Depois de 45 dias de recesso, deputados e senadores retomam os trabalhos nesta segunda-feira com o sentimento de que 2015 não terminou. As questões que o Parlamento deixou pendentes no ano passado estão de volta, somadas à situação econômica cada vez mais grave e aos esforços do governo para aplacar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Há também, é claro, o fator Lava Jato, que alimenta a guerra por sobreviência no Congresso. Ano de eleições e Olimpíada, contudo, 2016 promete ser curto para os parlamentares. Resta saber se o Congresso está disposto a dedicar tempo de fato à solução dos problemas do país.
A herança de 2015 preocupa o governo. O ano foi marcado pela vitória acachapante de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na corrida pela presidência da Câmara. O desafeto do Planalto impôs derrotas em série à gestão Dilma. O governo até passou a respirar com mais tranquilidade depois da derrocada de Cunha, atingido em cheio pela Lava Jato, mas ainda teme que o deputado que deu aval ao impeachment da presidente ganhe sobrevida até o fim de 2016 - e continue causando dor de cabeça. A esperança, então, está no inconstante presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que no ano passado chegou a desafiar o Planalto em matérias ligadas ao ajuste fiscal.
A pauta que vai dominar a reabertura dos trabalhos é a ação contra Dilma Rousseff. Na Câmara, nada avançará até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste sobre os embargos de Cunha sobre o rito do impeachment, o que mantém a fragilidade do governo por prazo indefinido. O Senado, por outro lado, deve se debruçar na análise da prestação de contas do governo de 2014, rejeitadas em unanimidade pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa das chamadas pedaladas fiscais, que infringem a lei de responsabilidade fiscal. Se os senadores seguirem o entendimento da corte, a situação da petista ficará ainda mais insustentável. A Casa, no entanto, tem ambiente mais favorável ao Planalto.
Publicidade
Enquanto luta para salvar o próprio mandato, o governo também articula com os congressistas a aprovação de um pacote impopular de medidas para tirar a economia do atoleiro. A principal delas é a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque, considerado vital para evitar o aprofundamento da crise. A medida encontra dura resistência entre os parlamentares.
"Sem chance de passar", resume o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Sobre as demais medidas econômicas, ele pondera que "pautas complexas dependem muito mais do governo ter base do que qualquer outra coisa". "Ao governo nunca foi negado apreciar qualquer pauta. Quando não conseguiu, foi porque faltou voto", acrescentou o peemedebista. "O problema é a falta de credibilidade. A crise que está aí tem um nome: Dilma Rousseff, que é a grande responsável pelo descontrole das finanças no país. Ela não tem autoridade moral nenhuma para exigir mais um sacrifício da nação", afirmou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).
A situação de Cunha tampouco é confortável. Na corda bamba, o presidente da Câmara tenta se sustentar no cargo a todo custo. Investigado no esquema de corrupção da Petrobras, ele é alvo de pedido de afastamento apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e responde a processo de cassação no Conselho de Ética. A aliados, demonstra a segurança de permanecer no cargo.
Ano encurtado - Enquanto a crise econômica e a consequente fragilidade do governo Dilma se aprofundam em 2016, o ano legislativo dividirá as atenções com questões externas, como os Jogos Olímpicos e as eleições municipais. "É um ano quase perdido e o governo está trabalhando intensamente para perdê-lo por completo.
Tenta mudanças com discursaria e marketing. O governo não tem condições de fazer reformas estruturantes", afirmou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). A exemplo do que ocorreu há dois anos, com a corrida presidencial e a Copa do Mundo, a expectativa é a de que a morosidade domine a atuação parlamentar no segundo semestre. Apesar disso, não haverá qualquer punição aos congressistas. O salário de mais de 33.000 reais e os benefícios do mandato permanecem intactos.Fonte:Veja
domingo, 31 de janeiro de 2016
sábado, 30 de janeiro de 2016
Na estreia do Baianão, Vitória bate Jacuipense com facilidade: 3 a 0
O Vitória recebeu o Jacuipense pela primeira rodada do Campeonato Baiano de 2016. Em jogo realizado no Barradão, neste sábado (30), o time da casa não tomou conhecimento do time do interior: 3 a 0, com gols dos estreantes em 2016, Arthur Maia, Marinho e Alípio.
Os dois adversários voltam a campo apenas após o carnaval. No dia 10, o Vitória vai a Ilhéus enfrentar o Vitória da Conquista, às 20h45. Já o Jacuipense joga no dia 14, contra o Galícia, às 16h, no Valfredão.
O JOGO
A bola rolou no Barradão e logo aos dois minutos o Jacuipense assustou. Fumaça invadiu a área, mas Mattis deu o bote certo. Aos sete minutos, o Vitória respondeu. Em boa tabela, Marinho recebeu de Tiago Real e chutou pelo lado esquerdo do goleiro Rodolpho.
Jogada ensaiada
Aos 10 minutos, Marinho sofre falta no bico da grande área. Na cobrança, Arthur Maia toca para Vander que chuta perto da trave do Jacuipense. O camisa 10 do Vitória começava a aparecer no jogo. Aos 12 minutos, após jogada individual, Uesles parou Maia com falta: cartão amarelo para o camisa 3 do Jacuipense.
Fumaça tentou
Aos 14 minutos, em bola metida entre a zaga, Fumaça recebeu livre. No duelo contra Fernando Miguel, melhor para o goleiro rubro-negro que mandou para escanteio, fazendo boa defesa. O Vitória respondeu com Vander. Aos 18 minutos, em jogada característica, o atacante vermelho e preto cortou para a perna direita o chutou colocad, exigindo boa defesa do goleiro do Jacuipense.
Gol impedido
Aos 23 minutos, Arthur Maia recebe a bola numa rebatida da defesa do Jacuipense. Dentro da pequena área, o camisa 10 colocou para o fundo da rede. No entanto, no início da jogada, o jogador rubro-negro estava em posição ilegal.
Agora valeu
O primeiro pode não ter valido, mas o segundo sim. Aos 30 minutos, em bom passe de Marinho, Arthur Maia marca o primeiro gol do Campeonato Baiano: 1 a 0 Vitória.
Quase pênalti
Aos 33 minutos, o árbitro marcou penalidade máxima para o Vitória. Marinho foi derrubado na área. No entanto, a marcação foi anulada por uma marcação de impedimento do bandeirinha.
Comemorou o gol
Na saída para o intervalo, Arthur Maia comemorou o gol após sua volta. “Estou muito feliz. Esse é meu retorno e estamos buscando um entrosamento maior. Vamos voltar para o segundo tempo da mesma forma”, declarou.
SEGUNDO TEMPO
Logo no início do segundo tempo, Maia fez jogada ensaiada com Maicon Silva. O lateral cruzou para Mattis na área, mas o zagueiro não tem intimidade como atacante e não conseguiu finalizar. Aos oito minutos, novamente Mattis. Dessa vez, ele completou a cobrança de escanteio, mas o goleiro Rodolpho estava atento.
Dificuldades do Vitória
A defesa do Jacuipense estava bem fechada. Aos 12 minutos, Diego Renan teve que finalizar de fora da área, porém, sem êxito.
Gol do estreante
Mesmo com a retranca do Jacuipense, o Vitória conseguiu penetrar na área. Diego Renan brigou na entrada da área e tocou para Tiago Real. O volante achou Marinho que concluiu a jogada. Aos 14 minutos, o estreante já marcou seu primeiro gol com a camisa do Vitória: 2 a 0.
Marinho inspirado
Aos 17 minutos, Amaral achou Marinho dentro da área. O atracante finalizou de perna esquerda e colocou na trave de Rodolpho. Quase o Vitória ampliou. Aos 19 minutos, Amaral soltou a bomba na cobrança de falta e isolou.
Fernando Miguel faz pênalti e defende
Aos 28 minutos, em lançamento longo, Orobó penetra no meio dos dois zagueiros do Vitória e sofre pênalti de Fernando Miguel. Cartão amarelo para o goleiro do Leão. Na cobrança, Fernando Miguel se redimiu e pegou mais um pênalti pela camisa do Vitória. Logo em seguida. Alípio entrou no lugar de Arthur Maia.
Os sibstitutos resolveram
Aos 32 minutos, Willian Henrique entrou no jogo. No mesmo minuto, ele recebeu a bola e cruzou para Alípio. O Camisa 20 só fez rolar para o fundo das redes: 3 a 0 para o Vitória. Aos 33 minutos, o Jacuipense assustou com um chute de fora da área. Fernando Miguel fez boa defesa.
FICHA TÉCNICA:
Vitória x Jacuipense
Campeonato Baiano – 1ª rodada
Local: Barradão, Salvador (BA)
Data: 30/01/2016
Horário: 16h (horário da Bahia)
Árbitro: Rafael Luis de Almeida Santos
Auxiliares: Carlos Eduardo Bregalda Gussen e Dijalma Silva Ferreira Junior
Cartões amarelos: Uesles, Pacujá e Leo Maceió(JAC); Fernando Miguel e Marinho (VIT)
Gols: Arthur Maia, Marinho e Alípio (VIT).
Vitória: Fernando Miguel, Maicon Silva, Guilherme Mattis, Ramon e Diego Renan; Amaral (Marcelo), Willian Farias, Tiago Real (Willian Henrique) e Arthur Maia (Alípio); Vander e Marinho. Técnico: Vagner Mancini
Jacuipense: Rodolpho; Pacujá, Uesles, Anderson e Jeferson; Dalmar, Léo Maceió (Ed), Muller e Marcel (Juninho), Tiago Orobó e Fumaça (Fagner). Técnico: Clébson Beleza
Fonte:Bahia Noticias
Os dois adversários voltam a campo apenas após o carnaval. No dia 10, o Vitória vai a Ilhéus enfrentar o Vitória da Conquista, às 20h45. Já o Jacuipense joga no dia 14, contra o Galícia, às 16h, no Valfredão.
O JOGO
A bola rolou no Barradão e logo aos dois minutos o Jacuipense assustou. Fumaça invadiu a área, mas Mattis deu o bote certo. Aos sete minutos, o Vitória respondeu. Em boa tabela, Marinho recebeu de Tiago Real e chutou pelo lado esquerdo do goleiro Rodolpho.
Jogada ensaiada
Aos 10 minutos, Marinho sofre falta no bico da grande área. Na cobrança, Arthur Maia toca para Vander que chuta perto da trave do Jacuipense. O camisa 10 do Vitória começava a aparecer no jogo. Aos 12 minutos, após jogada individual, Uesles parou Maia com falta: cartão amarelo para o camisa 3 do Jacuipense.
Fumaça tentou
Aos 14 minutos, em bola metida entre a zaga, Fumaça recebeu livre. No duelo contra Fernando Miguel, melhor para o goleiro rubro-negro que mandou para escanteio, fazendo boa defesa. O Vitória respondeu com Vander. Aos 18 minutos, em jogada característica, o atacante vermelho e preto cortou para a perna direita o chutou colocad, exigindo boa defesa do goleiro do Jacuipense.
Gol impedido
Aos 23 minutos, Arthur Maia recebe a bola numa rebatida da defesa do Jacuipense. Dentro da pequena área, o camisa 10 colocou para o fundo da rede. No entanto, no início da jogada, o jogador rubro-negro estava em posição ilegal.
Agora valeu
O primeiro pode não ter valido, mas o segundo sim. Aos 30 minutos, em bom passe de Marinho, Arthur Maia marca o primeiro gol do Campeonato Baiano: 1 a 0 Vitória.
Quase pênalti
Aos 33 minutos, o árbitro marcou penalidade máxima para o Vitória. Marinho foi derrubado na área. No entanto, a marcação foi anulada por uma marcação de impedimento do bandeirinha.
Comemorou o gol
Na saída para o intervalo, Arthur Maia comemorou o gol após sua volta. “Estou muito feliz. Esse é meu retorno e estamos buscando um entrosamento maior. Vamos voltar para o segundo tempo da mesma forma”, declarou.
SEGUNDO TEMPO
Logo no início do segundo tempo, Maia fez jogada ensaiada com Maicon Silva. O lateral cruzou para Mattis na área, mas o zagueiro não tem intimidade como atacante e não conseguiu finalizar. Aos oito minutos, novamente Mattis. Dessa vez, ele completou a cobrança de escanteio, mas o goleiro Rodolpho estava atento.
Dificuldades do Vitória
A defesa do Jacuipense estava bem fechada. Aos 12 minutos, Diego Renan teve que finalizar de fora da área, porém, sem êxito.
Gol do estreante
Mesmo com a retranca do Jacuipense, o Vitória conseguiu penetrar na área. Diego Renan brigou na entrada da área e tocou para Tiago Real. O volante achou Marinho que concluiu a jogada. Aos 14 minutos, o estreante já marcou seu primeiro gol com a camisa do Vitória: 2 a 0.
