Considerado uma peça-chave para explicar o envolvimento do ex-presidente Lula com a empresa Odebrecht, alvo de investigação no esquema de corrupção na Petrobras, o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do petista, afirmou à CPI do BNDES nesta quinta-feira que, ao longo de quatro anos, recebeu de 1,8 milhão a 2 milhões de dólares em contratos firmados com a empreiteira em Angola. Taiguara negou a influência do petista nas obras, mas não convenceu os deputados ao tentar esclarecer como conseguiu firmar parceria com a gigante nacional.
Conforme reportagem de VEJA revelou, Taiguara ganhou contratos de obras após o ex-presidente Lula ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira. O empresário é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente, já falecida.
Foi na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, que o sobrinho de Lula, como é conhecido no meio empresarial, firmou contrato milionário com a Odebrecht. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a empreiteira conseguiu no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento para realizar esse projeto na África. O episódio levou o Ministério Público a abrir inquérito para investigar a suspeita de tráfico de influência de Lula em benefício da empreiteira. O petista prestou depoimento ao MP nesta quinta-feira para dar explicações sobre o caso.
Aos deputados, Taiguara admitiu outros contratos com a Odebrecht, um de 280.000 dólares - não deu detalhes do serviço prestado -, e outro de 750.000 dólares, para a reforma de uma casa de alto padrão em Angola.
Questionado pelos membros da CPI, Taiguara negou as evidências e disse que o ex-presidente teve "influência zero" nos negócios. Para ele, a relação que mantém com o ex-presidente e o filho dele, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, "não interfere em nada, nem positivamente nem negativamente". O empresário, por outro lado, não conseguiu comprovar as credenciais que lhe aproximariam dos contratos milionários com a Odebrecht, a maior empreiteira da América Latina. Ao detalhar o currículo, Taiguara afirmou ser vendedor desde os 14 anos e negou ter formação acadêmica. "Com o passar dos anos, foram aparecendo oportunidades, como a que me fez chegar aqui, a de trabalhar em Angola".
"O senhor tinha uma relação de parentesco com o Lula. Esse era o seu capital. É isso que lhe abriu portas", rebateu o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). "Que razões o senhor acha que levaria uma gigante como a Odebrecht a contratar a sua empresa, que ocupava uma parte de um prédio de Santos com cinco funcionários, jamais teria realizado uma obra em São Paulo para trabalhar numa obra de ampliação de hidrelétrica em Angola? Me dê essa receita para que todos nós possamos saber como se consegue um negócio desses", continuou o parlamentar. Não houve resposta convincente.
O empresário também confirmou uma mudança nos seus padrões de vida: de um morador de um apartamento de um quarto, ele passou a viver em um duplex de 255 metros quadrados em Santos e a andar de Land Rover. Taiguara, no entanto, tentou novamente desvincular a influência de Lula na sua ascensão social. Agora, ele narra estar passando por momentos difíceis: "Nesse período em que eu estava em um quarto e sala eu estava bem melhor. De meados de 2014 para cá, com essa queda brusca do petróleo, Angola não tem trabalho. Nossa empresa está há muito tempo sem contrato".
O empresário tentou escapar do depoimento à CPI alegando dificuldades para pagar passagem e hospedagem. Segundo ele, sua defesa viajou a Brasília arcando os próprios gastos por uma "gentileza".Fonte:Veja
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
PGR pede novo inquérito sobre contas de Cunha na Suíça
A Procuradoria-Geral da República protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira um novo pedido de abertura de inquérito contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Desta vez, a solicitação para investigar o político ocorre depois da descoberta de contas secretas do peemedebista na Suíça.
O pedido também envolve a esposa de Cunha, Claudia Cruz, e a filha do deputado, Danielle Cruz. O caso vai ser analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no STF.
Eduardo Cunha já foi denunciado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Hoje, a PGR aditou a esse processo trechos da delação premiada do lobista Fernando Baiano, apontado como o operador do PMDB no esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato.
As autoridades de investigação suíças encontraram contras secretas do peemedebista e de familiares no país europeu. O saldo dessas contas foi bloqueado e há indícios de que elas conteriam propina supostamente recebida pelo deputado no escândalo do petrolão. Parte dos recursos, segundo os investigadores, foi utilizado para pagar despesas da esposa do parlamentar em uma escola de tênis nos Estados Unidos.
Embora negue ter recebido propina ou manter contas secretas no exterior, Eduardo Cunha foi citado diversas vezes por delatores e investigados na Lava Jato. O engenheiro João Augusto Henriques, por exemplo, apontado pelo Ministério Público como um dos operadores do PMDB na Lava Jato, foi um dos investigados no petrolão que citou o peemedebista Cunha como um dos beneficiários de dinheiro em contas secretas no exterior. Em depoimento à Polícia Federal, ele disse que repassou dinheiro a uma conta corrente cujo verdadeiro destinatário era o presidente da Câmara.
À Justiça, o lobista Julio Camargo, que atuou a favor da empresa Toyo Setal, afirmou que o deputado pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras em um contrato de navios-sonda. O ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Musa também afirmou que cabia a Cunha dar a "palavra final" nas decisões da diretoria Internacional - na época, a área era comandada pelo réu no petrolão Jorge Zelada. Segundo Musa, coube a João Augusto Henriques emplacar Zelada na cúpula da petroleira, embora fosse de Cunha a influência direta sobre a gestão da companhia.
O advogado de Eduardo Cunha, Antonio Fernando de Souza, não atendeu os telefonemas da reportagem para comentar o novo pedido de inquérito.Fonte:Veja
O pedido também envolve a esposa de Cunha, Claudia Cruz, e a filha do deputado, Danielle Cruz. O caso vai ser analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no STF.
Eduardo Cunha já foi denunciado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Hoje, a PGR aditou a esse processo trechos da delação premiada do lobista Fernando Baiano, apontado como o operador do PMDB no esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato.
As autoridades de investigação suíças encontraram contras secretas do peemedebista e de familiares no país europeu. O saldo dessas contas foi bloqueado e há indícios de que elas conteriam propina supostamente recebida pelo deputado no escândalo do petrolão. Parte dos recursos, segundo os investigadores, foi utilizado para pagar despesas da esposa do parlamentar em uma escola de tênis nos Estados Unidos.
Embora negue ter recebido propina ou manter contas secretas no exterior, Eduardo Cunha foi citado diversas vezes por delatores e investigados na Lava Jato. O engenheiro João Augusto Henriques, por exemplo, apontado pelo Ministério Público como um dos operadores do PMDB na Lava Jato, foi um dos investigados no petrolão que citou o peemedebista Cunha como um dos beneficiários de dinheiro em contas secretas no exterior. Em depoimento à Polícia Federal, ele disse que repassou dinheiro a uma conta corrente cujo verdadeiro destinatário era o presidente da Câmara.
À Justiça, o lobista Julio Camargo, que atuou a favor da empresa Toyo Setal, afirmou que o deputado pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras em um contrato de navios-sonda. O ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Musa também afirmou que cabia a Cunha dar a "palavra final" nas decisões da diretoria Internacional - na época, a área era comandada pelo réu no petrolão Jorge Zelada. Segundo Musa, coube a João Augusto Henriques emplacar Zelada na cúpula da petroleira, embora fosse de Cunha a influência direta sobre a gestão da companhia.
O advogado de Eduardo Cunha, Antonio Fernando de Souza, não atendeu os telefonemas da reportagem para comentar o novo pedido de inquérito.Fonte:Veja
Servidores não recadastrados devem preencher formulário para não perderem salários
Os servidores ativos do Estado que não se recadastraram até a última segunda-feira (12) devem procurar o quanto antes a Coordenação de Recursos Humanos do órgão a que pertencem para evitar a suspensão também dos próximos salários. Em nota, a Secretaria da Administração (Saeb) defendeu que o prazo foi calculado para que houvesse tempo hábil de se manter na folha de pagamento vigente. Uma vez no RH, a atualização dos dados funcionais, a partir de agora, é feita presencialmente, de forma manual.
Após o processo, os servidores precisarão aguardar a análise das áreas competentes, que decidirão se haverá a regularização dos vencimentos ou, em caso de necessidade, a abertura de processo administrativo. Dentre os cerca de 30 mil servidores envolvidos na segunda fase do recadastramento de ativos, 255 deixaram de se recadastrar. A lista está disponível no Portal do Servidor.Fonte:Bahia Noticias
Estados Unidos registra casos de peste negra, doença que matou milhões na Idade Média
Os Estados Unidos registraram, somente em 2015, 15 casos de peste bubônica, com quatro mortes, segundo informações do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Mais conhecida como peste negra, a doença causou cerca de 50 milhões de mortes na África, Ásia e Europa no século 14. No século 19, mais de 12 milhões de pessoas morreram também na China.
"A praga era bastante presente [nos EUA], com epidemias em cidades portuárias da costa oeste. Mas o último surto urbano da praga foi em Los Angeles em 1925. Daí se espalhou por meio de ratos do campo, e assim se entrincheirou em partes do país", explicou Daniel Epstein, da Organização Mundial da Saúde (OMS), em entrevista à BBC. Atualmente, são registrados casos também em Madagascar, República Democrática do Congo e Peru.
Quando não tratada, a peste tem um índice de mortalidade de 30% a 60% e é transmitida, geralmente, por pulgas. "O conselho é se precaver contra mordidas de pulgas e não manusear carcaças de animais em áreas endêmicas da praga", disse Epstein. O CDC informou ainda que todos os casos registrados nos EUA em 2015 foram nos estados do Novo México, Arizona, Califórnia e Colorado. Apesar de pesquisas desenvolvidas, ainda não há uma vacina para a peste negra.
Revisão em Bolsa Família de Ilhéus aponta mais de 7 mil benefícios irregulares
Depois de uma revisão de cadastro no Bolsa Família de Ilhéus, no sul do estado, mais de sete mil famílias tiveram os benefícios cancelados. Feita pela Secretaria de Assistência Social da cidade, a atualização identificou irregularidades, como omissão de renda, falsas informações sobre estado civil, além do recebimento de pagamentos em nome de pessoas que já morreram. Segundo o G1, os casos ocorreram entre 2009 e 2012. A pasta ainda informou que mais de 1,3 mil beneficiados integravam o quadro de funcionários da prefeitura. Com a descoberta das irregularidades, pelo menos 287 pessoas terão que devolver o dinheiro recebido indevidamente. Aqueles que se sentirem prejudicados podem recorrer da obrigação.Fonte:Bahia Noticias
Reinaldo Azevedo:Podem apostar: Supremo vai manter a liminar de Rosa e Zavascki
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deve recorrer nesta sexta contra as liminares concedidas por Rosa Weber e Teori Zavascki contra o rito que ele definiu para a tramitação das denúncias que podem resultar no afastamento de Dilma.
Duvido que seja bem-sucedido, como já afirmei nesta quarta no programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan.
Dois votos a favor do que quer o governo estão garantidos, certo? Os de Rosa e Teori. Marco Aurélio Mello já se pronunciou em favor da liminar. Considerando a volúpia com que Roberto Barroso defende que o Supremo atue como legislador, acho que dará com facilidade o quarto voto.
Não tenho dúvida de que Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo, daria o quinto, e talvez Dilma nem precise de Edson Fachin, o mais novo integrante da Corte: Luiz Fux, outro entusiasta do Supremo Legislador, pode se encarregar da tarefa.
Assim, Cunha continuará a ser “o homem” a definir o início ou não da tramitação da denúncia contra Dilma.
E não pensem que as chicanas vão se esgotar aí, não. Caso Cunha resolva deferir um pedido, outras tantas liminares chegarão o Supremo. A turma de Collor atulhou o tribunal com nove recursos em 1992. Perdeu todos.
Os tempos, no entanto, eram outros, e ninguém por lá estava principalmente empenhado em servir.
Por Reinaldo Azevedo(Veja)
Duvido que seja bem-sucedido, como já afirmei nesta quarta no programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan.
Dois votos a favor do que quer o governo estão garantidos, certo? Os de Rosa e Teori. Marco Aurélio Mello já se pronunciou em favor da liminar. Considerando a volúpia com que Roberto Barroso defende que o Supremo atue como legislador, acho que dará com facilidade o quarto voto.
Não tenho dúvida de que Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo, daria o quinto, e talvez Dilma nem precise de Edson Fachin, o mais novo integrante da Corte: Luiz Fux, outro entusiasta do Supremo Legislador, pode se encarregar da tarefa.
Assim, Cunha continuará a ser “o homem” a definir o início ou não da tramitação da denúncia contra Dilma.
E não pensem que as chicanas vão se esgotar aí, não. Caso Cunha resolva deferir um pedido, outras tantas liminares chegarão o Supremo. A turma de Collor atulhou o tribunal com nove recursos em 1992. Perdeu todos.
Os tempos, no entanto, eram outros, e ninguém por lá estava principalmente empenhado em servir.
Por Reinaldo Azevedo(Veja)
CGU vê sinais de irregularidades em mais da metade das concessões de auxílio-doença
O governo concede auxílio-doença sem ter certeza que os beneficiários estão, de fato, incapacitados para o trabalho, segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU). No ano passado, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desembolsou 21 bilhões de reais para pagar o benefício, que só deveria ser dado a quem se acidentou ou ficou doente e não pode trabalhar.
A CGU analisou uma amostra de 9.461 laudos periciais médicos selecionados de forma aleatória de um universo de 826.183 benefícios pagos. Mais da meta dos laudos (53%) não possuíam elementos mínimos para atestar a incapacidade. Em alguns casos, não estava preenchida a ocupação do segurado nem a data do início do problema médico.
O auxílio é dado para quem, por motivo de doença ou acidente, fica impedido de trabalhar por mais de quinze dias seguidos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, exceto os domésticos, os primeiros quinze dias são pagos pelo empregador e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados, a Previdência paga o auxílio desde o início.
A CGU também fez um cruzamento de dados das folhas de fevereiro e setembro de 2012 e identificou 24.503 casos com indícios de irregularidades, seja por acúmulo de benefícios ou pagamentos depois da morte do segurado. Pelas fiscalizações nas agências, o órgão concluiu que os peritos e os supervisores médicos periciais faltam ou saem mais cedo sem justificativas em pelo menos 250 agências.
Os atrasos sistemáticos superiores a uma hora entre o horário agendado para a perícia e o atendimento ocorre em pelo menos 380 agências, mais de um quarto das unidades do INSS, mesmo depois da implantação do registro eletrônico. De acordo com a CGU, em pelo menos 822 agências - mais da metade das unidades da Previdência Social -, os procedimentos de verificação da documentação não foram executados conforme as normas.
Ainda segundo a instituição, 412 agências não dispõem de condições físicas mínimas de trabalho para os peritos, incluindo divisórias e lavatório. Outras 636 agências não têm o mínimo de equipamentos para o atendimento, como maca, estetoscópio e aparelho de pressão.
A CGU diz que o INSS começou a adotar medidas sugeridas e conseguiu até novembro do ano passado cancelar 546 benefícios, uma economia de pouco mais de 5 milhões de reais.
O INSS afirmou, em nota, que os problemas estão sendo tratados pela área técnica. "O INSS trabalha continuamente no aperfeiçoamento das suas rotinas de trabalho e de controle, por meio do desenvolvimento de novos sistemas informatizados e do aprimoramento dos seus atos normativos, sempre com vistas à qualificação do processo de reconhecimento de direitos para os trabalhadores brasileiros e à correta aplicação de recursos públicos".
(Com Estadão Conteúdo)
A CGU analisou uma amostra de 9.461 laudos periciais médicos selecionados de forma aleatória de um universo de 826.183 benefícios pagos. Mais da meta dos laudos (53%) não possuíam elementos mínimos para atestar a incapacidade. Em alguns casos, não estava preenchida a ocupação do segurado nem a data do início do problema médico.
O auxílio é dado para quem, por motivo de doença ou acidente, fica impedido de trabalhar por mais de quinze dias seguidos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, exceto os domésticos, os primeiros quinze dias são pagos pelo empregador e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados, a Previdência paga o auxílio desde o início.
