O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), começou o dia atirando contra o governo e o Partido dos Trabalhadores. Disse que previa um segundo semestre ainda mais duro para a presidente Dilma Rousseff na relação com o Congresso Nacional. Cunha é um dos líderes no Legislativo mais irritados com o avanço da Operação Lava Jato da Polícia Federal e culpa o Palácio do Planalto por isso. No final da tarde, Cunha acabou alvejado: em depoimento à Justiça, Julio Camargo, da Toyo Setal, afirmou que o deputado pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras.
Segundo o delator, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como o operador do PMDB no escândalo do petrolão, foi o primeiro a repassar, em nome de Cunha, a reclamação de um "débito" de 5 milhões de dólares. A dívida total de propina no contrato de navios-sonda era de 8 milhões de dólares a 10 milhões de dólares - Cunha ficaria com 5 milhões de dólares no rateio.
"Depois que voltei da Coreia, chamei o Fernando [Baiano] e disse: 'Realmente estamos com um problema'. Ele disse: 'Realmente estamos com um problema porque estou sendo pressionado violentamente, inclusive pelo deputado Eduardo Cunha, e isso vai chegar a uma situação muito embaraçosa para mim. Para você, com certeza vai ser muito mais embaraçosa'", revelou o delator ao juiz Moro.
Na sequência, Baiano relatou a Julio que Cunha não estaria disposto a conversar ou abrir qualquer negociação para parcelar a propina. "Ele quer receber. Inclusive ele me disse que possivelmente vai fazer uma requisição na Câmara contra você e contra a Mitsui", disse o empresário. De acordo com o delator, era época de campanha eleitoral e Eduardo Cunha disse que "não tinha mais condições de aguardar".
Para viabilizar o pagamento, Julio Camargo fez uma alteração no sistema de pagamento de propinas a agentes políticos do PMDB e, em vez de utilizar os serviços de Fernando Baiano, chamou o doleiro Alberto Youssef para entrar na transação. "O deputado Eduardo Cunha não aceitou que eu pagasse somente a parte dele. Paga o Fernando mais dilatado, o meu preciso rapidamente. Faço questão de incluir no acordo o que falta pagar", disse o parlamentar, segundo a versão de Camargo. Com isso, afirmou, cerca de 10 milhões de dólares foram pagos por meio de depósitos a Youssef por meio de operações com a empresa de fachada GFD, operações no exterior e pagamentos diretos a empresas de Fernando Baiano.
Youssef - Camargo não é o primeiro delator do propinoduto a jogar Cunha no centro do escândalo. O doleiro Alberto Youssef já havia dito à Justiça que Cunha era um dos destinatários de pagamentos de propina na contratação dos navios-sonda para exploração do pré-sal.
Youssef relatou que houve atraso no pagamento de propinas, em 2011, e que Julio Camargo teria sofrido pressão política por meio de requerimentos de informações protocolados na Câmara dos Deputados por aliados de Cunha. Registros de computadores mostraram que os textos foram elaborados por um usuário com a senha do presidente da Câmara. Ele nega autoria.
O doleiro afirmou que entregou 4 milhões de dólares ao operador do PMDB Fernando Baiano, a pedido de Camargo, e que os destinatários seriam o próprio Baiano e Cunha.
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Lula acha que Wagner está ‘apático e escondido’ após reunião do governo
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, pode estar em baixa na articulação política da presidente Dilma Rousseff (PT) e na avaliação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, fontes ligadas aos petistas relataram que Lula achou Wagner “apático e escondido”, após uma reunião na terça-feira (14). Além disso, uma testemunha disse que Dilma estava mais “calma”, falou menos e ouviu mais no encontro.
PF desarticula quadrilha que fraudou SUS em R$ 7,5 mi
A Polícia Federal (PF) desarticulou nesta quinta-feira uma quadrilha que fraudou o Sistema Único de saúde (SUS) em 7,5 milhões de reais em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Batizada Panacea, a operação contou com 75 agentes e cumpriu onze mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva.
Segundo a PF, donos de três clínicas privadas, que eram convencionadas pelos SUS, falsificavam comprovantes de atendimento pelo sistema público de saúde. Mediante o pagamento de propina, um vereador do município auxiliava no esquema, evitando a fiscalização das empresas pelos órgãos da cidade. Os valores do suborno somam 2 milhões de reais. As investigações também mostraram que os empresários usavam laranjas como sócios, para dificultar sua identificação e a vinculação à fraude.
Embora a Polícia Federal não tenha divulgado nomes, o site de VEJA apurou que o político envolvido no esquema é Amarildo Vieira de Aguiar, do Partido Verde (PV). As empresas fraudulentas são as clínicas Porto Pedra, localizada no Bairro Porto da Pedra; Veja Bem, em Alcântara; e Barro Vermelho, no bairro que leva o mesmo nome.
Aguiar, assim como os empresários, serão indiciados estelionato, corrupção passiva e associação criminosa.
Segundo a PF, donos de três clínicas privadas, que eram convencionadas pelos SUS, falsificavam comprovantes de atendimento pelo sistema público de saúde. Mediante o pagamento de propina, um vereador do município auxiliava no esquema, evitando a fiscalização das empresas pelos órgãos da cidade. Os valores do suborno somam 2 milhões de reais. As investigações também mostraram que os empresários usavam laranjas como sócios, para dificultar sua identificação e a vinculação à fraude.
Embora a Polícia Federal não tenha divulgado nomes, o site de VEJA apurou que o político envolvido no esquema é Amarildo Vieira de Aguiar, do Partido Verde (PV). As empresas fraudulentas são as clínicas Porto Pedra, localizada no Bairro Porto da Pedra; Veja Bem, em Alcântara; e Barro Vermelho, no bairro que leva o mesmo nome.
Aguiar, assim como os empresários, serão indiciados estelionato, corrupção passiva e associação criminosa.
Cunha diz que parecer do TCU é supervalorizado: 'Decisão sobre contas é política'
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que a discussão sobre o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as "pedaladas fiscais" do governo Dilma Rousseff é "supervalorizada". O peemedebista lembrou que a palavra final sobre as contas do Planalto cabe ao Congresso - e salientou que a decisão final será "política".
"Pode haver um parecer pela rejeição e o Congresso aprovar. E vice-versa. Então há um componente jurídico, mas independentemente do parecer, a gente sabe que o mais comum é os tribunais darem parecer pela rejeição e a Câmara aprovar. A decisão é politica", afirmou. Uma eventual rejeição das contas da presidente poderia abrir caminho para um processo de impeachment.
Em conversa com jornalistas nesta manhã, Cunha apresentou uma série de ressalvas ao impedimento de Dilma. Segundo ele, esse recurso não pode ser tratado como uma "tábua de salvação pela impopularidade ou pela ingovernabilidade". "Essas coisas têm de ser resolvidas na politica, não pelo impedimento constitucional, que é um passo grave. Senão pode acontecer no Brasil o que aconteceu com o Paraguai. E o Brasil não é o Paraguai, tem um histórico de democracia e não dá para a gente andar para trás. Não pode ser assim: você elege e retira depois porque não está bem ou não está gostando", disse.
O peemedebista ainda afirmou que planeja apresentar nos próximos 30 dias um parecer sobre o pedido de impeachment da presidente apresentado pelo Movimento Brasil Livre. O documento que pede o afastamento da petista, composto por cerca 3.000 páginas, foi entregue no final de maio pelos integrantes da Marcha Pela Liberdade. Há quatro ilegalidades apontadas no texto: os desvios na Petrobras, as pedaladas fiscais, a manobra para evitar o descumprimento do superávit em 2014 e o desvio de função no BNDES, que financiou 20 obras no exterior.
Cunha afirma que o parecer tem de ser baseado na Constituição, e não tratado como um "recurso eleitoral". O chefe da Câmara solicitou análises jurídicas da área técnica da Casa e também de juristas especializados - cujos nomes ele prefere não revelar - para embasar a sua decisão sobre o impeachment. Por não apresentarem sustentações legais, pelo menos três pedidos de afastamento da presidente neste ano foram indefiridos pela Casa.
Embora o tom seja cauteloso quando o assunto é impeachment, Cunha não poupou o governo das críticas. Segundo ele, não estivesse o peemedebista Michel Temer na função de articulador político, o Congresso não teria aprovado as medidas de ajuste fiscal. O chefe da Câmara defende que Temer deixe a função tão logo o último ponto da proposta seja concluído e critica a falta de planejamento do Planalto daqui para frente. "O governo não diz qual sua agenda para a economia do país depois dessas medidas de ajuste. O governo precisa começar, ainda não começou", disse.
De olho nas eleições presidenciais em 2018, o peemedebista também evitou falar de candidatos do partido ou de alianças na próxima disputa ao Planalto. Mas disse ter uma certeza: "O partido que eu não quero na aliança com o PMDB é o PT". E continuou: "Ninguém aguenta mais essa aliança. Estamos doidos para pular fora".Fonte:Veja
"Pode haver um parecer pela rejeição e o Congresso aprovar. E vice-versa. Então há um componente jurídico, mas independentemente do parecer, a gente sabe que o mais comum é os tribunais darem parecer pela rejeição e a Câmara aprovar. A decisão é politica", afirmou. Uma eventual rejeição das contas da presidente poderia abrir caminho para um processo de impeachment.
Em conversa com jornalistas nesta manhã, Cunha apresentou uma série de ressalvas ao impedimento de Dilma. Segundo ele, esse recurso não pode ser tratado como uma "tábua de salvação pela impopularidade ou pela ingovernabilidade". "Essas coisas têm de ser resolvidas na politica, não pelo impedimento constitucional, que é um passo grave. Senão pode acontecer no Brasil o que aconteceu com o Paraguai. E o Brasil não é o Paraguai, tem um histórico de democracia e não dá para a gente andar para trás. Não pode ser assim: você elege e retira depois porque não está bem ou não está gostando", disse.
O peemedebista ainda afirmou que planeja apresentar nos próximos 30 dias um parecer sobre o pedido de impeachment da presidente apresentado pelo Movimento Brasil Livre. O documento que pede o afastamento da petista, composto por cerca 3.000 páginas, foi entregue no final de maio pelos integrantes da Marcha Pela Liberdade. Há quatro ilegalidades apontadas no texto: os desvios na Petrobras, as pedaladas fiscais, a manobra para evitar o descumprimento do superávit em 2014 e o desvio de função no BNDES, que financiou 20 obras no exterior.
Cunha afirma que o parecer tem de ser baseado na Constituição, e não tratado como um "recurso eleitoral". O chefe da Câmara solicitou análises jurídicas da área técnica da Casa e também de juristas especializados - cujos nomes ele prefere não revelar - para embasar a sua decisão sobre o impeachment. Por não apresentarem sustentações legais, pelo menos três pedidos de afastamento da presidente neste ano foram indefiridos pela Casa.
Embora o tom seja cauteloso quando o assunto é impeachment, Cunha não poupou o governo das críticas. Segundo ele, não estivesse o peemedebista Michel Temer na função de articulador político, o Congresso não teria aprovado as medidas de ajuste fiscal. O chefe da Câmara defende que Temer deixe a função tão logo o último ponto da proposta seja concluído e critica a falta de planejamento do Planalto daqui para frente. "O governo não diz qual sua agenda para a economia do país depois dessas medidas de ajuste. O governo precisa começar, ainda não começou", disse.
De olho nas eleições presidenciais em 2018, o peemedebista também evitou falar de candidatos do partido ou de alianças na próxima disputa ao Planalto. Mas disse ter uma certeza: "O partido que eu não quero na aliança com o PMDB é o PT". E continuou: "Ninguém aguenta mais essa aliança. Estamos doidos para pular fora".Fonte:Veja
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Vereadora fiscaliza galpão da merenda escolar
A vereadora e Presidente da Câmara de Serrinha,Edylene Ferreira,visitou o galpão que guarda a merenda escolar servida a estudantes da rede municipal de ensino nesta cidade.A foto mostra claramente a situação de abandono em que se encontra o imóvel.