Marinho inspirado
Aos 17 minutos, Amaral achou Marinho dentro da área. O atracante finalizou de perna esquerda e colocou na trave de Rodolpho. Quase o Vitória ampliou. Aos 19 minutos, Amaral soltou a bomba na cobrança de falta e isolou.
Fernando Miguel faz pênalti e defende
Aos 28 minutos, em lançamento longo, Orobó penetra no meio dos dois zagueiros do Vitória e sofre pênalti de Fernando Miguel. Cartão amarelo para o goleiro do Leão. Na cobrança, Fernando Miguel se redimiu e pegou mais um pênalti pela camisa do Vitória. Logo em seguida. Alípio entrou no lugar de Arthur Maia.
Os sibstitutos resolveram
Aos 32 minutos, Willian Henrique entrou no jogo. No mesmo minuto, ele recebeu a bola e cruzou para Alípio. O Camisa 20 só fez rolar para o fundo das redes: 3 a 0 para o Vitória. Aos 33 minutos, o Jacuipense assustou com um chute de fora da área. Fernando Miguel fez boa defesa.
FICHA TÉCNICA:
Vitória x Jacuipense
Campeonato Baiano – 1ª rodada
Local: Barradão, Salvador (BA)
Data: 30/01/2016
Horário: 16h (horário da Bahia)
Árbitro: Rafael Luis de Almeida Santos
Auxiliares: Carlos Eduardo Bregalda Gussen e Dijalma Silva Ferreira Junior
Cartões amarelos: Uesles, Pacujá e Leo Maceió(JAC); Fernando Miguel e Marinho (VIT)
Gols: Arthur Maia, Marinho e Alípio (VIT).
Vitória: Fernando Miguel, Maicon Silva, Guilherme Mattis, Ramon e Diego Renan; Amaral (Marcelo), Willian Farias, Tiago Real (Willian Henrique) e Arthur Maia (Alípio); Vander e Marinho. Técnico: Vagner Mancini
Jacuipense: Rodolpho; Pacujá, Uesles, Anderson e Jeferson; Dalmar, Léo Maceió (Ed), Muller e Marcel (Juninho), Tiago Orobó e Fumaça (Fagner). Técnico: Clébson Beleza
Fonte:Bahia Noticias
Neymar e o Fisco: a bola fora do craqueO Ministério Público Federal denuncia o atacante e seu pai e empresário à Justiça por sonegação fiscal e falsidade ideológica.
Aos 23 anos, Neymar está no auge da carreira. Há três semanas, ficou pela primeira vez entre os três melhores do mundo, feito que nenhum jogador brasileiro tinha alcançado nos últimos oito anos. Em oito meses, no ataque do Barcelona, conquistou a Liga espanhola, a Copa do Rei, a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes.
Na seleção, já é o quinto maior goleador da história, com 46 gols. Isso tudo dentro de campo. Fora dele, o atacante tem colecionado uma derrota atrás da outra. Na Espanha, é alvo de dois processos, um cível e o outro criminal, acusado de corrupção e estelionato em uma investigação que apura se ele forjou contratos para esconder parte do dinheiro que recebeu ao trocar o Santos pelo Barcelona.
Segundo a estimativa do Fisco espanhol, o brasileiro deixou de pagar 9 milhões de euros (39,4 milhões de reais, no câmbio atual) em impostos. Nesta semana, ele deve depor na Justiça espanhola sobre as acusações na área penal.
No Brasil, os problemas também estão no seu encalço. Em setembro, a Justiça determinou o bloqueio de 188,8 milhões de reais do jogador, valor da multa aplicada pela Receita por sonegação de impostos entre 2011 e 2013 em contratos com o Santos, com empresas para fazer publicidade e na transação que o levou para a Espanha. Mas o golpe mais duro contra o maior astro do futebol brasileiro veio na semana passada.
O Ministério Público Federal denunciou à Justiça Neymar e seu pai e empresário, Neymar Santos, sob as acusações de falsidade ideológica e sonegação fiscal. Além dos dois, foram denunciados o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell e o atual, Josep Maria Bartolomeu. A pena para esses dois crimes pode chegar a cinco anos de prisão.
De acordo com a denúncia sigilosa feita pelo procurador Thiago Lacerda Nobre na quarta-feira passada, a que VEJA teve acesso com exclusividade, Neymar pai e Neymar filho criaram empresas de fachada e adulteraram documentos para pagar menos impostos.
O mecanismo utilizado é simples: para escaparem dos 27,5% da mordida do Leão sobre pessoas físicas, o jogador e seu pai criaram empresas para receber a maior parte de seu salário no Santos e dos contratos de publicidade e, assim, pagar uma alíquota menor, o que significou um abatimento de mais de 50% no imposto a pagar. Em seis anos, eles abriram três empresas: a Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e a N&N Administração de Bens.
Nenhuma delas, segundo a denúncia da Procuradoria, possuía "capacidade econômico-financeira, gerencial ou operacional" para administrar a carreira de Neymar - os sócios eram o pai e a mãe de Neymar e havia apenas dois funcionários, que trabalhavam como seguranças. De 2010 a 2013, Neymar recebeu 43,78 milhões de reais do Santos, mas só 8,1 milhões em forma de salário, como pessoa física.
O restante foi por meio dos "contratos de imagem" firmados com suas empresas. Apenas em 2011, as companhias dos Neymar também selaram ao menos onze contratos com patrocinadores, que somaram quase 75 milhões de reais. Afirma o procurador, que trabalhou em conjunto com a Receita Federal:
"Fica muito claro que Neymar e seu pai constituíram as empresas com o único objetivo de receber por elas os valores dos contratos e assim pagar menos impostos". A assessoria de Neymar disse que ele e seu pai não vão se manifestar, pois não foram notificados e não têm ciência dos fatos.
Publicidade
AS ACUSAÇÕES CONTRA O PAI DE NEYMAR - Empresário do atacante, Neymar Santos ocupa lugar de destaque na denúncia do Ministério Público. Ele é suspeito de ser o principal organizador da estratégia utilizada para pagar menos impostos, ao transferir os ganhos da pessoa física para a jurídica, e de adulterar contratos para incluir dados que não existiam na época em que foram firmados
AS ACUSAÇÕES CONTRA O PAI DE NEYMAR - Empresário do atacante, Neymar Santos ocupa lugar de destaque na denúncia do Ministério Público.
Ele é suspeito de ser o principal organizador da estratégia utilizada para pagar menos impostos, ao transferir os ganhos da pessoa física para a jurídica, e de adulterar contratos para incluir dados que não existiam na época em que foram firmados(VEJA.com/VEJA)
O caso de Neymar é o mais ruidoso, seja pelos valores, seja por envolver o mais brilhante jogador de futebol do país na última década, porém está longe de ser o único. A marcação sobre esse tipo de arranjo tem se tornado mais cerrada nos últimos anos, mas sempre existiu. No ataque, a Receita, que no caso do craque do Barcelona e da seleção brasileira fez tabelinha com o Ministério Público. Na defesa, advogados tributaristas que alegam tratar-se de uma prática legítima.
Entre 2012 e 2015, outros 88 jogadores foram autuados pela Receita Federal. Afirma Kleber Cabral, vice-presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco): "Nesses casos, acreditamos que o direito de imagem foi utilizado para substituir o salário do jogador. Assim, tanto o atleta quanto o clube pagam menos impostos. Só que, na verdade, há uma relação trabalhista mascarada como prestação de serviços".
Os tributaristas contrários à interpretação da Receita afirmam que o principal problema é a rigidez do Fisco na análise da legislação. Diz Felipe Dutra, professor do Ibmec: "A discussão correta é: faz sentido ou não que a empresa exista? Se o jogador nunca usou sua imagem fora do gramado, não. Mas Neymar é uma grife, com contratos de publicidade, que traz rendimentos para o clube.
Pode alegar, com razão, que precisa de uma estrutura empresarial para melhorar a gestão de sua marca". Um empecilho para essa interpretação é o fato de as empresas em questão não terem nenhuma estrutura. Afirma o advogado Felipe Ferreira Silva, autor do livro Tributação no Futebol: Clubes e Atletas: "Sem funcionários, colaboradores ou sede, não há como provar o propósito negocial da empresa.
Hoje em dia é comum, inclusive em outros países, que os fiscos cobrem multas e impostos quando as firmas são constituídas com o fim único de reduzir ou não pagar tributos".
É por isso que, ao lado de Neymar, outros craques que entrariam facilmente numa seleção dos melhores do mundo também enfrentam problemas na Justiça. No gol está o ex-goleiro do Real Madrid Iker Casillas, hoje no Porto: em 2014, ele fez um acordo com a Receita espanhola e pagou 2 milhões de euros por "discrepância na interpretação das normas".
O meio-campo é formado por Xabi Alonso, do Bayern de Munique, investigado por crimes fiscais por usar empresas no exterior para receber direitos de imagem entre 2010 e 2012, quando jogava no Real Madrid, e pelo argentino Javier Mascherano, volante do Barcelona, condenado na semana retrasada a um ano de prisão e a pagar uma multa de 815 000 euros por sonegar 1,5 milhão de euros entre 2011 e 2012.
No ataque, ao lado de Neymar, encontra-se o argentino Lionel Messi, acusado, juntamente com o pai, de fraudes fiscais entre 2007 e 2009 que somariam 4,1 milhões de euros. No julgamento, que começa em maio, o Ministério Público pedirá pena de 22 meses de prisão, além de pagamento de multa sobre o valor devido.
Os problemas do atacante brasileiro não se resumem à interpretação da Receita. Ele também é acusado pelo Ministério Público Federal de fraudar documentos para pagar menos tributos. Em vários casos, a investigação constatou que os contratos das empresas de Neymar com o Santos e com patrocinadores são anteriores à criação delas.
Funcionava assim, segundo a denúncia: o atacante e seu pai fechavam o contrato entre a sua empresa e as outras partes, mesmo antes de ela ter sido registrada e ter um CNPJ. Depois, quando esses documentos já haviam sido obtidos, eles inseriam os dados nos contratos com data anterior.
Um exemplo: em 10 de maio de 2006, uma das empresas, a Neymar Sport, fechou um contrato com o Santos para a exploração do direito de imagem do craque, em que já constava o seu CNPJ. O problema é que esse número ainda não existia - ele só foi emitido doze dias depois, em 22 de maio. Conclui o procurador na denúncia: "Trata-se de documento antedatado e cujos negócios jurídicos foram simulados".
Um dos grandes lances da investigação é a parte referente à venda de Neymar para o Barcelona, uma negociação que foi anunciada com o valor de 57 milhões de euros, mas que na verdade envolveu cerca de 90 milhões de euros. A investigação reconstituiu passe a passe os bastidores do acerto.
Em 6 de dezembro de 2011 - quando Neymar ainda tinha contrato com o Santos até agosto de 2015 e o Barcelona estava proibido pela Fifa de contratar jogadores por ter negociado com menores de 18 anos -, o clube espanhol fez um contrato com uma de suas empresas, a N & N Consultoria, para conceder um "empréstimo" de 10 milhões de euros. Na época, a N & N não tinha nenhum funcionário e nenhum centavo de capital social.
Alguns dias depois, o então presidente do Santos escreveu uma carta em que encurtava o contrato de Neymar para julho de 2014, quando ele se tornaria free agent, ou seja, não precisaria pagar mais nada ao Santos nem aos detentores de seu passe. Coincidentemente, a mesma data acertada com o Barcelona para a transferência do atacante ao clube.
O dinheiro saiu, sem avalista nem garantia, no dia 15 de fevereiro do ano seguinte. Não só jamais foi pago como, a título de "indenização", a N & N recebeu outros 30 milhões de euros, por outro contrato, pagos em 2013 e 2014.
Para o Ministério Público, nunca houve empréstimo ou indenização, mas apenas uma "mera simulação" para esconder um adiantamento do Barcelona ao jogador a fim de garantir a sua transferência dali a três anos.
Ouvido em depoimento pelo procurador, o pai de Neymar foi de uma sinceridade ausente do futebol desde os tempos em que os jogadores davam entrevistas sem treinamento de especialistas para repetir que "o grupo está unido" e "nosso principal objetivo é sair daqui com os 3 pontos". Explicou Neymar pai: "Sabe o que o Barcelona está fazendo agora? O Barcelona ficou dois anos sem poder contratar (punido pela Fifa por negociar jogadores menores de 18 anos).
Sabe qual a gerência que eles estão estudando? A nossa". E continuou: "É só não registrar, não tem problema. Eu não registro, mas eu posso fazer um contrato e executo lá na frente". O arremate vem em seguida: "Você quer esse moleque? Não, só entrego daqui a dois anos.
