso a esses aspectos da moralidade e está com o sentimento muito forte de impeachment e de que algo tem que mudar”, finalizou Geddel.Fonte:Bahia Noticias
‘Só os militares são capazes de devolver o país ao povo’, diz manifestante
Carregando no peito o nome Petrobras, a professora universitária aposentada Elídia Almeida Melo participou das manifestações contra o governo Dilma Rousseff (PT), neste domingo (15), no Farol da Barra, em Salvador. Em meio a gritos de “Fora Dilma” e “Fora PT”, Elídia defendia uma bandeira controversa: a intervenção militar. “Eu quero um país melhor, um país para os brasileiros, não um país para Cuba, nem para Venezuela. Estamos nas mãos de corruptos e ladrões cachaceiros”, disse. Na avaliação da aposentada, um eventual impeachment da presidente não atende às demandas que as pessoas reivindicam nas ruas. “Só os militares são capazes de devolver o país ao povo”, defendeu Elidia, sob os aplausos de alguns manifestantes. A aposentada ainda criticou o discurso de que a insatisfação com o governo Dilma Rousseff deriva da elite brasileira. “Somos elites sim, mas somos elite moral, ética, intelectual e espiritual e ninguém pode com a gente”, concluiu. Fonte:Bahia Noticias
Em manifestação pró-governo, 63% acham que Dilma sabia da corrupção na Petrobras
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha na manifestação organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo, na última sexta-feira (13), aponta que, dos 41 mil participantes, 63% acham que a presidente Dilma Rousseff (PT) tinha conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras, revelado pela Operação Lava Jato. Entre os entrevistados, formados em sua maioria por eleitores da petista, 36% acham que ela sabia, mas não podia fazer nada. 27% acreditam que sabia e deixou a corrupção acontecer, e 32% defendem que ela não tinha conhecimento dos fatos. As manifestações da última sexta-feira, conhecida como "Dia Nacional de Lutas", lideradas pela CUT e outras centrais sindicais aconteceram em 23 estados da federação em defesa da Petrobras e dos direitos trabalhistas.
‘Dilma tem as mãos sujas de sangue de mais de mil LGBTs assassinados’, declara Luiz Mott
O fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB) e professor titular da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Luiz Mott, foi ao Farol da Barra na tarde deste domingo (15) protestar contra a presidente Dilma Rousseff (PT). “Dilma tem as mãos sujas de sangue de mais de mil LGBTs assassinados durante seu governo”, declarou Mott. Em entrevista ao Bahia Notícias, o representante LGBT analisou o governo da presidente como “o pior da história da República em relação aos homossexuais” e afirmou que “Dilma só prejudicou nossa libertação”, por ter proibido o kit anti-homofobia nas escolas e ter vetado o projeto de lei que equipara a homofobia ao racismo. Mott foi à Barra pedir a cassação da petista pelo Superior Tribunal Eleitoral, porque “ela fez propaganda enganosa, foi citada 11 vezes nos processos da Petrobras”. “A maioria atualmente dos brasileiros, inclusive de uma grande porcentagem dos que votaram nela, são contra Dilma. Com os 48 milhões que não votaram nela e mais os que se arrependeram, certamente somos a maioria no Brasil. Fora, Dilma”, bradou Mott.
De virada, Vitória bate Colo Colo e amplia vantagem nas quartas de final
Com dois gols de Neto Baiano, o Vitória venceu o Colo Colo por 2 a 1 neste domingo (15), em Ilhéus, pelo jogo de ida das quartas de final do Campeonato Baiano. Agora, o time Rubro-Negro pode até perder por um gol de diferença no duelo de volta, que garante vaga nas semifinais do Estadual.
Dilma posta vídeo na web em que defende a 'livre manifestação'
A presidente Dilma Rousseff publicou neste sábado (14) em sua página oficial no Facebook um vídeo em que defende a "livre manifestação". A gravação foi feita durante entrevista coletiva após cerimônia de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Rio Branco (AC), na última quarta-feira (11).
Em sua fala, a presidente disse que é de uma época em que não era possível organizar protestos nas ruas. Segundo ela, durante sua juventude, quem se manifestava “ia diretamente para a cadeia ou era chamado de subversivo e nomes piores”.
“[O governo] não tem o menor interesse, o menor intuito nem tampouco o menor compromisso com qualquer processo de restrição da livre manifestação. Neste país, nós temos o direito de manifestar. O que não temos o direito é de ser violentos. Sabemos que isso não pode acontecer”, disse a presidente.
"O que eu acho é o seguinte: a livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender e tem, ao mesmo tempo, de defender que ela seja de forma pacífica", complementou.