Assusta o aspecto em torno do armazém.Fica a pergunta:Quais as condições de conservação e higiene dos alimentos?
Assusta o aspecto em torno do armazém.Fica a pergunta:Quais as condições de conservação e higiene dos alimentos?
Cunha diz não temer PF e pede para não ser acordado, em caso de operação na sua casa
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que a Polícia Federal por ir à sua casa "a hora que quiser". A afirmação acontece um dia depois da PF bater à porta dos senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). Todos estes investigados por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato. De acordo com a Folha, para enfraquecer a influência de Cunha na Câmara, o governo conta com uma denúncia contra o peemedebista na Operação Lava Jato, o que pode ocorrer nos próximos dias. Questionado sobre o que pensava da ação da PF, Cunha respondeu: "Eu não sei o que eles querem comigo, mas a porta da minha casa está aberta. Vão a hora que quiser. Eu estou acordado às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar".
Delator, sobre propina para o PT: 'Aparecia o nome de todo mundo'
O ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco afirmou, em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, ter discutido com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto o pagamento de propina para o partido pelo menos "uma dezena de vezes" a partir de 2010. De acordo com o ex-dirigente, que se tornou um dos principais delatores da Lava Jato, entre os destinatários da propina recolhida em nome do partido "aparecia o nome de todo mundo". Apesar de afirmar que não cabia a ele intermediar o repasse do dinheiro sujo aos políticos escolhidos pelo PT, Pedro Barusco disse que um dos petistas citados como destinatário dos recursos era o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
"Na conversa, aparecia o nome de todo mundo. Eu não podia assim dizer que isso foi para fulano ou para outra pessoa. Se falava de uma forma geral. O nome dele [Dirceu] aparecia nas conversas. Se ele efetivamente recebeu, não era papel meu. Não me envolvia com esse negócio do partido", disse Barusco ao relatar, em detalhes, o esquema de pagamento de propina que sangrou os cofres da Petrobras. Sobre as conversas com Vaccari, resumiu: "Tinha uma agenda ligada aos contratos da companhia, os problemas, os recebimentos, as propinas, os andamentos, os novos projetos, novas licitações". Dirceu responde a um inquérito na Operação Lava Jato por suspeitas de lavagem de dinheiro. Nesta terça-feira, o executivo Julio Camargo já havia incriminado Dirceu ao afirmar que o petista recebeu 4 milhões de reais a pedido do ex-diretor da Petrobras Renato Duque.
Barusco foi interrogado no processo em que o ex-tesoureiro do PT é réu por crimes de lavagem de dinheiro. Ao juiz Sergio Moro, ele voltou a descrever como funcionava a partilha de propina na estatal petrolífera. Em contratos na diretoria de Serviços, de Gás e Energia, por exemplo, 1% do valor dos contratos pagos era para o PT e 1% para funcionários da "Casa", ou seja, da Petrobras. Quando a propina envolvia a atuação de um operador, o porcentual referente à "Casa" era dividido na seguinte proporção: 40% para o ex-diretor Renato Duque, 30% para Pedro Barusco e 30% para o operador.
Em um caso específico em que Barusco indicou dificuldades no recolhimento de vantagens indevidas, ele e o então tesoureiro do PT chegaram a fazer uma espécie de intercâmbio entre as empresas pagadoras MPE e Schahin para facilitar o depósito da propina. Ao longo de toda sua atuação, Pedro Barusco estimou que tenha recolhido cerca de 73 milhões de dólares em dinheiro sujo e lucrado aproximadamente 25 milhões de dólares em aplicações ou investimentos a partir da propina.
Apesar dos milhões de dólares desviados no petrolão e de ter revelado que repassou quinzenalmente uma média de 50.000 reais em propina ao ex-diretor de Serviços Renato Duque, o ex-gerente disse que, mesmo com a cobrança "institucionalizada", o índice de pagamento efetivo pelas empreiteiras era baixo, de cerca de 20%. "A Casa recebia muito menos do que o estava compromissado", declarou. "O índice de sucesso era baixo".
Ao juiz Sergio Moro, Pedro Barusco relatou a atuação dos operadores Mario Goes e Bernardo Freiburghaus, suspeitos de recolher propina de empreiteiras e distribuir a agentes públicos. Goes está preso por ordem do juiz Sergio Moro. Freiburghaus, citado como o operador de propinas em nome da Odebrecht, mora na Suíça e não é réu nos processos da Lava Jato. A Odebrecht, o PT e o ex-ministro José Dirceu negam participação nas irregularidades investigadas.Fonte:Veja
"Na conversa, aparecia o nome de todo mundo. Eu não podia assim dizer que isso foi para fulano ou para outra pessoa. Se falava de uma forma geral. O nome dele [Dirceu] aparecia nas conversas. Se ele efetivamente recebeu, não era papel meu. Não me envolvia com esse negócio do partido", disse Barusco ao relatar, em detalhes, o esquema de pagamento de propina que sangrou os cofres da Petrobras. Sobre as conversas com Vaccari, resumiu: "Tinha uma agenda ligada aos contratos da companhia, os problemas, os recebimentos, as propinas, os andamentos, os novos projetos, novas licitações". Dirceu responde a um inquérito na Operação Lava Jato por suspeitas de lavagem de dinheiro. Nesta terça-feira, o executivo Julio Camargo já havia incriminado Dirceu ao afirmar que o petista recebeu 4 milhões de reais a pedido do ex-diretor da Petrobras Renato Duque.
Barusco foi interrogado no processo em que o ex-tesoureiro do PT é réu por crimes de lavagem de dinheiro. Ao juiz Sergio Moro, ele voltou a descrever como funcionava a partilha de propina na estatal petrolífera. Em contratos na diretoria de Serviços, de Gás e Energia, por exemplo, 1% do valor dos contratos pagos era para o PT e 1% para funcionários da "Casa", ou seja, da Petrobras. Quando a propina envolvia a atuação de um operador, o porcentual referente à "Casa" era dividido na seguinte proporção: 40% para o ex-diretor Renato Duque, 30% para Pedro Barusco e 30% para o operador.
Em um caso específico em que Barusco indicou dificuldades no recolhimento de vantagens indevidas, ele e o então tesoureiro do PT chegaram a fazer uma espécie de intercâmbio entre as empresas pagadoras MPE e Schahin para facilitar o depósito da propina. Ao longo de toda sua atuação, Pedro Barusco estimou que tenha recolhido cerca de 73 milhões de dólares em dinheiro sujo e lucrado aproximadamente 25 milhões de dólares em aplicações ou investimentos a partir da propina.
Apesar dos milhões de dólares desviados no petrolão e de ter revelado que repassou quinzenalmente uma média de 50.000 reais em propina ao ex-diretor de Serviços Renato Duque, o ex-gerente disse que, mesmo com a cobrança "institucionalizada", o índice de pagamento efetivo pelas empreiteiras era baixo, de cerca de 20%. "A Casa recebia muito menos do que o estava compromissado", declarou. "O índice de sucesso era baixo".
Ao juiz Sergio Moro, Pedro Barusco relatou a atuação dos operadores Mario Goes e Bernardo Freiburghaus, suspeitos de recolher propina de empreiteiras e distribuir a agentes públicos. Goes está preso por ordem do juiz Sergio Moro. Freiburghaus, citado como o operador de propinas em nome da Odebrecht, mora na Suíça e não é réu nos processos da Lava Jato. A Odebrecht, o PT e o ex-ministro José Dirceu negam participação nas irregularidades investigadas.Fonte:Veja
Ex-deputado José Genoino é internado em São Paulo
O ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, condenado no processo do mensalão, foi internado nesta quarta-feira no Hospital Santa Cruz, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. A família não autorizou o hospital a divulgar informações sobre o motivo da internação. No fim do ano passado, Genoino foi beneficiado pelo indulto natalino decretado pela presidente Dilma Rousseff. Em março, o Supremo Tribunal Federal extinguiu a pena a que o petista havia sido condenado no julgamento do mensalão, quatro anos e oito meses de prisão. Em 2013, ele foi submetido a uma cirurgia de emergência para corrigir uma dissecção na aorta, rompimento na artéria, que ocorreu enquanto passava férias em Ubatuba (SP). Por causa de problemas cardíacos, Genoino chegou a ficar provisoriamente em prisão domiciliar e foi avaliado por uma junta médica em Brasília (DF), enquanto ficou detido no Complexo da Papuda. (Felipe Frazão, de São Paulo)
Queremismo petista: dirigentes do partido pregam volta de Lula em 2018
Em um ato do PT em São Paulo nesta terça-feira (14), dirigentes do partido discursaram pedindo a volta do ex-presidente Lula à presidência do Brasil em 2018 para dar continuidade ao projeto da sigla. Ironicamente, os queremistas se manifestaram em um evento que pregava a defesa da democracia e do governo da presidente Dilma Rousseff. "Sabe o que as pessoas dizem no interior, quando você viaja para outros estados? 'Olha, tudo isso que está acontecendo a gente até entende, que haja corrupção nós já estamos acostumados. O problema é impedir a volta do Lula em 2018'. É disso que se trata, porque a volta do Lula não é questão de messianismo, nem de salvação nacional, é a continuidade de um projeto que precisa avançar ", disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão, de acordo com a Folha de S. Paulo. Discurso semelhante foi adotado pelo presidente do diretório estadual de São Paulo, Emídio de Souza, que afirmou que quando a crise terminar “vamos assistir Dilma terminar seu mandato e entregar a faixa presidencial para o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva em 2018".
Guillain-Barré: Feira já registrou 3 casos da síndrome paralisante
Feira de Santana registrou o terceiro caso da síndrome Guillain-Barré na terça-feira (14). Uma mulher de 45 anos apresentou os sintomas da doença no início de junho, mas recebeu o tratamento e já está em casa, segundo informações da Vigilância Epidemiológica do município.
Na última segunda-feira (13), dois casos da doença já haviam sido registrados. Uma menina de 7 anos, que foi internada no Hospital Estadual da Criança (HEC), e do pedreiro Josiel Lima de Sá, 37, que deu entrada no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
Apesar dos casos registrados em Feira de Santana, a cidade ficou de fora do último boletim da Secretaria de Saúde do Estado, divulgado na segunda-feira. De acordo com o boletim, 76 casos da Guillain-Barré já foram notificados na Bahia, destes 42 foram confirmados.Fonte:Acorda Cidade
Na última segunda-feira (13), dois casos da doença já haviam sido registrados. Uma menina de 7 anos, que foi internada no Hospital Estadual da Criança (HEC), e do pedreiro Josiel Lima de Sá, 37, que deu entrada no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
Apesar dos casos registrados em Feira de Santana, a cidade ficou de fora do último boletim da Secretaria de Saúde do Estado, divulgado na segunda-feira. De acordo com o boletim, 76 casos da Guillain-Barré já foram notificados na Bahia, destes 42 foram confirmados.Fonte:Acorda Cidade
Joaquim Barbosa volta a criticar parlamentarismo em sua conta no Twitter
O ex-ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa voltou a usar sua conta no Twitter para criticar o parlamentarismo e disse que se a população soubesse como o sistema funciona, ficaria "horrorizada". "Parlamentarismo é um sistema de governo em que as decisões políticas supremas são tomadas por um colegiado chamado Gabinete. Membros desse Gabinete? Líderes e representantes de partidos que formam uma "maioria" no Parlamento. O governo "sai" dessa maioria", escreveu, em sua conta pessoal. Barbosa citou alguns dirigentes de partidos como o deputado federal e presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, e o presidente do PT nacional, Rui Falcão, que, segundo ele, ganhariam força com a mudança do sistema governamental.