A CGU também fez um cruzamento de dados das folhas de fevereiro e setembro de 2012 e identificou 24.503 casos com indícios de irregularidades, seja por acúmulo de benefícios ou pagamentos depois da morte do segurado. Pelas fiscalizações nas agências, o órgão concluiu que os peritos e os supervisores médicos periciais faltam ou saem mais cedo sem justificativas em pelo menos 250 agências.
Os atrasos sistemáticos superiores a uma hora entre o horário agendado para a perícia e o atendimento ocorre em pelo menos 380 agências, mais de um quarto das unidades do INSS, mesmo depois da implantação do registro eletrônico. De acordo com a CGU, em pelo menos 822 agências - mais da metade das unidades da Previdência Social -, os procedimentos de verificação da documentação não foram executados conforme as normas.
Ainda segundo a instituição, 412 agências não dispõem de condições físicas mínimas de trabalho para os peritos, incluindo divisórias e lavatório. Outras 636 agências não têm o mínimo de equipamentos para o atendimento, como maca, estetoscópio e aparelho de pressão.
A CGU diz que o INSS começou a adotar medidas sugeridas e conseguiu até novembro do ano passado cancelar 546 benefícios, uma economia de pouco mais de 5 milhões de reais.
O INSS afirmou, em nota, que os problemas estão sendo tratados pela área técnica. "O INSS trabalha continuamente no aperfeiçoamento das suas rotinas de trabalho e de controle, por meio do desenvolvimento de novos sistemas informatizados e do aprimoramento dos seus atos normativos, sempre com vistas à qualificação do processo de reconhecimento de direitos para os trabalhadores brasileiros e à correta aplicação de recursos públicos".
(Com Estadão Conteúdo)
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Filho diz que Chimbinha mentiu ao 'Fantástico'
Chimbinha mentiu quando disse que a ex-mulher, Joelma, não o deixava ter acesso aos filhos desde a separação. A afirmação, dada em entrevista exibida pelo Fantástico no domingo, foi refutada por Yago, filho do casal fundador da banda Calpypso, em vídeo divulgado na internet (abaixo). O menino, que estava nos Estados Unidos, disse que vinha falando com o pai por telefone e que viajou ao Recife, onde gravou o vídeo, para encontrá-lo e "entender" o que está acontecendo.
"Oi, aqui é o Yago, filho da Joelma e do Chimbinha, da banda Calypso, e eu estou aqui para esclarecer algumas coisas que o meu pai falou", diz Yago no início do depoimento. Em seguida, ele afirma que, de fato, como afirmou Chimbinha, foi expedida uma medida preventiva, na Justiça, que impediria o guitarrista de falar com os filhos - vale lembrar que o barraco do músico com a vocalista do Calypso ganhou contornos de caso policial e judicial depois que a cantora foi a uma delegacia acusar o ex de ameaçá-la e, com base na Lei Maria da Penha, obteve uma liminar que o proibia de se aproximar dela.
A medida que impedia Chimbinha de ter acesso aos filhos, contudo, não teria chegado ao conhecimento de Joelma, que nunca teria feito nada para barrar o contato. E, mesmo quando chegou, Joelma nada fez para separar o pai dos filhos. Pelo contrário, segundo Yago: ela procurou anular a decisão. "Na hora em que a minha mãe soube, ela retirou a medida preventiva", diz o garoto.
"E eu estava falando com meus pais todos esses meses, quando estava nos EUA. Eu estava falando 'normal' com ele e a minha mãe sabia e mesmo assim deixou", continua Yago. "Eu não quero escolher lado, porque os dois são meus pais, mas não posso ficar calado sobre uma mentira dessa."
Vale lembrar que, no final de setembro, Chimbinha justificou sua ausência em um show do Calypso dizendo que, naquele fim de semana, escolheu ficar com a filha. A afirmação seria uma contradição do guitarrista, que agora diz ter sido impedido por Joelma de acessar Yago e Yasmin. Joelma anunciou sua separação de Chimbinha em agosto, em meio a rumores de traição confirmados pelo músico ao Fantástico. Pouco depois, ela disse que sairia em carreira solo em 2016.Fonte:Veja
"Oi, aqui é o Yago, filho da Joelma e do Chimbinha, da banda Calypso, e eu estou aqui para esclarecer algumas coisas que o meu pai falou", diz Yago no início do depoimento. Em seguida, ele afirma que, de fato, como afirmou Chimbinha, foi expedida uma medida preventiva, na Justiça, que impediria o guitarrista de falar com os filhos - vale lembrar que o barraco do músico com a vocalista do Calypso ganhou contornos de caso policial e judicial depois que a cantora foi a uma delegacia acusar o ex de ameaçá-la e, com base na Lei Maria da Penha, obteve uma liminar que o proibia de se aproximar dela.
A medida que impedia Chimbinha de ter acesso aos filhos, contudo, não teria chegado ao conhecimento de Joelma, que nunca teria feito nada para barrar o contato. E, mesmo quando chegou, Joelma nada fez para separar o pai dos filhos. Pelo contrário, segundo Yago: ela procurou anular a decisão. "Na hora em que a minha mãe soube, ela retirou a medida preventiva", diz o garoto.
"E eu estava falando com meus pais todos esses meses, quando estava nos EUA. Eu estava falando 'normal' com ele e a minha mãe sabia e mesmo assim deixou", continua Yago. "Eu não quero escolher lado, porque os dois são meus pais, mas não posso ficar calado sobre uma mentira dessa."
Vale lembrar que, no final de setembro, Chimbinha justificou sua ausência em um show do Calypso dizendo que, naquele fim de semana, escolheu ficar com a filha. A afirmação seria uma contradição do guitarrista, que agora diz ter sido impedido por Joelma de acessar Yago e Yasmin. Joelma anunciou sua separação de Chimbinha em agosto, em meio a rumores de traição confirmados pelo músico ao Fantástico. Pouco depois, ela disse que sairia em carreira solo em 2016.Fonte:Veja
Com Cunha emparedado, CPI da Petrobras arma pizza
Na reta final dos trabalhos e sem ter conseguido avançar efetivamente nas investigações da Lava Jato, a CPI da Petrobras virou nesta quarta-feira palco de discussões sobre a blindagem que o colegiado fez ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a delatores. Mesmo com a possibilidade de apresentar na próxima semana um relatório final que pouco avança nos fatos já conhecidos sobre o petrolão, a ampla maioria dos integrantes da CPI é contra a prorrogação dos trabalhos.
Se não houver prorrogação dos trabalhos - e o cenário entre os deputados indica que não haverá - o depoimento do presidente da estatal, Aldemir Bendine, hoje, será o último a ser colhido pela comissão de inquérito. Antes de o executivo começar a expor dados sobre o rombo na petroleira e as dificuldades de auditar contas navalhadas por uma corrupção sistêmica,
o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) defendeu abertamente a prorrogação dos trabalhos e a convocação de Eduardo Cunha para prestar um novo depoimento. Quando compareceu ao colegiado, em março, Cunha negou, por exemplo, ter contas bancárias da Suíça e afirmou à época que o lobista Fernando Baiano não atuava em nome do PMDB na estatal. Desde então, as acusações contra o peemedebista não param de crescer e atualmente o parlamentar tem de negociar com o governo uma estratégia para não perder o mandato.
"Não conseguimos ouvir aqui nenhum parlamentar envolvido convocado. Não conseguimos votar nem a convocação de um parlamentar", cobrou Valente. Mesmo com a Polícia Federal tendo deflagrado a Operação Politeia, braço da Lava Jato focado em deputados e senadores, nenhum congressista foi chamado a prestar esclarecimentos. "A Câmara tem obrigação de cortar na própria carne. O processo de investigação está em andamento e estamos fechando a CPI", disse ele, que desde março tenta levar ao colegiado todos os políticos alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de envolvimento com o petrolão.
A ofensiva do deputado contra Eduardo Cunha levou a campo a tropa de choque do peemedebista, que cobrou "presunção de inocência" ao político. "O presidente não é protagonista desse processo. Somos tupiniquim aqui? Só porque a Suíça falou parou o Brasil? É a síndrome de colonização? Se a Suíça quiser procurar dinheiro em conta, 2 milhões de dólares é troco", esbravejou o deputado Carlos Marun (PMDB-MS).
O tucano João Gualberto (PSDB-BA), por sua vez, acusou o PSOL de atuar como "partido auxiliar do PT" e disse que "os pais do petrolão são Lula e Dilma". As acusações contra o PSOL motivaram protestos de Ivan Valente, mas o deputado baiano continuou: "O PT sabe que os pais do petrolão são Lula e Dilma e sempre pega no pé do senhor Eduardo Cunha. Sei as acusações são graves, mas só fala de Eduardo Cunha. Por que não fala do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, que são o problema?".
O petista Jorge Solla (PT-BA), por sua vez, voltou à carga de discussões contra Eduardo Cunha e ironizou o fato de o juiz Sergio Moro não ter mandado prender a mulher do presidente da Câmara, Claudia Cruz, que, segundo o Ministério Público, utilizou dinheiro das contas secretas da Suíça para pagar aulas de tênis nos Estados Unidos. "É uma desfaçatez se falar como se Dilma e Lula pudessem ser culpados e ao mesmo tempo alegar presunção de inocência de quem contas bancárias na Suíça. Não acharam dinheiro nas contas de Lula e Dilma", afirmou.Fonte:Veja
Se não houver prorrogação dos trabalhos - e o cenário entre os deputados indica que não haverá - o depoimento do presidente da estatal, Aldemir Bendine, hoje, será o último a ser colhido pela comissão de inquérito. Antes de o executivo começar a expor dados sobre o rombo na petroleira e as dificuldades de auditar contas navalhadas por uma corrupção sistêmica,
o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) defendeu abertamente a prorrogação dos trabalhos e a convocação de Eduardo Cunha para prestar um novo depoimento. Quando compareceu ao colegiado, em março, Cunha negou, por exemplo, ter contas bancárias da Suíça e afirmou à época que o lobista Fernando Baiano não atuava em nome do PMDB na estatal. Desde então, as acusações contra o peemedebista não param de crescer e atualmente o parlamentar tem de negociar com o governo uma estratégia para não perder o mandato.
"Não conseguimos ouvir aqui nenhum parlamentar envolvido convocado. Não conseguimos votar nem a convocação de um parlamentar", cobrou Valente. Mesmo com a Polícia Federal tendo deflagrado a Operação Politeia, braço da Lava Jato focado em deputados e senadores, nenhum congressista foi chamado a prestar esclarecimentos. "A Câmara tem obrigação de cortar na própria carne. O processo de investigação está em andamento e estamos fechando a CPI", disse ele, que desde março tenta levar ao colegiado todos os políticos alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de envolvimento com o petrolão.
A ofensiva do deputado contra Eduardo Cunha levou a campo a tropa de choque do peemedebista, que cobrou "presunção de inocência" ao político. "O presidente não é protagonista desse processo. Somos tupiniquim aqui? Só porque a Suíça falou parou o Brasil? É a síndrome de colonização? Se a Suíça quiser procurar dinheiro em conta, 2 milhões de dólares é troco", esbravejou o deputado Carlos Marun (PMDB-MS).
O tucano João Gualberto (PSDB-BA), por sua vez, acusou o PSOL de atuar como "partido auxiliar do PT" e disse que "os pais do petrolão são Lula e Dilma". As acusações contra o PSOL motivaram protestos de Ivan Valente, mas o deputado baiano continuou: "O PT sabe que os pais do petrolão são Lula e Dilma e sempre pega no pé do senhor Eduardo Cunha. Sei as acusações são graves, mas só fala de Eduardo Cunha. Por que não fala do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, que são o problema?".
O petista Jorge Solla (PT-BA), por sua vez, voltou à carga de discussões contra Eduardo Cunha e ironizou o fato de o juiz Sergio Moro não ter mandado prender a mulher do presidente da Câmara, Claudia Cruz, que, segundo o Ministério Público, utilizou dinheiro das contas secretas da Suíça para pagar aulas de tênis nos Estados Unidos. "É uma desfaçatez se falar como se Dilma e Lula pudessem ser culpados e ao mesmo tempo alegar presunção de inocência de quem contas bancárias na Suíça. Não acharam dinheiro nas contas de Lula e Dilma", afirmou.Fonte:Veja
Sem CPMF, seguro-desemprego e abono salarial estão em risco, diz Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez nesta quarta-feira um alerta sobre os impactos que um novo rebaixamento da nota de crédito do país pode ter sobre o mercado de trabalho. "Não ter grau de investimento é botar emprego em risco, e ninguém quer isso", afirmou Levy, durante Comissão Geral da Câmara dos Deputados. O ministro ainda disse que, se o Congresso não aprovar a recriação da CPMF, haverá "um certo risco de alguns programas importantes, como seguro-desemprego, ficarem desprotegidos".
"Se não tiver a CPMF, existe um certo risco de programas importantes, como o seguro-desemprego e a proteção ao trabalhador, virem a ter risco. A CPMF permite que o seguro-desemprego esteja protegido, como também o abono salarial. Como vamos pagar, se não houver receitas?", indagou.
A aprovação da CPMF é um dos pontos centrais do plano do governo para economizar 34,4 bilhões de reais (0,7% do PIB). Mesmo com a recriação do tributo, o ministro disse que a meta de superávit primário - economia para pagar os juros da dívida pública - é pequena diante da necessidade de reequilibrar as contas públicas.
Entre as reformas que o país precisa promover, ele ressaltou a da Previdência Social, e disse que a CPMF é compatível com essa discussão por ser provisória. "Neste momento em que a atividade se desacelerou e as receitas caíram, você garante o equilíbrio da Previdência com uma medida provisória", justificou.
Levy disse que outras alternativas podem ser menos eficientes. "Se aumentar imposto da produção, será que é melhor do que o da atividade financeira?", questionou. O ministro ainda respondeu às críticas de que está muito focado na questão fiscal e disse que esse é o primeiro passo para que a equipe econômica tome ações estruturais. "É fundamental o Orçamento de 2016 para a economia voltar ao seu curso, para a volta da criação de emprego", completou.
O ministro da Fazenda reiterou que o combate a abusos não significa a retirada de direitos dos trabalhadores. "Estamos comprometidos com a eficiência nos gastos para trazer economia. É um trabalho difícil de gestão. Sem prejudicar o direito do trabalhador, podemos melhorar o gasto previdenciário, evitando abusos e despesas excessivas", afirmou.
Durante a audiência, vários deputados pediram que o governo diminua o impacto do ajuste fiscal sobre a população e aumente a tributação sobre o setor financeiro. Levy afirmou que o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das instituições financeiras para 20% indica que o governo está atendendo a esses apelos.Fonte:Veja
"Se não tiver a CPMF, existe um certo risco de programas importantes, como o seguro-desemprego e a proteção ao trabalhador, virem a ter risco. A CPMF permite que o seguro-desemprego esteja protegido, como também o abono salarial. Como vamos pagar, se não houver receitas?", indagou.
A aprovação da CPMF é um dos pontos centrais do plano do governo para economizar 34,4 bilhões de reais (0,7% do PIB). Mesmo com a recriação do tributo, o ministro disse que a meta de superávit primário - economia para pagar os juros da dívida pública - é pequena diante da necessidade de reequilibrar as contas públicas.
Entre as reformas que o país precisa promover, ele ressaltou a da Previdência Social, e disse que a CPMF é compatível com essa discussão por ser provisória. "Neste momento em que a atividade se desacelerou e as receitas caíram, você garante o equilíbrio da Previdência com uma medida provisória", justificou.
Levy disse que outras alternativas podem ser menos eficientes. "Se aumentar imposto da produção, será que é melhor do que o da atividade financeira?", questionou. O ministro ainda respondeu às críticas de que está muito focado na questão fiscal e disse que esse é o primeiro passo para que a equipe econômica tome ações estruturais. "É fundamental o Orçamento de 2016 para a economia voltar ao seu curso, para a volta da criação de emprego", completou.