Nesta sexta-feira (13), 33 mil pessoas, segundo as autoridades policiais, e 175 mil, segundo organizadores, foram às ruas para protestar em defesa da Petrobras e a favor do governo Dilma Rousseff. Os manifestantes, que foram convocados por centrais sindicais e outras entidades, também reivindicaram direitos dos trabalhadores, reforma agrária e reforma política.
Em sua fala, a presidente disse que é de uma época em que não era possível organizar protestos nas ruas. Segundo ela, durante sua juventude, quem se manifestava “ia diretamente para a cadeia ou era chamado de subversivo e nomes piores”.
“[O governo] não tem o menor interesse, o menor intuito nem tampouco o menor compromisso com qualquer processo de restrição da livre manifestação. Neste país, nós temos o direito de manifestar. O que não temos o direito é de ser violentos. Sabemos que isso não pode acontecer”, disse a presidente.
"O que eu acho é o seguinte: a livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender e tem, ao mesmo tempo, de defender que ela seja de forma pacífica", complementou.
Nesta sexta-feira (13), 33 mil pessoas, segundo as autoridades policiais, e 175 mil, segundo organizadores, foram às ruas para protestar em defesa da Petrobras e a favor do governo Dilma Rousseff. Os manifestantes, que foram convocados por centrais sindicais e outras entidades, também reivindicaram direitos dos trabalhadores, reforma agrária e reforma política.
Também estão programadas manifestações contrárias ao governo para este domingo (15) em diversas cidades do país.Veja íntegra da fala de Dilma no vídeo publicado no Facebook:"Sou de uma época em que não era possível se manifestar, não. As pessoas que se manifestavam iam diretamente para a cadeia ou eram chamadas de subversivas, ou de nomes piores. Eu acredito que uma das maiores conquistas do nosso país foi a democracia. Eu passei a minha vida inteira manifestando nas ruas, principalmente na minha juventude. Não tenho o menor interesse, o menor intuito, nem tampouco o menor compromisso, com qualquer processo de restrição à livre manifestação neste país. Nós temos o direito de manifestar, nós não temos o direito de ser violentos. Nós sabemos que isso não pode acontecer. Vejam as manifestações de 2013. Elas eram manifestações e foram manifestações pacíficas. Teve um momento em que perdeu-se o controle porque um grupo, não foi a manifestação inteira, um grupo ficou um pouco mais radicalizado e praticou a violência. Inclusive um colega de vocês [da imprensa] foi morto, foi assassinado. O que eu acho é o seguinte: a livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender e tem, ao mesmo tempo, de defender que ela seja de forma pacífica"
Acidente com ônibus mata 49 em SC
Os 49 corpos do acidente de ônibus na Serra Dona Francisca, no Norte de Santa Catarina, que estão no Instituto Médico Legal (IML) de Joinville serão encaminhados para União da Vitória, no Paraná, logo pela manhã deste domingo (15), informou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional (SDR) de Joinville.
Entre as vítimas há 8 crianças, 3 adolescentes e 38 adultos. É a maior tragédia rodoviária do estado. O grupo de passageiros saiu de cidade no Paraná e ia a um evento religioso.
O veículo caiu em uma ribanceira de aproximadamente 400 metros em Joinville no km 89 da SC-418 no fim da tarde de sábado (14).
Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Joinville, o grupo saiu de União da Vitória e atravessava Santa Catarina para ir até um evento religioso em Guaratuba, também no Paraná.
No início da manhã deste domingo, foram retomadas as buscas por mais vítimas do acidente. Conforme a Secretaria, existe a possibilidade de que haja corpos embaixo do ônibus e na mata.
Às 13h, os peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) farão levantamento do local do acidente. Depois de liberado o local, o ônibus poderá ser retirado e encaminhado ao pátio da Polícia Rodoviária Estadual, em Campo Alegre, onde ficará retido para perícia.
Até 7h50 deste domingo, havia 54 nomes de passageiros identificados e cinco pessoas com nomenclatura ainda não identificada. Oficialmente, são 49 mortos.Fonte:G1
Entre as vítimas há 8 crianças, 3 adolescentes e 38 adultos. É a maior tragédia rodoviária do estado. O grupo de passageiros saiu de cidade no Paraná e ia a um evento religioso.
O veículo caiu em uma ribanceira de aproximadamente 400 metros em Joinville no km 89 da SC-418 no fim da tarde de sábado (14).
Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Joinville, o grupo saiu de União da Vitória e atravessava Santa Catarina para ir até um evento religioso em Guaratuba, também no Paraná.