"Agora vem a pergunta crucial: vc sabe a quem caberiam as decisões políticas supremas no Brasil se vivêssemos sob o regime parlamentarista? Eis a resposta: Paulinho da Força, Rui Falcão, Roberto Freire, (Carlos) Siqueira, (Carlos) Lupi e outros do mesmo naipe. Vc quer isso? Não dá, né?", escreveu, referindo-se também aos presidente do PPS, PSB e PDT. Assim como fez no mês passado, Barbosa disse ainda que "em breve" dará explicações técnicas e práticas sobre parlamentarismo. O ex-ministro disse que o sistema presidencial de governo "tem virtualidades que poucos homens de Estado são capazes de captar" e citou nomes de ex-presidentes do Brasil, como Luiz Inácio Lula da Silva e Getúlio Vargas, e também ex-comandantes dos Estados Unidos, como Abraham Lincoln e Franklin Roosevelt.
No fim do mês passado, ao se declarar contrário à redução da maioridade penal - que estava em votação na Câmara -, Barbosa disse que era preciso desconfiar "dos propósitos e da ideologia dessa maioria parlamentar que quer impor a sua agenda ao nosso país". "Por falar em "maioria" parlamentar, em breve, esclarecerei outra enorme insensatez que essa turma quer nos impor:
o parlamentarismo", disse. "É provável que muitos dentre os que querem nos impor o parlamentarismo pouco saibam sobre esse sistema e como ele funciona na prática", completou. As primeiras declarações de Barbosa contra o regime aconteceram após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fazer declarações defendendo a implantação do parlamentarismo no Brasil. "Temos que discutir o parlamentarismo no Brasil, e rápido. Um debate para valer e votar", afirmou Cunha em uma agenda em Manaus, no mês passado. "Com certeza, vamos tentar votar na minha presidência." Segundo ele, o modelo seria implantado a partir de 2019, pois durante o atual mandato "seria um golpe branco".
"Agora vem a pergunta crucial: vc sabe a quem caberiam as decisões políticas supremas no Brasil se vivêssemos sob o regime parlamentarista? Eis a resposta: Paulinho da Força, Rui Falcão, Roberto Freire, (Carlos) Siqueira, (Carlos) Lupi e outros do mesmo naipe. Vc quer isso? Não dá, né?", escreveu, referindo-se também aos presidente do PPS, PSB e PDT. Assim como fez no mês passado, Barbosa disse ainda que "em breve" dará explicações técnicas e práticas sobre parlamentarismo. O ex-ministro disse que o sistema presidencial de governo "tem virtualidades que poucos homens de Estado são capazes de captar" e citou nomes de ex-presidentes do Brasil, como Luiz Inácio Lula da Silva e Getúlio Vargas, e também ex-comandantes dos Estados Unidos, como Abraham Lincoln e Franklin Roosevelt.
No fim do mês passado, ao se declarar contrário à redução da maioridade penal - que estava em votação na Câmara -, Barbosa disse que era preciso desconfiar "dos propósitos e da ideologia dessa maioria parlamentar que quer impor a sua agenda ao nosso país". "Por falar em "maioria" parlamentar, em breve, esclarecerei outra enorme insensatez que essa turma quer nos impor:
o parlamentarismo", disse. "É provável que muitos dentre os que querem nos impor o parlamentarismo pouco saibam sobre esse sistema e como ele funciona na prática", completou. As primeiras declarações de Barbosa contra o regime aconteceram após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fazer declarações defendendo a implantação do parlamentarismo no Brasil. "Temos que discutir o parlamentarismo no Brasil, e rápido. Um debate para valer e votar", afirmou Cunha em uma agenda em Manaus, no mês passado. "Com certeza, vamos tentar votar na minha presidência." Segundo ele, o modelo seria implantado a partir de 2019, pois durante o atual mandato "seria um golpe branco".
Um policial militar é detido por dia na Bahia em 2015, revela comandante da PM
Desde o início de 2015, um policial militar por dia é detido na Bahia – segundo média tirada da divulgação feita pelo comandante-geral da PM, coronel Anselmo Brandão, em entrevista à Rádio Metrópole, na terça-feira (14), de que 230 PMs foram detidos. Além disso, Brandão afirmou que 18 PMs foram expulsos desde janeiro. “Nós estamos trabalhando para que em 30 dias — estourando, porque tem a questão do contraditório — expulsarmos esses policiais o mais rápido possível”, disse, em referência aos dois policiais flagrados estuprando uma adolescente de 17 anos, grávida de três meses, em São Sebastião do Passé. A assessoria da Polícia Militar disse, em nota, que a exoneração dos militares depende da conclusão do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e do laudo pericial comprovando o abuso. Segundo a assessoria, o PAD tem prazo legal de 60 dias, prorrogável por mais 60. Os motivos das prisões e expulsões não foram detalhados pelo comandante.
Alexandro é apresentado pelo Bahia e promete brigar por título da Série B
O Bahia apresentou oficialmente mais um reforço para disputa da segunda divisão do Campeonato Brasileiro da Série B. Trata-se do atacante Alexandro, de 28 anos, que ano passado defendeu a equipe da Ponte Preta na campanha de acesso à primeira divisão. O jogador, três semanas atrás, desembarcou em Salvador. Realizou exames médicos, participou de treinos físicos, mas não foi apresentado. Recebeu uma proposta dos Emirados Árabes e retornou ao país, onde atuou durante 13 partidas no primeiro semestre e marcou dez gols. De acordo com ele, ao chegar nos Emirados, o valor oferecido não era o mesmo que estava no momento da assinatura de contrato. "Cheguei lá e fiz exames. Porém, na hora de assinar o contrato, não foi o mesmo valor apresentado para mim antes da viagem. Não chegamos a um acordo e voltei para o Bahia", respondeu. Ainda sem previsão para estrear com a camisa tricolor, o jogador acredita que seu estilo de jogo vai encaixar perfeitamente na maneira do Bahia atuar nesta segunda divisão. Ele, inclusive, prometeu ser um atleta extremamente dedicado dentro das quatro linhas. "Meu estilo de jogo vai encaixar muito bem com o perfil da torcida do Bahia. Vou ser um jogador de muita raça, que nunca desisti da bola, e com muita vontade. Eu vim para ser campeão", disse. Alexandro assinou contrato com o tricolor baiano até o final do Campeonato Baiano de 2016.
Serrinha:Novos PMS estarão nas Ruas em nove meses
Na manhã desta terça-feira, 14 de julho de 2015, no Auditório da UNEB, na cidade de Serrinha, foi realizada a Aula Inaugural do Curso de Formação de Soldados 2015 – Núcleo Serrinha. Marco inicial do processo ensino-aprendizagem dos alunos selecionados e convocados para participarem dessa nova turma, que possui 60 (sessenta) novos candidatos, e que serão submetidos a formação durante um período de 09 (nove) meses, nos quais passarão por formação na área específica do conhecimento da profissão tanto na esfera teórica como na prática.
Na oportunidade a Dr.ª Luiza Elizabeth Sena Sales Maia, Juíza de Direito da Vara Crime da Comarca de Serrinha, palestrou sobre o Tema: “Abuso de Poder e a legitimidade na Ação Policial”. Durante a palestra foram citados casos práticos de Abuso de Autoridade e orientações de como proceder corretamente na ação policial, bem como foi enfatizado que a sinceridade e a honestidade legitimam a ação policial.
O evento contou com a participação de várias autoridades civis e militares, dentre elas o Tenente Coronel Nilton Paixão, Comandante do Batalhão, Dr. Gilber Oliveira, Promotor de Justiça, O Major Lima Diretor do Presídio Regional de Serrinha, o Secretário de Governo Sr. Edvaldo Teixeira, na oportunidade representando o Prefeito de Serrinha. Após a palestra, seguindo uma tradição da PMBA, foi entregue um Certificado a Palestrante como símbolo de reconhecimento e gratidão pelos conhecimentos transmitidos aos presentes no evento.Fonte:DÉCIMO SEXTO BATALHÃO
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Na oportunidade a Dr.ª Luiza Elizabeth Sena Sales Maia, Juíza de Direito da Vara Crime da Comarca de Serrinha, palestrou sobre o Tema: “Abuso de Poder e a legitimidade na Ação Policial”. Durante a palestra foram citados casos práticos de Abuso de Autoridade e orientações de como proceder corretamente na ação policial, bem como foi enfatizado que a sinceridade e a honestidade legitimam a ação policial.
O evento contou com a participação de várias autoridades civis e militares, dentre elas o Tenente Coronel Nilton Paixão, Comandante do Batalhão, Dr. Gilber Oliveira, Promotor de Justiça, O Major Lima Diretor do Presídio Regional de Serrinha, o Secretário de Governo Sr. Edvaldo Teixeira, na oportunidade representando o Prefeito de Serrinha. Após a palestra, seguindo uma tradição da PMBA, foi entregue um Certificado a Palestrante como símbolo de reconhecimento e gratidão pelos conhecimentos transmitidos aos presentes no evento.Fonte:DÉCIMO SEXTO BATALHÃO
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Latino se divorcia, mas fica com a 'guarda' do macaco
Para Latino, o casamento vai, mas o macaco fica. Tratado como um bebê por ele e pela ex-esposa Rayanne Morais, Twelves, o macaco celebridade da família, continuará a viver com o "pai", que ficou com a "guarda" do animal de estimação, informou a assessoria do cantor. O pet virou sensação na internet após Latino publicar diversas fotos do bichinho em redes sociais, levá-lo a programas de TV, como o Jô Soares, e exibi-lo em ensaios fotográficos para sites e revistas.
Mais estiloso que o "pai", o símio desfila com roupas personalizadas e até mesmo foi anfitrião de uma superfesta de aniversário, em dezembro, quando ele completou dois anos de idade. A balada foi transmitida em canais de TV como a Record e contou com a presença de um batalhão de subcelebridades - além de alguns amigos macacos.
A popularidade é tanta que Twelves tem um perfil oficial no Instagram, que conta com mais de 18.000 seguidores. "Sou filhinho do meu papai Latino e da minha mamãe Rayanne. E adoro uma macacada", diz o texto de apresentação na rede social. Até o momento, Rayanne, que publicava com frequência fotos abraçada ao bichinho, ainda não se manifestou sobre a dor da separação... do "filho".
Divórcio - Após diversos rumores, o cantor Latino divulgou nesta terça-feira uma nota oficial sobre sua separação de Rayanne Morais.
O casal estava junto há cinco anos, sendo quase quatro de namoro e um ano e quatro meses de casamento. O comunicado, repleto de drama e filosofias dignas de uma música do cantor, começa com a ambígua frase: "Às vezes, a gente se divide entre a emoção e a razão, entre o certo e o errado, entre casar e permanecer fiel". Apesar das muitas passagens em que cita uma possível traição, ele não confirma se este foi o motivo da separação. "O motivo? Só nós de verdade sabemos, vão especular várias traições por aí, vão inventar fotos e áudios antigos pra vender jornais, vão debater as inverdades, etc. Mas a verdadeira verdade foi enterrada hoje", diz Latino.
Mais estiloso que o "pai", o símio desfila com roupas personalizadas e até mesmo foi anfitrião de uma superfesta de aniversário, em dezembro, quando ele completou dois anos de idade. A balada foi transmitida em canais de TV como a Record e contou com a presença de um batalhão de subcelebridades - além de alguns amigos macacos.
A popularidade é tanta que Twelves tem um perfil oficial no Instagram, que conta com mais de 18.000 seguidores. "Sou filhinho do meu papai Latino e da minha mamãe Rayanne. E adoro uma macacada", diz o texto de apresentação na rede social. Até o momento, Rayanne, que publicava com frequência fotos abraçada ao bichinho, ainda não se manifestou sobre a dor da separação... do "filho".
Divórcio - Após diversos rumores, o cantor Latino divulgou nesta terça-feira uma nota oficial sobre sua separação de Rayanne Morais.