O ministro da Fazenda reiterou que o combate a abusos não significa a retirada de direitos dos trabalhadores. "Estamos comprometidos com a eficiência nos gastos para trazer economia. É um trabalho difícil de gestão. Sem prejudicar o direito do trabalhador, podemos melhorar o gasto previdenciário, evitando abusos e despesas excessivas", afirmou.
Durante a audiência, vários deputados pediram que o governo diminua o impacto do ajuste fiscal sobre a população e aumente a tributação sobre o setor financeiro. Levy afirmou que o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das instituições financeiras para 20% indica que o governo está atendendo a esses apelos.Fonte:Veja
Bancários mantêm greve e fazem manifestação
Está marcada para as 9h desta quarta-feira (14) uma manifestação dos bancários na região do Comércio. De acordo com o Sindicato dos Bancários, a decisão foi tomada ontem durante a assembleia que decidiu pela manutenção da greve. Na quinta (15) está marcada uma reunião entre os diretores do sindicato e os profissionais para avaliar a paralisação. Já na próxima segunda (19) acontece uma nova assembleia para decidir se o movimento aceita ou não as propostas da Federação Brasileira de Bancos (Fenaban).Fonte:Bahia Noticias
BR 116 registra maior número de mortes no feriadão em rodovias federais da Bahia
Os acidentes que vitimaram sete pessoas nas rodovias federais que cortam a Bahia no feriado de "Nossa Senhora Aparecida" se concentraram em cinco rodovias, das 19 administradas pela União no Estado. Do total de óbitos, dois (28,5%) foram registrados na BR-116, um no anel rodoviário de Vitória da Conquista e outro na área urbana de Feira de Santana, perto da Uefs.
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), as outras mortes ocorreram na BRs 101, 418, 420 e 110, uma perda em cada via. O número de óbitos não sofreu alteração em relação ao do ano passado. A Bahia conta com 19 rodovias federais no total. Ainda de acordo com a PRF, houve queda de 53,15% no número de acidentes no feriadão em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registrados 52 acidentes, contra 111, em 2014. Já o número de feridos caiu 46,27%, com 36 registros neste ano, e 67 apurados no ano passado.Fonte:Bahia Noticias
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), as outras mortes ocorreram na BRs 101, 418, 420 e 110, uma perda em cada via. O número de óbitos não sofreu alteração em relação ao do ano passado. A Bahia conta com 19 rodovias federais no total. Ainda de acordo com a PRF, houve queda de 53,15% no número de acidentes no feriadão em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registrados 52 acidentes, contra 111, em 2014. Já o número de feridos caiu 46,27%, com 36 registros neste ano, e 67 apurados no ano passado.Fonte:Bahia Noticias
Câncer de mama: Especialista frisa que cenário de combate à doença ‘é muito ruim’ na Bahia
O câncer de mama é a doença que mais mata mulheres no Brasil. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, órgão ligado ao Ministério da Saúde, a cada 10 mulheres diagnosticadas com a doença no país, três morrem em decorrência da enfermidade. Apesar do alto grau de letalidade, este tipo de câncer pode ser evitado com algo simples: a prevenção através do exame de mamografia. Para chamar a atenção da população para a importância de se realizar o procedimento e o combate à doença, foi criado, na década de 1990, o movimento mundial “Outubro Rosa”. Em um mês que traz uma série de atividades de apoio à iniciativa, o Bahia Notícias traz uma entrevista com o integrante da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e chefe do Serviço de Mastologia do Hospital Português, em Salvador, César Augusto Costa Machado. Coordenador de um estudo realizado na capital baiana que descobriu uma correlação entre obesidade e câncer de mama nas mulheres, o médico fala sobre os caminhos que levaram a este resultado e faz um apelo: “Para um pouquinho, pense, pois o fato de você estar engordando não aumenta só colesterol e diabetes, mas aumenta a chance de câncer de mama também”. Machado também falou sobre uma notícia que rodou o mundo em 2013: a decisão da estrela hollywoodiana Angelina Jolie de retirar os seios para evitar desenvolver o câncer de mama. Ele relembrou que o caso da atriz é específico. “No caso de Angelina Jolie, a gente tem que diferenciar um pouquinho, porque existe a questão da mutação genética. Foi um boom muito grande na clínica de mulheres com histórico familiar e que quiseram fazer a cirurgia, mas sem necessidade”, frisou. O especialista reconheceu, ainda, avanços na política de combate e tratamento da doença no Brasil, mas avalia que o cenário na Bahia é “muito ruim”. “Na rede pública, a gente vê situações de mulheres que a gente detecta uma alteração na mamografia, e elas demoram outros oito meses para conseguir uma biópsia. Depois dessa biópsia, levam três a quatro meses para conseguir uma cirurgia. O atraso é muito grande”, criticou.
Qual a motivação do estudo que descobriu esta correlação entre obesidade e câncer de mama nas mulheres? Qual foi o passo a passo dele até chegar a este resultado?
No projeto de mestrado da Escola Bahiana de Medicina foi que surgiu o estudo mais amplo sobre associação de fatores de risco cardiovasculares e câncer de mama. O estudo envolve obesidade, hipertensão, diabetes, colesterol alto, são diversos fatores que foram analisados. A iniciativa foi para um projeto de mestrado e estas foram, digamos, subanálises do estudo maior, que foi a associação da obesidade com o câncer de mama. Foi montado um grupo de pesquisa de estudantes da Escola Bahiana, juntamente com mais dois oncologistas clínicos, e formamos um grupo com mais 12 estudantes, onde eles foram treinados e, a partir daí, foram feitas análises em duas clínicas. Uma clínica de mastologia, onde foram analisadas as pacientes livres de doenças, e em outra os pacientes com câncer de mama, recém-diagnosticados. Depois, fizemos modelos estatísticos e comparamos os resultados destes dois grupos. Esta correlação foi evidenciada e foi quando chegamos aos resultados. O estudo começou em 2012 e chegamos ao resultado em 2015.
Como vocês chegaram à conclusão de que há relação entre obesidade e câncer de mama? O que a obesidade provoca no corpo da mulher que leva a esta maior probabilidade de desenvolver o câncer de mama?
Através das análises que fizemos e de cálculos desenvolvidos por computador, chegamos à conclusão de que, na obesidade, as mulheres obesas tinham 2,5 vezes mais chances de desenvolver o câncer da mama que as magras. São três mecanismos fisiopatogênicos que levam a este achado. O primeiro é uma questão de hormônios femininos, onde o estrogênio e a progesterona, que são hormônios femininos produzidos pelos ovários, quando a mulher entra na menopausa, esses hormônios diminuem muito. Na mulher obesa, o tecido gorduroso assume a produção desses hormônios. Quando a mulher obesa entra na menopausa, continua tendo a produção desses hormônios e, com essa produção, aumenta o risco de câncer de mama. Na segunda causa, temos dois hormônios que são produzidos pelo próprio tecido gorduroso, a adiponectina e a leptina, que, apesar de ser a mesma célula que produz os dois hormônios, quando a mulher tá obesa, ela produz predominantemente leptina. A mesma célula, na mulher magra, produz a adiponectina. A leptina favorece o câncer, enquanto a adiponectina protege contra o câncer. O terceiro fator é que o câncer precisa de um processo inflamatório crônico. Se você não tiver um processo inflamatório crônico, você pode ter até a mutação genética, mas o câncer não vive. O paciente obeso é um inflamado crônico. O corpo do obeso está constantemente inflamado, independente de outros motivos. Essas três vias favorecem a que a mulher obesa tenha mais câncer de mama que a mulher magra. O câncer de mama é mais frequente na faia entre 55 e 60 anos. Na nossa pesquisa, a gente encontrou que as mulheres pós-menopausa nessa faixa etária teriam mais câncer. Só que é uma questão metodológica que a gente não tem como dizer. Se é nesta faixa etária que esses fatores são mais frequentes, ou se é porque o câncer acontece mais nessa idade que encontramos mais mulheres com essa idade. Acredita-se que a questão dos hormônios femininos é somente após a menopausa, mas os outros dois fatores, na menina com 10 e 15 anos que está obesa, digamos que o corpo dela já está sendo bombardeado desde este momento. Quando é jovem, ela consegue equilibrar por outros mecanismos. A medida que o corpo vai envelhecendo, os mecanismos de compensação vão diminuindo e começam a aparecer as consequências desta obesidade a longo prazo.
A incidência do câncer de mama pode acabar variando conforme outras questões, como clima, questões genéticas e de raça. Como garantir que o resultado que tivemos na Bahia possa ser obtido no resto do Brasil, que é um país de dimensões continentais, com população de características diferentes em cada região?
Não podemos dar esta garantia. A importância de que cada lugar faça esse estudo é esta. Digamos, ano passado teve um estudo grande na Inglaterra que encontrou os mesmos resultados que o nosso. Só que aí vem o questionamento: a mulher inglesa é completamente diferente da mulher baiana. Se você vai analisar do ponto de vista etnia, carga genética, heranças, meio ambiente, a maneira de clima, alimentação, então a gente não pode garantir que os resultados sejam iguais. A importância é de cada lugar do Brasil reproduza este estudo para você ter total certeza. Este é um grande problema. A medicina baiana e brasileira pega pesquisas mundiais e reproduz aqui sem nenhuma confirmação. Infelizmente, já aconteceu de medicamentos que você começa a usar e descobre que lá é muito bom, enquanto aqui, não.
Qual vai ser o próximo passo do estudo? Vocês pretendem estendê-lo pelo país e até internacionalmente?
Nós estamos continuando na Bahia pela questão de fomentar o número de participantes, para termos números estatísticos mais robustos, e existe uma vontade do presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia de criar no Brasil modelos multicêntricos, como se tem na Europa e nos Estados Unidos. Ou seja, uma pesquisa que tá sendo feito na Bahia tem hospitais em São Paulo, em Goiás, no Rio de Janeiro que repetem esta pesquisa, e nós repetirmos outras pesquisas aqui, para você ter uma visão da mulher brasileira e das especificidades em cada região que existem no Brasil.
O senhor acredita, então, que os resultados sejam diferentes em outras regiões do Brasil, mesmo o estudo na Inglaterra tendo constatações semelhantes aos do feito na Bahia?
Sim. Câncer de mama não tem se mostrado tão variável, mas o câncer de intestino, por exemplo, é super variável. A alimentação é muito marcante nisso. No câncer de mama, as variações não são tão marcantes. Mas, infelizmente, a gente não pode garantir que o resultado daqui ocorra em outros locais.
Como vocês avaliam a importância do estudo e da descoberta desta correlação entre obesidade e câncer da mama?
A importância é a questão da prevenção. Infelizmente, a sociedade está engordando, ou seja, um ritmo de vida onde você não tem tempo de alimentação, onde você tem alimentações industrializadas, hipercalóricas, um apelo exagerado ao consumo, em termos de propaganda e marketing. Os dados do IBGE mostram que, a cada ano, o brasileiro engorda mais. Obesidade já é mais preocupante que a desnutrição, que há décadas atrás era a preocupação no Brasil. A grande importância do estudo é de dar um freio nisto. É dizer: “oh, para um pouquinho, pense, pois o fato de você estar engordando não aumenta só colesterol e diabetes, mas aumenta a chance de câncer de mama também”.
O medo de desenvolver o câncer de mama é o que leva a atitudes como a de Angelina Jolie, que retirou os seios por descobrir ter um alto risco de desenvolver a doença?
No caso de Angelina Jolie, a gente tem que diferenciar um pouquinho, porque existe a questão da mutação genética. Quando você comprova a mutação genética, o risco aumenta muito. O risco da população, em geral, é de 10% a 12% de desenvolver câncer durante a vida. No caso de Angelina Jolie, chegava a quase 90%. Isto dá um impacto muito grande. Só história familiar não quer dizer mutação genética. Só 5% a 10% dos casos de câncer de mama tem implicação familiar. Quem tem história familiar tem que ir num oncogeneticista, fazer o teste genético, para confirmar se tem o risco aumentado ou não. É uma coisa que tem que se tomar cuidado. Quando a Angelina Jolie fez, foi um boom muito grande na clínica de mulheres com histórico familiar e que quiseram fazer a cirurgia, mas sem necessidade.
O diagnóstico precoce é apontado como a melhor forma de combater o câncer de mama. No entanto, a gente vê que a rede pública de saúde não dá a condição necessária para que as mulheres possam descobrir a doença precocemente. Na Bahia, a situação é a mesma da que verificamos nacionalmente?
É a mesma e é muito ruim. A mamografia não é dos exames mais difíceis de ser condição. Na rede pública, a gente vê situações de mulheres que a gente detecta uma alteração na mamografia, e elas demoram outros oito meses para conseguir uma biópsia. Depois dessa biópsia, levam três a quatro meses para conseguir uma cirurgia. O atraso é muito grande.
O câncer de mama é uma das maiores causas de morte de mulheres no Brasil. A nossa estrutura é ineficaz no tratamento e prevenção da doença. No entanto, qual também o papel dos médicos e da própria mulher neste processo de diminuir a letalidade da doença?
Os países desenvolvidos têm aumentado a frequência de câncer de mama, pelos fatores de risco, mas diminuindo a letalidade. O Brasil adquiriu os hábitos de vida modernos, já estamos tendo aumento no número de casos e aumento proporcional na mortalidade. A mulher precisa brigar mais. A Constituição exige que o governo dê a ela a saúde, ela tem que cobrar mais dos gestores públicos essa acessibilidade. Os gestores precisam, de certa forma, se sensibilizar sobre isso. Os países desenvolvidos oferecem o exame e muitos países obrigam a fazer este exame. Em muitos países europeus, se a mulher fica desempregada e vai requerer o seguro-desemprego, ela tem que comprovar que fez a mamografia. Se não tiver, ela não recebe o benefício. Eu já tive oportunidade de me reunir com um secretário de Saúde e pedir pra fazer isto, vincular ao seguro-desemprego, ao Bolsa Família, mas não foi para frente. Os médicos também precisam fazer esta cobrança, junto com a sociedade.
Há avanços no combate ao câncer de mama no Brasil? O que precisamos fazer para que tenhamos mais melhorias?
Avanços existem. O próprio SUS incorpora novas drogas, apesar de grande lentidão em relação a outros países. Infelizmente, nem toda população consegue estar matriculada nestes hospitais que atendem câncer e fazendo o tratamento de forma efetiva.
Como a Sociedade Brasileira de Mastologia vem atuando para melhorar a estrutura de combate e tratamento do câncer de mama no Brasil, além de alertar as mulheres para a importância do diagnóstico precoce?
Temos diversas campanhas, tanto do ponto de vista populacionais, como brigas que a Sociedade tem comprado. Há um ano e meio teve uma grande vitória nossa, pois o governo federal emitiu uma portaria que, sinceramente, ninguém entendeu em qual das mamas ela seria feita. A gente jogaria uma moeda pra cima para definir se seria na direita ou esquerda? Houve uma mobilização da Sociedade, junto com a Sociedade de Cancerologia, de Ginecologia e Obstetrícia. Está em liminar, ou seja, pode cair a qualquer momento. Apesar de o Ministério da Saúde indicar a mamografia a cada dois anos, a mulher que quiser fazer em um ano consegue. Alguns países europeus fazem também a cada dois anos, mas as principais sociedades recomendam que a mamografia seja todo ano, e a mulher no SUS conseguem fazer isto. Esta lei iria permitir que a mamografia fosse feita apenas de dois em dois anos. Se a clínica conveniada ao SUS fizesse com menos tempo, o SUS não pagaria, que é a forma de pressão que eles têm contra as clínicas.Fonte:Bahia Noticias-por Bruno Luiz | Fotos: Luana Ribeiro/ Bahia Notícias
Qual a motivação do estudo que descobriu esta correlação entre obesidade e câncer de mama nas mulheres? Qual foi o passo a passo dele até chegar a este resultado?