No início da manhã deste domingo, foram retomadas as buscas por mais vítimas do acidente. Conforme a Secretaria, existe a possibilidade de que haja corpos embaixo do ônibus e na mata.
Às 13h, os peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) farão levantamento do local do acidente. Depois de liberado o local, o ônibus poderá ser retirado e encaminhado ao pátio da Polícia Rodoviária Estadual, em Campo Alegre, onde ficará retido para perícia.
Até 7h50 deste domingo, havia 54 nomes de passageiros identificados e cinco pessoas com nomenclatura ainda não identificada. Oficialmente, são 49 mortos.Fonte:G1
Sem mudanças, Vitória encara o Colo Colo fora de casa
O Vitória encara o Colo Colo neste domingo (15), às 16h, no Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus, pelo primeiro jogo das oitavas de final do Campeonato Baiano.
Para o confronto, o técnico interino Carlos Amadeu vai manter o mesmo time que venceu o Serrano por 2 a 1 na última quarta-feira, pela Copa do Nordeste.
A novidade entre os convocados é o zagueiro Vínicius, de volta a Toca do Leão, após passar quase 30 dias em avaliação no Sevilla, da Espanha. Porém, o defensor será opção no banco de reservas.
O volante Flávio pede atitude ao seu time no duelo. “Temos de nos impor. É mata-mata e não podemos mais dizer que campo é ruim ou que o pé está doendo. Temos que passar por cima disso tudo e impor nosso jogo e assim conseguir um resultado positivo”, disse ao Bahia Notícias.
Já o Colo Colo tem um desfalque para o jogo: o lateral-esquerdo Danilo, expulso na última partida. Com isso, Neilton aparece como favorito para a vaga. Em contrapartida, o técnico Duzinho terá o retorno do zagueiro Michel, de volta após cumprir suspensão automática por conta do terceiro amarelo.
FICHA TÉCNICA
Para o confronto, o técnico interino Carlos Amadeu vai manter o mesmo time que venceu o Serrano por 2 a 1 na última quarta-feira, pela Copa do Nordeste.
A novidade entre os convocados é o zagueiro Vínicius, de volta a Toca do Leão, após passar quase 30 dias em avaliação no Sevilla, da Espanha. Porém, o defensor será opção no banco de reservas.
O volante Flávio pede atitude ao seu time no duelo. “Temos de nos impor. É mata-mata e não podemos mais dizer que campo é ruim ou que o pé está doendo. Temos que passar por cima disso tudo e impor nosso jogo e assim conseguir um resultado positivo”, disse ao Bahia Notícias.
Já o Colo Colo tem um desfalque para o jogo: o lateral-esquerdo Danilo, expulso na última partida. Com isso, Neilton aparece como favorito para a vaga. Em contrapartida, o técnico Duzinho terá o retorno do zagueiro Michel, de volta após cumprir suspensão automática por conta do terceiro amarelo.
FICHA TÉCNICA
Colo Colo X Vitória
Campeonato Baiano – Quartas de final
Local: Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus
Data: 15 de março, sábado
Horário: 16h
Árbitro: Jailson Macedo Freitas
Auxiliares: José Raimundo Dias da Hora e Alberto Tavares Neto
Colo Colo: Waldson; Edivan, Michel, Joadson e Neílton ; Leandro, Marconi, Jussimar , Flávio e Jackson; Ricardo Bismarck. Técnico: Duzinho.
Vitória: Fernando Miguel, Nino Paraíba, Ramon, Ednei e Euller ; Amaral, Flávio, Escudero e Vander; Rhayner e Neto Baiano. Técnico: Carlos Amadeu.por Glauber Guerra
Governador do Maranhão vai ao STF pedir por imposto sobre fortuna
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), vai entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (16) com uma ação para fazer com que o STF regule dispositivo constitucional que prevê a criação de um imposto sobre grandes fortunas. Por meio de uma rede social, o governador afirmou há pouco que "fortunas acima de R$ 4 milhões devem contribuir um pouco mais para o financiamento de políticas públicas". A pauta, polêmica, foi levada por parlamentares do PT ao ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, no mês passado, como forma de contrabalançar a agenda de aperto fiscal movida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Partidos de esquerda que apóiam a presidente Dilma Rousseff, como o PC do B de Flávio Dino, o PDT e o próprio partido da presidente, o PT, avaliam que o ajuste fiscal proposto pelo segundo mandato de Dilma não é focado nos contribuintes com maiores rendas. "Na segunda, o governo do Maranhão entrará no Supremo pedindo a imediata regulação do imposto sobre grandes fortunas, diante da omissão legislativa", afirmou Dino, que completou: "A firme jurisprudência do Supremo sobre mandado de injunção autoriza o mesmo efeito para a ação de inconstitucionalidade por omissão. A Constituição não pede, ela manda que no Brasil haja um imposto sobre grandes fortunas. Omissão legislativa é inconstitucional. Na nossa visão, o Supremo não pode, ele deve suprir as omissões inconstitucionais".por João Villaverde | Estadão Conteúdo
Samuel Celestino:E assim foi feito por quase todos os partidos
Se “as estrelas mudam de lugar”, como na composição de Roberto e Erasmo, o “fenômeno”, não tão poético como na música, está a acontecer também agora na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Já não brilha como antes a estrela vermelha do PT. Não a da bandeira - por sinal também opaca - mas a da presidência onde, antes, Dilma Rousseff cintilava. No momento, quem passou a brilhar, pelo menos ficou evidente na reunião da CPI da Petrobras realizada na quinta-feira (12), foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele próprio se escalou para ser sabatinado. Certamente sabia que seria aclamado pelos deputados como líder maior. E assim foi feito por quase todos os partidos, PT inclusive. Muito à semelhança do sistema parlamentarista. Em seu palácio, Rousseff silenciou.