O casal estava junto há cinco anos, sendo quase quatro de namoro e um ano e quatro meses de casamento. O comunicado, repleto de drama e filosofias dignas de uma música do cantor, começa com a ambígua frase: "Às vezes, a gente se divide entre a emoção e a razão, entre o certo e o errado, entre casar e permanecer fiel". Apesar das muitas passagens em que cita uma possível traição, ele não confirma se este foi o motivo da separação. "O motivo? Só nós de verdade sabemos, vão especular várias traições por aí, vão inventar fotos e áudios antigos pra vender jornais, vão debater as inverdades, etc. Mas a verdadeira verdade foi enterrada hoje", diz Latino.
Câmara restringe tempo de TV de coligações
Em um esforço para concluir a votação da reforma política antes do recesso parlamentar de meio do ano, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira restrições às coligações partidárias que limitam o tempo da propraganda eleitoral ao obtido com as seis maiores legendas que façam parte da aliança. Um dos objetivos é inibir a conhecida estratégia, adotada por alguns partidos, de negociar tempo de televisão no horário eleitoral em troca de cargos privilegiados no governo. Os congressistas também aliviaram as sanções para partidos que tiverem problemas nas prestações de contas. O texto, agora, segue para análise do Senado.
Ao longo de mais de sete horas, os deputados se debruçaram sobre alterações no projeto de lei da minirreforma eleitoral, cujo texto principal já teve aval da Câmara. Sob protesto dos partidos nanicos, a emenda aprovada nesta terça determina que nas eleições majoritárias (presidente, senador, governador e prefeito) valerá na distribuição do horário eleitoral apenas o tempo relativo aos seis maiores partidos da coligação, levando-se em conta suas bancadas na Câmara dos Deputados.
A regra tornaria desnecessária a aliança com partidos com baixa representatividade na Casa para aumentar a exposição na propaganda gratuita.
"Há uma virtude de evitar aquelas coligações onde muito além do programa ou da proposta comum, o que conta é o segundinho de televisão, a barganha cronológica. Entendemos que embora o escopo seja restringir o direito de existir e de crescer dos pequenos partidos, a medida parece correta", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Nas eleições proporcionais (deputado e vereador), continuam a entrar na conta todos os partidos coligados.
O plenário aprovou ainda uma regra que reduz à metade a quantidade de candidatos que podem ser registrados pelas coligações nas eleições para deputado e vereador. Atualmente, é permitido o registro de até o dobro das cadeiras disponíveis. Os deputados, agora, colocaram como limite de candidatos registrados o número de lugares a preencher. Por outro lado, foi mantida a previsão de que os partidos, sem estarem coligados, indiquem até 150% de candidatos em relação ao número das vagas. O argumento é que, dessa forma, as agremiações são valorizadas e há restrições às "legendas de aluguel".
Contas de campanha - Em outra alteração aprovada nesta terça, os deputados decidiram que a falta de prestação de contas ou sua desaprovação total ou parcial não suspende o registro da legenda e isenta os dirigentes partidários. Pelo texto, apenas o candidato pode ser punido.
A medida contraria resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovada em dezembro do ano passado. Em situações de irregularidades nas contas, a corte determinou que a falta de prestação de contas implica a proibição de recebimento de recursos do fundo partidário até a regularização da situação da legenda e a suspensão do registro do partido.
Ao longo de mais de sete horas, os deputados se debruçaram sobre alterações no projeto de lei da minirreforma eleitoral, cujo texto principal já teve aval da Câmara. Sob protesto dos partidos nanicos, a emenda aprovada nesta terça determina que nas eleições majoritárias (presidente, senador, governador e prefeito) valerá na distribuição do horário eleitoral apenas o tempo relativo aos seis maiores partidos da coligação, levando-se em conta suas bancadas na Câmara dos Deputados.
A regra tornaria desnecessária a aliança com partidos com baixa representatividade na Casa para aumentar a exposição na propaganda gratuita.
"Há uma virtude de evitar aquelas coligações onde muito além do programa ou da proposta comum, o que conta é o segundinho de televisão, a barganha cronológica. Entendemos que embora o escopo seja restringir o direito de existir e de crescer dos pequenos partidos, a medida parece correta", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Nas eleições proporcionais (deputado e vereador), continuam a entrar na conta todos os partidos coligados.
O plenário aprovou ainda uma regra que reduz à metade a quantidade de candidatos que podem ser registrados pelas coligações nas eleições para deputado e vereador. Atualmente, é permitido o registro de até o dobro das cadeiras disponíveis. Os deputados, agora, colocaram como limite de candidatos registrados o número de lugares a preencher. Por outro lado, foi mantida a previsão de que os partidos, sem estarem coligados, indiquem até 150% de candidatos em relação ao número das vagas. O argumento é que, dessa forma, as agremiações são valorizadas e há restrições às "legendas de aluguel".
Contas de campanha - Em outra alteração aprovada nesta terça, os deputados decidiram que a falta de prestação de contas ou sua desaprovação total ou parcial não suspende o registro da legenda e isenta os dirigentes partidários. Pelo texto, apenas o candidato pode ser punido.
A medida contraria resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovada em dezembro do ano passado. Em situações de irregularidades nas contas, a corte determinou que a falta de prestação de contas implica a proibição de recebimento de recursos do fundo partidário até a regularização da situação da legenda e a suspensão do registro do partido.
Escritório de filho de Cedraz conseguiu vitória mirabolante no TCU
O advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, tem apenas 33 anos, mas coleciona feitos notórios no exercício do Direito. Alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã de terça-feira, Cedraz é citado como "facilitador" de negócios junto ao TCU, segundo o termo de delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, presidente da UTC. O delator disse ter pago uma mesada ao advogado para abrir caminhos no Tribunal e viabilizar a construção de Angra 3. Contudo, bem antes da Lava Jato, o escritório do jovem bacharel já colecionava vitórias de causar inveja às mais famosas bancas do país.
Uma delas, alcançada em 2010, dá mostras de sua, digamos, competência. Detalhada investigação do TCU levantou irregularidades na prestação de contas da Federação Agrícola do Estado de São Paulo (Faesp), gerida pelo empresário Fábio de Salles Meirelles. O relatório do Tribunal, de autoria do ministro Marcos Bemquerer, apontava má gestão, repasse de recursos públicos sem comprovação, favorecimento de familiares e omissão de dados na prestação de contas. Apenas em multas, o relatório recomendava o pagamento de 500.000 reais, além da recomposição ao erário. As contas da Faesp são analisadas pelo TCU porque a entidade recebe repasses do Sistema S (financiado por depósitos compulsórios de trabalhadores de diversos setores), e constantemente eram aprovadas com ressalvas.
As contas irregulares apontadas pelo relator se referiam ao repasse de verbas ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que é gerido pelas federações estaduais, ou seja, entidades como a Faesp. O exercício em análise era o de 2005, mas o processo foi julgado apenas em 2010, após cinco anos de auditoria e explicações prestadas pela Federação. O relator julgou as justificativas insuficientes e reprovou sumariamente as contas. Mas um poderoso recurso protocolado pela Faesp mudou os rumos da apuração. A essa altura, entrou no processo o ministro José Múcio, também ex-ministro do governo Lula, no papel de revisor. Ao analisar o texto, Múcio pediu que o colegiado dispensasse "um pouco mais de atenção" às explicações da Faesp.
Ao final, contrariando todos os pontos levantados pelo relator, o revisor decidiu - com aval da maioria - que as falhas administrativas, as contratações indevidas e as despesas incompatíveis com os objetivos institucionais da entidade teriam origem na falta de normas para acompanhar o relacionamento entre o Senar e o sistema confederativo. O argumento da ausência de norma do qual Múcio se valeu também isentou de responsabilidade os executivos da Faesp, abrindo perigoso precedente para o gasto de dinheiro público por federações. Enquanto o papel do revisor é aprimorar o relatório, com a sugestão de ressalvas ao texto principal, o caso da Faesp surpreende pela diferença entre as avaliações do revisor e do relator.
Segundo consta do próprio acórdão com o TCU, o advogado da entidade era um dos sócios de Cedraz, Romildo Peixoto Júnior. Para outros processos que não os do TCU, em especial os que tramitam no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o defensor da Faesp continua sendo o próprio Cedraz. Já a relação da Federação com o TCU manteve-se sempre azeitada. A tal ponto que, no ano passado, Fábio de Salles Meirelles foi agraciado com honraria auferida a poucos brasileiros: o Grande-Colar do Mérito do Tribunal de Contas da União. Ao entregá-lo, o ministro Múcio enalteceu os feitos do empresário. "É um daqueles empreendedores que, no dia a dia, se arriscam no competitivo e essencial ramo do agronegócio para que todos nós tenhamos nossas mesas abastecidas".
Já Cedraz, que concilia as funções de advogado e assessor jurídico do partido Solidariedade - o qual ajudou a fundar - talvez tenha de dar uma pausa em seus feitos. Enquanto a PF chafurda em seus negócios, o bacharel pode ter de explicar situações mal contadas do passado, como ter sido citado na Operação Vaucher, da PF, que apurou fraudes no Ministério do Turismo e derrubou o então ministro Pedro Novais. Polivalente, o jovem também atua na área de contratos em operações de cifras nada desprezíveis. Segundo reportagem do jornal O Globo publicada em 2013, o escritório de Cedraz ganharia 10 milhões de dólares se concretizasse a venda da refinaria de San Lorenzo, na Argentina, a um empresário local. Para seu azar, o negócio subiu no telhado.
Uma delas, alcançada em 2010, dá mostras de sua, digamos, competência. Detalhada investigação do TCU levantou irregularidades na prestação de contas da Federação Agrícola do Estado de São Paulo (Faesp), gerida pelo empresário Fábio de Salles Meirelles. O relatório do Tribunal, de autoria do ministro Marcos Bemquerer, apontava má gestão, repasse de recursos públicos sem comprovação, favorecimento de familiares e omissão de dados na prestação de contas. Apenas em multas, o relatório recomendava o pagamento de 500.000 reais, além da recomposição ao erário. As contas da Faesp são analisadas pelo TCU porque a entidade recebe repasses do Sistema S (financiado por depósitos compulsórios de trabalhadores de diversos setores), e constantemente eram aprovadas com ressalvas.
As contas irregulares apontadas pelo relator se referiam ao repasse de verbas ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que é gerido pelas federações estaduais, ou seja, entidades como a Faesp. O exercício em análise era o de 2005, mas o processo foi julgado apenas em 2010, após cinco anos de auditoria e explicações prestadas pela Federação. O relator julgou as justificativas insuficientes e reprovou sumariamente as contas. Mas um poderoso recurso protocolado pela Faesp mudou os rumos da apuração. A essa altura, entrou no processo o ministro José Múcio, também ex-ministro do governo Lula, no papel de revisor. Ao analisar o texto, Múcio pediu que o colegiado dispensasse "um pouco mais de atenção" às explicações da Faesp.
Ao final, contrariando todos os pontos levantados pelo relator, o revisor decidiu - com aval da maioria - que as falhas administrativas, as contratações indevidas e as despesas incompatíveis com os objetivos institucionais da entidade teriam origem na falta de normas para acompanhar o relacionamento entre o Senar e o sistema confederativo. O argumento da ausência de norma do qual Múcio se valeu também isentou de responsabilidade os executivos da Faesp, abrindo perigoso precedente para o gasto de dinheiro público por federações. Enquanto o papel do revisor é aprimorar o relatório, com a sugestão de ressalvas ao texto principal, o caso da Faesp surpreende pela diferença entre as avaliações do revisor e do relator.
Segundo consta do próprio acórdão com o TCU, o advogado da entidade era um dos sócios de Cedraz, Romildo Peixoto Júnior. Para outros processos que não os do TCU, em especial os que tramitam no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o defensor da Faesp continua sendo o próprio Cedraz. Já a relação da Federação com o TCU manteve-se sempre azeitada. A tal ponto que, no ano passado, Fábio de Salles Meirelles foi agraciado com honraria auferida a poucos brasileiros: o Grande-Colar do Mérito do Tribunal de Contas da União. Ao entregá-lo, o ministro Múcio enalteceu os feitos do empresário. "É um daqueles empreendedores que, no dia a dia, se arriscam no competitivo e essencial ramo do agronegócio para que todos nós tenhamos nossas mesas abastecidas".