No projeto de mestrado da Escola Bahiana de Medicina foi que surgiu o estudo mais amplo sobre associação de fatores de risco cardiovasculares e câncer de mama. O estudo envolve obesidade, hipertensão, diabetes, colesterol alto, são diversos fatores que foram analisados. A iniciativa foi para um projeto de mestrado e estas foram, digamos, subanálises do estudo maior, que foi a associação da obesidade com o câncer de mama. Foi montado um grupo de pesquisa de estudantes da Escola Bahiana, juntamente com mais dois oncologistas clínicos, e formamos um grupo com mais 12 estudantes, onde eles foram treinados e, a partir daí, foram feitas análises em duas clínicas. Uma clínica de mastologia, onde foram analisadas as pacientes livres de doenças, e em outra os pacientes com câncer de mama, recém-diagnosticados. Depois, fizemos modelos estatísticos e comparamos os resultados destes dois grupos. Esta correlação foi evidenciada e foi quando chegamos aos resultados. O estudo começou em 2012 e chegamos ao resultado em 2015.
Como vocês chegaram à conclusão de que há relação entre obesidade e câncer de mama? O que a obesidade provoca no corpo da mulher que leva a esta maior probabilidade de desenvolver o câncer de mama?
Através das análises que fizemos e de cálculos desenvolvidos por computador, chegamos à conclusão de que, na obesidade, as mulheres obesas tinham 2,5 vezes mais chances de desenvolver o câncer da mama que as magras. São três mecanismos fisiopatogênicos que levam a este achado. O primeiro é uma questão de hormônios femininos, onde o estrogênio e a progesterona, que são hormônios femininos produzidos pelos ovários, quando a mulher entra na menopausa, esses hormônios diminuem muito. Na mulher obesa, o tecido gorduroso assume a produção desses hormônios. Quando a mulher obesa entra na menopausa, continua tendo a produção desses hormônios e, com essa produção, aumenta o risco de câncer de mama. Na segunda causa, temos dois hormônios que são produzidos pelo próprio tecido gorduroso, a adiponectina e a leptina, que, apesar de ser a mesma célula que produz os dois hormônios, quando a mulher tá obesa, ela produz predominantemente leptina. A mesma célula, na mulher magra, produz a adiponectina. A leptina favorece o câncer, enquanto a adiponectina protege contra o câncer. O terceiro fator é que o câncer precisa de um processo inflamatório crônico. Se você não tiver um processo inflamatório crônico, você pode ter até a mutação genética, mas o câncer não vive. O paciente obeso é um inflamado crônico. O corpo do obeso está constantemente inflamado, independente de outros motivos. Essas três vias favorecem a que a mulher obesa tenha mais câncer de mama que a mulher magra. O câncer de mama é mais frequente na faia entre 55 e 60 anos. Na nossa pesquisa, a gente encontrou que as mulheres pós-menopausa nessa faixa etária teriam mais câncer. Só que é uma questão metodológica que a gente não tem como dizer. Se é nesta faixa etária que esses fatores são mais frequentes, ou se é porque o câncer acontece mais nessa idade que encontramos mais mulheres com essa idade. Acredita-se que a questão dos hormônios femininos é somente após a menopausa, mas os outros dois fatores, na menina com 10 e 15 anos que está obesa, digamos que o corpo dela já está sendo bombardeado desde este momento. Quando é jovem, ela consegue equilibrar por outros mecanismos. A medida que o corpo vai envelhecendo, os mecanismos de compensação vão diminuindo e começam a aparecer as consequências desta obesidade a longo prazo.
A incidência do câncer de mama pode acabar variando conforme outras questões, como clima, questões genéticas e de raça. Como garantir que o resultado que tivemos na Bahia possa ser obtido no resto do Brasil, que é um país de dimensões continentais, com população de características diferentes em cada região?
Não podemos dar esta garantia. A importância de que cada lugar faça esse estudo é esta. Digamos, ano passado teve um estudo grande na Inglaterra que encontrou os mesmos resultados que o nosso. Só que aí vem o questionamento: a mulher inglesa é completamente diferente da mulher baiana. Se você vai analisar do ponto de vista etnia, carga genética, heranças, meio ambiente, a maneira de clima, alimentação, então a gente não pode garantir que os resultados sejam iguais. A importância é de cada lugar do Brasil reproduza este estudo para você ter total certeza. Este é um grande problema. A medicina baiana e brasileira pega pesquisas mundiais e reproduz aqui sem nenhuma confirmação. Infelizmente, já aconteceu de medicamentos que você começa a usar e descobre que lá é muito bom, enquanto aqui, não.
Qual vai ser o próximo passo do estudo? Vocês pretendem estendê-lo pelo país e até internacionalmente?
Nós estamos continuando na Bahia pela questão de fomentar o número de participantes, para termos números estatísticos mais robustos, e existe uma vontade do presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia de criar no Brasil modelos multicêntricos, como se tem na Europa e nos Estados Unidos. Ou seja, uma pesquisa que tá sendo feito na Bahia tem hospitais em São Paulo, em Goiás, no Rio de Janeiro que repetem esta pesquisa, e nós repetirmos outras pesquisas aqui, para você ter uma visão da mulher brasileira e das especificidades em cada região que existem no Brasil.
O senhor acredita, então, que os resultados sejam diferentes em outras regiões do Brasil, mesmo o estudo na Inglaterra tendo constatações semelhantes aos do feito na Bahia?
Sim. Câncer de mama não tem se mostrado tão variável, mas o câncer de intestino, por exemplo, é super variável. A alimentação é muito marcante nisso. No câncer de mama, as variações não são tão marcantes. Mas, infelizmente, a gente não pode garantir que o resultado daqui ocorra em outros locais.
Como vocês avaliam a importância do estudo e da descoberta desta correlação entre obesidade e câncer da mama?
A importância é a questão da prevenção. Infelizmente, a sociedade está engordando, ou seja, um ritmo de vida onde você não tem tempo de alimentação, onde você tem alimentações industrializadas, hipercalóricas, um apelo exagerado ao consumo, em termos de propaganda e marketing. Os dados do IBGE mostram que, a cada ano, o brasileiro engorda mais. Obesidade já é mais preocupante que a desnutrição, que há décadas atrás era a preocupação no Brasil. A grande importância do estudo é de dar um freio nisto. É dizer: “oh, para um pouquinho, pense, pois o fato de você estar engordando não aumenta só colesterol e diabetes, mas aumenta a chance de câncer de mama também”.
O medo de desenvolver o câncer de mama é o que leva a atitudes como a de Angelina Jolie, que retirou os seios por descobrir ter um alto risco de desenvolver a doença?
No caso de Angelina Jolie, a gente tem que diferenciar um pouquinho, porque existe a questão da mutação genética. Quando você comprova a mutação genética, o risco aumenta muito. O risco da população, em geral, é de 10% a 12% de desenvolver câncer durante a vida. No caso de Angelina Jolie, chegava a quase 90%. Isto dá um impacto muito grande. Só história familiar não quer dizer mutação genética. Só 5% a 10% dos casos de câncer de mama tem implicação familiar. Quem tem história familiar tem que ir num oncogeneticista, fazer o teste genético, para confirmar se tem o risco aumentado ou não. É uma coisa que tem que se tomar cuidado. Quando a Angelina Jolie fez, foi um boom muito grande na clínica de mulheres com histórico familiar e que quiseram fazer a cirurgia, mas sem necessidade.
O diagnóstico precoce é apontado como a melhor forma de combater o câncer de mama. No entanto, a gente vê que a rede pública de saúde não dá a condição necessária para que as mulheres possam descobrir a doença precocemente. Na Bahia, a situação é a mesma da que verificamos nacionalmente?
É a mesma e é muito ruim. A mamografia não é dos exames mais difíceis de ser condição. Na rede pública, a gente vê situações de mulheres que a gente detecta uma alteração na mamografia, e elas demoram outros oito meses para conseguir uma biópsia. Depois dessa biópsia, levam três a quatro meses para conseguir uma cirurgia. O atraso é muito grande.
O câncer de mama é uma das maiores causas de morte de mulheres no Brasil. A nossa estrutura é ineficaz no tratamento e prevenção da doença. No entanto, qual também o papel dos médicos e da própria mulher neste processo de diminuir a letalidade da doença?
Os países desenvolvidos têm aumentado a frequência de câncer de mama, pelos fatores de risco, mas diminuindo a letalidade. O Brasil adquiriu os hábitos de vida modernos, já estamos tendo aumento no número de casos e aumento proporcional na mortalidade. A mulher precisa brigar mais. A Constituição exige que o governo dê a ela a saúde, ela tem que cobrar mais dos gestores públicos essa acessibilidade. Os gestores precisam, de certa forma, se sensibilizar sobre isso. Os países desenvolvidos oferecem o exame e muitos países obrigam a fazer este exame. Em muitos países europeus, se a mulher fica desempregada e vai requerer o seguro-desemprego, ela tem que comprovar que fez a mamografia. Se não tiver, ela não recebe o benefício. Eu já tive oportunidade de me reunir com um secretário de Saúde e pedir pra fazer isto, vincular ao seguro-desemprego, ao Bolsa Família, mas não foi para frente. Os médicos também precisam fazer esta cobrança, junto com a sociedade.
Há avanços no combate ao câncer de mama no Brasil? O que precisamos fazer para que tenhamos mais melhorias?
Avanços existem. O próprio SUS incorpora novas drogas, apesar de grande lentidão em relação a outros países. Infelizmente, nem toda população consegue estar matriculada nestes hospitais que atendem câncer e fazendo o tratamento de forma efetiva.
Como a Sociedade Brasileira de Mastologia vem atuando para melhorar a estrutura de combate e tratamento do câncer de mama no Brasil, além de alertar as mulheres para a importância do diagnóstico precoce?
Temos diversas campanhas, tanto do ponto de vista populacionais, como brigas que a Sociedade tem comprado. Há um ano e meio teve uma grande vitória nossa, pois o governo federal emitiu uma portaria que, sinceramente, ninguém entendeu em qual das mamas ela seria feita. A gente jogaria uma moeda pra cima para definir se seria na direita ou esquerda? Houve uma mobilização da Sociedade, junto com a Sociedade de Cancerologia, de Ginecologia e Obstetrícia. Está em liminar, ou seja, pode cair a qualquer momento. Apesar de o Ministério da Saúde indicar a mamografia a cada dois anos, a mulher que quiser fazer em um ano consegue. Alguns países europeus fazem também a cada dois anos, mas as principais sociedades recomendam que a mamografia seja todo ano, e a mulher no SUS conseguem fazer isto. Esta lei iria permitir que a mamografia fosse feita apenas de dois em dois anos. Se a clínica conveniada ao SUS fizesse com menos tempo, o SUS não pagaria, que é a forma de pressão que eles têm contra as clínicas.Fonte:Bahia Noticias-por Bruno Luiz | Fotos: Luana Ribeiro/ Bahia Notícias
Ministros perdem direito a 1ª classe em avião e terão teto de R$ 500 para celular
O governo federal publicou nesta quarta-feira (14), no Diário Oficial da União (DOU) decreto para disciplinar o uso de veículos oficiais e a compra de passagens aéreas para viagens a serviço de agentes públicos, incluindo presidente, vice-presidente e ministros de Estado. Pela norma, ministros, comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, ex-presidentes da República, e até o vice-presidente "somente poderão dispor de veículo de transporte institucional de modo compartilhado".
A única exceção é o presidente da República. No caso de receberem indenização pelo determinado deslocamento no território nacional, as autoridades, e agora incluindo a presidente, não poderão utilizar esses veículos para o transporte a locais de embarque e desembarque. O texto também endurece os critérios para a compra de passagens aéreas pelos órgãos públicos. O bilhetes na primeira classe agora só poderão ser adquiridos para presidente da República e vice-presidente da República. Antes, essa categoria de passagem poderia ser adquirida também para pessoas autorizadas pelo presidente e vice-presidente, além de ministros, secretários de Estado e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Com o decreto, eles só poderão obter bilhetes da classe executiva. Todos os demais agentes públicos, e seus dependentes, têm direito a bilhetes da classe econômica. Este é o segundo decreto editado pela presidente Dilma Rousseff entre ontem e hoje no âmbito das ações para racionalizar o gasto da máquina pública federal. Ontem, a norma publicada fixou medidas para reduzir em 20% despesas com a contratação de bens e serviços e com o uso de telefones corporativos. O texto limitou em R$ 500 o valor que ministros poderão gastar por mês com a conta de celular.Fonte:Estadão
A última do Lula: Dilma só derrapou nas pedaladas criminosas por amor aos pobres
O palanque ambulante estacionou em São Bernardo nesta terça-feira para estrelar uma reunião do Movimento dos Pequenos Agricultores. Pronta para aplaudir mentiras e saudar piadas grosseiras com gargalhadas ensaiadas, a plateia amestrada foi premiada com o primeiro falatório público do animador de auditório sobre as pedaladas fiscais punidas pelo Tribunal de Contas da União com a rejeição do balanço fraudulento de 2014.
“Eu agora estou vendo a Dilma ser atacada por culpa de umas pedaladas”, começou Lula. “Eu não conheço o processo, não”, ressalvou desnecessariamente o único presidente da República que nunca leu um livro e escreve como aluno do Jardim da Infância. Depois de voltar-se para Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Agrário, o pregador de missa lembrou que, como estabelece o artigo 1° do Código da Canalhice, os fins justificam os meios.
“Uma coisa, Patrus, que vocês têm que dizer é que talvez a Dilma, em algum momento, tenha deixado de repassar dinheiro do Orçamento para a Caixa ou não sei pra quem, por conta de algumas coisas que ela tinha que pagar e não tinha dinheiro”, prosseguiu o torturador da verdade. “E quais eram as coisas que a Dilma tinha que pagar? Ela fez as pedaladas para pagar o Bolsa Família. Ela fez as pedaladas para pagar o Minha Casa, Minha Vida”.
Haja safadeza. Quer dizer que Dilma estuprou a lei porque só pensa nos pobres? Quer dizer que o crime deixa de existir se uma fatia do produto do roubo é reservada aos desvalidos? Se é assim, Lulinha está dispensado de caçar álibis para safar-se da história dos R$2 milhões desviados da Petrobras que foram parar em seu bolso por gentileza do parceiro Fernando Baiano.
Pelo que disse o pai sobre as pedaladas, o primogênito não deve negar que recebeu a bolada. Precisa apenas jurar que nem tudo saiu pelo ralo das despesas pessoais. Pode garantir, por exemplo, que boa parte do dinheiro financiou a importação de meia dúzia de refugiados pelo Instituto Lula, ou ajudou a reduzir o índice de miséria numa comunidade no interior de Benin.
Não são poucos os que ainda se perguntam em que momento o ex-presidente perdeu a vergonha. Ele nunca soube o que é isso. E só se perde o que se tem.Fonte:Coluna do Augusto Nunes
“Eu agora estou vendo a Dilma ser atacada por culpa de umas pedaladas”, começou Lula. “Eu não conheço o processo, não”, ressalvou desnecessariamente o único presidente da República que nunca leu um livro e escreve como aluno do Jardim da Infância. Depois de voltar-se para Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Agrário, o pregador de missa lembrou que, como estabelece o artigo 1° do Código da Canalhice, os fins justificam os meios.
“Uma coisa, Patrus, que vocês têm que dizer é que talvez a Dilma, em algum momento, tenha deixado de repassar dinheiro do Orçamento para a Caixa ou não sei pra quem, por conta de algumas coisas que ela tinha que pagar e não tinha dinheiro”, prosseguiu o torturador da verdade. “E quais eram as coisas que a Dilma tinha que pagar? Ela fez as pedaladas para pagar o Bolsa Família. Ela fez as pedaladas para pagar o Minha Casa, Minha Vida”.
Haja safadeza. Quer dizer que Dilma estuprou a lei porque só pensa nos pobres? Quer dizer que o crime deixa de existir se uma fatia do produto do roubo é reservada aos desvalidos? Se é assim, Lulinha está dispensado de caçar álibis para safar-se da história dos R$2 milhões desviados da Petrobras que foram parar em seu bolso por gentileza do parceiro Fernando Baiano.