Se uma estrela se apaga diante da crise que se abateu sobre o seu governo, envenenando a economia do País, no outro lado da Praça Eduardo Cunha se transformou no comandante-em-chefe e defensor maior dos políticos que serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Escolheu sem a ninguém consultar, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como alvo, ao considerá-lo carrasco dos supostos políticos envolvidos na corrupção. Não se esqueceu de dizer que “a lama que estava do outro lado da Praça dos Três Poderes foi transferida para o Congresso”.
Depois de quatro horas de discurso sem que houvesse praticamente perguntas dos deputados ao seu líder, o presidente da Câmara encerrou o que tinha a dizer – e disse muito - sob aclamação, como se fora ele um “Charles anjo 45, defensor dos pobres e dos oprimidos”, para lembrar agora a música de Jorge Ben Jor, antes Jorge Ben. Enquanto Dilma derrapa e experimenta momentos de intensas dificuldades, inclusive como sua equipe ministerial, Eduardo Cunha tenta desmanchar aquilo que contra ele foi dito pelos delatores da Operação Lava Jato, entendendo tudo como se fora uma articulação entre Dilma e o procurador-geral da Justiça, urdida durante um encontro entre ela e Rodrigo Janot.
Para os políticos citados e com nomes encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, quanto mais confusão melhor, porque todos repetem a mesma catilinária pontuada pela inocência. Quando muito, alegam que o dinheiro recebido para as suas campanhas não foi resultado de propina, mas recursos doados por empreiteiras dentro da legalidade, e desta forma informada à Justiça Eleitoral. Em outro entendimento (que não aceitam) não foi dinheiro ilegítimo de empreiteiras, ou propinas oriundas de contratos superfaturados fechados com a Petrobras. Todos, enfim, se consideram santos.
Se Eduardo Cunha já havia derrotado na sua eleição à Presidência da Câmara o Palácio do Planalto e o candidato lançado pelo PT, a estratégia de se auto-convocar para depor na CPI foi um golpe de mestre. De tal maneira que, para evitar a aglomeração de parlamentares todos querendo abraçá-lo ao concluir o seu discurso (porque apenas em dois momentos ousaram sabatiná-lo), Cunha driblou como lhe foi possível as homenagens a ele e rapidamente deixou a sala da CPI em direção ao seu gabinete, no que foi acompanhado por muitos liderados. Como já dito, parlamentares citados pelas delações do Lava Jato vêm nele uma espécie de tábua de salvação para tirá-los do atoleiro em que estão mergulhados.
Há muitos fatos, como se observa, acontecendo nesta República tropical extra- crise, mas de uma forma ou de outra a ela vinculada. A um só tempo, apaga-se a estrela da presidente Dilma e surge o presidente da Câmara na condição de líder novo, cintilante, ousado, impetuoso, comandando o Congresso, deixando, naturalmente, o presidente do Senado, Renan Calheiros, na rabeira.
São fatos curiosos que emergem. Melhor é entendê-los como acontecimentos isolados, resultantes de uma crise perversa que coloca o Brasil imerso em dificuldades que ninguém sabe onde afinal irão.Fonte:Bahia Noticias
Se uma estrela se apaga diante da crise que se abateu sobre o seu governo, envenenando a economia do País, no outro lado da Praça Eduardo Cunha se transformou no comandante-em-chefe e defensor maior dos políticos que serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Escolheu sem a ninguém consultar, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como alvo, ao considerá-lo carrasco dos supostos políticos envolvidos na corrupção. Não se esqueceu de dizer que “a lama que estava do outro lado da Praça dos Três Poderes foi transferida para o Congresso”.