Já Cedraz, que concilia as funções de advogado e assessor jurídico do partido Solidariedade - o qual ajudou a fundar - talvez tenha de dar uma pausa em seus feitos. Enquanto a PF chafurda em seus negócios, o bacharel pode ter de explicar situações mal contadas do passado, como ter sido citado na Operação Vaucher, da PF, que apurou fraudes no Ministério do Turismo e derrubou o então ministro Pedro Novais. Polivalente, o jovem também atua na área de contratos em operações de cifras nada desprezíveis. Segundo reportagem do jornal O Globo publicada em 2013, o escritório de Cedraz ganharia 10 milhões de dólares se concretizasse a venda da refinaria de San Lorenzo, na Argentina, a um empresário local. Para seu azar, o negócio subiu no telhado.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Vereadora Edylene:" Tenho que está perto do meu povo"
O Parlamentar tem que sair do gabinete e ver as necessidades do povo só,assim,poderá desenvolver projetos que venha beneficiar a população.Foi assim com Ernesto e esta sendo com Edylene Ferreira,que encara a população de frente:
"Na função de representante da população Serrinhense,tenho a obrigação de está sempre ao lado das pessoas,mesmo no recesso Parlamentar,continuo na luta.Tenho acompanhado todos os acontecimentos,e cobro providências a quem de direito".Disse Edylene.
Câmara aprova teto máximo para campanhas de vereador e deputado
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou emenda ao projeto de lei da minirreforma eleitoral que inclui teto para gastos de campanha para os cargos de prefeito e vereador em cidades com até 10 mil habitantes, atualmente inexistente. Segundo informações da Agência Câmara, os valores máximos poderão ser de até 70% do maior gasto declarado na última campanha para o cargo, ou de R$ 100 mil para prefeito e R$ 10 mil para vereador, o que for maior. A emenda, apresentada pelo deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), foi aprovada por 194 votos a 193, uma diferença de apenas 1 voto. Também foi aprovada, por 206 votos a 163, uma emenda do deputado Daniel Vilela (PMDB-GO) que muda a quantidade de candidatos que cada partido poderá registrar em cargos preenchidos pelo sistema proporcional (vereadores e deputados). Os 150% dos candidatos em relação ao número de vagas destinados aos partidos foram mantidos, enquanto as coligações passam de 200% para 100%. O texto-base do relator da minirreforma, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), estabelecia 150%.
Citado por delator, filho do presidente do TCU é alvo da PF
A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. A PF esteve em dois imóveis do advogado, entre eles o escritório que ele mantém numa mansão do Lago Sul, área nobre de Brasília.
Tiago foi citado em depoimentos do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia e um dos delatores da Operação Lava Jato. Segundo ele, o filho do presidente do TCU recebia 50.000 reais mensais para repassar à empreiteira informações de seu interesse na corte de contas. Por um processo que discutia obra bilionária para a montagem da usina de Angra 3, ele teria recebido 1 milhão de reais.
O tribunal avaliou irregularidades no orçamento e na licitação da obra. Ao fim, após o cumprimento de recomendações, liberou o empreendimento. Consórcio integrado pela UTC assinou contrato para tocar os serviços de montagem em 2014. O advogado nega ter atuado no TCU para a empreiteira. Procurado nesta terça-feira, Tiago Cedraz não atendeu.Fonte:Veja
Senado reage contra ação da PF. Collor ataca Janot
No dia em que a Polícia Federal fechou o cerco contra políticos citados no propinoduto da Petrobras, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), liderou uma reação no plenário da Casa à ação dos investigadores da Operação Lava Jato. O alvo central foi o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável pelos pedidos de abertura de inquérito contra parlamentares.
A artilharia pesada coube ao senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL), cujas residências foram alguns dos endereços das ações de busca e apreensão - três carros de luxo do ex-presidente da República foram levados pela Polícia Federal. Desafeto declarado de Janot, Collor disse ter sido "constrangido e humilhado", mas retrucou com seu peculiar estilo bravio: "Fui submetido a um atroz constrangimento. Fui humilhado. Mas intimidado eu jamais serei". Ainda fez ataques pessoais a Janot e disse que a operação da polícia nesta terça foi "espetaculosa" e midiática".
"A truculência da operação de busca e apreensão, sob o comando do Ministério Público Federal contra integrantes do Congresso Nacional, inclusive eu, extrapolou todos os limites do estado de direito, extrapolou todos os limites constitucionais, extrapolou todos os limites da legalidade", disse Collor da tribuna. "Uma invasão de propriedade tanto particular quando institucional dessa ordem, é ou não é uma tentativa de imputação prévia de culpa?", completou.
A operação batizada de Politeia, em referência à obra Republica, de Platão, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pegou os senadores de surpresa - além de Collor, Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) também tiveram as casas vasculhadas. À tarde, Renan reuniu aliados e anunciou que lideraria uma reação. Os advogados do Senado acusam a Polícia Federal de adotar medidas desnecessárias para constranger os parlamentares e até de não apresentar os mandados que justificassem a apreensão de documentos.
Da cadeira da presidência da Casa, Renan também discursou: "Buscas e apreensões sem a exibição da ordem judicial, sem os limites das autoridades que as estão cumprindo não é busca e apreensão. É invasão, uma violência contra as garantias constitucionais em detrimento do Estado democrático de Direito".
O peemedebista, também é investigado em inquéritos da Lava Jato, é um dos principais críticos de Janot no Congresso. "Nesses tempos de perplexidade, sombrios, mais uma vez as instituições, nos seus limites, precisam assegurar as garantias constitucionais. Não vamos perder isso sob pretexto nenhum". Renan ainda continuou: "Causam perplexidade alguns métodos que beiram a intimidação. A busca e apreensão nas dependências do Senado Federal deverá ser acompanhada da Polícia Legislativa. Disso nós não abrimos mão".
Advocacia - Pela manhã, o advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, deu o tom do contra-ataque à Polícia Federal e acusou a instituição de "abuso de autoridade" no cumprimento de mandados de busca e apreensão nas casas dos senadores. Cascais e o diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Carvalho, se irritaram com o fato de a PF ter cumprido os mandados de apreensão de documentos sem avisar previamente a Polícia Legislativa e chegaram a bater boca com policiais diante do apartamento funcional do senador Collor.
Apesar de os mandados terem sido expedidos pelos ministros Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Advocacia do Senado alega que a resolução 40, de 2014, diz ser de responsabilidade da Secretaria de Polícia do Senado "cumprir, em caráter privativo, os mandados de prisão, de busca e apreensão" ou ao menos "acompanhar o cumprimento dos mandados de prisão, de busca e apreensão".
A artilharia pesada coube ao senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL), cujas residências foram alguns dos endereços das ações de busca e apreensão - três carros de luxo do ex-presidente da República foram levados pela Polícia Federal. Desafeto declarado de Janot, Collor disse ter sido "constrangido e humilhado", mas retrucou com seu peculiar estilo bravio: "Fui submetido a um atroz constrangimento. Fui humilhado. Mas intimidado eu jamais serei". Ainda fez ataques pessoais a Janot e disse que a operação da polícia nesta terça foi "espetaculosa" e midiática".
"A truculência da operação de busca e apreensão, sob o comando do Ministério Público Federal contra integrantes do Congresso Nacional, inclusive eu, extrapolou todos os limites do estado de direito, extrapolou todos os limites constitucionais, extrapolou todos os limites da legalidade", disse Collor da tribuna. "Uma invasão de propriedade tanto particular quando institucional dessa ordem, é ou não é uma tentativa de imputação prévia de culpa?", completou.
A operação batizada de Politeia, em referência à obra Republica, de Platão, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pegou os senadores de surpresa - além de Collor, Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) também tiveram as casas vasculhadas. À tarde, Renan reuniu aliados e anunciou que lideraria uma reação. Os advogados do Senado acusam a Polícia Federal de adotar medidas desnecessárias para constranger os parlamentares e até de não apresentar os mandados que justificassem a apreensão de documentos.
Da cadeira da presidência da Casa, Renan também discursou: "Buscas e apreensões sem a exibição da ordem judicial, sem os limites das autoridades que as estão cumprindo não é busca e apreensão. É invasão, uma violência contra as garantias constitucionais em detrimento do Estado democrático de Direito".
O peemedebista, também é investigado em inquéritos da Lava Jato, é um dos principais críticos de Janot no Congresso. "Nesses tempos de perplexidade, sombrios, mais uma vez as instituições, nos seus limites, precisam assegurar as garantias constitucionais. Não vamos perder isso sob pretexto nenhum". Renan ainda continuou: "Causam perplexidade alguns métodos que beiram a intimidação. A busca e apreensão nas dependências do Senado Federal deverá ser acompanhada da Polícia Legislativa. Disso nós não abrimos mão".
Advocacia - Pela manhã, o advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, deu o tom do contra-ataque à Polícia Federal e acusou a instituição de "abuso de autoridade" no cumprimento de mandados de busca e apreensão nas casas dos senadores. Cascais e o diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Carvalho, se irritaram com o fato de a PF ter cumprido os mandados de apreensão de documentos sem avisar previamente a Polícia Legislativa e chegaram a bater boca com policiais diante do apartamento funcional do senador Collor.
Apesar de os mandados terem sido expedidos pelos ministros Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Advocacia do Senado alega que a resolução 40, de 2014, diz ser de responsabilidade da Secretaria de Polícia do Senado "cumprir, em caráter privativo, os mandados de prisão, de busca e apreensão" ou ao menos "acompanhar o cumprimento dos mandados de prisão, de busca e apreensão".
Policiais Rodoviários Federais entram em estado de greve na Bahia
Os Policiais Rodoviários Federais da Bahia aprovaram por unanimidade o Estado de Greve da categoria após uma Assembleia Geral Extraordinária realizada na segunda-feira (13), na sede do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais da Bahia (Sinprf), no Porto Seco Pirajá. Além da greve, os agentes aprovaram outros itens, a fim de pressionar o governo federal a conceder melhores condições de trabalho aos servidores, maior número de efetivo de policial e a reestruturação da carreira da classe. “A categoria está unida, até porque, temos lutado desde o mês de fevereiro, e o governo continua irredutível perante a solicitação dos trabalhadores, e por isso que hoje aqui, juntamente com os companheiros aprovamos o estado de greve”, disse o presidente do Sinprf, Jorge Falcão. Os policiais reivindicam melhorias das condições de trabalhos, a exemplo dos itens de segurança; aumento no efetivo; e melhorias nas condições salariais, “pois a maioria dos PRFS têm nível superior, porém a remuneração continua defasado, quando se a outras carreira de Estado [sic]”. “Até o meado de agosto nós do Sinprf – ba, promoveremos algumas ações; caminhadas na BR, doção de sangue, as cruzes nas estradas simbolizando os companheiros mortos durante o exercício de suas funções, dentre outras, com o objetivo de pressionar o governo a atender as nossas solicitações”, concluiu o presidente do Sinprf. As agentes pretendem fazer caminhada na BR-324 e apagão nas estradas, por exemplo, para que suas demandas sejam atendidas.Fonte:Bahia Noticias
Comissão do Senado aprova convocação de Aroldo Cedraz
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (14) a convocação do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o baiano Aroldo Cedraz, para prestar esclarecimentos sobre o julgamento das contas do governo. O requerimento de convocação foi formulado logo após o presidente da CAE, senador Delcídio do Amaral (PT-MS), informar que o presidente do TCU não irá participar de debate sobre as contas do governo. Segundo Delcídio, Cedraz encaminhou à comissão uma carta em que informou que não compareceria ao debate sob a justificativa de que ainda aguarda a manifestação do governo sobre o julgamento das contas, em análise pelo tribunal. A ausência do presidente do TCU provocou revolta de vários senadores. “Essa carta do presidente do TCU é inaceitável e desrespeitosa. Vamos analisar com a nossa assessoria para tomar as providências jurídicas. O TCU é um órgão auxiliar desta Casa e ele desconhece as regras da Casa que ele preside. Ele não está preparado para ser presidente do TCU”, disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). “Essa carta não tem sentido. Vamos apresentar requerimento de convocação para que ele venha se explicar aqui,” acrescentou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Em seguida, o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), apresentou requerimento de convocação, que foi aprovado por unanimidade. No último dia 17, o TCU adiou por 30 dias o julgamento das contas de 2014 do gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). O governo tem até o dia 22 deste mês para explicar pontos questionados pelo TCU, responsável pela análise das contas do Executivo. O ministro Augusto Nardes pediu explicações sobre indícios de irregularidades apontadas pelo tribunal, por descumprimento das leis de Responsabilidade Fiscal e Orçamentária Anual.