Pelo que disse o pai sobre as pedaladas, o primogênito não deve negar que recebeu a bolada. Precisa apenas jurar que nem tudo saiu pelo ralo das despesas pessoais. Pode garantir, por exemplo, que boa parte do dinheiro financiou a importação de meia dúzia de refugiados pelo Instituto Lula, ou ajudou a reduzir o índice de miséria numa comunidade no interior de Benin.
Não são poucos os que ainda se perguntam em que momento o ex-presidente perdeu a vergonha. Ele nunca soube o que é isso. E só se perde o que se tem.Fonte:Coluna do Augusto Nunes
Cunha anuncia recurso contra decisão do STF e arquiva 5 pedidos de impeachment
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta terça-feira que vai recorrer até esta quarta das liminares concedidas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e Rosa Weber que suspenderam o rito de tramitação de pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, Cunha comunicou o arquivamento de mais cinco solicitações de afastamento da petista.
"A Casa vai responder, vai recorrer e enquanto isso a gente continua decidindo. Não há qualquer alteração em relação ao meu papel originário de aceitar ou indeferir. Eu indeferi cinco agora [pedidos de impeachment]", disse ele. "Sem dúvida vou recorrer das liminares. Isso é um tema muito complexo e não dá para uma decisão monocrática dessa prevalecer. Isso vai ter que ser decidido pelo plenário do STF. Vou recorrer até amanhã", completou ele.
Eduardo Cunha não considera que a última das liminares da ministra Rosa Weber barre qualquer análise de pedidos de impeachment, ainda que ela tenha determinado que o presidente da Câmara se abstenha de "receber, analisar ou decidir qualquer denúncia ou recurso contra decisão de indeferimento de denúncia de crime de responsabilidade contra a presidente da República". Depois de desencontros na interpretação de sua decisão, Weber esclareceu que a liminar trata apenas de recursos apresentados em plenário - justamente o roteiro articulado pela oposição. O entendimento do peemedebista é que ainda cabe a ele definir previamente se são cabíveis ou não os pedidos de impeachment.
Politicamente, a decisão do Supremo de barrar o rito definido por Cunha dá fôlego à presidente Dilma, depois de uma enxurrada de derrotas na semana passada. Pelo menos por ora - até o julgamento do mérito dos pedidos no plenário do STF -, os processos de impeachment não devem ter continuidade no Congresso. Se antes o desafeto Cunha prometia celeridade na análise de todos os pedidos, incluindo o mais robusto deles, o assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, depois das liminares do STF o discurso ficou mais ameno: "Pode ser que eu tome a decisão de aguardar o Supremo. Eu vou refletir".
As três liminares do Supremo, embora paralisem o rito definido por Cunha, também podem permitir ao peemedebista alguma sobrevida no cargo, mesmo diante das denúncias de corrupção. Isso porque os oposicionistas pró-impeachment têm a garantia de Cunha - e não de um hipotético sucessor - de que em sua gestão as solicitações de afastamento de Dilma não ficarão engavetadas.
Paralelamente, o Palácio do Planalto ainda não descartou um possível acordo com Cunha, uma alternativa que beneficiaria tanto Dilma, à beira de responder a um processo de impeachment, quando o próprio peemedebista, hoje alvo do Conselho de Ética. A bancada do partido ficou dividida nessa terça-feira. Enquanto o líder do Governo na Câmara José Guimarães (PT-CE) admitia a possibilidade de diálogo com o peemedebista, uma boa parte dos parlamentares petistas assinaram o pedido de cassação de Cunha no Conselho de Ética.Fonte:Veja
"A Casa vai responder, vai recorrer e enquanto isso a gente continua decidindo. Não há qualquer alteração em relação ao meu papel originário de aceitar ou indeferir. Eu indeferi cinco agora [pedidos de impeachment]", disse ele. "Sem dúvida vou recorrer das liminares. Isso é um tema muito complexo e não dá para uma decisão monocrática dessa prevalecer. Isso vai ter que ser decidido pelo plenário do STF. Vou recorrer até amanhã", completou ele.
Eduardo Cunha não considera que a última das liminares da ministra Rosa Weber barre qualquer análise de pedidos de impeachment, ainda que ela tenha determinado que o presidente da Câmara se abstenha de "receber, analisar ou decidir qualquer denúncia ou recurso contra decisão de indeferimento de denúncia de crime de responsabilidade contra a presidente da República". Depois de desencontros na interpretação de sua decisão, Weber esclareceu que a liminar trata apenas de recursos apresentados em plenário - justamente o roteiro articulado pela oposição. O entendimento do peemedebista é que ainda cabe a ele definir previamente se são cabíveis ou não os pedidos de impeachment.
Politicamente, a decisão do Supremo de barrar o rito definido por Cunha dá fôlego à presidente Dilma, depois de uma enxurrada de derrotas na semana passada. Pelo menos por ora - até o julgamento do mérito dos pedidos no plenário do STF -, os processos de impeachment não devem ter continuidade no Congresso. Se antes o desafeto Cunha prometia celeridade na análise de todos os pedidos, incluindo o mais robusto deles, o assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, depois das liminares do STF o discurso ficou mais ameno: "Pode ser que eu tome a decisão de aguardar o Supremo. Eu vou refletir".
As três liminares do Supremo, embora paralisem o rito definido por Cunha, também podem permitir ao peemedebista alguma sobrevida no cargo, mesmo diante das denúncias de corrupção. Isso porque os oposicionistas pró-impeachment têm a garantia de Cunha - e não de um hipotético sucessor - de que em sua gestão as solicitações de afastamento de Dilma não ficarão engavetadas.
Paralelamente, o Palácio do Planalto ainda não descartou um possível acordo com Cunha, uma alternativa que beneficiaria tanto Dilma, à beira de responder a um processo de impeachment, quando o próprio peemedebista, hoje alvo do Conselho de Ética. A bancada do partido ficou dividida nessa terça-feira. Enquanto o líder do Governo na Câmara José Guimarães (PT-CE) admitia a possibilidade de diálogo com o peemedebista, uma boa parte dos parlamentares petistas assinaram o pedido de cassação de Cunha no Conselho de Ética.Fonte:Veja
Dilma celebra vitória no STF. Mas quer manter 'portas abertas' com Cunha
A presidente Dilma Rousseff acredita que venceu nesta terça-feira a mais importante batalha contra o impeachment até agora, depois que o Supremo Tribunal Federal suspendeu o rito de tramitação do processo traçado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Apesar disso, o governo tenta manter as "portas abertas" com o deputado - e o peemedebista deu sinais, após a derrota, de que pode aceitar a trégua com o Palácio do Planalto, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Ao ser questionado por líderes da base aliada, na tarde de terça, como será possível reconstruir um ambiente de estabilidade na Câmara, Cunha disse que admite conversar com o governo.
Dilma estava na reunião de coordenação política com onze ministros quando soube das duas, das duas primeiras liminares do Supremo. De acordo com relatos de participantes do encontro, ela comemorou a decisão. "Vencemos o golpismo. Agora, temos muito trabalho pela frente", disse a presidente, no Planalto. "Foi um momento de Copa do Mundo, esquecendo o 7 a 1 para a Alemanha", comparou um de seus auxiliares.
Preocupado o agravamento da crise, o titular da Casa Civil, Jaques Wagner, reuniu-se na noite de segunda-feira com Cunha, na Base Aérea de Brasília. Em menos de uma semana, os dois se encontraram duas vezes e conversaram outras três por telefone. Sob a acusação de manter contas secretas na Suíça, abastecidas com dinheiro desviado da Petrobras, Cunha tem certeza de que o governo - com quem rompeu relações em julho - está por trás de seu calvário. Wagner disse a ele que o Planalto não tinha influência nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, nem no Ministério Público ou no Supremo e insistiu no diálogo. Afirmou, ainda, que as portas estavam "abertas".
Por volta de 16 horas desta terça, os líderes José Guimarães (do governo na Câmara), Leonardo Picciani (da bancada do PMDB) e Rogério Rosso (do PSD) tiveram uma conversa reservada com Cunha. Embora 32 dos 62 deputados do PT tenham assinado requerimento encabeçado pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade, pedindo a cassação do seu mandato no Conselho de Ética, o peemedebista admitiu uma aproximação com o governo.
Na avaliação do Planalto, Cunha está agora com as mãos atadas por causa das denúncias, mas, mesmo fragilizado, ainda pode causar muito estrago. Um ministro disse que o governo não tem como segurar a difícil situação do peemedebista, mas, ao mesmo tempo, "também não pode dinamitar as pontes com o presidente da Câmara". Como mostrou reportagem de VEJA desta semana, além de Wagner, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Michel Temer e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, também estiveram com Cunha, recentemente, para tentar um acordo com ele.
"Nós queremos dialogar com a base e com a oposição. O que nós queremos é criar um ambiente de paz política, de estabilidade, para que divergências não paralisem o país", afirmou Edinho. "O impeachment é uma questão jurídica. O Brasil não pode resolver suas questões políticas com ruptura institucional."
O governo avalia que, após a derrubada do "manual do impeachment" - como era chamado no Planalto o rito de tramitação sugerido por Cunha -, ficou muito complicado para a oposição encontrar argumentos para embasar pedidos de afastamento de Dilma. O PSDB anunciou que vai apresentar novo requerimento, incluindo as manobras contábeis do Executivo neste ano, conhecidas como "pedaladas fiscais". Se Cunha aceitar esse novo pedido, no entanto, o governo recorrerá novamente ao Supremo.
(Com Estadão Conteúdo)
Dilma estava na reunião de coordenação política com onze ministros quando soube das duas, das duas primeiras liminares do Supremo. De acordo com relatos de participantes do encontro, ela comemorou a decisão. "Vencemos o golpismo. Agora, temos muito trabalho pela frente", disse a presidente, no Planalto. "Foi um momento de Copa do Mundo, esquecendo o 7 a 1 para a Alemanha", comparou um de seus auxiliares.
Preocupado o agravamento da crise, o titular da Casa Civil, Jaques Wagner, reuniu-se na noite de segunda-feira com Cunha, na Base Aérea de Brasília. Em menos de uma semana, os dois se encontraram duas vezes e conversaram outras três por telefone. Sob a acusação de manter contas secretas na Suíça, abastecidas com dinheiro desviado da Petrobras, Cunha tem certeza de que o governo - com quem rompeu relações em julho - está por trás de seu calvário. Wagner disse a ele que o Planalto não tinha influência nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, nem no Ministério Público ou no Supremo e insistiu no diálogo. Afirmou, ainda, que as portas estavam "abertas".
Por volta de 16 horas desta terça, os líderes José Guimarães (do governo na Câmara), Leonardo Picciani (da bancada do PMDB) e Rogério Rosso (do PSD) tiveram uma conversa reservada com Cunha. Embora 32 dos 62 deputados do PT tenham assinado requerimento encabeçado pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade, pedindo a cassação do seu mandato no Conselho de Ética, o peemedebista admitiu uma aproximação com o governo.
Na avaliação do Planalto, Cunha está agora com as mãos atadas por causa das denúncias, mas, mesmo fragilizado, ainda pode causar muito estrago. Um ministro disse que o governo não tem como segurar a difícil situação do peemedebista, mas, ao mesmo tempo, "também não pode dinamitar as pontes com o presidente da Câmara". Como mostrou reportagem de VEJA desta semana, além de Wagner, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Michel Temer e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, também estiveram com Cunha, recentemente, para tentar um acordo com ele.
"Nós queremos dialogar com a base e com a oposição. O que nós queremos é criar um ambiente de paz política, de estabilidade, para que divergências não paralisem o país", afirmou Edinho. "O impeachment é uma questão jurídica. O Brasil não pode resolver suas questões políticas com ruptura institucional."
O governo avalia que, após a derrubada do "manual do impeachment" - como era chamado no Planalto o rito de tramitação sugerido por Cunha -, ficou muito complicado para a oposição encontrar argumentos para embasar pedidos de afastamento de Dilma. O PSDB anunciou que vai apresentar novo requerimento, incluindo as manobras contábeis do Executivo neste ano, conhecidas como "pedaladas fiscais". Se Cunha aceitar esse novo pedido, no entanto, o governo recorrerá novamente ao Supremo.
(Com Estadão Conteúdo)
terça-feira, 13 de outubro de 2015
Em meio à polêmica, deputado quer proibir divulgação prévia de ações policiais
Tomou conta da imprensa nesta terça-feira (13) uma polêmica sobre o projeto de lei do deputado Carlos Ubaldino (PSD) que propõe o fim da divulgação prévia de ações policiais no estado da Bahia. O texto, publicado na edição do final de semana do Diário Oficial do Estado, tenta coibir a publicação em emissoras de rádio, jornais e televisão de atividades relacionadas à prevenção da violência, a exemplo de planilhas logística das polícias civil e militar.
A discussão tornou-se polêmica por conta da justificativa: “Os ‘furos’ de reportagem, por vezes permitidos aos repórteres ‘entrincheirados’ nas portas de delegacias e quarteis, precisam ser coibidos, sob pena de estarmos fornecendo através desses veículos de comunicação, uma dianteira relevante aos marginais, que vêem e ouvem em tempo real, em que locais se fará ‘batidas’”. Em entrevista ao jornalista Pablo Reis, no entanto, Ubaldino negou que haja uma tentativa de censurar a imprensa. “A imprensa tem que estar ao lado da polícia na hora da ação.
A minha inspiração é diante dos confrontos que a polícia tem enfrentado e das mortes que tem acontecido, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Quando vaza alguma coisa, a polícia é recebida com foguetão, etc. Sou contra a divulgação antecipada para que o bandido não tome conhecimento da ação policial”, argumentou o parlamentar. Instado a falar sobre a justificativa, Ubaldino indicou que deve mudar o texto. O deputado foi procurado pelo Bahia Notícias, porém não foi localizado para detalhar o projeto.Fonte:Bahia Noticias
A discussão tornou-se polêmica por conta da justificativa: “Os ‘furos’ de reportagem, por vezes permitidos aos repórteres ‘entrincheirados’ nas portas de delegacias e quarteis, precisam ser coibidos, sob pena de estarmos fornecendo através desses veículos de comunicação, uma dianteira relevante aos marginais, que vêem e ouvem em tempo real, em que locais se fará ‘batidas’”. Em entrevista ao jornalista Pablo Reis, no entanto, Ubaldino negou que haja uma tentativa de censurar a imprensa. “A imprensa tem que estar ao lado da polícia na hora da ação.
A minha inspiração é diante dos confrontos que a polícia tem enfrentado e das mortes que tem acontecido, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. Quando vaza alguma coisa, a polícia é recebida com foguetão, etc. Sou contra a divulgação antecipada para que o bandido não tome conhecimento da ação policial”, argumentou o parlamentar. Instado a falar sobre a justificativa, Ubaldino indicou que deve mudar o texto. O deputado foi procurado pelo Bahia Notícias, porém não foi localizado para detalhar o projeto.Fonte:Bahia Noticias
16˚BPM/Serrinha :Menino recebe visita surpresa da PM durante aniversário
O 16º Batalhão de Polícia Militar, na noite da segunda-feira (12), fez a alegria de mais uma criança admiradora da PMBA.
O Comando do Batalhão fez questão de proporcionar uma surpresa ao menino Rynan, ao tomar conhecimento de que o mesmo havia pedido aos seus pais que fizessem a sua festa de aniversário com o Tema da Polícia. Rynan completou cinco anos em pleno dia das crianças.
A chegada da guarnição acrescentou o que faltava à festa. Vestido de policial, ao lado dos integrantes do 16º BPM, podendo ficar pertinho da viatura, Rynan era só alegria. A sensação era de estar sonhando, declarou o aniversariante.
Fonte:ASCOM 16º BPM
O Comando do Batalhão fez questão de proporcionar uma surpresa ao menino Rynan, ao tomar conhecimento de que o mesmo havia pedido aos seus pais que fizessem a sua festa de aniversário com o Tema da Polícia. Rynan completou cinco anos em pleno dia das crianças.