Adianta uns '10 milhão aí', como a título de empréstimo, legaliza". A jogada tinha tudo para ser um golaço, mas pode se transformar na maior bola fora da carreira do craque. E quem sabe ajudar a limpar um dos últimos campos onde a corrupção ainda corre solta, os gramados de futebol.
Com reportagem de Pieter Zalis,(Veja)
Na seleção, já é o quinto maior goleador da história, com 46 gols. Isso tudo dentro de campo. Fora dele, o atacante tem colecionado uma derrota atrás da outra. Na Espanha, é alvo de dois processos, um cível e o outro criminal, acusado de corrupção e estelionato em uma investigação que apura se ele forjou contratos para esconder parte do dinheiro que recebeu ao trocar o Santos pelo Barcelona.
Segundo a estimativa do Fisco espanhol, o brasileiro deixou de pagar 9 milhões de euros (39,4 milhões de reais, no câmbio atual) em impostos. Nesta semana, ele deve depor na Justiça espanhola sobre as acusações na área penal.
No Brasil, os problemas também estão no seu encalço. Em setembro, a Justiça determinou o bloqueio de 188,8 milhões de reais do jogador, valor da multa aplicada pela Receita por sonegação de impostos entre 2011 e 2013 em contratos com o Santos, com empresas para fazer publicidade e na transação que o levou para a Espanha. Mas o golpe mais duro contra o maior astro do futebol brasileiro veio na semana passada.
O Ministério Público Federal denunciou à Justiça Neymar e seu pai e empresário, Neymar Santos, sob as acusações de falsidade ideológica e sonegação fiscal. Além dos dois, foram denunciados o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell e o atual, Josep Maria Bartolomeu. A pena para esses dois crimes pode chegar a cinco anos de prisão.
De acordo com a denúncia sigilosa feita pelo procurador Thiago Lacerda Nobre na quarta-feira passada, a que VEJA teve acesso com exclusividade, Neymar pai e Neymar filho criaram empresas de fachada e adulteraram documentos para pagar menos impostos.
O mecanismo utilizado é simples: para escaparem dos 27,5% da mordida do Leão sobre pessoas físicas, o jogador e seu pai criaram empresas para receber a maior parte de seu salário no Santos e dos contratos de publicidade e, assim, pagar uma alíquota menor, o que significou um abatimento de mais de 50% no imposto a pagar. Em seis anos, eles abriram três empresas: a Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e a N&N Administração de Bens.
Nenhuma delas, segundo a denúncia da Procuradoria, possuía "capacidade econômico-financeira, gerencial ou operacional" para administrar a carreira de Neymar - os sócios eram o pai e a mãe de Neymar e havia apenas dois funcionários, que trabalhavam como seguranças. De 2010 a 2013, Neymar recebeu 43,78 milhões de reais do Santos, mas só 8,1 milhões em forma de salário, como pessoa física.
O restante foi por meio dos "contratos de imagem" firmados com suas empresas. Apenas em 2011, as companhias dos Neymar também selaram ao menos onze contratos com patrocinadores, que somaram quase 75 milhões de reais. Afirma o procurador, que trabalhou em conjunto com a Receita Federal:
"Fica muito claro que Neymar e seu pai constituíram as empresas com o único objetivo de receber por elas os valores dos contratos e assim pagar menos impostos". A assessoria de Neymar disse que ele e seu pai não vão se manifestar, pois não foram notificados e não têm ciência dos fatos.
Publicidade
AS ACUSAÇÕES CONTRA O PAI DE NEYMAR - Empresário do atacante, Neymar Santos ocupa lugar de destaque na denúncia do Ministério Público. Ele é suspeito de ser o principal organizador da estratégia utilizada para pagar menos impostos, ao transferir os ganhos da pessoa física para a jurídica, e de adulterar contratos para incluir dados que não existiam na época em que foram firmados
AS ACUSAÇÕES CONTRA O PAI DE NEYMAR - Empresário do atacante, Neymar Santos ocupa lugar de destaque na denúncia do Ministério Público.
Ele é suspeito de ser o principal organizador da estratégia utilizada para pagar menos impostos, ao transferir os ganhos da pessoa física para a jurídica, e de adulterar contratos para incluir dados que não existiam na época em que foram firmados(VEJA.com/VEJA)
O caso de Neymar é o mais ruidoso, seja pelos valores, seja por envolver o mais brilhante jogador de futebol do país na última década, porém está longe de ser o único. A marcação sobre esse tipo de arranjo tem se tornado mais cerrada nos últimos anos, mas sempre existiu. No ataque, a Receita, que no caso do craque do Barcelona e da seleção brasileira fez tabelinha com o Ministério Público. Na defesa, advogados tributaristas que alegam tratar-se de uma prática legítima.
Entre 2012 e 2015, outros 88 jogadores foram autuados pela Receita Federal. Afirma Kleber Cabral, vice-presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco): "Nesses casos, acreditamos que o direito de imagem foi utilizado para substituir o salário do jogador. Assim, tanto o atleta quanto o clube pagam menos impostos. Só que, na verdade, há uma relação trabalhista mascarada como prestação de serviços".
Os tributaristas contrários à interpretação da Receita afirmam que o principal problema é a rigidez do Fisco na análise da legislação. Diz Felipe Dutra, professor do Ibmec: "A discussão correta é: faz sentido ou não que a empresa exista? Se o jogador nunca usou sua imagem fora do gramado, não. Mas Neymar é uma grife, com contratos de publicidade, que traz rendimentos para o clube.
Pode alegar, com razão, que precisa de uma estrutura empresarial para melhorar a gestão de sua marca". Um empecilho para essa interpretação é o fato de as empresas em questão não terem nenhuma estrutura. Afirma o advogado Felipe Ferreira Silva, autor do livro Tributação no Futebol: Clubes e Atletas: "Sem funcionários, colaboradores ou sede, não há como provar o propósito negocial da empresa.
Hoje em dia é comum, inclusive em outros países, que os fiscos cobrem multas e impostos quando as firmas são constituídas com o fim único de reduzir ou não pagar tributos".
É por isso que, ao lado de Neymar, outros craques que entrariam facilmente numa seleção dos melhores do mundo também enfrentam problemas na Justiça. No gol está o ex-goleiro do Real Madrid Iker Casillas, hoje no Porto: em 2014, ele fez um acordo com a Receita espanhola e pagou 2 milhões de euros por "discrepância na interpretação das normas".
O meio-campo é formado por Xabi Alonso, do Bayern de Munique, investigado por crimes fiscais por usar empresas no exterior para receber direitos de imagem entre 2010 e 2012, quando jogava no Real Madrid, e pelo argentino Javier Mascherano, volante do Barcelona, condenado na semana retrasada a um ano de prisão e a pagar uma multa de 815 000 euros por sonegar 1,5 milhão de euros entre 2011 e 2012.
No ataque, ao lado de Neymar, encontra-se o argentino Lionel Messi, acusado, juntamente com o pai, de fraudes fiscais entre 2007 e 2009 que somariam 4,1 milhões de euros. No julgamento, que começa em maio, o Ministério Público pedirá pena de 22 meses de prisão, além de pagamento de multa sobre o valor devido.
Os problemas do atacante brasileiro não se resumem à interpretação da Receita. Ele também é acusado pelo Ministério Público Federal de fraudar documentos para pagar menos tributos. Em vários casos, a investigação constatou que os contratos das empresas de Neymar com o Santos e com patrocinadores são anteriores à criação delas.
Funcionava assim, segundo a denúncia: o atacante e seu pai fechavam o contrato entre a sua empresa e as outras partes, mesmo antes de ela ter sido registrada e ter um CNPJ. Depois, quando esses documentos já haviam sido obtidos, eles inseriam os dados nos contratos com data anterior.
Um exemplo: em 10 de maio de 2006, uma das empresas, a Neymar Sport, fechou um contrato com o Santos para a exploração do direito de imagem do craque, em que já constava o seu CNPJ. O problema é que esse número ainda não existia - ele só foi emitido doze dias depois, em 22 de maio. Conclui o procurador na denúncia: "Trata-se de documento antedatado e cujos negócios jurídicos foram simulados".
Um dos grandes lances da investigação é a parte referente à venda de Neymar para o Barcelona, uma negociação que foi anunciada com o valor de 57 milhões de euros, mas que na verdade envolveu cerca de 90 milhões de euros. A investigação reconstituiu passe a passe os bastidores do acerto.
Em 6 de dezembro de 2011 - quando Neymar ainda tinha contrato com o Santos até agosto de 2015 e o Barcelona estava proibido pela Fifa de contratar jogadores por ter negociado com menores de 18 anos -, o clube espanhol fez um contrato com uma de suas empresas, a N & N Consultoria, para conceder um "empréstimo" de 10 milhões de euros. Na época, a N & N não tinha nenhum funcionário e nenhum centavo de capital social.
Alguns dias depois, o então presidente do Santos escreveu uma carta em que encurtava o contrato de Neymar para julho de 2014, quando ele se tornaria free agent, ou seja, não precisaria pagar mais nada ao Santos nem aos detentores de seu passe. Coincidentemente, a mesma data acertada com o Barcelona para a transferência do atacante ao clube.
O dinheiro saiu, sem avalista nem garantia, no dia 15 de fevereiro do ano seguinte. Não só jamais foi pago como, a título de "indenização", a N & N recebeu outros 30 milhões de euros, por outro contrato, pagos em 2013 e 2014.
Para o Ministério Público, nunca houve empréstimo ou indenização, mas apenas uma "mera simulação" para esconder um adiantamento do Barcelona ao jogador a fim de garantir a sua transferência dali a três anos.
Ouvido em depoimento pelo procurador, o pai de Neymar foi de uma sinceridade ausente do futebol desde os tempos em que os jogadores davam entrevistas sem treinamento de especialistas para repetir que "o grupo está unido" e "nosso principal objetivo é sair daqui com os 3 pontos". Explicou Neymar pai: "Sabe o que o Barcelona está fazendo agora? O Barcelona ficou dois anos sem poder contratar (punido pela Fifa por negociar jogadores menores de 18 anos).
Sabe qual a gerência que eles estão estudando? A nossa". E continuou: "É só não registrar, não tem problema. Eu não registro, mas eu posso fazer um contrato e executo lá na frente". O arremate vem em seguida: "Você quer esse moleque? Não, só entrego daqui a dois anos.
Adianta uns '10 milhão aí', como a título de empréstimo, legaliza". A jogada tinha tudo para ser um golaço, mas pode se transformar na maior bola fora da carreira do craque. E quem sabe ajudar a limpar um dos últimos campos onde a corrupção ainda corre solta, os gramados de futebol.
Com reportagem de Pieter Zalis,(Veja)
Com caras novas e velhos conhecidos, Vitória estreia neste sábado contra o Jacuipense
O Vitória estreia no Campeonato Baiano neste sábado (30), às 16h, no Barradão, contra o Jacuipense. A equipe comandada pelo técnico Vagner Mancini terá caras novas e velhos conhecidos em campo. Cria da base Rubro-negra, o meio-campista Arthur Maia está de volta ao time após ter sido emprestado ao Flamengo e Kawasaki Frontale, do Japão, o atleta está de volta ao Leão. A equipe titular ainda conta com jogadores que foram importantes na conquista do acesso para a Série A do Brasileirão como Fernando Miguel, Guilherme Mattis, Ramon e Diego Renan. Além disso, o time terá as estreias oficiais de Marinho, Willian Farias, Maicon Silva e Tiago Real.
O atacante Marinho participou de apenas dois treinos com bola antes da partida. E mesmo assim será titular diante do Leão do Sisal. O técnico Vagner Mancini elogiou o jogador e justificou a opção de escalá-lo.
“Optei pelo Marinho. Fez a parte física no Cruzeiro, então não há razão de deixar de fora. Teve pouco tempo com os demais, mas a vontade de chegar e jogar é muito grande”, justificou o treinador.
Já o Jacuipense, comandado pelo técnico Clebson Beleza, tem uma estratégia bem definida: jogar no erro do Vitória. “Vamos jogar no erro do Vitória, mas também fazendo o nosso trabalho para sair com o resultado positivo”, afirmou o técnico.
FICHA TÉCNICA
Vitória x Jacuipense
Campeonato Baiano – 1ª rodada
Local: Barradão, em Salvador
Data: 30/01/2016
Horário: 16h
Árbitro: Rafael Luis de Almeida Santos (BA)
Assistentes: Carlos Eduardo Bregalda Gussen (BA) e Dijalma Silva Ferreira Júnior (BA)
Vitória: Fernando Miguel; Maicon Silva, Ramon, Guilherme Mattis e Diego Renan; Amaral, Willian Farias, Tiago Real e Arthur Maia; Marinho e Vander. Técnico: Vagner Mancini
Jacuipense: Rodolpho, Pacujá, Anderson, Uesllis e Jeferson; Dalmar, Léo Maceió, Muller, Marcel e Tiago Orobó; Fumaça. Técnico: Clebson Beleza.Fonte:Bahia Noticias
O atacante Marinho participou de apenas dois treinos com bola antes da partida. E mesmo assim será titular diante do Leão do Sisal. O técnico Vagner Mancini elogiou o jogador e justificou a opção de escalá-lo.