Serrinha:Descontentes pedem a exoneração de Rogério da infra-estrutura
Está chegando o momento que Radson Rogério,Secretário de infra-estrutura,terá mesmo que pedir exoneração do cargo.O clima Está ficando muito ruim entre ele e o pessoal do primeiro escalão do executivo.Segundo apuramos,pessoas descontentes com o trabalho de Rogério,já pedem ao prefeito Osni,seu afastamento da pasta.Rádson Rogério não esconde que seu grupo político vai lançar candidatura própria,e certamente fará oposição ao PT.Como se vê,parece que Rogério já não é bem vindo dentro do Partido dos Trabalhadores em Serrinha.
Sindsaúde decide por greve e critica: 'governo desrespeita a mesa'
Em assembleia realizada nesta segunda-feira (13), o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde da Bahia (Sindsaúde) decidiu entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira (17). "Nós temos reivindicações que vêm de pautas atuais e passadas, como a extinção das Dires [Diretorias Regionais de Saúde], corte do adicional de insalubridade de mais de 1.580 trabalhadores da saúde, quando ficou definido que se estudaria essa questão, entre outras pautas, como progressão dos trabalhadores e condições tanto de trabalho quanto de assistência", afirmou o presidente do Sindsaúde, Silvio Roberto dos Anjos e Silva. Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirmou que respeita o indicativo de greve, mas entende que seus motivos não se justificam, devido à existência de uma mesa de negociação sobre as reivindicações. "Quando é para tomar uma posição como o corte do percentual de insalubridade ou a extinção das Dires, o governo não leva a discussão ao Conselho de Saúde. Nesse momento, o governo fala de mesa, mas desrespeita a mesa", criticou Silva.
Veja:Dilma não passa de setembro no Palácio do Planalto
A orelha de Dilma deve ter ardido há alguns dias em um jantar na residência oficial do presidente do Senado, quando Renan Calheiros recebeu um time seleto.
Entre uma taça e outra de vinho, José Sarney, Fernando Collor, Romero Jucá e Lindbergh Farias trocaram impressões sobre o cenário político.
E bateram o martelo: do jeito que está, Dilma não passa de setembro no Palácio do Planalto.
Por Lauro Jardim(Veja)
Entre uma taça e outra de vinho, José Sarney, Fernando Collor, Romero Jucá e Lindbergh Farias trocaram impressões sobre o cenário político.
E bateram o martelo: do jeito que está, Dilma não passa de setembro no Palácio do Planalto.
Por Lauro Jardim(Veja)
Para líder do PMDB, não é possível dizer se Dilma termina o mandato
Desde que assumiu a liderança do PMDB na Câmara dos Deputados, o escritório político de Leonardo Picciani (PMDB) na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, tornou-se polo de poder em um Brasil com a Presidência da República cada vez mais fragilizada. Nesta segunda-feira, foi dia de falar de política com Rodrigo Maia (DEM) - até o ano passado, opositor voraz de peemedebistas fluminenses e hoje executor de uma reforma política afinada com os interesses de Eduardo Cunha (PMDB).
Conversa vai, conversa vem, quem quer que seja o visitante quer saber os rumos do país neste segundo semestre. E o parlamentar é o primeiro peemedebista relevante a admitir claramente que não tem mais certeza se Dilma Rousseff vai completar o seu mandato. Em uma entrevista ao site de VEJA, Picciani afirma que o partido vai cumprir a Constituição e que não existe mais compromisso com o PT, mas sim com a governabilidade do Brasil.
É nítida a mudança de tom dos caciques do PMDB do Rio de Janeiro: em fevereiro, Jorge Picciani, pai e mentor político de Leonardo, chamava de "golpista" qualquer tentativa de impeachment de Dilma. Hoje, o líder peemedebista afirma que chamar de golpe as análises que o Tribunal de Contas da União e a Justiça Eleitoral farão das contas públicas do governo e da campanha de Dilma "é ver fantasma onde não existe". Picciani fala ainda da ambição de ser prefeito do Rio de Janeiro - hipótese que deixa ansioso Eduardo Paes, ávido por emplacar logo o seu secretário e braço-direito Pedro Paulo Carvalho. Abaixo os principais pontos da conversa:
É possível garantir que Dilma completa o mandato? Não sei se é possível garantir.
O que deveria preocupá-la mais, o julgamento das pedaladas fiscais no TCU ou as doações de campanha no TSE? Creio que o TCU é mais preocupante. Porque caracterizaria o crime de responsabilidade praticado no exercício do mandato. No caso do TSE, se houver uma decisão judicial dividida (hoje, a expectativa é de equilíbrio na votação das contas da campanha presidencial de Dilma) não será construído o consenso político e social necessário. Já a decisão no TCU não, chamaria o Congresso para o debate, que precisaria julgar as contas. Agora, temos que fazer uma análise técnica, avaliar se de fato as regras foram ou não foram descumpridas.
Não é golpe discutir esses temas com uma presidente eleita no ano passado?
Não identifico tentativa de golpe. Quem vê isso neste debate, está vendo fantasma onde não existe. Acho que tem que ser debatido. Mas com seriedade, de forma justa.
Ou seja, quando a questão do TCU chegar ao Congresso, Cunha não atuará como um soldado da base aliada evitar problemas contra Dilma? Ele agirá como a função determina, vai cumprir o regimento da Casa. Creio que ele tem obrigação de deliberar as contas do governo. O Congresso tem se omitido nos últimos anos, desde 1991 pouquíssimas contas foram votadas. Eduardo Cunha vai julgar todas as contas, inclusive as atrasadas.
A oposição, em especial o PSDB, vai tentar o impeachment de Dilma?
A oposição está cumprindo o seu papel. Eles tem que marcar seu espaço, causar desgaste ao governo. O que eu creio é que a oposição não deve se açodar, nem por um caminho nem por outro. Tem que aguardar o avanço do cenário político. Hoje o PMDB cumpre uma posição de independência, não nos alinhamos às teses radicais da oposição e nem ao governo.
Aécio Neves disse que o PSDB está "pronto" para assumir o governo. O PMDB também está?
Primeiro um fato concreto: não estamos discutindo isso neste momento. Vamos analisar as contas assim que formos chamados para o debate. Agora, o PMDB cumpre a Constituição. Qualquer que seja a decisão baseada na Carta, estaremos prontos para cumpri-la. Não havendo cometimento de crimes ou rupturas da institucionalidade, deve-se mantê-la. Em ocorrendo ou se identificando, deve-se agir dentro da lei e se proceder o que tiver que ser feito.
Você defende que Michel Temer deixe a articulação política do governo, assim como Eduardo Cunha tem feito?
Para o Michel prosseguir, precisa ter autonomia - e, hoje, ele não tem. Para ficar como está, é melhor que não continue. Até porque não é tarefa de vice-presidente tocar articulação política. A situação política é muito grave e o governo não tem uma base organizada. Eles erram na tomada de decisões, na interlocução com os deputados e subestimam demais o que deve ser feito na cena política.
Afinal, novamente, Dilma consegue ou não consegue sair desta confusão? Se ela consegue sair, eu não sei.
Na ultima sexta-feira, a bancada do PMDB desembarcou no Rio para uma agenda com o prefeito Eduardo Paes. Foi o primeiro evento da campanha presidencial dele de 2018?
Foi uma oportunidade de mostrar o que tem sido feito no Rio. Muitas vezes fica aquele discurso de que o país inteiro paga essa conta e só a cidade se beneficia. Era para fazer essa prestação de contas.
Existe ciúmes com a Olimpíada do Rio? Existe. Mas acho que os deputados saíram daqui com uma consciência diferente, da importância política e histórica do evento. Agora, é evidente que o partido quer ter um candidato a presidente da República. E um dos nomes cotados é o Eduardo Paes. Então era importante que deputados de outros estados o conhecessem.
Que outros nomes são cotados para a candidatura do PMDB em 2018? Fala-se no Paulo Hartung, no Eduardo Cunha, na Katia Abreu...
O PMDB do Rio em 2014 reclamou que o PT foi aliado do governo Sérgio Cabral e lançou a candidatura de Lindbergh Farias contra Luiz Fernando Pezão. Não é incoerente vocês estarem no governo Dilma e dizerem que terão candidato em 2018? São duas questões distintas. Depois de participar por sete anos e três meses do governo, o PT deixou a aliança conosco as vésperas da eleição. Nós estamos alertando para o nosso projeto presidencial no início do governo Dilma e não no final. E é preciso deixar as coisas claras: nosso compromisso não é com o PT, mas sim pela governabilidade. Queremos garantir que o país funcione. Não temos nenhuma afinidade ideológica nem programática com o PT.
O senhor será candidato a prefeito do Rio em 2016? Não sei, essa é uma decisão que cabe ao partido...
O senhor está falando 'não sei' há algum tempo. Quando esta decisão vai ser tomada no PMDB (disputam a vaga Picciani e Pedro Paulo, braço-direito de Paes)? Ano que vem. O prefeito tem preferência pelo Pedro Paulo como candidato, mas o partido só vai definir depois. Nossa prioridade agora é ajuda-lo a fazer um bom governo.
Mas você quer ser prefeito do Rio? Quem não gostaria de governar a sua cidade?
Mas ninguém é candidato de si próprio. Nem eu sou de mim, nem o Pedro Paulo dele próprio. Este é um processo de construção interno.
Mas quando o Paes colocou seu irmão Rafael Picciani como secretário de Transportes e atuou fortemente para você ser líder do PMDB, ele não resolveu a questão com gestos?
O gesto fica sempre registrado e tem valor. Mas o convite ao Rafael foi feito de forma desvinculada a qualquer montagem política, o prefeito deixou isso bem claro. Do contrário meu irmão nem teria aceito o convite. E da minha parte também, sou grato ao que foi feito, mas ele ajudou sem nenhuma vinculação a acordos futuros.
E a possibilidade do seu irmão Rafael ser vice do Pedro Paulo, tirando o posto hoje ocupado pelo PT?
O PT sem dúvida não terá a vice no Rio de Janeiro, tenho absoluta convicção que isso não ocorrerá. Caso a escolha do partido seja pelo Pedro, é bastante provável que meu irmão seja o vice sim.
Outra hipótese seria você suceder Eduardo Cunha na presidência da Câmara. O senhor prefere ser prefeito ou presidente da Câmara no futuro? Qualquer uma das funções me deixaria honrado. O destino e a vida mostrarão qual caminho seguir.
Até agora só falamos de cenários com peemedebistas assumindo cargos no Rio. Este é um reflexo da fraqueza da oposição ao grupo político de vocês que vence eleições consecutivas no estado desde 2006?
Considero que a oposição ao PMDB no Rio é duríssima. O PSOL tem uma bancada forte, por exemplo. O senador Marcelo Crivella disputou a eleição contra Pezão e teve mais de 40% dos votos, com apoio do ex-governador Anthony Garotinho e do PT. É uma oposição com dois senadores (referindo-se também a Lindbergh Farias). Agora, prefiro analisar os acertos do PMDB, não vencemos porque a oposição erra. Somos vitoriosos porque apresentamos um projeto real de melhoria da vida da população.