A chegada da guarnição acrescentou o que faltava à festa. Vestido de policial, ao lado dos integrantes do 16º BPM, podendo ficar pertinho da viatura, Rynan era só alegria. A sensação era de estar sonhando, declarou o aniversariante.
Fonte:ASCOM 16º BPM
No Nordeste, Bahia é estado com mais casos de indenização por morte no trânsito
A Bahia é o estado com maior número de indenização por morte no trânsito entre as unidades federativas do Norte e Nordeste do país, apontam dados do Anuário Estatístico 2014 do DPVAT – seguro de danos pessoais causados por veículos automotores.
Segundo o A Tarde, só em 2014 foram 3.269 casos, com redução de 5% em comparação a 2013, quando foram registradas 3.452 ocorrências pagas. O número foi o quinto maior dentre todos os estados brasileiros – o maior índice é o de Minas Gerais, com 5.722 indenizações.
Todas as pessoas que sofrerem acidentes de trânsito no país, seja passageiro, motorista ou pedestre, têm o direito de solicitar o benefício, sem necessidade de apuração de culpa. O prazo para a solicitação é de três anos a partir da data do acidente.
O DPVAT é pago por motoristas, junto ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos (IPVA). Do total arrecadado, 45% é destinado para o Ministério da Saúde, 5% para o Ministério das Cidades e 50% para indenizações. Em 2014, foram cerca de R$ 3 bilhões investidos em indenizações no país.Fonte:Bahia Noticias
Segundo o A Tarde, só em 2014 foram 3.269 casos, com redução de 5% em comparação a 2013, quando foram registradas 3.452 ocorrências pagas. O número foi o quinto maior dentre todos os estados brasileiros – o maior índice é o de Minas Gerais, com 5.722 indenizações.
Todas as pessoas que sofrerem acidentes de trânsito no país, seja passageiro, motorista ou pedestre, têm o direito de solicitar o benefício, sem necessidade de apuração de culpa. O prazo para a solicitação é de três anos a partir da data do acidente.
O DPVAT é pago por motoristas, junto ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos (IPVA). Do total arrecadado, 45% é destinado para o Ministério da Saúde, 5% para o Ministério das Cidades e 50% para indenizações. Em 2014, foram cerca de R$ 3 bilhões investidos em indenizações no país.Fonte:Bahia Noticias
Horário de verão: classes empresariais pedem manutenção de horários de banco em Feira
A partir da zero hora do próximo dia 18, os relógios brasileiros devem ser adiantados em uma hora nos estados em que o horário de verão é válido. A Bahia não entra nessa relação e por conta disto as entidades do comércio de Feira de Santana, juntamente com as agências bancárias instaladas na cidade, estão mobilizadas para garantir o funcionamento bancário em horário normal, alinhado com os grandes centros urbanos.
A reivindicação já foi encaminhada ao Banco Central, conforme estabelecido em recente reunião realizada na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Os representantes das entidades representativas das classes empresariais e instituições financeiras contam com o apoio da Prefeitura Municipal, conforme foi assegurado pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho e o secretário do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior.
De acordo com a Associação Comercial de Feira de Santana (Acefs), o pedido de manutenção do horário das 10h às 16h tem como argumento o fato de a medida já ter sido adotada na capital e em municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS). O presidente da Acefs, Marcelo Alexandrino, argumenta que a mudança do horário bancário atinge toda a população, “em especial o comércio e a indústria”. Já o presidente da CDL, Luís Mercês, defende o alinhamento de Feira de Santana com os grandes centros urbanos.
Além dos dirigentes da Acefs e da CDL, assinam o documento o presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sincomfs), José Carlos Moraes, e representantes das agências do Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander.
O Horário de Verão consiste no adiantamento do relógio durante as estações do verão e primavera, onde os dias são mais longos. O objetivo é ajudar no racionamento de energia elétrica, fazendo as pessoas aproveitarem mais a iluminação natural do Sol.
O Horário de Verão surgiu pela primeira vez no Brasil com o Decreto de Lei nº 20.466, de 1 de Outubro de 1931, estipulando o adiantamento do relógio em uma hora em todos os estados do território brasileiro. Atualmente, os estados da região Norte e Nordeste não participam do Horário de Verão.
O horário de verão existe atualmente em 30 países. A grande exceção são os países localizados na faixa equatorial, onde não existem variações de estações e o clima mantêm-se o mesmo em quase todo o ano.
Estados brasileiros com Horário de Verão
• São Paulo
• Rio de Janeiro
• Espírito Santo
• Minas Gerais
• Paraná
• Santa Catarina
• Rio Grande do Sul
• Goiás
• Mato Grosso
• Mato Grosso do Sul
• Distrito Federal
Fonte:Acorda Cidade
A reivindicação já foi encaminhada ao Banco Central, conforme estabelecido em recente reunião realizada na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Os representantes das entidades representativas das classes empresariais e instituições financeiras contam com o apoio da Prefeitura Municipal, conforme foi assegurado pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho e o secretário do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Júnior.
De acordo com a Associação Comercial de Feira de Santana (Acefs), o pedido de manutenção do horário das 10h às 16h tem como argumento o fato de a medida já ter sido adotada na capital e em municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS). O presidente da Acefs, Marcelo Alexandrino, argumenta que a mudança do horário bancário atinge toda a população, “em especial o comércio e a indústria”. Já o presidente da CDL, Luís Mercês, defende o alinhamento de Feira de Santana com os grandes centros urbanos.
Além dos dirigentes da Acefs e da CDL, assinam o documento o presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sincomfs), José Carlos Moraes, e representantes das agências do Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander.
O Horário de Verão consiste no adiantamento do relógio durante as estações do verão e primavera, onde os dias são mais longos. O objetivo é ajudar no racionamento de energia elétrica, fazendo as pessoas aproveitarem mais a iluminação natural do Sol.
O Horário de Verão surgiu pela primeira vez no Brasil com o Decreto de Lei nº 20.466, de 1 de Outubro de 1931, estipulando o adiantamento do relógio em uma hora em todos os estados do território brasileiro. Atualmente, os estados da região Norte e Nordeste não participam do Horário de Verão.
O horário de verão existe atualmente em 30 países. A grande exceção são os países localizados na faixa equatorial, onde não existem variações de estações e o clima mantêm-se o mesmo em quase todo o ano.
Estados brasileiros com Horário de Verão
• São Paulo
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• Espírito Santo
• Minas Gerais
• Paraná
• Santa Catarina
• Rio Grande do Sul
• Goiás
• Mato Grosso
• Mato Grosso do Sul
• Distrito Federal
Fonte:Acorda Cidade
Mulheres negras são mais vulneráveis ao desenvolvimento de miomas
As afrodescendentes têm mais predisposição a desenvolver miomas uterinos, tumores benignos que acometem boa parte das mulheres em idade fértil. Embora ainda não exista explicação que justifique essa suscetibilidade, a recomendação é que as mulheres negras redobrem os cuidados em relação à doença, já que os miomas podem trazer consequências à saúde. Mulheres com histórico familiar, obesidade e sem filhos também são mais propensas a desenvolver tumores no útero.
“Apesar de serem benignos e, na maioria dos casos assintomáticos, os miomas podem causar complicações a depender do seu tamanho e localização. Eles podem causar compressão sobre a bexiga e o intestino, o que provoca desconforto urinário e constipação intestinal. Também causam aumento do volume do abdômen, abortamentos e até infertilidade”, explica o especialista em ginecologia e diretor médico do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (Ceparh), Jorge Valente.
Cólicas menstruais, fluxo menstrual intenso e dor durante o ato sexual são outros sintomas. “O sangramento intenso às vezes chega a causar anemia”, explica o médico.
Existem quatro tipos diferentes de miomas, classificados de acordo com a região do útero onde eles se desenvolvem: subserosos, intramurais, submucosos e pediculados. O médico Jorge Valente afirma que o tratamento indicado depende de uma série de fatores, como a localização do mioma, o tamanho, a quantidade de nódulos existentes e os sintomas. “O tratamento também deve levar em conta a idade da mulher e se ela ainda deseja engravidar”, acrescenta o especialista.
Dentre as técnicas cirúrgicas que podem ser usadas no tratamento, estão a videohisteroscopia, a videolaparoscopia ou até mesmo a histerectomia (retirada total ou parcial do útero). Existe ainda uma técnica chamada de embolização, que é consiste na oclusão das artérias que irrigam os miomas.Fonte:Acorda Cidade
“Apesar de serem benignos e, na maioria dos casos assintomáticos, os miomas podem causar complicações a depender do seu tamanho e localização. Eles podem causar compressão sobre a bexiga e o intestino, o que provoca desconforto urinário e constipação intestinal. Também causam aumento do volume do abdômen, abortamentos e até infertilidade”, explica o especialista em ginecologia e diretor médico do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (Ceparh), Jorge Valente.
Cólicas menstruais, fluxo menstrual intenso e dor durante o ato sexual são outros sintomas. “O sangramento intenso às vezes chega a causar anemia”, explica o médico.
Existem quatro tipos diferentes de miomas, classificados de acordo com a região do útero onde eles se desenvolvem: subserosos, intramurais, submucosos e pediculados. O médico Jorge Valente afirma que o tratamento indicado depende de uma série de fatores, como a localização do mioma, o tamanho, a quantidade de nódulos existentes e os sintomas. “O tratamento também deve levar em conta a idade da mulher e se ela ainda deseja engravidar”, acrescenta o especialista.
Dentre as técnicas cirúrgicas que podem ser usadas no tratamento, estão a videohisteroscopia, a videolaparoscopia ou até mesmo a histerectomia (retirada total ou parcial do útero). Existe ainda uma técnica chamada de embolização, que é consiste na oclusão das artérias que irrigam os miomas.Fonte:Acorda Cidade
Cissé é detido por chantagear ex-companheiro com vídeo erótico
O francês Djibril Cissé, atacante com boas passagens pelo Liverpool e pela seleção de seu país, foi detido nesta terça-feira com outras três pessoas, sob suspeita de participar de uma chantagem ao atacante Mathieu Valbuena, um dos principais jogadores da França na atualidade. Segundo a Promotoria de Versalhes, um vídeo erótico foi usado para extorquir Valbuena, do Lyon, que foi companheiro de Cissé no Olympique de Marselha e na seleção francesa. Horas depois, Cissé foi liberado, após prestar esclarecimentos.
Cissé foi detido em seu domicílio no começo da manhã. A Promotoria informou que o jogador está envolvido em uma investigação por chantagem e conspiração criada para preparar um crime passível de até cinco anos de prisão. As identidades dos outros três detidos não foram reveladas, mas todos também foram interrogados.
Segundo diversos meios de comunicação, os suspeitos pediram dinheiro a Valbuena para não publicar um vídeo de caráter erótico do qual ele participava. A investigação foi aberta no final de julho pela Polícia de Versalhes, cidade situada aos arredores de Paris. Uma fonte próxima ao caso informou à agência AFP que "Cissé atuou de boa fé" e, por isso, foi liberado. Procurado pela agência, Valbuena não quis se pronunciar "para não prejudicar as invstigações".
Valbuena e Cissé dividiram vestiário no Olympique de Marselha entre 2006 e 2008 também estiveram juntos na seleção em 41 partidas. Aos 34 anos, Cissé atua pelo modesto JS Saint-Pierroise, da França.Fonte:Veja
Cissé foi detido em seu domicílio no começo da manhã. A Promotoria informou que o jogador está envolvido em uma investigação por chantagem e conspiração criada para preparar um crime passível de até cinco anos de prisão. As identidades dos outros três detidos não foram reveladas, mas todos também foram interrogados.
Segundo diversos meios de comunicação, os suspeitos pediram dinheiro a Valbuena para não publicar um vídeo de caráter erótico do qual ele participava. A investigação foi aberta no final de julho pela Polícia de Versalhes, cidade situada aos arredores de Paris. Uma fonte próxima ao caso informou à agência AFP que "Cissé atuou de boa fé" e, por isso, foi liberado. Procurado pela agência, Valbuena não quis se pronunciar "para não prejudicar as invstigações".
Valbuena e Cissé dividiram vestiário no Olympique de Marselha entre 2006 e 2008 também estiveram juntos na seleção em 41 partidas. Aos 34 anos, Cissé atua pelo modesto JS Saint-Pierroise, da França.Fonte:Veja
Vale, Parmalat e Petrobras encabeçam lista das maiores devedoras da União
O Ministério da Fazenda divulgou nesta segunda-feira uma lista com os 500 maiores devedores da União. A primeira do ranking é a mineradora Vale, com um débito de 49,9 bilhões de reais. Em seguida, aparecem a Carital Brasil (ex-Parmalat), com dívida de 25,9 bilhões de reais, e a Petrobras, com 15,6 bilhões de reais.
No total, as 500 empresas devem 392,26 bilhões de reais, sendo que um montante de 228,9 bilhões está em status de cobrança. Outros 16,2 bilhões estão "em garantia" (ou seja, com o arrendamento de algum bem imóvel ou móvel), 43,7 bilhões estão suspensos por decisão judicial e 103 bilhões foram divididos em parcelas.
O Bradesco é o primeiro dos bancos a figurar na lista, com dívida de 4,8 bilhões de reais. No geral, a instituição está na sétima posição. Empresas que já encerraram suas atividades, como as companhias aéreas Vasp (6º lugar) e Varig (8º lugar), também integram o ranking, com débitos de 6,21 bilhões e 4,65 bilhões, respectivamente.Fonte:Veja
No total, as 500 empresas devem 392,26 bilhões de reais, sendo que um montante de 228,9 bilhões está em status de cobrança. Outros 16,2 bilhões estão "em garantia" (ou seja, com o arrendamento de algum bem imóvel ou móvel), 43,7 bilhões estão suspensos por decisão judicial e 103 bilhões foram divididos em parcelas.
O Bradesco é o primeiro dos bancos a figurar na lista, com dívida de 4,8 bilhões de reais. No geral, a instituição está na sétima posição. Empresas que já encerraram suas atividades, como as companhias aéreas Vasp (6º lugar) e Varig (8º lugar), também integram o ranking, com débitos de 6,21 bilhões e 4,65 bilhões, respectivamente.Fonte:Veja
PSOL, Rede e metade do PT pedem cassação de Cunha
O PSOL e a nova Rede Sustentabilidade protocolaram na tarde desta terça-feira um pedido de processo de cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dos 46 parlamentares que assinam o documento enviado ao Conselho de Ética, 32 são do PT, cuja bancada tem 62 membros, outros cinco do PSOL e um da Rede - os demais são do PMDB, Pros, PPS e PSB.
Embora as assinaturas sejam majoritariamente de petistas, o líder do partido, Sibá Machado (AC), decidiu horas antes liberar a bancada com o argumento de que essa seria uma prerrogativa da direção do partido e não da bancada. Sem uma posição tomada, os petistas deixam as portas abertas para um possível acordo de blindagem mútua entre Cunha e da presidente Dilma Rousseff, que corre o risco de enfrentar processo de impeachment.
O documento será encaminhado à Secretaria-Geral da Mesa Diretora, que terá três dias para devolvê-lo ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
É a primeira representação em 2015 no Conselho de Ética contra um investigado na Operação Lava Jato. Cunha foi citado em depoimentos de investigados como um dos beneficiários de 5 milhões de dólares do esquema de desvios de recursos da Petrobras. Além disso, autoridades da Suíça informaram o Ministério Público brasileiro que encontraram contas em nome de Cunha e seus familiares. O peemedebista é alvo de inquérito apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro, mas pode sofrer novas acusações no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa das contas secretas no exterior.
Denúncias - No documento, os partidos argumentam que o peemedebista é alvo de denúncia por suspeitas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo de corrupção na Petrobras e que isso revela "a prática de ato incompatível" com o decoro parlamentar. As legendas alegam ainda que Cunha não prestou esclarecimentos sobre contas bancárias secretas que tem na Suíça, segundo apontaram as autoridades do país europeu. "Quando questionado sobre as continuadas e cada vez mais pesadas denúncias, Eduardo Cunha tem se recusado a falar, até mesmo para negá-las, afrontando assim o Código de Ética e decoro parlamentar", afirmaram Rede e PSOL.