“Optei pelo Marinho. Fez a parte física no Cruzeiro, então não há razão de deixar de fora. Teve pouco tempo com os demais, mas a vontade de chegar e jogar é muito grande”, justificou o treinador.
Já o Jacuipense, comandado pelo técnico Clebson Beleza, tem uma estratégia bem definida: jogar no erro do Vitória. “Vamos jogar no erro do Vitória, mas também fazendo o nosso trabalho para sair com o resultado positivo”, afirmou o técnico.
FICHA TÉCNICA
Vitória x Jacuipense
Campeonato Baiano – 1ª rodada
Local: Barradão, em Salvador
Data: 30/01/2016
Horário: 16h
Árbitro: Rafael Luis de Almeida Santos (BA)
Assistentes: Carlos Eduardo Bregalda Gussen (BA) e Dijalma Silva Ferreira Júnior (BA)
Vitória: Fernando Miguel; Maicon Silva, Ramon, Guilherme Mattis e Diego Renan; Amaral, Willian Farias, Tiago Real e Arthur Maia; Marinho e Vander. Técnico: Vagner Mancini
Jacuipense: Rodolpho, Pacujá, Anderson, Uesllis e Jeferson; Dalmar, Léo Maceió, Muller, Marcel e Tiago Orobó; Fumaça. Técnico: Clebson Beleza.Fonte:Bahia Noticias
Divulgado o testamento de David Bowie
O último desejo de David Bowie foi que suas cinzas fossem espalhadas pela ilha de Bali, seguindo rituais budistas. A informação foi divulgada pelo site do NY Post.
O testamento do artista foi registrado em Manhattan, Nova York, nesta sexta, 29. Estima-se que a fortuna de Bowie gire em torno de US$ 100 milhões, dos quais metade fica para a viúva dele, a modelo Iman. Os dois eram casados desde 1992.
Relembre a carreira de David Bowie em fotos marcantes.
Iman também herdou o apartamento onde o casal morava na cidade de Nova York. Outra residência do cantor, no mesmo estado, ficou para a filha dos dois, Alexandria, de 15 anos. A segunda metade do patrimônio de Bowie será dividida entre Alexandria (também conhecida pelo apelido “Lexi”) e o filho mais velho de Bowie, o cineasta Duncan Jones.
Jones é fruto do primeiro casamento de Bowie, com Angela Barnett. A relação tumultuada terminou em 1980, após dez anos de união, e Duncan não voltou a falar com a mãe depois da separação do casal. Bowie, inclusive, reconheceu no testamento a importância da babá do filho, já que enquanto Duncan crescia ele passou por problemas como o vício em cocaína. Marion Skene, que cuidou do garoto, deve receber US$ 1 milhão. Ele também deixou US$ 2 milhões para a amiga e assistente pessoal Corinne Coco Schwab.
David Bowie morreu em 10 de janeiro, aos 69 anos, depois de um tratamento de 18 meses contra um câncer no fígado. Dois dias antes, em 8 de janeiro, ele lançou o último disco da carreira, o elogiado Blackstar.
Eterna mutação: uma discografia selecionada com o que David Bowie fez de melhor.
O corpo de David Bowie foi cremado em segredo em Nova York, segundo o jornal britânico The Mirror. De acordo com fontes da publicação nos Estados Unidos, o artista teria pedido para "partir sem causar comoção", sem funeral ou qualquer memorial público. Desta forma, os restos dele foram cremados sem a presença de qualquer parente ou amigos.Fonte:rollingstone.uol.com.br
O testamento do artista foi registrado em Manhattan, Nova York, nesta sexta, 29. Estima-se que a fortuna de Bowie gire em torno de US$ 100 milhões, dos quais metade fica para a viúva dele, a modelo Iman. Os dois eram casados desde 1992.
Relembre a carreira de David Bowie em fotos marcantes.
Iman também herdou o apartamento onde o casal morava na cidade de Nova York. Outra residência do cantor, no mesmo estado, ficou para a filha dos dois, Alexandria, de 15 anos. A segunda metade do patrimônio de Bowie será dividida entre Alexandria (também conhecida pelo apelido “Lexi”) e o filho mais velho de Bowie, o cineasta Duncan Jones.
Jones é fruto do primeiro casamento de Bowie, com Angela Barnett. A relação tumultuada terminou em 1980, após dez anos de união, e Duncan não voltou a falar com a mãe depois da separação do casal. Bowie, inclusive, reconheceu no testamento a importância da babá do filho, já que enquanto Duncan crescia ele passou por problemas como o vício em cocaína. Marion Skene, que cuidou do garoto, deve receber US$ 1 milhão. Ele também deixou US$ 2 milhões para a amiga e assistente pessoal Corinne Coco Schwab.
David Bowie morreu em 10 de janeiro, aos 69 anos, depois de um tratamento de 18 meses contra um câncer no fígado. Dois dias antes, em 8 de janeiro, ele lançou o último disco da carreira, o elogiado Blackstar.
Eterna mutação: uma discografia selecionada com o que David Bowie fez de melhor.
O corpo de David Bowie foi cremado em segredo em Nova York, segundo o jornal britânico The Mirror. De acordo com fontes da publicação nos Estados Unidos, o artista teria pedido para "partir sem causar comoção", sem funeral ou qualquer memorial público. Desta forma, os restos dele foram cremados sem a presença de qualquer parente ou amigos.Fonte:rollingstone.uol.com.br
Lula e o PT não perceberam que a história da vítima já não cola mais
O ex-presidente Lula se reuniu nesta sexta com sua equipe de advogados para traçar a estratégia jurídica e de comunicação que deve adotar diante das investigações da fase Triplo X da Operação Lava Jato e da investigação conduzida pelo Ministério Público Estadual de São Paulo.
O Instituto Lula divulgou à tarde uma nota em defesa do petista. O comunicado diz que “são infundadas as suspeitas do Ministério Público de São Paulo e são levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio”. A nota termina com a seguinte frase: “A verdade ficará clara no correr das investigações”.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, saiu mais uma vez em defesa do chefão petista. Em nota publicada em uma rede social, afirmou que as investigações têm o objetivo de tentar “derreter o Lula” para destruir o PT.
Publicidade
Falcão escreveu: “Eles sabem qual é a liderança, qual é a força política que tem o PT. Isso já vinha antes de a gente ter a Presidência. Tem uma série de episódios para tentar destruir o PT e destruir o Lula. São os mitos: casa do Morumbi, fortuna do Lula, conta no exterior, uma série de ataques. Não passarão”.
Falcão fala por falar. Fala para falar alguma coisa. Fala para não ficar calado. Sabe, no entanto, que não há verdade no que diz. Desta feita, não se trata de lendas urbanas, de um diz-que-diz-que… A propriedades-problema têm uma série de desculpas, mas não têm explicação.
Essa tática do PT envelheceu, e Lula e seus companheiros ainda não se deram conta. Quando os brasileiros imaginavam que Lula era realmente um homem pobre — ou com uma vida tão remediada como a deles —, então colava essa conversa de preconceito contra o operário, de tentativa de destruir Lula, de esforço para dar fim ao PT.
Agora não mais. Agora o PT é poder, Lula é um homem rico, e já não se encaixa mais no figurino da vítima.
Diz-se muito que a melhor defesa é o ataque. É bom Lula repensar a máxima. No seu caso, a melhor defesa é mesmo tentar se defender.Fonte:Reinaldo Azevedo
O Instituto Lula divulgou à tarde uma nota em defesa do petista. O comunicado diz que “são infundadas as suspeitas do Ministério Público de São Paulo e são levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio”. A nota termina com a seguinte frase: “A verdade ficará clara no correr das investigações”.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, saiu mais uma vez em defesa do chefão petista. Em nota publicada em uma rede social, afirmou que as investigações têm o objetivo de tentar “derreter o Lula” para destruir o PT.
Publicidade
Falcão escreveu: “Eles sabem qual é a liderança, qual é a força política que tem o PT. Isso já vinha antes de a gente ter a Presidência. Tem uma série de episódios para tentar destruir o PT e destruir o Lula. São os mitos: casa do Morumbi, fortuna do Lula, conta no exterior, uma série de ataques. Não passarão”.
Falcão fala por falar. Fala para falar alguma coisa. Fala para não ficar calado. Sabe, no entanto, que não há verdade no que diz. Desta feita, não se trata de lendas urbanas, de um diz-que-diz-que… A propriedades-problema têm uma série de desculpas, mas não têm explicação.
Essa tática do PT envelheceu, e Lula e seus companheiros ainda não se deram conta. Quando os brasileiros imaginavam que Lula era realmente um homem pobre — ou com uma vida tão remediada como a deles —, então colava essa conversa de preconceito contra o operário, de tentativa de destruir Lula, de esforço para dar fim ao PT.
Agora não mais. Agora o PT é poder, Lula é um homem rico, e já não se encaixa mais no figurino da vítima.
Diz-se muito que a melhor defesa é o ataque. É bom Lula repensar a máxima. No seu caso, a melhor defesa é mesmo tentar se defender.Fonte:Reinaldo Azevedo
Pesquisa mostra que 64% dos americanos irão cancelar viagens a áreas afetadas pelo zika
Uma pesquisa realizada pela empresa de gestão de risco de viagens On Call International constatou que 64% dos entrevistados americanos iriam cancelar sua viagem a países afetados pelo vírus zika. Os resultados têm como base uma pesquisa do Google Consumer com 1.934 consumidores nos Estados Unidos com 18 anos ou mais.
Entre as mulheres, 69% disseram que iriam cancelar os seus planos de viagem, de acordo com a pesquisa. O vírus zika transmitido por mosquito está presente em 23 países e territórios nas Américas. Brasil, o país mais atingido, relatou em torno de 4.000 casos da malformação congênita devastadora chamada microcefalia, que têm forte suspeita de estar relacionado com o zika.
Mulheres grávidas ou que possam engravidar dentro de um mês antes de visitar um país afetado pelo zika devem adiar seus planos de viagem para evitar a infecção, afirmou o chefe da área médica da On Call Internacional, Robert Wheeler, em comunicado.
Ásia - Os governos da Ásia emitiram alertas em uma tentativa de conter o avanço do zika, que rapidamente se espalha pela América Latina. Japão, Coreia do Sul, Malásia, Camboja, Austrália, Índia, Hong Kong e Vietnã estão entre as regiões que emitiram avisos para a população, principalmente mulheres grávidas. No Japão, o Ministério de Relações Exteriores pediu para que mulheres evitem viajar durante a gravidez para o Brasil e outros países afetados.
O governo também sugeriu para todos os viajantes o uso de roupas de mangas compridas e calças, repelentes e que evitem deixar baldes ou outros recipientes que possam acumular água, além de relatar às instituições médicas sobre o aparecimento de sintomas. As autoridades de saúde também pediram testes de pacientes suspeitos que voltarem de áreas afetadas.
Na Coreia do Sul, além do aviso para que mulheres grávidas evitem a região da América Central e do Sul, o governo irá multar médicos que não avisarem imediatamente as autoridades sobre pacientes infectados ou com sintomas. O Ministério de Saúde e Bem-Estar também incluiu o zika vírus entre as doenças infecciosas com ameaça para a saúde. Austrália, Malásia, Camboja, Hong Kong e Índia alertam a população a informar as autoridades sobre sintomas e pedem para que mulheres grávidas adiem viagens.Fonte:Veja
Entre as mulheres, 69% disseram que iriam cancelar os seus planos de viagem, de acordo com a pesquisa. O vírus zika transmitido por mosquito está presente em 23 países e territórios nas Américas. Brasil, o país mais atingido, relatou em torno de 4.000 casos da malformação congênita devastadora chamada microcefalia, que têm forte suspeita de estar relacionado com o zika.
Mulheres grávidas ou que possam engravidar dentro de um mês antes de visitar um país afetado pelo zika devem adiar seus planos de viagem para evitar a infecção, afirmou o chefe da área médica da On Call Internacional, Robert Wheeler, em comunicado.
Ásia - Os governos da Ásia emitiram alertas em uma tentativa de conter o avanço do zika, que rapidamente se espalha pela América Latina. Japão, Coreia do Sul, Malásia, Camboja, Austrália, Índia, Hong Kong e Vietnã estão entre as regiões que emitiram avisos para a população, principalmente mulheres grávidas. No Japão, o Ministério de Relações Exteriores pediu para que mulheres evitem viajar durante a gravidez para o Brasil e outros países afetados.