O senhor falou de um personagem que muito atacou vocês nos últimos tempos, o ex-governador Anthony Garotinho. Sem mandato hoje e nomeado secretário de Rosinha em Campos dos Goytacazes, o maior rival do PMDB-RJ está morto politicamente?
Na política se diz que a pessoa pode morrer mais de uma vez e ressuscitar. Então obviamente não consideramos nem ele nem ninguém morto definitivamente.Fonte:Veja
Conversa vai, conversa vem, quem quer que seja o visitante quer saber os rumos do país neste segundo semestre. E o parlamentar é o primeiro peemedebista relevante a admitir claramente que não tem mais certeza se Dilma Rousseff vai completar o seu mandato. Em uma entrevista ao site de VEJA, Picciani afirma que o partido vai cumprir a Constituição e que não existe mais compromisso com o PT, mas sim com a governabilidade do Brasil.
É nítida a mudança de tom dos caciques do PMDB do Rio de Janeiro: em fevereiro, Jorge Picciani, pai e mentor político de Leonardo, chamava de "golpista" qualquer tentativa de impeachment de Dilma. Hoje, o líder peemedebista afirma que chamar de golpe as análises que o Tribunal de Contas da União e a Justiça Eleitoral farão das contas públicas do governo e da campanha de Dilma "é ver fantasma onde não existe". Picciani fala ainda da ambição de ser prefeito do Rio de Janeiro - hipótese que deixa ansioso Eduardo Paes, ávido por emplacar logo o seu secretário e braço-direito Pedro Paulo Carvalho. Abaixo os principais pontos da conversa:
É possível garantir que Dilma completa o mandato? Não sei se é possível garantir.
O que deveria preocupá-la mais, o julgamento das pedaladas fiscais no TCU ou as doações de campanha no TSE? Creio que o TCU é mais preocupante. Porque caracterizaria o crime de responsabilidade praticado no exercício do mandato. No caso do TSE, se houver uma decisão judicial dividida (hoje, a expectativa é de equilíbrio na votação das contas da campanha presidencial de Dilma) não será construído o consenso político e social necessário. Já a decisão no TCU não, chamaria o Congresso para o debate, que precisaria julgar as contas. Agora, temos que fazer uma análise técnica, avaliar se de fato as regras foram ou não foram descumpridas.
Não é golpe discutir esses temas com uma presidente eleita no ano passado?
Não identifico tentativa de golpe. Quem vê isso neste debate, está vendo fantasma onde não existe. Acho que tem que ser debatido. Mas com seriedade, de forma justa.
Ou seja, quando a questão do TCU chegar ao Congresso, Cunha não atuará como um soldado da base aliada evitar problemas contra Dilma? Ele agirá como a função determina, vai cumprir o regimento da Casa. Creio que ele tem obrigação de deliberar as contas do governo. O Congresso tem se omitido nos últimos anos, desde 1991 pouquíssimas contas foram votadas. Eduardo Cunha vai julgar todas as contas, inclusive as atrasadas.
A oposição, em especial o PSDB, vai tentar o impeachment de Dilma?
A oposição está cumprindo o seu papel. Eles tem que marcar seu espaço, causar desgaste ao governo. O que eu creio é que a oposição não deve se açodar, nem por um caminho nem por outro. Tem que aguardar o avanço do cenário político. Hoje o PMDB cumpre uma posição de independência, não nos alinhamos às teses radicais da oposição e nem ao governo.
Aécio Neves disse que o PSDB está "pronto" para assumir o governo. O PMDB também está?
Primeiro um fato concreto: não estamos discutindo isso neste momento. Vamos analisar as contas assim que formos chamados para o debate. Agora, o PMDB cumpre a Constituição. Qualquer que seja a decisão baseada na Carta, estaremos prontos para cumpri-la. Não havendo cometimento de crimes ou rupturas da institucionalidade, deve-se mantê-la. Em ocorrendo ou se identificando, deve-se agir dentro da lei e se proceder o que tiver que ser feito.
Você defende que Michel Temer deixe a articulação política do governo, assim como Eduardo Cunha tem feito?
Para o Michel prosseguir, precisa ter autonomia - e, hoje, ele não tem. Para ficar como está, é melhor que não continue. Até porque não é tarefa de vice-presidente tocar articulação política. A situação política é muito grave e o governo não tem uma base organizada. Eles erram na tomada de decisões, na interlocução com os deputados e subestimam demais o que deve ser feito na cena política.
Afinal, novamente, Dilma consegue ou não consegue sair desta confusão? Se ela consegue sair, eu não sei.
Na ultima sexta-feira, a bancada do PMDB desembarcou no Rio para uma agenda com o prefeito Eduardo Paes. Foi o primeiro evento da campanha presidencial dele de 2018?
Foi uma oportunidade de mostrar o que tem sido feito no Rio. Muitas vezes fica aquele discurso de que o país inteiro paga essa conta e só a cidade se beneficia. Era para fazer essa prestação de contas.
Existe ciúmes com a Olimpíada do Rio? Existe. Mas acho que os deputados saíram daqui com uma consciência diferente, da importância política e histórica do evento. Agora, é evidente que o partido quer ter um candidato a presidente da República. E um dos nomes cotados é o Eduardo Paes. Então era importante que deputados de outros estados o conhecessem.
Que outros nomes são cotados para a candidatura do PMDB em 2018? Fala-se no Paulo Hartung, no Eduardo Cunha, na Katia Abreu...
O PMDB do Rio em 2014 reclamou que o PT foi aliado do governo Sérgio Cabral e lançou a candidatura de Lindbergh Farias contra Luiz Fernando Pezão. Não é incoerente vocês estarem no governo Dilma e dizerem que terão candidato em 2018? São duas questões distintas. Depois de participar por sete anos e três meses do governo, o PT deixou a aliança conosco as vésperas da eleição. Nós estamos alertando para o nosso projeto presidencial no início do governo Dilma e não no final. E é preciso deixar as coisas claras: nosso compromisso não é com o PT, mas sim pela governabilidade. Queremos garantir que o país funcione. Não temos nenhuma afinidade ideológica nem programática com o PT.
O senhor será candidato a prefeito do Rio em 2016? Não sei, essa é uma decisão que cabe ao partido...
O senhor está falando 'não sei' há algum tempo. Quando esta decisão vai ser tomada no PMDB (disputam a vaga Picciani e Pedro Paulo, braço-direito de Paes)? Ano que vem. O prefeito tem preferência pelo Pedro Paulo como candidato, mas o partido só vai definir depois. Nossa prioridade agora é ajuda-lo a fazer um bom governo.
Mas você quer ser prefeito do Rio? Quem não gostaria de governar a sua cidade?
Mas ninguém é candidato de si próprio. Nem eu sou de mim, nem o Pedro Paulo dele próprio. Este é um processo de construção interno.
Mas quando o Paes colocou seu irmão Rafael Picciani como secretário de Transportes e atuou fortemente para você ser líder do PMDB, ele não resolveu a questão com gestos?
O gesto fica sempre registrado e tem valor. Mas o convite ao Rafael foi feito de forma desvinculada a qualquer montagem política, o prefeito deixou isso bem claro. Do contrário meu irmão nem teria aceito o convite. E da minha parte também, sou grato ao que foi feito, mas ele ajudou sem nenhuma vinculação a acordos futuros.
E a possibilidade do seu irmão Rafael ser vice do Pedro Paulo, tirando o posto hoje ocupado pelo PT?
O PT sem dúvida não terá a vice no Rio de Janeiro, tenho absoluta convicção que isso não ocorrerá. Caso a escolha do partido seja pelo Pedro, é bastante provável que meu irmão seja o vice sim.
Outra hipótese seria você suceder Eduardo Cunha na presidência da Câmara. O senhor prefere ser prefeito ou presidente da Câmara no futuro? Qualquer uma das funções me deixaria honrado. O destino e a vida mostrarão qual caminho seguir.
Até agora só falamos de cenários com peemedebistas assumindo cargos no Rio. Este é um reflexo da fraqueza da oposição ao grupo político de vocês que vence eleições consecutivas no estado desde 2006?
Considero que a oposição ao PMDB no Rio é duríssima. O PSOL tem uma bancada forte, por exemplo. O senador Marcelo Crivella disputou a eleição contra Pezão e teve mais de 40% dos votos, com apoio do ex-governador Anthony Garotinho e do PT. É uma oposição com dois senadores (referindo-se também a Lindbergh Farias). Agora, prefiro analisar os acertos do PMDB, não vencemos porque a oposição erra. Somos vitoriosos porque apresentamos um projeto real de melhoria da vida da população.
O senhor falou de um personagem que muito atacou vocês nos últimos tempos, o ex-governador Anthony Garotinho. Sem mandato hoje e nomeado secretário de Rosinha em Campos dos Goytacazes, o maior rival do PMDB-RJ está morto politicamente?
Na política se diz que a pessoa pode morrer mais de uma vez e ressuscitar. Então obviamente não consideramos nem ele nem ninguém morto definitivamente.Fonte:Veja
Lava Jato faz buscas nas casas de Collor e outros dois senadores
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira mais uma etapa da Operação Lava Jato e cumpre 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) referentes a seis processos contra políticos investigados no petrolão. Um dos alvos da ação é o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL): agentes vasculharam as casas de Collor em Brasília e Maceió, além da residência do filho dele, Arnon de Mello Neto, na capital alagoana e da sede da TV Gazeta de Alagoas, que pertence ao senador. Também foram alvo das buscas os senadores Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). A PF ainda fez buscas e apreensões em endereços ligados ao deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), ao ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, que atualmente é integrante do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCE-BA), e ao ex-deputado federal pelo PP de Santa Catarina João Pizzolatti.
Foram cumpridos sete mandados em Alagoas, doze no Distrito Federal, onze na Bahia, oito em Pernambuco, cinco em Santa Catarina, cinco no Rio de Janeiro e cinco em São Paulo. Em Alagoas, a PF vasculhou ainda endereços de Luís Pereira de Amorim e Eduardo Frazon, dirigentes das Organizações Arnon de Mello, controladas pela família do senador Collor de Mello. As ações relacionadas a Pizzolatti foram nas casas do ex-deputado, da ex-mulher dele e de um ex-sócio em Santa Catarina. Esse ex-sócio também teve um escritório visitado pelos agentes.
Batizada Politeia, termo de origem grega em referência ao livro República, de Platão, que cita uma cidade perfeita, onde a ética prevalece sobre a corrupção, a operação cumpre mandados expedidos pelos ministros Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski e tem como objetivo evitar a destruição de provas, segundo a Procuradoria-Geral da República. Além das casas dos investigados, as buscas se deram nas sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos. As ações decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, esta é a primeira fase da Lava Jato no âmbito do STF. "As medidas são necessárias ao esclarecimento dos fatos investigados , sendo que algumas se destinaram a garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas", afirmou, em nota, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo ele, as medidas refletem uma atuação firme e responsável do Ministério Público Federal. "Adsumus (aqui estamos)", concluiu.
Collor e a Lava Jato - Collor foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef como beneficiário de propina no valor de 3 milhões de reais em uma operação da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Desde julho do ano passado o Supremo Tribunal Federal já havia registrado inquérito criminal contra o parlamentar. Segundo relatou Youssef em acordo de delação premiada, a distribuição do dinheiro sujo contava com a participação do ex-ministro de Collor Pedro Paulo Leoni Ramos, dono da GPI Investimentos e amigo de longa data do senador. Na triangulação do suborno, foi fechado um contrato com uma rede de postos de combustível de São Paulo e que previa a troca de bandeira da rede, para que o grupo se tornasse um revendedor da BR Distribuidora. O negócio totalizou 300 milhões de reais, e a cota de propina, equivalente a 1% do contrato, foi repassada a Leoni Ramos, que encaminhava finalmente a Collor.