Na ação, os partidos pedem também o depoimento do presidente da Câmara ao Conselho de Ética e de outros nomes envolvidos na Lava Jato, como os delatores Alberto Youssef, Júlio Camargo, Fernando Soares, o Fernando Baiano. As legendas solicitaram ainda audiência com o engenheiro João Augusto Henriques, apontado pelo Ministério Público como um dos operadores do PMDB na Lava Jato. Henriques afirmou à Polícia Federal que enviou dinheiro a uma conta corrente cujo verdadeiro destinatário era Eduardo Cunha.
"A quem exerce mandato parlamentar, deve ser especialmente cara a proibição legal de realizar atos e práticas abusivas ou contrárias aos princípios constitucionais da probidade, legalidade, publicidade e moralidade", afirmam os partidos na representação.
Na Câmara, Cunha também já é alvo de pedido de investigação na Corregedoria da Casa.Fonte:Veja
Embora as assinaturas sejam majoritariamente de petistas, o líder do partido, Sibá Machado (AC), decidiu horas antes liberar a bancada com o argumento de que essa seria uma prerrogativa da direção do partido e não da bancada. Sem uma posição tomada, os petistas deixam as portas abertas para um possível acordo de blindagem mútua entre Cunha e da presidente Dilma Rousseff, que corre o risco de enfrentar processo de impeachment.
O documento será encaminhado à Secretaria-Geral da Mesa Diretora, que terá três dias para devolvê-lo ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
É a primeira representação em 2015 no Conselho de Ética contra um investigado na Operação Lava Jato. Cunha foi citado em depoimentos de investigados como um dos beneficiários de 5 milhões de dólares do esquema de desvios de recursos da Petrobras. Além disso, autoridades da Suíça informaram o Ministério Público brasileiro que encontraram contas em nome de Cunha e seus familiares. O peemedebista é alvo de inquérito apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro, mas pode sofrer novas acusações no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa das contas secretas no exterior.
Denúncias - No documento, os partidos argumentam que o peemedebista é alvo de denúncia por suspeitas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo de corrupção na Petrobras e que isso revela "a prática de ato incompatível" com o decoro parlamentar. As legendas alegam ainda que Cunha não prestou esclarecimentos sobre contas bancárias secretas que tem na Suíça, segundo apontaram as autoridades do país europeu. "Quando questionado sobre as continuadas e cada vez mais pesadas denúncias, Eduardo Cunha tem se recusado a falar, até mesmo para negá-las, afrontando assim o Código de Ética e decoro parlamentar", afirmaram Rede e PSOL.
Na ação, os partidos pedem também o depoimento do presidente da Câmara ao Conselho de Ética e de outros nomes envolvidos na Lava Jato, como os delatores Alberto Youssef, Júlio Camargo, Fernando Soares, o Fernando Baiano. As legendas solicitaram ainda audiência com o engenheiro João Augusto Henriques, apontado pelo Ministério Público como um dos operadores do PMDB na Lava Jato. Henriques afirmou à Polícia Federal que enviou dinheiro a uma conta corrente cujo verdadeiro destinatário era Eduardo Cunha.
"A quem exerce mandato parlamentar, deve ser especialmente cara a proibição legal de realizar atos e práticas abusivas ou contrárias aos princípios constitucionais da probidade, legalidade, publicidade e moralidade", afirmam os partidos na representação.
Na Câmara, Cunha também já é alvo de pedido de investigação na Corregedoria da Casa.Fonte:Veja
Cunha anuncia recurso contra decisão do STF e arquiva 5 pedidos de impeachment
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta terça-feira que vai recorrer até esta quarta das liminares concedidas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e Rosa Weber que suspenderam o rito de tramitação de pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, Cunha comunicou o arquivamento de mais cinco solicitações de afastamento contra a petista.
"A Casa vai responder, vai recorrer e enquanto isso a gente continua decidindo. Não há qualquer alteração em relação ao meu papel originário de aceitar ou indeferir. Eu indeferi cinco agora [pedidos de impeachment]", disse ele. "Sem dúvida vou recorrer das liminares. Isso é um tema muito complexo e não dá para uma decisão monocrática dessa prevalecer. Isso vai ter que ser decidido pelo plenário do STF. Vou recorrer até amanhã",
Eduardo Cunha não considera que a última das liminares da ministra Rosa Weber barre qualquer análise de pedidos de impeachment, ainda que ela tenha determinado que o presidente da Câmara se abstenha de "receber, analisar ou decidir qualquer denúncia ou recurso contra decisão de indeferimento de denúncia de crime de responsabilidade contra a presidente da República".
Depois de desencontros na interpretação de sua decisão, Weber esclareceu que a liminar trata apenas de recursos apresentados em plenário. O entendimento do peemedebista é que cabe a ele definir previamente se são cabíveis ou não os pedidos de impeachment. Nos bastidores, a articulação era para que a decisão final das solicitações de afastamento fosse transferida ao plenário, onde os partidários do impeachment dizem ter votos suficientes para iniciar o processo.
Politicamente, a decisão do Supremo de barrar o rito definido por Cunha dá fôlego à presidente Dilma, depois de uma enxurrada de derrotas na semana passada. Pelo menos por ora - até o julgamento do mérito dos pedidos no plenário do STF -, os processos de impeachment não devem ter continuidade no Congresso.
Se antes o desafeto Eduardo Cunha prometia celeridade na análise de todos os pedidos, incluindo o mais robusto deles, o assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, depois das liminares do STF o discurso ficou mais ameno: "Pode ser que eu tome a decisão de aguardar o Supremo. Eu vou refletir".
As três liminares do Supremo, embora paralisem a ação de Eduardo Cunha, também podem permitir ao peemedebista alguma sobrevida no cargo, mesmo diante das denúncias de corrupção e irregularidades, incluindo as contas secretas na Suíça. Isso porque os oposicionistas pró-impeachment têm a garantia de Cunha - e não de um hipotético sucessor - de que em sua gestão as solicitações de afastamento de Dilma não ficarão engavetadas.
Paralelamente, o Palácio do Planalto ainda não descartou um possível acordo com Cunha, uma alternativa que beneficiaria tanto Dilma, à beira de responder a um processo de impeachment, quando o próprio peemedebista, hoje alvo do Conselho de Ética.
Prova disso é que enquanto o líder do Governo na Câmara José Guimarães (PT-CE) admitia a possibilidade de diálogo com o peemedebista, a bancada do PT, que assinou em boa parte o pedido de cassação de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, rejeitou fechar posição em torno da representação contra o peemedebista, deixando as portas abertas para a continuidade das negociações de um acordo mútuo.Fonte:Veja
"A Casa vai responder, vai recorrer e enquanto isso a gente continua decidindo. Não há qualquer alteração em relação ao meu papel originário de aceitar ou indeferir. Eu indeferi cinco agora [pedidos de impeachment]", disse ele. "Sem dúvida vou recorrer das liminares. Isso é um tema muito complexo e não dá para uma decisão monocrática dessa prevalecer. Isso vai ter que ser decidido pelo plenário do STF. Vou recorrer até amanhã",
Eduardo Cunha não considera que a última das liminares da ministra Rosa Weber barre qualquer análise de pedidos de impeachment, ainda que ela tenha determinado que o presidente da Câmara se abstenha de "receber, analisar ou decidir qualquer denúncia ou recurso contra decisão de indeferimento de denúncia de crime de responsabilidade contra a presidente da República".
Depois de desencontros na interpretação de sua decisão, Weber esclareceu que a liminar trata apenas de recursos apresentados em plenário. O entendimento do peemedebista é que cabe a ele definir previamente se são cabíveis ou não os pedidos de impeachment. Nos bastidores, a articulação era para que a decisão final das solicitações de afastamento fosse transferida ao plenário, onde os partidários do impeachment dizem ter votos suficientes para iniciar o processo.
Politicamente, a decisão do Supremo de barrar o rito definido por Cunha dá fôlego à presidente Dilma, depois de uma enxurrada de derrotas na semana passada. Pelo menos por ora - até o julgamento do mérito dos pedidos no plenário do STF -, os processos de impeachment não devem ter continuidade no Congresso.
Se antes o desafeto Eduardo Cunha prometia celeridade na análise de todos os pedidos, incluindo o mais robusto deles, o assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, depois das liminares do STF o discurso ficou mais ameno: "Pode ser que eu tome a decisão de aguardar o Supremo. Eu vou refletir".
As três liminares do Supremo, embora paralisem a ação de Eduardo Cunha, também podem permitir ao peemedebista alguma sobrevida no cargo, mesmo diante das denúncias de corrupção e irregularidades, incluindo as contas secretas na Suíça. Isso porque os oposicionistas pró-impeachment têm a garantia de Cunha - e não de um hipotético sucessor - de que em sua gestão as solicitações de afastamento de Dilma não ficarão engavetadas.
Paralelamente, o Palácio do Planalto ainda não descartou um possível acordo com Cunha, uma alternativa que beneficiaria tanto Dilma, à beira de responder a um processo de impeachment, quando o próprio peemedebista, hoje alvo do Conselho de Ética.
Prova disso é que enquanto o líder do Governo na Câmara José Guimarães (PT-CE) admitia a possibilidade de diálogo com o peemedebista, a bancada do PT, que assinou em boa parte o pedido de cassação de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, rejeitou fechar posição em torno da representação contra o peemedebista, deixando as portas abertas para a continuidade das negociações de um acordo mútuo.Fonte:Veja
INSS nega auxílio doença de mulher cega e sem movimentos do corpo
Uma mulher cega e sem movimentos em todo o corpo, devido a uma doença neurológica desconhecida, teve o pedido de auxílio doença negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Moradora de São Paulo, Gabriela Russo começou a sofrer com os sintomas do problema há mais de um ano, quando estava grávida da filha Flora. "Depois da comemoração [da gravidez], começou a vir a doença. No começo, achávamos que era frescura de grávida, até porque os médicos diziam muito isso.
Ela começou a ter problemas para urinar, precisava fazer muita força para sair", afirmou o marido de Gabriela, Eduardo, em entrevista à Rede Record. Inicialmente, a paciente perdeu o movimento das pernas e, devido à doença, seu bebê corria risco de morte. Com o objetivo de salvar Flora, o parto foi antecipado para seis meses de gravidez. Por ter nascido muito fraca, a criança teve duas paradas cardíacas e paralisia facial. Quando a menina nasceu, a mãe já estava cega. Para cuidar da família, Eduardo precisou parar de trabalhar e pediu ao INSS auxílio doença para a esposa.
"Minha esposa chegou de ambulância no INSS, não se mexia, não tinha controle dos membros inferiores e superiores, não fala e não enxerga. O perito avaliou a Gabriela fisicamente, e eu expliquei a doença dela. Ele não era um perito para problemas neurológicos, então eu dei uma aula para ele e levei a ressonância", contou. No entanto, alguns dias depois, a família recebeu uma carta que informava o indeferimento do pedido, ou seja, o auxílio foi negado. Segundo o INSS, Gabriela estaria apta a trabalhar. Atualmente, a família aguarda nova decisão do órgão após entrar com recurso e vive à base de doações.Fonte:Bahia Noticias
Ela começou a ter problemas para urinar, precisava fazer muita força para sair", afirmou o marido de Gabriela, Eduardo, em entrevista à Rede Record. Inicialmente, a paciente perdeu o movimento das pernas e, devido à doença, seu bebê corria risco de morte. Com o objetivo de salvar Flora, o parto foi antecipado para seis meses de gravidez. Por ter nascido muito fraca, a criança teve duas paradas cardíacas e paralisia facial. Quando a menina nasceu, a mãe já estava cega. Para cuidar da família, Eduardo precisou parar de trabalhar e pediu ao INSS auxílio doença para a esposa.
"Minha esposa chegou de ambulância no INSS, não se mexia, não tinha controle dos membros inferiores e superiores, não fala e não enxerga. O perito avaliou a Gabriela fisicamente, e eu expliquei a doença dela. Ele não era um perito para problemas neurológicos, então eu dei uma aula para ele e levei a ressonância", contou. No entanto, alguns dias depois, a família recebeu uma carta que informava o indeferimento do pedido, ou seja, o auxílio foi negado. Segundo o INSS, Gabriela estaria apta a trabalhar. Atualmente, a família aguarda nova decisão do órgão após entrar com recurso e vive à base de doações.Fonte:Bahia Noticias
Cunha ‘ficou puto’ com nota da oposição e pode dificultar impeachment, diz aliado
Um dos principais aliados do presidente da Câmara, o deputado Paulinho da Força (SD) disse que a nota divulgada pela oposição no último sábado (10) foi “um erro, uma besteira”. O texto, assinado pelo PSDB, DEM, PPS, PSB e pelo próprio Solidariedade, cobrava publicamente que Cunha renunciasse após as denúncias de que teria contas secretas na Suíça.
"O Eduardo ficou puto. Agora temos que consertar a m. que fizemos”, afirmou. Segundo a Folha de S. Paulo, o deputado acredita que o presidente da Casa não deve romper com a oposição, mas estaria chateado. "Eu achei que tínhamos jogado a criança fora junto com a água, fiquei com essa impressão", contou. Com isso, os planos para que o peemedebista ajudasse no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff estaria ameaçado.
Para Paulinho, o problema foi “culpa” do PSDB, "que tem medo da opinião pública", e que só assinou a nota porque recebeu um telefonema do deputado tucano Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara. "Eu entendi que os termos já estavam combinados com o próprio Eduardo Cunha", afirma. "Confiei e não era bem assim”, completou.Fonte:Bahia Noticias
"O Eduardo ficou puto. Agora temos que consertar a m. que fizemos”, afirmou. Segundo a Folha de S. Paulo, o deputado acredita que o presidente da Casa não deve romper com a oposição, mas estaria chateado. "Eu achei que tínhamos jogado a criança fora junto com a água, fiquei com essa impressão", contou. Com isso, os planos para que o peemedebista ajudasse no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff estaria ameaçado.
Para Paulinho, o problema foi “culpa” do PSDB, "que tem medo da opinião pública", e que só assinou a nota porque recebeu um telefonema do deputado tucano Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara. "Eu entendi que os termos já estavam combinados com o próprio Eduardo Cunha", afirma. "Confiei e não era bem assim”, completou.Fonte:Bahia Noticias
Brasil precisa vencer Venezuela em Fortaleza para recuperar confiança
A seleção brasileira voltará a campo nesta terça-feira, na Arena Castelão, em Fortaleza, contra a Venezuela, às 22h (de Brasília), em busca de seus primeiros pontos nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. A derrota por 2 a 0 para o Chile na estreia abalou a confiança do time e mostrou que o caminho rumo à Rússia deve ser cheio de percalços. O técnico Dunga, que justificou a escolha de Fortaleza como sede da partida dizendo que os cearenses costumam receber bem a seleção, sabe que só uma vitória irá realmente convencer os torcedores.
Depois do trauma do 7 a 1 para os alemães e de outro vexame na Copa América, um fracasso nas Eliminatórias causaria danos inimagináveis para a única seleção que participou de todas as edições do Mundial. A Venezuela deve ser um adversário bem mais frágil que o campeão continental Chile, mas é encarado com cautela. "A evolução da Venezuela não é de agora, mas de dez anos. O futebol não é mais amador lá. Eles têm dez, 15 jogadores na Europa, atuando em grandes times", elogiou Dunga, na coletiva desta segunda-feira. O treinador voltou a ressaltar o calor da torcida em Fortaleza e disse que a seleção quer devolver a alegria aos fãs.
"Nós queremos carinho, mas o torcedor também quer um pouco de alegria, e nós temos plena consciência disso. Eu e minha comissão técnica não dormimos bem. Tentamos buscar algo porque o futebol sempre foi uma das alegrias do
Na Copa América, o Brasil suou para vencer os venezuelanos por 2 a 1, justamente na primeira partida sem Neymar, expulso na rodada anterior, na derrota para a Colômbia.