Depois de quatro horas de discurso sem que houvesse praticamente perguntas dos deputados ao seu líder, o presidente da Câmara encerrou o que tinha a dizer – e disse muito - sob aclamação, como se fora ele um “Charles anjo 45, defensor dos pobres e dos oprimidos”, para lembrar agora a música de Jorge Ben Jor, antes Jorge Ben. Enquanto Dilma derrapa e experimenta momentos de intensas dificuldades, inclusive como sua equipe ministerial, Eduardo Cunha tenta desmanchar aquilo que contra ele foi dito pelos delatores da Operação Lava Jato, entendendo tudo como se fora uma articulação entre Dilma e o procurador-geral da Justiça, urdida durante um encontro entre ela e Rodrigo Janot.
Para os políticos citados e com nomes encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, quanto mais confusão melhor, porque todos repetem a mesma catilinária pontuada pela inocência. Quando muito, alegam que o dinheiro recebido para as suas campanhas não foi resultado de propina, mas recursos doados por empreiteiras dentro da legalidade, e desta forma informada à Justiça Eleitoral. Em outro entendimento (que não aceitam) não foi dinheiro ilegítimo de empreiteiras, ou propinas oriundas de contratos superfaturados fechados com a Petrobras. Todos, enfim, se consideram santos.
Se Eduardo Cunha já havia derrotado na sua eleição à Presidência da Câmara o Palácio do Planalto e o candidato lançado pelo PT, a estratégia de se auto-convocar para depor na CPI foi um golpe de mestre. De tal maneira que, para evitar a aglomeração de parlamentares todos querendo abraçá-lo ao concluir o seu discurso (porque apenas em dois momentos ousaram sabatiná-lo), Cunha driblou como lhe foi possível as homenagens a ele e rapidamente deixou a sala da CPI em direção ao seu gabinete, no que foi acompanhado por muitos liderados. Como já dito, parlamentares citados pelas delações do Lava Jato vêm nele uma espécie de tábua de salvação para tirá-los do atoleiro em que estão mergulhados.
Há muitos fatos, como se observa, acontecendo nesta República tropical extra- crise, mas de uma forma ou de outra a ela vinculada. A um só tempo, apaga-se a estrela da presidente Dilma e surge o presidente da Câmara na condição de líder novo, cintilante, ousado, impetuoso, comandando o Congresso, deixando, naturalmente, o presidente do Senado, Renan Calheiros, na rabeira.
São fatos curiosos que emergem. Melhor é entendê-los como acontecimentos isolados, resultantes de uma crise perversa que coloca o Brasil imerso em dificuldades que ninguém sabe onde afinal irão.Fonte:Bahia Noticias
Governo cobra à Febraban e ao Ministério da Justiça ações para conter explosões de bancos
O governo do estado, Rui Costa, propôs uma série de ações conjuntas para enfrentar o problema das explosões a bancos na Bahia. As propostas foram encaminhadas à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e ao Ministério da Justiça. Entre as demandas direcionadas à Febraban, o governo listou: iniciativas antifurto e de controle de uso de matérias explosivos (como tintura de cédulas em caso de explosões); instalação de câmeras de segurança em agências e terminais de autoatendimento isolados; criação de centrais de monitoramento das instalações. De acordo com o A Tarde, ao Ministério da Justiça, o governador solicitou que sejam exigidos dos fabricantes de explosivos, de todo país, marcadores químicos e identificação com número de série. Fonte:Bahia Noticias
Conselho Federal de Psicologia condena declarações de Malafaia
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) manifestou repúdio às declarações do pastor Silas Malafaia feitas em um programa de entrevistas exibido pelo SBT. Na entrevista, o pastor alegou que a homossexualidade é uma questão de comportamento. De acordo com notado CFP, Malafaia “agrediu a perspectiva dos Direitos Humanos a uma cultura de paz e de uma sociedade que contemple a diversidade e o respeito à livre orientação – objetos da atuação da Psicologia, que se pauta na defesa da subjetividade das identidades”. Conforme o órgão, o pastor, que é graduado em Psicologia, teria afrontado a construção das lutas da categoria ao longo dos anos pela defesa da diversidade. “É lamentável que exista um profissional que defenda uma posição de retrocesso que chega a ser quase inquisitório, colocando como vertentes do seu pensamento a exclusão e o preconceito na leitura dos Direitos Humanos”, reforça a entidade. A entrevista foi ao ar no dia 3 de fevereiro.
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