Conforme revelou VEJA, há outras provas do envolvimento de Fernando Collor de Mello no esquema de fraude e corrupção na Petrobras. Os investigadores encontraram, por exemplo, um comprovante de depósito de 8.000 reais feito pelo doleiro Alberto Youssef na conta pessoal do senador do PTB e rastrearam o repasse de 17.000 reais para uma empresa dele em Alagoas. Na sequência, surgiram mais sete depósitos diretos para o parlamentar. O ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos, que atuou no governo Collor, é apontado como um dos sócios de Youssef no laboratório fantasma Labogen, por meio do qual o doleiro atuava em fraudes no Ministério da Saúde. Em entrevista a VEJA, a contadora de Youssef Meire Poza afirmou que os depósitos foram feitos a pedido de Leoni Ramos.
O mensalão do PP no petrolão - Já o PP de Ciro Nogueira e Negromonte montou uma "estrutura criminosa estável e perene" no esquema, nas palavras de Janot. Os pepistas atuavam de forma organizada e recebiam mensalmente propina por intermédio do doleiro Alberto Youssef. Segundo as apurações da Operação Lava Jato, a bancada na Câmara levava entre 1,2 milhão de reais e 1,5 milhão de reais todos os meses, enquanto os líderes, responsáveis pela distribuição do dinheiro, embolsavam de 250.000 reais a 500.000 reais mensais.
Uma das empresas citadas por Youssef como pagadoras da propina ao partido é a Mendes Júnior. Em depoimento à Justiça, o doleiro disse que a empreiteira aceitou o pagamento de comissão em troca de um contrato junto a refinaria de Paulínia (SP) e de Araucária (PR) em 2010. O valor do contrato teria sido de 500 milhões de reais, sendo que a fatia destinada ao PP era de 1% sobre o custo total. Os ex-deputados João Pizzolatti (SC) e Mário Negromonte foram apontados como os receptores das comissões destinadas ao PP. Nogueira foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos destinatários da propina, conforme revelou VEJA. Já Pizzolatti é suspeito de receber propina no esquema de corrupção da Petrobras, conforme depoimento de delatores. Ele é alvo de quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal, um deles que apura formação de quadrilha.
PSB - O senador Fernando Bezerra Coelho é citado nos depoimentos dos delatores da Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Nos depoimentos, o nome de Bezerra aparece como representante do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto no ano passado. Bezerra foi ministro da Integração Nacional no início do primeiro governo Dilma, permanecendo no cargo até o final de 2013. Em depoimento prestado à Polícia Federal, Costa disse ter sido procurado por Bezerra em 2010 para o recebimento de propina no valor de 20 milhões de reais, que seria destinado à campanha de Campos à reeleição do governo de Pernambuco. À época, Bezerra era secretário de Desenvolvimento de Pernambuco e dirigente do Porto de Suape, complexo industrial onde está instalada a Refinaria Abreu e Lima.
(Da redação com Estadão Conteúdo)
Foram cumpridos sete mandados em Alagoas, doze no Distrito Federal, onze na Bahia, oito em Pernambuco, cinco em Santa Catarina, cinco no Rio de Janeiro e cinco em São Paulo. Em Alagoas, a PF vasculhou ainda endereços de Luís Pereira de Amorim e Eduardo Frazon, dirigentes das Organizações Arnon de Mello, controladas pela família do senador Collor de Mello. As ações relacionadas a Pizzolatti foram nas casas do ex-deputado, da ex-mulher dele e de um ex-sócio em Santa Catarina. Esse ex-sócio também teve um escritório visitado pelos agentes.
Batizada Politeia, termo de origem grega em referência ao livro República, de Platão, que cita uma cidade perfeita, onde a ética prevalece sobre a corrupção, a operação cumpre mandados expedidos pelos ministros Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski e tem como objetivo evitar a destruição de provas, segundo a Procuradoria-Geral da República. Além das casas dos investigados, as buscas se deram nas sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos. As ações decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, esta é a primeira fase da Lava Jato no âmbito do STF. "As medidas são necessárias ao esclarecimento dos fatos investigados , sendo que algumas se destinaram a garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas", afirmou, em nota, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo ele, as medidas refletem uma atuação firme e responsável do Ministério Público Federal. "Adsumus (aqui estamos)", concluiu.
Collor e a Lava Jato - Collor foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef como beneficiário de propina no valor de 3 milhões de reais em uma operação da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Desde julho do ano passado o Supremo Tribunal Federal já havia registrado inquérito criminal contra o parlamentar. Segundo relatou Youssef em acordo de delação premiada, a distribuição do dinheiro sujo contava com a participação do ex-ministro de Collor Pedro Paulo Leoni Ramos, dono da GPI Investimentos e amigo de longa data do senador. Na triangulação do suborno, foi fechado um contrato com uma rede de postos de combustível de São Paulo e que previa a troca de bandeira da rede, para que o grupo se tornasse um revendedor da BR Distribuidora. O negócio totalizou 300 milhões de reais, e a cota de propina, equivalente a 1% do contrato, foi repassada a Leoni Ramos, que encaminhava finalmente a Collor.
Conforme revelou VEJA, há outras provas do envolvimento de Fernando Collor de Mello no esquema de fraude e corrupção na Petrobras. Os investigadores encontraram, por exemplo, um comprovante de depósito de 8.000 reais feito pelo doleiro Alberto Youssef na conta pessoal do senador do PTB e rastrearam o repasse de 17.000 reais para uma empresa dele em Alagoas. Na sequência, surgiram mais sete depósitos diretos para o parlamentar. O ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos, que atuou no governo Collor, é apontado como um dos sócios de Youssef no laboratório fantasma Labogen, por meio do qual o doleiro atuava em fraudes no Ministério da Saúde. Em entrevista a VEJA, a contadora de Youssef Meire Poza afirmou que os depósitos foram feitos a pedido de Leoni Ramos.
O mensalão do PP no petrolão - Já o PP de Ciro Nogueira e Negromonte montou uma "estrutura criminosa estável e perene" no esquema, nas palavras de Janot. Os pepistas atuavam de forma organizada e recebiam mensalmente propina por intermédio do doleiro Alberto Youssef. Segundo as apurações da Operação Lava Jato, a bancada na Câmara levava entre 1,2 milhão de reais e 1,5 milhão de reais todos os meses, enquanto os líderes, responsáveis pela distribuição do dinheiro, embolsavam de 250.000 reais a 500.000 reais mensais.
Uma das empresas citadas por Youssef como pagadoras da propina ao partido é a Mendes Júnior. Em depoimento à Justiça, o doleiro disse que a empreiteira aceitou o pagamento de comissão em troca de um contrato junto a refinaria de Paulínia (SP) e de Araucária (PR) em 2010. O valor do contrato teria sido de 500 milhões de reais, sendo que a fatia destinada ao PP era de 1% sobre o custo total. Os ex-deputados João Pizzolatti (SC) e Mário Negromonte foram apontados como os receptores das comissões destinadas ao PP. Nogueira foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos destinatários da propina, conforme revelou VEJA. Já Pizzolatti é suspeito de receber propina no esquema de corrupção da Petrobras, conforme depoimento de delatores. Ele é alvo de quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal, um deles que apura formação de quadrilha.
PSB - O senador Fernando Bezerra Coelho é citado nos depoimentos dos delatores da Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Nos depoimentos, o nome de Bezerra aparece como representante do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto no ano passado. Bezerra foi ministro da Integração Nacional no início do primeiro governo Dilma, permanecendo no cargo até o final de 2013. Em depoimento prestado à Polícia Federal, Costa disse ter sido procurado por Bezerra em 2010 para o recebimento de propina no valor de 20 milhões de reais, que seria destinado à campanha de Campos à reeleição do governo de Pernambuco. À época, Bezerra era secretário de Desenvolvimento de Pernambuco e dirigente do Porto de Suape, complexo industrial onde está instalada a Refinaria Abreu e Lima.
(Da redação com Estadão Conteúdo)
segunda-feira, 13 de julho de 2015
COMANDO DA PM DE SERRINHA RECEBE HOMENAGEM DE ESTUDANTES
O Comando do Décimo Sexto Batalhão, na manhã de 13 de julho de 2015, foi surpreendido por uma caminhada de agradecimento feito pelos Professores e alunos da Escola Maria Aurea Pimentel Ferreira, quando se reuniram à frente do Batalhão e aplaudiram o desempenho da Polícia Militar. A Escola Municipal localizada no bairro Cidade Nova, em Serrinha, recebe constantemente a visita dos Policiais Militares, através da Ronda Escolar e sempre que solicita a presença da PM é atendida, conforme declarações de sua Diretora. No entanto, a Direção protesta por vigilância predial e pela presença de outros Órgãos que possa contribuir para uma maior tranquilidade.Fonte:ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL-16 BPM/Serrinha
Troca de mensagens de Léo Pinheiro cita 'Aécio' e 'Brahma'
Troca de mensagens de celular entre o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, interceptadas pela Polícia Federal citam, supostamente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o senador Aécio Neves (PSDB). Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, o relatório da PF indica uma menção ao “Brahma”, que a polícia considera ser a forma como executivos da companhia se referiam a Lula. “Quem marcou (o encontro de executivos da empreiteira com o embaixador de Moçambique no Brasil Murade Murargy) foi a Mônica, mulher de Franklin (Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula). Segundo ela, seria uma aproximação para 2014. Ele deve coordenar.
Disse-me também que os 2 (CNO e AG, em referência à Odebrecht e Andrade Gutierrez) estão em pé de guerra. Vou confirmar sua ida. Nesse mesmo horário vou estar com Aécio”, diz um dos SMS, destinado ao então diretor superintendente da OAS Internacional Augusto Cézar Uzeda. O texto, enviado no dia 26 de novembro de 2012, tratava de uma reunião entre Uzeda e o embaixador de Moçambique.
No relatório da PF, que foi anexado aos autos da 14ª fase da Operação Lava Jato, é a única citação de Aécio nas trocas de mensagem de Léo Pinheiro. Menos de duas semanas após a mensagem, Aécio foi lançado pré-candidato a Presidência da República pelo PSDB. Uzeda informou, em resposta, que já conhecia o embaixador e pediu que Léo Pinheiro lhe passasse o “histórico do contato”.
Pinheiro, por sua vez, respondeu: “Franklin Martins”, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do primeiro mandato do governo Lula. Na sequência ele cita: “Ok. Tem o Brahma (no) meio”,em referência ao ex-presidente Lula. Na conversa eles também relatam que o então embaixador de Moçambique teria contribuido para que outras empresas brasileiras conseguissem atuar no país”. Fonte:Bahia Noticias
Disse-me também que os 2 (CNO e AG, em referência à Odebrecht e Andrade Gutierrez) estão em pé de guerra. Vou confirmar sua ida. Nesse mesmo horário vou estar com Aécio”, diz um dos SMS, destinado ao então diretor superintendente da OAS Internacional Augusto Cézar Uzeda. O texto, enviado no dia 26 de novembro de 2012, tratava de uma reunião entre Uzeda e o embaixador de Moçambique.
No relatório da PF, que foi anexado aos autos da 14ª fase da Operação Lava Jato, é a única citação de Aécio nas trocas de mensagem de Léo Pinheiro. Menos de duas semanas após a mensagem, Aécio foi lançado pré-candidato a Presidência da República pelo PSDB. Uzeda informou, em resposta, que já conhecia o embaixador e pediu que Léo Pinheiro lhe passasse o “histórico do contato”.
Pinheiro, por sua vez, respondeu: “Franklin Martins”, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do primeiro mandato do governo Lula. Na sequência ele cita: “Ok. Tem o Brahma (no) meio”,em referência ao ex-presidente Lula. Na conversa eles também relatam que o então embaixador de Moçambique teria contribuido para que outras empresas brasileiras conseguissem atuar no país”. Fonte:Bahia Noticias
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