O jogo desta terça será o último da suspensão de quatro jogos imposta ao craque do Barcelona, que poderá retornar na terceira rodada, contra a Argentina.Sem o camisa 10 e capitão do time, o protagonismo tem sido de Willian, que aproveitou bem os espaços deixados pelo Chile nos contra-ataques, mas mostrou pouca eficiência no último passe e nas finalizações. Perguntado sobre a necessidade de vencer a Venezuela de forma convincente, o meia do Chelsea preferiu usar um tom pragmático. "Uma vitória por 1 a 0 é um bom resultado, o objetivo é ganhar os três pontos, é isso que importa. Antes, poderia até ser goleada certa, mas hoje é mais difícil."
A Venezuela garante entrar sem medo dos pentacampeões. "Vamos enfrentá-los de igual para igual, como na Copa América. O nosso forte é coletivo", avisou a estrela do time, Salomón Rondón. "Na Copa América, eles abriram vantagem de 2 a 0, mas passaram sufoco quando fizemos um gol, por isso temos que tentar marcar logo", avisou o ex-companheiro do brasileiro Hulk no Zenit São Peterburgo e que joga hoje no West Ham, da Inglaterra
Mudanças - Para evitar outra surpresa desagradável, Dunga deve fazer algumas mudanças em relação à estreia contra o Chile.
A única certeza é que David Luiz, lesionado, não joga e deve ser substituído por Marquinhos, seu companheiro de clube no Paris Saint-Germain. Outro atleta do PSG, Lucas Moura chegou a treinar entre os titulares no domingo, no lugar de Willian, e seu xará Lucas Lima, do Santos, pode entrar na vaga de Oscar.
Na lateral esquerda, a expectativa é que Marcelo dê lugar a Filipe Luís, titular habitual de Dunga da posição. Ainda existe a possibilidade de o veterano Ricardo Oliveira, artilheiro do Brasileirão, começar jogando, deixando Hulk no banco. O santista tem a vantagem de ser um centroavante de estilo mais tradicional, que serve de referência na área, como deseja Dunga, enquanto o paraibano não está acostumado a jogar desta forma no seu clube.
No total, Brasil e Venezuela se enfrentaram 22 vezes, com 19 vitórias para equipe brasileira e apenas uma da seleção "Vinho Tinto", em amistoso disputado em 2008, em Boston, nos Estados Unidos: 2 a 0. Na ocasião, Dunga também era o técnico, em sua primeira passagem pela seleção.Fonte:Veja
Depois do trauma do 7 a 1 para os alemães e de outro vexame na Copa América, um fracasso nas Eliminatórias causaria danos inimagináveis para a única seleção que participou de todas as edições do Mundial. A Venezuela deve ser um adversário bem mais frágil que o campeão continental Chile, mas é encarado com cautela. "A evolução da Venezuela não é de agora, mas de dez anos. O futebol não é mais amador lá. Eles têm dez, 15 jogadores na Europa, atuando em grandes times", elogiou Dunga, na coletiva desta segunda-feira. O treinador voltou a ressaltar o calor da torcida em Fortaleza e disse que a seleção quer devolver a alegria aos fãs.
"Nós queremos carinho, mas o torcedor também quer um pouco de alegria, e nós temos plena consciência disso. Eu e minha comissão técnica não dormimos bem. Tentamos buscar algo porque o futebol sempre foi uma das alegrias do
Na Copa América, o Brasil suou para vencer os venezuelanos por 2 a 1, justamente na primeira partida sem Neymar, expulso na rodada anterior, na derrota para a Colômbia.
O jogo desta terça será o último da suspensão de quatro jogos imposta ao craque do Barcelona, que poderá retornar na terceira rodada, contra a Argentina.Sem o camisa 10 e capitão do time, o protagonismo tem sido de Willian, que aproveitou bem os espaços deixados pelo Chile nos contra-ataques, mas mostrou pouca eficiência no último passe e nas finalizações. Perguntado sobre a necessidade de vencer a Venezuela de forma convincente, o meia do Chelsea preferiu usar um tom pragmático. "Uma vitória por 1 a 0 é um bom resultado, o objetivo é ganhar os três pontos, é isso que importa. Antes, poderia até ser goleada certa, mas hoje é mais difícil."
A Venezuela garante entrar sem medo dos pentacampeões. "Vamos enfrentá-los de igual para igual, como na Copa América. O nosso forte é coletivo", avisou a estrela do time, Salomón Rondón. "Na Copa América, eles abriram vantagem de 2 a 0, mas passaram sufoco quando fizemos um gol, por isso temos que tentar marcar logo", avisou o ex-companheiro do brasileiro Hulk no Zenit São Peterburgo e que joga hoje no West Ham, da Inglaterra
Mudanças - Para evitar outra surpresa desagradável, Dunga deve fazer algumas mudanças em relação à estreia contra o Chile.
A única certeza é que David Luiz, lesionado, não joga e deve ser substituído por Marquinhos, seu companheiro de clube no Paris Saint-Germain. Outro atleta do PSG, Lucas Moura chegou a treinar entre os titulares no domingo, no lugar de Willian, e seu xará Lucas Lima, do Santos, pode entrar na vaga de Oscar.
Na lateral esquerda, a expectativa é que Marcelo dê lugar a Filipe Luís, titular habitual de Dunga da posição. Ainda existe a possibilidade de o veterano Ricardo Oliveira, artilheiro do Brasileirão, começar jogando, deixando Hulk no banco. O santista tem a vantagem de ser um centroavante de estilo mais tradicional, que serve de referência na área, como deseja Dunga, enquanto o paraibano não está acostumado a jogar desta forma no seu clube.
No total, Brasil e Venezuela se enfrentaram 22 vezes, com 19 vitórias para equipe brasileira e apenas uma da seleção "Vinho Tinto", em amistoso disputado em 2008, em Boston, nos Estados Unidos: 2 a 0. Na ocasião, Dunga também era o técnico, em sua primeira passagem pela seleção.Fonte:Veja
Dinheiro traz felicidade? Não, diz Nobel de Economia
Dinheiro traz felicidade? A pergunta, combustível para algazarrentas conversas de mesa de bar, também tem sido objeto de estudos de alguns dos cérebros mais brilhantes do mundo. O professor Angus Deaton, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, anunciado nesta segunda-feira como vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2015, é uma das mentes que já se dedicaram à questão. A conclusão do professor: dinheiro não necessariamente traz felicidade - mas a falta dele pode acentuar a angústia de quem já não anda muito animado.
Deaton escreveu sobre o tema em 2010, em parceria com Daniel Kahneman - também ele vencedor do Nobel de Economia, em 2002. No estudo publicado pela dupla, eles fizeram a correlação entre o nível de renda de diferentes estratos da população americana e uma série respostas sobre satisfação pessoal e bem-estar emocional colhidas entre 2008 e 2009 pelo Instituto Gallup. Ao longo desses dois anos, o instituto ouviu diariamente um grupo de mais de mil pessoas que moram nos Estados Unidos. Ao fim do levantamento, havia mais de 450 000 respostas para ser dissecadas.
Primeiro, escreveu Deaton, é preciso mostrar que existe diferença entre bem-estar emocional e avaliação de vida. Embora a diferença pareça ser apenas semântica, ela é fundamental para dar profundidade ao debate - e a confusão entre os conceitos é a origem de tantas pesquisas inócuas sobre o tema, afirma o professor. Bem-estar refere-se a sensações do cotidiano, como alegria, tristeza, raiva e estresse, e a avaliação de vida é a leitura "de fundo" que o indivíduo faz sobre si mesmo. "Como você estava ontem?" é uma pergunta sobre bem-estar. "No geral, você está satisfeito com a vida que leva?" trata de avaliação de vida.
Ao separar esses dois grupos de respostas e cruzar os dados com os diferentes níveis de renda, Deaton e Kahneman descobriram que pessoas que ganham bons salários aparecem com mais frequência entre as que têm uma avaliação positiva sobre suas vidas - mas não necessariamente se dizem felizes. "Nós concluímos", diz a pesquisa, "que renda alta compra satisfação de vida, mas não felicidade." O que não quer dizer que o dinheiro não seja um bom estimulante para o estado de espírito: na pesquisa, pessoas com renda muito baixa foram as que disseram com mais frequência estar insatisfeitas tanto com seu cotidiano quanto com sua vida em linhas mais gerais.
Deaton e Kahneman escreveram ainda que o grau de bem-estar é maior quanto mais alta é a renda, segundo as respostas da pesquisa, mas, a partir de uma renda de 75 mil dólares anuais (montante 25% maior que a renda per capita americana, que é de 55 mil dólares), o teor das respostas praticamente não muda. Em outras palavras: aumentar a renda indefinidamente não aumenta a felicidade indefinidamente.
O tema do estudo publicado em 2010 pode soar demasiadamente "mundano", mas isso não diminui sua relevância. Ao dar ênfase à diferenciação de dois "tipos" de felicidade, os autores ajudam a dar norte para pesquisas de amostragem sobre renda, consumo e saúde pública, por exemplo, o que pode abrir novas perspectivas para a definição de políticas públicas. "Se ambos os aspectos de bem-estar subjetivo são considerados importantes, a separação de suas medidas é uma vantagem", dizem os economistas.
Ênfase aos desiguais - É claro que não foi um artigo de cinco páginas, com a resposta (que não é definitiva, salientaram os autores) a uma pergunta tão prosaica, que deu ao escocês Angus Deaton o Nobel de Economia de 2015. Mas esse artigo é uma amostra dos temas abordados e também do modus operandi do professor: a valorização da voz dos indivíduos em detrimento de amostragens sem rosto, a recusa a mensurar bem-estar apenas com base exclusivamente em consumo - uma prática comum entre acadêmicos na atualidade - e o esforço de cruzar teorias e dados para encontrar onde está o ponto cego das conclusões de seus colegas.
A primeira grande contribuição de Deaton à literatura acadêmica foi a de atestar que as medidas agregadas de consumo nacional não são a previsão exata do comportamento de cada indivíduo. Embora isso soe óbvio hoje, era um tema controverso quando Deaton começou a se debruçar sobre ele, no começo da década de 70.
Ao se dedicar ao estudo da diferença entre os indivíduos - o que exige a criação de modelos mais precisos para estudar o conjunto da população -, Deaton acabou seguindo um caminho correlato: o de estudar o comportamento dos consumidores. Dessa linha de estudo surgiu o "Paradoxo de Deaton", segundo o qual o consumo varia muito lentamente, mesmo com variações bruscas de renda.
Por se debruçar sobre a identificação de desigualdades, Deaton acabou enveredando para o estudo dos mais desiguais entre os desiguais: as economias pobres e emergentes. Nessa seara, o Nobel de Economia de 2015 tem tentado entender a origem e as consequências da pobreza dos países e apontar como são imprecisos os critérios de mensuração de consumo e pobreza adotados por acadêmicos e organismos internacionais, como o Banco Mundial. A Índia tem sido um objeto de particular atenção de Deaton. Mais uma vez, não parece ser casualidade: a Índia é o país mais desigual do G-20, segundo a Organização das Nações Unidas, e um dos mais desiguais do mundo.Fonte:Veja
Deaton escreveu sobre o tema em 2010, em parceria com Daniel Kahneman - também ele vencedor do Nobel de Economia, em 2002. No estudo publicado pela dupla, eles fizeram a correlação entre o nível de renda de diferentes estratos da população americana e uma série respostas sobre satisfação pessoal e bem-estar emocional colhidas entre 2008 e 2009 pelo Instituto Gallup. Ao longo desses dois anos, o instituto ouviu diariamente um grupo de mais de mil pessoas que moram nos Estados Unidos. Ao fim do levantamento, havia mais de 450 000 respostas para ser dissecadas.
Primeiro, escreveu Deaton, é preciso mostrar que existe diferença entre bem-estar emocional e avaliação de vida. Embora a diferença pareça ser apenas semântica, ela é fundamental para dar profundidade ao debate - e a confusão entre os conceitos é a origem de tantas pesquisas inócuas sobre o tema, afirma o professor. Bem-estar refere-se a sensações do cotidiano, como alegria, tristeza, raiva e estresse, e a avaliação de vida é a leitura "de fundo" que o indivíduo faz sobre si mesmo. "Como você estava ontem?" é uma pergunta sobre bem-estar. "No geral, você está satisfeito com a vida que leva?" trata de avaliação de vida.
Ao separar esses dois grupos de respostas e cruzar os dados com os diferentes níveis de renda, Deaton e Kahneman descobriram que pessoas que ganham bons salários aparecem com mais frequência entre as que têm uma avaliação positiva sobre suas vidas - mas não necessariamente se dizem felizes. "Nós concluímos", diz a pesquisa, "que renda alta compra satisfação de vida, mas não felicidade." O que não quer dizer que o dinheiro não seja um bom estimulante para o estado de espírito: na pesquisa, pessoas com renda muito baixa foram as que disseram com mais frequência estar insatisfeitas tanto com seu cotidiano quanto com sua vida em linhas mais gerais.
Deaton e Kahneman escreveram ainda que o grau de bem-estar é maior quanto mais alta é a renda, segundo as respostas da pesquisa, mas, a partir de uma renda de 75 mil dólares anuais (montante 25% maior que a renda per capita americana, que é de 55 mil dólares), o teor das respostas praticamente não muda. Em outras palavras: aumentar a renda indefinidamente não aumenta a felicidade indefinidamente.
O tema do estudo publicado em 2010 pode soar demasiadamente "mundano", mas isso não diminui sua relevância. Ao dar ênfase à diferenciação de dois "tipos" de felicidade, os autores ajudam a dar norte para pesquisas de amostragem sobre renda, consumo e saúde pública, por exemplo, o que pode abrir novas perspectivas para a definição de políticas públicas. "Se ambos os aspectos de bem-estar subjetivo são considerados importantes, a separação de suas medidas é uma vantagem", dizem os economistas.
Ênfase aos desiguais - É claro que não foi um artigo de cinco páginas, com a resposta (que não é definitiva, salientaram os autores) a uma pergunta tão prosaica, que deu ao escocês Angus Deaton o Nobel de Economia de 2015. Mas esse artigo é uma amostra dos temas abordados e também do modus operandi do professor: a valorização da voz dos indivíduos em detrimento de amostragens sem rosto, a recusa a mensurar bem-estar apenas com base exclusivamente em consumo - uma prática comum entre acadêmicos na atualidade - e o esforço de cruzar teorias e dados para encontrar onde está o ponto cego das conclusões de seus colegas.
A primeira grande contribuição de Deaton à literatura acadêmica foi a de atestar que as medidas agregadas de consumo nacional não são a previsão exata do comportamento de cada indivíduo. Embora isso soe óbvio hoje, era um tema controverso quando Deaton começou a se debruçar sobre ele, no começo da década de 70.
Ao se dedicar ao estudo da diferença entre os indivíduos - o que exige a criação de modelos mais precisos para estudar o conjunto da população -, Deaton acabou seguindo um caminho correlato: o de estudar o comportamento dos consumidores. Dessa linha de estudo surgiu o "Paradoxo de Deaton", segundo o qual o consumo varia muito lentamente, mesmo com variações bruscas de renda.
Por se debruçar sobre a identificação de desigualdades, Deaton acabou enveredando para o estudo dos mais desiguais entre os desiguais: as economias pobres e emergentes. Nessa seara, o Nobel de Economia de 2015 tem tentado entender a origem e as consequências da pobreza dos países e apontar como são imprecisos os critérios de mensuração de consumo e pobreza adotados por acadêmicos e organismos internacionais, como o Banco Mundial. A Índia tem sido um objeto de particular atenção de Deaton. Mais uma vez, não parece ser casualidade: a Índia é o país mais desigual do G-20, segundo a Organização das Nações Unidas, e um dos mais desiguais do mundo.Fonte:Veja
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