O governo também sugeriu para todos os viajantes o uso de roupas de mangas compridas e calças, repelentes e que evitem deixar baldes ou outros recipientes que possam acumular água, além de relatar às instituições médicas sobre o aparecimento de sintomas. As autoridades de saúde também pediram testes de pacientes suspeitos que voltarem de áreas afetadas.
Na Coreia do Sul, além do aviso para que mulheres grávidas evitem a região da América Central e do Sul, o governo irá multar médicos que não avisarem imediatamente as autoridades sobre pacientes infectados ou com sintomas. O Ministério de Saúde e Bem-Estar também incluiu o zika vírus entre as doenças infecciosas com ameaça para a saúde. Austrália, Malásia, Camboja, Hong Kong e Índia alertam a população a informar as autoridades sobre sintomas e pedem para que mulheres grávidas adiem viagens.Fonte:Veja
Empreiteira gastou R$ 380 mil em mobília para o tríplex
A construtora OAS pagou até mesmo eletrodomésticos da cozinha de um tríplex do Guarujá (SP) que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo investigadores, a empresa adquiriu geladeira, no valor de 10.000 reais, forno de micro-ondas, 5.000 reais; tampo de pia de resina americana, 50.000 reais; e forno elétrico, 9.000 reais, do imóvel que está sob investigação da Operação Lava Jato e do Ministério Público de São Paulo por suspeita de ter sido usado para pagamento de propina. A cozinha e o quarto teriam custado à empreiteira 380.000 reais.
Oficialmente, o imóvel está em nome da OAS, mas há indícios de que pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. O promotor Cássio Conserino, do MP-SP, intimou o casal para prestar depoimento sobre o tríplex no próximo dia 17 a partir de depoimentos que revelaram a presença de Marisa Letícia supervisionando a obra. Todo o apartamento foi reformado pela construtora em obra que teria custado 777.000 reais. A empreiteira é alvo da Operação Lava Jato sob a acusação de ter pagado propina em troca de obras na Petrobrás.
Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, no interior paulista, que também pertenceria ao ex-presidente, recebeu cozinha planejada da mesma loja que custou 180.000 reais. A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá, foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nesse caso, paga em espécie.
A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo, segundo os investigadores, é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que, após deixar o governo, sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas.
No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram 312.000 reais. Incluindo os armários do imóvel, a conta chega em 560.000 reais. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra e que pediu para não ser identificada, a Kitchens vendeu, ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de 33.000 reais referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça.
Outros itens - Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou 23.817,85 reais. Outra, que dá acesso à cobertura, 19.352 reais. O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em 28.204,65 reais. O rodapé em porcelanato, 14.764,71 reais. O deck para piscina, 9.290,08 reais. O elevador instalado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento conforme a escolha do cliente, e custou 62.500 reais.
O jornal O Estado de S.Paulo tentou contato com a OAS ontem por telefone e e-mail, mas não obteve resposta. O ex-presidente Lula tem sustentado que ele não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. "Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do Estado de Direito e da democracia".
(Com Estadão Conteúdo)
Oficialmente, o imóvel está em nome da OAS, mas há indícios de que pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. O promotor Cássio Conserino, do MP-SP, intimou o casal para prestar depoimento sobre o tríplex no próximo dia 17 a partir de depoimentos que revelaram a presença de Marisa Letícia supervisionando a obra. Todo o apartamento foi reformado pela construtora em obra que teria custado 777.000 reais. A empreiteira é alvo da Operação Lava Jato sob a acusação de ter pagado propina em troca de obras na Petrobrás.
Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, no interior paulista, que também pertenceria ao ex-presidente, recebeu cozinha planejada da mesma loja que custou 180.000 reais. A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá, foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nesse caso, paga em espécie.
A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo, segundo os investigadores, é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que, após deixar o governo, sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas.
No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram 312.000 reais. Incluindo os armários do imóvel, a conta chega em 560.000 reais. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra e que pediu para não ser identificada, a Kitchens vendeu, ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de 33.000 reais referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça.
Outros itens - Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou 23.817,85 reais. Outra, que dá acesso à cobertura, 19.352 reais. O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em 28.204,65 reais. O rodapé em porcelanato, 14.764,71 reais. O deck para piscina, 9.290,08 reais. O elevador instalado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento conforme a escolha do cliente, e custou 62.500 reais.
O jornal O Estado de S.Paulo tentou contato com a OAS ontem por telefone e e-mail, mas não obteve resposta. O ex-presidente Lula tem sustentado que ele não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. "Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do Estado de Direito e da democracia".
(Com Estadão Conteúdo)
Presidente da Andrade Gutierrez negocia delação e pode entregar segredos de Lulinha
O ex-presidente Lula tem uma espécie de dupla identidade. No mundo da fantasia, ele é a viva alma mais honesta do Brasil, não está sob investigação das autoridades nem tem responsabilidade sobre o petrolão e o mensalão. O líder messiânico, o novo pai dos pobres, seria a representação da virtude e da nobreza de propósitos. Já no mundo real, onde os fatos se sobrepõem a versões, emerge uma figura bem diferente - e bastante encrencada.
A Procuradoria da República no Distrito Federal investiga se Lula fez tráfico de influência em favor da Odebrecht, que contratou a peso de ouro suas palestras enquanto atacava os cofres da Petrobras. O Ministério Público de São Paulo decidiu denunciar Lula por ocultação de patrimônio depois de colher evidências de que a OAS bancou a reforma de um tríplex no Guarujá que pertence à família do ex-presidente. Agora, é a vez de a Lava-Jato chegar ao petista. Delegados e procuradores têm "alto grau de suspeita" de que a OAS, a fim de quitar propinas, deu imóveis a políticos. O caso do tríplex de Lula será esquadrinhado nessa nova etapa da operação, que foi batizada, devido ao seu DNA incontestável, de Triplo X.
O mito imaginário, quem diria, tornou-se um cliente contumaz da Justiça. Hoje, apurações sobre corrupção grossa deságuam sucessivamente nele. Autoridades já reuniram provas das relações umbilicais de Lula com a Odebrecht, a OAS e a UTC, cujo dono, Ricardo Pessoa, disse ao Ministério Público ter repassado 2,4 milhões de reais, via caixa dois, à campanha à reeleição do ex-presidente. Suspeita de também participar do assalto à Petrobras, a Andrade Gutierrez deve engrossar o cordão de empreiteiras que cerca o petista. Preso desde junho do ano passado, o presidente licenciado da construtora, Otávio Azevedo, negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Os procuradores insistem para que ele conte detalhes da operação de compra de participação societária na Gamecorp - empresa que tem Fábio Luís, o filho mais velho de Lula, como sócio - pela antiga Telemar, que tem a Andrade Gutierrez entre seus controladores. Azevedo recusou-se até aqui a explicar a real motivação da operação. Os procuradores, em contrapartida, não aceitam assinar o acordo de colaboração enquanto não receberem a explicação devida.
Para sair do impasse e fugir de uma condenação pesada à prisão, Azevedo decidiu narrar seus segredos aos investigadores. Ele dirá que a antiga Telemar, que foi rebatizada de Oi, comprou cerca de 30% da Gamecorp, por 5 milhões de reais, em 2005, a pedido de Lula. Naquela época, o presidente sabia que o banqueiro Daniel Dantas apresentara uma oferta para se tornar sócio da Gamecorp.
Como queria Dantas longe de seu filho e de seu governo, o petista, segundo Azevedo, pediu aos donos da Telemar/Oi, entre eles a Andrade Gutierrez, que apresentassem uma oferta agressiva de compra dos papéis da empresa de seu primogênito. Assim foi feito. Três anos depois dessa transação, o governo Lula mudou a legislação para permitir que a Telemar/Oi se fundisse com a Brasil Telecom, sob o pretexto de criar um gigante brasileiro no setor de telecomunicações.
Azevedo confidenciou a advogados e executivos que, após essa segunda transação, viabilizada graças à mudança da legislação feita sob medida por Lula, sócios da Gamecorp e integrantes do governo começaram a exigir mais ajuda financeira da Andrade Gutierrez. Pressionada, a empreiteira, por meio da Oi, passou a contratar periodicamente serviços da própria Gamecorp. Serviços que, conforme Azevedo, não eram necessários.
Publicidade
Assim, estabeleceu-se um canal permanente de repasse de dinheiro para Fábio Luís e seus sócios - entre eles, Fernando Bittar e Jonas Suassuna, proprietários formais do sítio em Atibaia que é usado como refúgio por Lula e que, tal qual o tríplex no Guarujá, teve parte de sua reforma paga pela OAS. A assessoria de imprensa da Oi confirmou que a empresa contrata regularmente serviços da Gamecorp, mas se recusou a fornecer os valores dos contratos. Na campanha presidencial de 2014, integrantes da chapa de Dilma Rousseff chegaram a reclamar dos desembolsos da Andrade Gutierrez, acusando Azevedo de ser um tucano enrustido.
Ele desabafou com um amigo: "O PT não pode reclamar depois de tudo o que fiz por eles". Azevedo disse que a pressão partia do ministro Edinho Silva, então tesoureiro da campanha à reeleição, e de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete e atual assessor especial da presidente. Como se sabe, a parceria com a empreiteira transformou Fábio Luís, outrora um monitor de zoológico, num empresário de sucesso.Fonte:Veja
A Procuradoria da República no Distrito Federal investiga se Lula fez tráfico de influência em favor da Odebrecht, que contratou a peso de ouro suas palestras enquanto atacava os cofres da Petrobras. O Ministério Público de São Paulo decidiu denunciar Lula por ocultação de patrimônio depois de colher evidências de que a OAS bancou a reforma de um tríplex no Guarujá que pertence à família do ex-presidente. Agora, é a vez de a Lava-Jato chegar ao petista. Delegados e procuradores têm "alto grau de suspeita" de que a OAS, a fim de quitar propinas, deu imóveis a políticos. O caso do tríplex de Lula será esquadrinhado nessa nova etapa da operação, que foi batizada, devido ao seu DNA incontestável, de Triplo X.
O mito imaginário, quem diria, tornou-se um cliente contumaz da Justiça. Hoje, apurações sobre corrupção grossa deságuam sucessivamente nele. Autoridades já reuniram provas das relações umbilicais de Lula com a Odebrecht, a OAS e a UTC, cujo dono, Ricardo Pessoa, disse ao Ministério Público ter repassado 2,4 milhões de reais, via caixa dois, à campanha à reeleição do ex-presidente. Suspeita de também participar do assalto à Petrobras, a Andrade Gutierrez deve engrossar o cordão de empreiteiras que cerca o petista. Preso desde junho do ano passado, o presidente licenciado da construtora, Otávio Azevedo, negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Os procuradores insistem para que ele conte detalhes da operação de compra de participação societária na Gamecorp - empresa que tem Fábio Luís, o filho mais velho de Lula, como sócio - pela antiga Telemar, que tem a Andrade Gutierrez entre seus controladores. Azevedo recusou-se até aqui a explicar a real motivação da operação. Os procuradores, em contrapartida, não aceitam assinar o acordo de colaboração enquanto não receberem a explicação devida.
Para sair do impasse e fugir de uma condenação pesada à prisão, Azevedo decidiu narrar seus segredos aos investigadores. Ele dirá que a antiga Telemar, que foi rebatizada de Oi, comprou cerca de 30% da Gamecorp, por 5 milhões de reais, em 2005, a pedido de Lula. Naquela época, o presidente sabia que o banqueiro Daniel Dantas apresentara uma oferta para se tornar sócio da Gamecorp.
Como queria Dantas longe de seu filho e de seu governo, o petista, segundo Azevedo, pediu aos donos da Telemar/Oi, entre eles a Andrade Gutierrez, que apresentassem uma oferta agressiva de compra dos papéis da empresa de seu primogênito. Assim foi feito. Três anos depois dessa transação, o governo Lula mudou a legislação para permitir que a Telemar/Oi se fundisse com a Brasil Telecom, sob o pretexto de criar um gigante brasileiro no setor de telecomunicações.
Azevedo confidenciou a advogados e executivos que, após essa segunda transação, viabilizada graças à mudança da legislação feita sob medida por Lula, sócios da Gamecorp e integrantes do governo começaram a exigir mais ajuda financeira da Andrade Gutierrez. Pressionada, a empreiteira, por meio da Oi, passou a contratar periodicamente serviços da própria Gamecorp. Serviços que, conforme Azevedo, não eram necessários.
Publicidade
Assim, estabeleceu-se um canal permanente de repasse de dinheiro para Fábio Luís e seus sócios - entre eles, Fernando Bittar e Jonas Suassuna, proprietários formais do sítio em Atibaia que é usado como refúgio por Lula e que, tal qual o tríplex no Guarujá, teve parte de sua reforma paga pela OAS. A assessoria de imprensa da Oi confirmou que a empresa contrata regularmente serviços da Gamecorp, mas se recusou a fornecer os valores dos contratos. Na campanha presidencial de 2014, integrantes da chapa de Dilma Rousseff chegaram a reclamar dos desembolsos da Andrade Gutierrez, acusando Azevedo de ser um tucano enrustido.
Ele desabafou com um amigo: "O PT não pode reclamar depois de tudo o que fiz por eles". Azevedo disse que a pressão partia do ministro Edinho Silva, então tesoureiro da campanha à reeleição, e de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete e atual assessor especial da presidente. Como se sabe, a parceria com a empreiteira transformou Fábio Luís, outrora um monitor de zoológico, num empresário de sucesso.Fonte:Veja
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Cidade com todos os vereadores presos tem acordo de 'delação coletiva'
Oito dos nove vereadores da pequena cidade mineira de Centralina, presos por desvio de dinheiro público, firmaram acordo de colaboração com o Ministério Público do Estado. A informação foi dada pelo promotor Marcus Vinicius Ribeiro Cunha, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, nesta sexta-feira.
Em 19 de janeiro, quatro membros do Legislativo municipal foram levados pela polícia na primeira fase da Operação Viagem Fantasma, que apura o desvio de recursos públicos por meio do recebimento de diárias de viagens que na realidade nunca aconteceram. A segunda fase da operação, deflagrada nesta quinta-feira, levou os outros cinco.
Para firmar o acordo de delação premiada, os vereadores precisaram renunciar ao cargo e entregaram bens para ressarcir os cofres públicos. São eles: Eurípedes Batista Ferreira (PROS), Ismael Pereira Pere (PT), Hélio Matias de Souza (PSL), Rodrigo Lucas (SDD), Carla Rúbia Bernadino (SDD), Cleison Vieira (PDT), Roneslei do Carmo Soares (PR) e Wandriene Fereira de Moura (PR). A vereadora Sônia Martins de Medeiros Rosa (PP) ainda não fechou acordo - ela será ouvida na segunda-feira.
Segundo Cunha, a investigação mostrou que durante os anos de 2013, 2014 e 2015, assessores de deputados estaduais e federais emitiam comprovantes de viagens a Brasília e a Belo Horizonte que nunca foram realizadas. Na casa do vereador Roneslei do Carmo (PR), foi apreendido um bloco de faturas em branco. O rombo nos cofres públicos pelas diárias falsas supera 200.000 reais.
Bebidas e carne para churrasco - Além da investigação batizada de Viagem Fantasma, há outras quatro investigações sobre crimes de desvio de dinheiro público contra os nove vereadores. De acordo com Cunha, em 2013, oito membros do Legislativo receberam 2.000 reais cada um para aprovar a Lei Orçamentária da cidade nos moldes como havia pedido o prefeito da cidade, Elson Martins de Medeiros (PP).
O poder Executivo pedia autorização para remanejar 35% dos recursos públicos por meio de decreto, sem precisar passar pela aprovação da Câmara. O vereador Helio Matias (PSL), líder da oposição, recebeu 7.000 pelo favor. Em 2014, o mesmo crime voltou a ocorrer, mas, dessa vez, todos receberam 1.000 reais cada, que foram entregues pela vereadora Sônia - irmã do prefeito.
O Ministério Público também apura, em três investigações distintas, a suspeita de que os nove vereadores camuflaram a compra de bebidas alcoólicas e comida para consumo particular, incluindo carne para churrasco, por meio da emissão fraudulenta de notas fiscais de produtos que deveriam ser destinados à Câmara.
Além dessas apurações, há outras duas que não envolvem todos os vereadores. Uma delas investiga fraudes em empréstimos consignados. Conforme relatou o promotor, alguns membros do Legislativo fraudavam seus holerites, aumentando o valor do salário para subir a margem de crédito junto a instituições financeiras. Com o auxílio do ex-contador Cleber Rocha, que também foi preso nesta quinta-feira, os vereadores recebiam integralmente o salário, sem o devido abatimento da dívida, e era a Câmara quem pagava pelos empréstimos. Ainda não há estimativa de quanto o esquema custou aos cofres públicos.
A sexta investigação descobriu que, apenas no ano de 2007, foram adquiridos quase 4.000 litros de combustível pela Câmara. "Nem veículo tinha à época", disse Cunha. O vereador Cleison Vieira, então presidente da Câmara, é um dos presos desta quinta e também responde a esse inquérito.Fonte:Veja
Em 19 de janeiro, quatro membros do Legislativo municipal foram levados pela polícia na primeira fase da Operação Viagem Fantasma, que apura o desvio de recursos públicos por meio do recebimento de diárias de viagens que na realidade nunca aconteceram. A segunda fase da operação, deflagrada nesta quinta-feira, levou os outros cinco.
Para firmar o acordo de delação premiada, os vereadores precisaram renunciar ao cargo e entregaram bens para ressarcir os cofres públicos. São eles: Eurípedes Batista Ferreira (PROS), Ismael Pereira Pere (PT), Hélio Matias de Souza (PSL), Rodrigo Lucas (SDD), Carla Rúbia Bernadino (SDD), Cleison Vieira (PDT), Roneslei do Carmo Soares (PR) e Wandriene Fereira de Moura (PR). A vereadora Sônia Martins de Medeiros Rosa (PP) ainda não fechou acordo - ela será ouvida na segunda-feira.
Segundo Cunha, a investigação mostrou que durante os anos de 2013, 2014 e 2015, assessores de deputados estaduais e federais emitiam comprovantes de viagens a Brasília e a Belo Horizonte que nunca foram realizadas. Na casa do vereador Roneslei do Carmo (PR), foi apreendido um bloco de faturas em branco. O rombo nos cofres públicos pelas diárias falsas supera 200.000 reais.
Bebidas e carne para churrasco - Além da investigação batizada de Viagem Fantasma, há outras quatro investigações sobre crimes de desvio de dinheiro público contra os nove vereadores. De acordo com Cunha, em 2013, oito membros do Legislativo receberam 2.000 reais cada um para aprovar a Lei Orçamentária da cidade nos moldes como havia pedido o prefeito da cidade, Elson Martins de Medeiros (PP).
O poder Executivo pedia autorização para remanejar 35% dos recursos públicos por meio de decreto, sem precisar passar pela aprovação da Câmara. O vereador Helio Matias (PSL), líder da oposição, recebeu 7.000 pelo favor. Em 2014, o mesmo crime voltou a ocorrer, mas, dessa vez, todos receberam 1.000 reais cada, que foram entregues pela vereadora Sônia - irmã do prefeito.
O Ministério Público também apura, em três investigações distintas, a suspeita de que os nove vereadores camuflaram a compra de bebidas alcoólicas e comida para consumo particular, incluindo carne para churrasco, por meio da emissão fraudulenta de notas fiscais de produtos que deveriam ser destinados à Câmara.
Além dessas apurações, há outras duas que não envolvem todos os vereadores. Uma delas investiga fraudes em empréstimos consignados. Conforme relatou o promotor, alguns membros do Legislativo fraudavam seus holerites, aumentando o valor do salário para subir a margem de crédito junto a instituições financeiras. Com o auxílio do ex-contador Cleber Rocha, que também foi preso nesta quinta-feira, os vereadores recebiam integralmente o salário, sem o devido abatimento da dívida, e era a Câmara quem pagava pelos empréstimos. Ainda não há estimativa de quanto o esquema custou aos cofres públicos.
A sexta investigação descobriu que, apenas no ano de 2007, foram adquiridos quase 4.000 litros de combustível pela Câmara. "Nem veículo tinha à época", disse Cunha. O vereador Cleison Vieira, então presidente da Câmara, é um dos presos desta quinta e também responde a esse inquérito.Fonte:Veja
Publicitária presa disse ter ouvido ‘zum-zum-zum’ sobre tríplex de Lula no Guarujá
Segundo seu advogado, a publicitária Nelci Warken, presa temporariamente na 22ª fase da Operação Lava Jato, disse nesta sexta-feira, em depoimento à Polícia Federal, ter ouvido um "zum-zum-zum" e boatos de que o ex-presidente Lula tinha um apartamento no condomínio Solaris, no Guarujá, empreendimento da Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, que foi assumido pela empreiteira OAS. De acordo com o defensor Alexandre Crepaldi, Nelci disse que apenas "ouviu dizer" que Lula teria um imóvel no condomínio, afirmou que não tem provas sobre isso e declarou que não conhece e nem viu o petista nem a ex-primeira-dama Marisa Letícia na unidade no Solaris.
A nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Triplo X e deflagrada na quarta-feira, faz uma varredura em todos os apartamentos do condomínio Solaris, cuja construção a enrolada empreiteira OAS, investigada por participar do petrolão, assumiu a construção dos imóveis após um calote da Bancoop. A cooperativa deu calote em seus associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT, quebrou em 2006 e deixou quase 3.000 famílias sem seus imóveis, enquanto petistas graúdos, como o ex-presidente Lula, receberam seus apartamentos. Embora oficialmente a fase esteja focada nas atividades criminosas do escritório de São Paulo da empresa Mossack Fonseca, que providenciava a abertura de offshores e tinha contas no exterior para esquemas de lavagem de dinheiro, a relação do próprio presidente Lula e de seus familiares com um tríplex reservado a eles pela construtora OAS também será investigada pela Polícia Federal e pelos procuradores da Lava Jato.
Em abril do ano passado, VEJA informou que, depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Leo Pinheiro, a empreiteira assumiu a construção de prédios da cooperativa. O favor garantiu a conclusão das obras nos apartamentos de João Vaccari Neto, por exemplo. Conforme revelou VEJA nesta semana, no processo que tramita em São Paulo, Lula será denunciado por ocultação de propriedade. Aliás, o nome da operação Triplo X se refere aos tríplex investigados.
Aos policiais, a publicitária Nelci Warken negou ser testa de ferro de um esquema que envolve a abertura de empresas offshore para repassar propina do petrolão, disse que "não é laranja de ninguém" e afirmou que a tríplex 163-B no Solaris, em nome da offshore Murray Holdings, é de sua propriedade e foi registrado como sendo da companhia para que ela pudesse preservar o patrimônio, que estava sendo alvo de cobranças fiscais. A defesa da publicitária, feita pelo criminalista Alexandre Crepaldi, admitiu ao site de VEJA que a transferência dos bens de Nelci para a Murray pode significar "algum ilícito é de ordem fiscal", mas negou a possibilidade de a transação ter sido uma estratégia para lavar dinheiro.
Para os investigadores da Lava Jato, chama atenção a descoberta de que a Murray teve uma execução decretada por dívidas de cerca de 1,22 milhão de reais, mas apenas o tríplex 163-B, avaliado em 1,8 milhão de reais, conseguiria quitar o débito. As suspeitas ficaram mais fortes depois da constatação que a empresa Paulista Plus Promoções Ltda, que tem Nelci Warken como proprietária, teve o imóvel transferido para a Murray. Um terreno baldio, uma consultoria de imóveis em um local atualmente disponível para locação e duas empresas registradas no mesmo endereço da Mossack Fonseca, no Panamá, reforçaram os indicativos, segundo o Ministério Público, de que Nelci era uma laranja do esquema.
Em depoimento à Polícia Federal, porém, Nelci Warken alegou que o tríplex registrado em nome da Murray no condomínio Solaris foi comprado por ela depois de a Bancoop ter sugerido que parte de uma dívida da entidade com ela fosse abatida do valor do imóvel. Segundo o advogado Alexandre Crepaldi, após o abatimento de uma dívida por serviços de banners e placas prestados à Bancoop, Nelci pagou prestações do imóvel, depois aportes mais expressivos quando o empreendimento foi repassado da cooperativa para a empreiteira OAS. Por fim, a publicitária precisou, segundo o defensor, de um empréstimo e teve de vender um flat para quitar a escrituração do tríplex.
"Tudo que ela conseguiu foi fruto de mais de 40 anos de trabalho na área de publicidade. Sempre fez publicidade para empreendimentos imobiliários e às vezes ela recebia em imóvel. No caso do Solaris, ela comprou na planta negociando uma dívida. Nunca teve relação em nível de diretoria ou presidência da Bancoop", alegou Crepaldi.Fonte:Veja
A nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Triplo X e deflagrada na quarta-feira, faz uma varredura em todos os apartamentos do condomínio Solaris, cuja construção a enrolada empreiteira OAS, investigada por participar do petrolão, assumiu a construção dos imóveis após um calote da Bancoop. A cooperativa deu calote em seus associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT, quebrou em 2006 e deixou quase 3.000 famílias sem seus imóveis, enquanto petistas graúdos, como o ex-presidente Lula, receberam seus apartamentos. Embora oficialmente a fase esteja focada nas atividades criminosas do escritório de São Paulo da empresa Mossack Fonseca, que providenciava a abertura de offshores e tinha contas no exterior para esquemas de lavagem de dinheiro, a relação do próprio presidente Lula e de seus familiares com um tríplex reservado a eles pela construtora OAS também será investigada pela Polícia Federal e pelos procuradores da Lava Jato.
Em abril do ano passado, VEJA informou que, depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Leo Pinheiro, a empreiteira assumiu a construção de prédios da cooperativa. O favor garantiu a conclusão das obras nos apartamentos de João Vaccari Neto, por exemplo. Conforme revelou VEJA nesta semana, no processo que tramita em São Paulo, Lula será denunciado por ocultação de propriedade. Aliás, o nome da operação Triplo X se refere aos tríplex investigados.
Aos policiais, a publicitária Nelci Warken negou ser testa de ferro de um esquema que envolve a abertura de empresas offshore para repassar propina do petrolão, disse que "não é laranja de ninguém" e afirmou que a tríplex 163-B no Solaris, em nome da offshore Murray Holdings, é de sua propriedade e foi registrado como sendo da companhia para que ela pudesse preservar o patrimônio, que estava sendo alvo de cobranças fiscais. A defesa da publicitária, feita pelo criminalista Alexandre Crepaldi, admitiu ao site de VEJA que a transferência dos bens de Nelci para a Murray pode significar "algum ilícito é de ordem fiscal", mas negou a possibilidade de a transação ter sido uma estratégia para lavar dinheiro.
Para os investigadores da Lava Jato, chama atenção a descoberta de que a Murray teve uma execução decretada por dívidas de cerca de 1,22 milhão de reais, mas apenas o tríplex 163-B, avaliado em 1,8 milhão de reais, conseguiria quitar o débito. As suspeitas ficaram mais fortes depois da constatação que a empresa Paulista Plus Promoções Ltda, que tem Nelci Warken como proprietária, teve o imóvel transferido para a Murray. Um terreno baldio, uma consultoria de imóveis em um local atualmente disponível para locação e duas empresas registradas no mesmo endereço da Mossack Fonseca, no Panamá, reforçaram os indicativos, segundo o Ministério Público, de que Nelci era uma laranja do esquema.
Em depoimento à Polícia Federal, porém, Nelci Warken alegou que o tríplex registrado em nome da Murray no condomínio Solaris foi comprado por ela depois de a Bancoop ter sugerido que parte de uma dívida da entidade com ela fosse abatida do valor do imóvel. Segundo o advogado Alexandre Crepaldi, após o abatimento de uma dívida por serviços de banners e placas prestados à Bancoop, Nelci pagou prestações do imóvel, depois aportes mais expressivos quando o empreendimento foi repassado da cooperativa para a empreiteira OAS. Por fim, a publicitária precisou, segundo o defensor, de um empréstimo e teve de vender um flat para quitar a escrituração do tríplex.
"Tudo que ela conseguiu foi fruto de mais de 40 anos de trabalho na área de publicidade. Sempre fez publicidade para empreendimentos imobiliários e às vezes ela recebia em imóvel. No caso do Solaris, ela comprou na planta negociando uma dívida. Nunca teve relação em nível de diretoria ou presidência da Bancoop", alegou Crepaldi.Fonte:Veja
Lula admite que usa sítio em Atibaia. Mas não explica por que empreiteiros reformaram o local
Diante do avanço das investigações da Operação Lava Jato sobre a reforma no sítio usado pelo ex-presidente Lula em Atibaia, no interior paulista, o petista decidiu nesta sexta-feira admitir que frequenta o local, cuja existência foi revelada por VEJA em abril do ano passado. Foi a pedido do próprio Lula que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro fez uma ampla reforma no local. A empreiteira é acusada pela Operação Lava Jato de ter desviado 6 bilhões de reais dos cofres da Petrobras.
"Desde que encerrou o segundo mandato no governo federal, em 2011, o ex-presidente Lula frequenta, em dias de descanso, um sítio de propriedade de amigos da família na cidade de Atibaia", diz nota divulgada pelo Instituto Lula. O texto afirma que o fato pertence à esfera pessoal da vida de Lula, mas que há uma tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos com "o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente". Não há uma só palavra dedicada a explicar por que o ex-presidente pediu ao empreiteiro hoje condenado a mais de dezesseis anos de cadeia uma reforma no sítio.
A escritura de posse do sítio Santa Bárbara está em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar - ambos sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. Suassuna e Bittar compraram o sítio em agosto de 2010, quatro meses antes de Lula deixar o cargo. Pagaram 1,5 milhão de reais pela propriedade. Amigos e políticos, contudo, identificam o local como sendo do ex-presidente.
Reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo envolve mais uma empreiteira na reforma do sítio usado pelos Lula da Silva. A ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviço afirmam que a Odebrecht gastou cerca de 500.000 reais só em materiais para as obras. À época da reforma, que teve início no fim de 2010, Patrícia era proprietária do Depósito Dias, loja que forneceu produtos para a reforma. "A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht", disse Patrícia, que também admitiu ter comercializado parte dos materiais sem registro fiscal.
Originalmente, na propriedade rural havia duas casas, piscina e um pequeno lago. Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira. Também há um lago artificial para pescaria, um dos esportes preferidos do ex-presidente.Fonte:Veja
"Desde que encerrou o segundo mandato no governo federal, em 2011, o ex-presidente Lula frequenta, em dias de descanso, um sítio de propriedade de amigos da família na cidade de Atibaia", diz nota divulgada pelo Instituto Lula. O texto afirma que o fato pertence à esfera pessoal da vida de Lula, mas que há uma tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos com "o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente". Não há uma só palavra dedicada a explicar por que o ex-presidente pediu ao empreiteiro hoje condenado a mais de dezesseis anos de cadeia uma reforma no sítio.
A escritura de posse do sítio Santa Bárbara está em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar - ambos sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. Suassuna e Bittar compraram o sítio em agosto de 2010, quatro meses antes de Lula deixar o cargo. Pagaram 1,5 milhão de reais pela propriedade. Amigos e políticos, contudo, identificam o local como sendo do ex-presidente.
Reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo envolve mais uma empreiteira na reforma do sítio usado pelos Lula da Silva. A ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviço afirmam que a Odebrecht gastou cerca de 500.000 reais só em materiais para as obras. À época da reforma, que teve início no fim de 2010, Patrícia era proprietária do Depósito Dias, loja que forneceu produtos para a reforma. "A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht", disse Patrícia, que também admitiu ter comercializado parte dos materiais sem registro fiscal.
Originalmente, na propriedade rural havia duas casas, piscina e um pequeno lago. Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira. Também há um lago artificial para pescaria, um dos esportes preferidos do ex-presidente.Fonte:Veja
Delação de empreiteiro vai envolver dois auxiliares de Dilma no escândalo do petrolão
Em fase de negociação com a Procuradoria Geral da República, o acordo de delação premiada de Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, tem tudo para criar novos embaraços para o Palácio do Planalto e para a presidente Dilma Rousseff.
A proposta de acordo, em que Azevedo detalha aquilo que tem para contar às autoridades, envolve dois dos auxiliares mais próximos da presidente da República em uma ofensiva para fazer com que a empreiteira despejasse mais dinheiro na campanha da então candidata petista à reeleição.
Nos chamados "anexos" da delação premiada, que resumem os tópicos principais da colaboração, Otávio Azevedo afirmou que a pressão por dinheiro, em pleno ano eleitoral de 2014, partiu do então tesoureiro da campanha petista, Edinho Silva, hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete e atual assessor especial de Dilma Rousseff. A mensagem, segundo o executivo, era clara:
se a Andrade Gutierrez não se engajasse mais efetivamente na campanha petista, seus negócios com o governo federal e com as empresas estatais estariam em risco em caso de vitória de Dilma. Em outras palavras, o executivo, preso em junho do ano passado pela Operação Lava-Jato, relatou o que entendeu como um achaque.
A negociação, iniciada no ano passado, está em fase final na Procuradoria, mas tem enfrentado alguns empecilhos. Até recentemente, os procuradores insistiam para que o executivo fosse além do esquema de corrupção na Petrobras e no setor elétrico.
Eles queriam incluir na delação negócios suspeitos na área de telecomunicações, onde o executivo, durante anos, exerceu forte influência - antes de assumir a presidência da Andrade, Otávio Azevedo comandava a Oi, que faz parte do mesmo grupo empresarial. Ele esteve à frente, por exemplo, do polêmico processo de fusão da empresa com a Brasil Telecom. Também foi um dos responsáveis pela decisão de aportar recursos na Gamecorp, a empresa de entretenimento de Fábio Luís, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O aporte, como se sabe, se deu pouco antes de sair a decisão do governo que abriu caminho para fusão, tão almejada pela companhia. Até recentemente, Azevedo vinha resistindo a incluir esses temas no acordo, o que fez com que a negociação emperrasse na Procuradoria.
A pressão do alto comando da campanha de Dilma Rousseff sobre a Andrade Gutierrez tinha uma explicação. Os petistas reclamavam que a empreiteira, embora fosse detentora de grandes contratos no governo e em estatais, vinha apoiando a candidatura do tucano Aécio Neves. A queixa se transformou em ameaça. A Andrade acabou abrindo os cofres.
De agosto a outubro, a empreiteira doou oficialmente 20 milhões de reais ao comitê de Dilma. A primeira contribuição, de 10 milhões de reais, se deu nove dias após Edinho Silva visitar Otávio Azevedo na sede da empreiteira -- àquela altura, a Andrade já havia repassado mais de 5 milhões à campanha de Aécio e não tinha doado ainda um centavo sequer ao comitê petista.
Por ora os procuradores têm apenas os tópicos da delação do executivo. É a partir da assinatura do acordo que começarão os depoimentos - em que ele dará os detalhes de cada um dos assuntos relacionados na proposta de delação. Nas investigações da Lava-Jato, não é a primeira vez que Edinho Silva é acusado de pressionar empreiteiras a dar dinheiro para a campanha.
Alvo de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal, ele já havia aparecido nesse mesmo papel na delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Até aqui, a menção a Giles Azevedo é tida como um dos pontos mais sensíveis da delação, justamente por seu potencial de dano à presidente da República. De todos os auxiliares de Dilma Rousseff, ele é o mais próximo da presidente. É dos poucos autorizados, no governo e fora dele, a falar em nome da petista.
Em notas enviadas a VEJA, o ministro Edinho Silva informou que se encontrou com o então presidente da Andrade Gutierrez e que as doações feitas pela empreiteira foram todas legais e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. Giles Azevedo, que era o coordenador da campanha de Dilma, disse que esteve uma única vez com Otávio Azevedo em 2014, mas não informou o motivo da reunião.Fonte:Veja
A proposta de acordo, em que Azevedo detalha aquilo que tem para contar às autoridades, envolve dois dos auxiliares mais próximos da presidente da República em uma ofensiva para fazer com que a empreiteira despejasse mais dinheiro na campanha da então candidata petista à reeleição.
Nos chamados "anexos" da delação premiada, que resumem os tópicos principais da colaboração, Otávio Azevedo afirmou que a pressão por dinheiro, em pleno ano eleitoral de 2014, partiu do então tesoureiro da campanha petista, Edinho Silva, hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete e atual assessor especial de Dilma Rousseff. A mensagem, segundo o executivo, era clara:
se a Andrade Gutierrez não se engajasse mais efetivamente na campanha petista, seus negócios com o governo federal e com as empresas estatais estariam em risco em caso de vitória de Dilma. Em outras palavras, o executivo, preso em junho do ano passado pela Operação Lava-Jato, relatou o que entendeu como um achaque.
A negociação, iniciada no ano passado, está em fase final na Procuradoria, mas tem enfrentado alguns empecilhos. Até recentemente, os procuradores insistiam para que o executivo fosse além do esquema de corrupção na Petrobras e no setor elétrico.
Eles queriam incluir na delação negócios suspeitos na área de telecomunicações, onde o executivo, durante anos, exerceu forte influência - antes de assumir a presidência da Andrade, Otávio Azevedo comandava a Oi, que faz parte do mesmo grupo empresarial. Ele esteve à frente, por exemplo, do polêmico processo de fusão da empresa com a Brasil Telecom. Também foi um dos responsáveis pela decisão de aportar recursos na Gamecorp, a empresa de entretenimento de Fábio Luís, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O aporte, como se sabe, se deu pouco antes de sair a decisão do governo que abriu caminho para fusão, tão almejada pela companhia. Até recentemente, Azevedo vinha resistindo a incluir esses temas no acordo, o que fez com que a negociação emperrasse na Procuradoria.
A pressão do alto comando da campanha de Dilma Rousseff sobre a Andrade Gutierrez tinha uma explicação. Os petistas reclamavam que a empreiteira, embora fosse detentora de grandes contratos no governo e em estatais, vinha apoiando a candidatura do tucano Aécio Neves. A queixa se transformou em ameaça. A Andrade acabou abrindo os cofres.
De agosto a outubro, a empreiteira doou oficialmente 20 milhões de reais ao comitê de Dilma. A primeira contribuição, de 10 milhões de reais, se deu nove dias após Edinho Silva visitar Otávio Azevedo na sede da empreiteira -- àquela altura, a Andrade já havia repassado mais de 5 milhões à campanha de Aécio e não tinha doado ainda um centavo sequer ao comitê petista.
Por ora os procuradores têm apenas os tópicos da delação do executivo. É a partir da assinatura do acordo que começarão os depoimentos - em que ele dará os detalhes de cada um dos assuntos relacionados na proposta de delação. Nas investigações da Lava-Jato, não é a primeira vez que Edinho Silva é acusado de pressionar empreiteiras a dar dinheiro para a campanha.
Alvo de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal, ele já havia aparecido nesse mesmo papel na delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Até aqui, a menção a Giles Azevedo é tida como um dos pontos mais sensíveis da delação, justamente por seu potencial de dano à presidente da República. De todos os auxiliares de Dilma Rousseff, ele é o mais próximo da presidente. É dos poucos autorizados, no governo e fora dele, a falar em nome da petista.
Em notas enviadas a VEJA, o ministro Edinho Silva informou que se encontrou com o então presidente da Andrade Gutierrez e que as doações feitas pela empreiteira foram todas legais e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. Giles Azevedo, que era o coordenador da campanha de Dilma, disse que esteve uma única vez com Otávio Azevedo em 2014, mas não informou o motivo da reunião.Fonte:Veja
OMS vê proliferação 'explosiva' do zika; Américas podem ter 4 milhões de casos
Com meses de atraso e sob pressão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) soou o alerta sobre o zika vírus, apontou para uma proliferação "explosiva" e pode declarar emergência internacional no início da semana que vem. No total, 4 milhões de pessoas podem ser contaminadas nas Américas ainda neste ano, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
O cálculo tem como base a previsão de que o Brasil chegue a 1,5 milhão de infectados até dezembro. A diretora da entidade, Margaret Chan, anunciou a convocação de uma reunião de especialistas para segunda-feira com a meta de definir uma estratégia e sinalização de mudança de posição de sua entidade.
Caso seja declarado como emergência, o surto seria o quarto na história a ganhar tal status - após H1N1, pólio e Ebola. A reportagem apurou, em Brasília, que a situação preocupa o Itamaraty e já estaria havendo uma pressão do governo brasileiro para que, em caso de emissão de um alerta mundial, não seja incluída a recomendação para que as pessoas não visitem o Brasil durante os próximos meses (com carnaval e Olimpíada no Rio).Fonte:Estadão
O cálculo tem como base a previsão de que o Brasil chegue a 1,5 milhão de infectados até dezembro. A diretora da entidade, Margaret Chan, anunciou a convocação de uma reunião de especialistas para segunda-feira com a meta de definir uma estratégia e sinalização de mudança de posição de sua entidade.
Caso seja declarado como emergência, o surto seria o quarto na história a ganhar tal status - após H1N1, pólio e Ebola. A reportagem apurou, em Brasília, que a situação preocupa o Itamaraty e já estaria havendo uma pressão do governo brasileiro para que, em caso de emissão de um alerta mundial, não seja incluída a recomendação para que as pessoas não visitem o Brasil durante os próximos meses (com carnaval e Olimpíada no Rio).Fonte:Estadão
Ministério Público denuncia Neymar por sonegação fiscal e falsidade ideológica
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou na última quinta-feira (28) o atacante Neymar, do Barcelona, por crimes de sonegação fiscal e falsidade ideológica. Segundo informações da coluna Bastidores FC, do globoesporte.com, o documento foi entregue sobre sigilo na 5ª Vara de Justiça Federal de Santos e também tem como indiciados o pai do atleta, Neymar dos Santos, o presidente do Barcelona, Sandro Rosell e o empresário Josep Maria Bartomeu.
Com isso, a Justiça analisará o pedido e decide se transformará os quatro em réus. A suspeita do procurador-chefe do MPF de São Paulo, Thiago Lacerda Nobre, é sobre a suspeita de dinheiro que foi recebido pelas empresas do atleta durante as negociações para o clube catalão. Por falta de declaração dos valores recebidos, o jogador foi multado e teve R$ 188 milhões retidos para garantir o pagamento das autuações.Fonte:Bahia Noticias
Com isso, a Justiça analisará o pedido e decide se transformará os quatro em réus. A suspeita do procurador-chefe do MPF de São Paulo, Thiago Lacerda Nobre, é sobre a suspeita de dinheiro que foi recebido pelas empresas do atleta durante as negociações para o clube catalão. Por falta de declaração dos valores recebidos, o jogador foi multado e teve R$ 188 milhões retidos para garantir o pagamento das autuações.Fonte:Bahia Noticias
Associação Comunitária de Tabuleiro e Adjacências ganha título de Utilidade Pública
A pedido do deputado Gika Lopes, a Associação Comunitária de Tabuleiro e Adjacências, localizada em Serrinha, ganha título de Utilidade Pública. A notícia foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (29).
Segundo o deputado, com este título, a associação de Tabuleiro e adjacências ganhará diversos benefícios que vão desde o reconhecimento de sua idoneidade e maior credibilidade, a sua participação para auxílios concedidos pelo Poder Público.
Ana Rosa Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Deputado estadual Gika Lopes (PT)
Segundo o deputado, com este título, a associação de Tabuleiro e adjacências ganhará diversos benefícios que vão desde o reconhecimento de sua idoneidade e maior credibilidade, a sua participação para auxílios concedidos pelo Poder Público.
Ana Rosa Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Deputado estadual Gika Lopes (PT)
Vereadora Edylene Ferreira: " ME PREPAREI PARA SER PREFEITA DE SERRINHA."
Edylene Ferreira,presidente da câmara de vereadores de Serrinha,será o divisor entre a vitória e a derrota entre os principais candidatos a prefeito nesta cidade.Leva no currículo a aprovação do TCM de todas as suas contas do Legislativo,também, primeira Mulher a comandar a casa da cidadania,a mais votada na última eleição,e conta com o apoio pesado do sogro,o Médico e ex-prefeito Ferreirinha." Estamos analisando com carinho o momento politico,estamos atentos."disse Edylene.
Delator que muda de versão não pode ter benefício
Há duas ocorrências envolvendo delações premiadas que, obviamente, impõem que se repensem procedimentos. Vamos ver. Fernando Moura, que já havia incriminado José Dirceu, mudou a versão na semana passada em depoimento ao juiz Sérgio Moro. Minimizou a atuação do ex-ministro no petrolão.
Os procuradores ameaçaram, então, cancelar os benefícios de sua delação. Ele não teve dúvida e mudou a história uma segunda vez, voltando a incriminar Dirceu. Disse nesta quinta, referindo-se ao pagamento de propina: “Eu tenho certeza de que ele tinha [conhecimento]”.
Moura era amigo do petista havia 30 anos. Ao falar ao juiz, chegou a sugerir que seus depoimentos tivessem sido deturpados pelos procuradores. Nesta quinta, admitiu ter mentido. E foi além. Afirmou ter sentido que sua família estava sendo ameaçada, o que teria motivado a mentira. Um homem lhe teria indagado na rua sobre seus dois netos, que moram no Rio Grande do Sul.
Publicidade
Moura disse que, em 2005, a conselho de Dirceu, passou quatro meses do exterior. O esquema criminoso lhe teria repassado dinheiro a pedido do petista Renato Duque, que era diretor de Serviços da Petrobras.
Bem, parece evidente que as coisas não podem ser feitas desse modo. Não havendo a prova material, documental — e não há, porque a natureza da apuração lida com provas circunstanciais — de que uma versão ou outra é a verdadeira, em qual acreditar?
Sim, sabemos do esquema criminoso que foi montado e tendemos a apostar que fale a verdade agora. Que seja. Mas uma coisa me parece certa: alguém com esse comportamento não pode ter o benefício da delação premiada. Não fosse a ameaça feita pelos procuradores, ele teria voltado atrás da mentira contada em juízo?
Vamos à segunda ocorrência, na qual Moura também está envolvido. Seu primeiro depoimento com acusações contra Dirceu não tinha sido gravado nem em áudio nem em vídeo. Reportagem da Folha informa que há outros casos.
Há declarações sem registros audiovisuais de Alberto Youssef e seus principais auxiliares — Rafael Angulo Lopez e Carlos Alexandre de Souza Rocha — sobre a entrega de dinheiro em espécie para vários políticos. Os três teriam incriminado, por exemplo, o deputado Nelson Meurer (PP-PR), denunciado por Rodrigo Janot ao STF. Teori Zavascki ainda não se pronunciou a respeito.
De fato, a lei não impõe, apenas sugere, esse tipo de registro. Parece, quando menos, uma medida prudencial, não é mesmo? Vejam lá o caso do delator que mudou de ideia duas vezes: quando prestou depoimento ao juiz Sergio Moro, sugeriu que os procuradores haviam deturpado a sua fala.
A Procuradoria-Geral da República se limitou a lembrar a não obrigatoriedade, não explicando as razões para ter dispensado o registro audiovisual.
Não há uma só explicação boa. Se a lei não o obriga, que o bom senso o faça. Quanto ao delator que já contou uma história, desmentiu e voltou à versão original, bem, a mim parece evidente que não deve mais contar com o benefício da delação.
Concedê-lo seria aquiescer com a versão de que ele foi ameaçado, o que, convenham, requereria, então, uma investigação específica. Ele está sugerindo que a ameaça partiu de Dirceu?
Não dá para condescender com isso. Já aconteceu com Julio Camargo, lembram-se?, no caso Eduardo Cunha. Em delação, primeiro, ele negou a participação do deputado num esquema de recebimento de propina e depois voltou atrás. Tudo indica que falou a verdade nessa segunda vez. Não importa. Deveria ter perdido o benefício. Fim.
Ou esse troço ainda acaba virando uma bagunça e se desmoralizando. Não se deve dar a delatores o privilégio de ir ajustando suas narrativas segundo as conveniências da hora.Fonte:Reinaldo Azevedo
Os procuradores ameaçaram, então, cancelar os benefícios de sua delação. Ele não teve dúvida e mudou a história uma segunda vez, voltando a incriminar Dirceu. Disse nesta quinta, referindo-se ao pagamento de propina: “Eu tenho certeza de que ele tinha [conhecimento]”.
Moura era amigo do petista havia 30 anos. Ao falar ao juiz, chegou a sugerir que seus depoimentos tivessem sido deturpados pelos procuradores. Nesta quinta, admitiu ter mentido. E foi além. Afirmou ter sentido que sua família estava sendo ameaçada, o que teria motivado a mentira. Um homem lhe teria indagado na rua sobre seus dois netos, que moram no Rio Grande do Sul.
Publicidade
Moura disse que, em 2005, a conselho de Dirceu, passou quatro meses do exterior. O esquema criminoso lhe teria repassado dinheiro a pedido do petista Renato Duque, que era diretor de Serviços da Petrobras.
Bem, parece evidente que as coisas não podem ser feitas desse modo. Não havendo a prova material, documental — e não há, porque a natureza da apuração lida com provas circunstanciais — de que uma versão ou outra é a verdadeira, em qual acreditar?
Sim, sabemos do esquema criminoso que foi montado e tendemos a apostar que fale a verdade agora. Que seja. Mas uma coisa me parece certa: alguém com esse comportamento não pode ter o benefício da delação premiada. Não fosse a ameaça feita pelos procuradores, ele teria voltado atrás da mentira contada em juízo?
Vamos à segunda ocorrência, na qual Moura também está envolvido. Seu primeiro depoimento com acusações contra Dirceu não tinha sido gravado nem em áudio nem em vídeo. Reportagem da Folha informa que há outros casos.
Há declarações sem registros audiovisuais de Alberto Youssef e seus principais auxiliares — Rafael Angulo Lopez e Carlos Alexandre de Souza Rocha — sobre a entrega de dinheiro em espécie para vários políticos. Os três teriam incriminado, por exemplo, o deputado Nelson Meurer (PP-PR), denunciado por Rodrigo Janot ao STF. Teori Zavascki ainda não se pronunciou a respeito.
De fato, a lei não impõe, apenas sugere, esse tipo de registro. Parece, quando menos, uma medida prudencial, não é mesmo? Vejam lá o caso do delator que mudou de ideia duas vezes: quando prestou depoimento ao juiz Sergio Moro, sugeriu que os procuradores haviam deturpado a sua fala.
A Procuradoria-Geral da República se limitou a lembrar a não obrigatoriedade, não explicando as razões para ter dispensado o registro audiovisual.
Não há uma só explicação boa. Se a lei não o obriga, que o bom senso o faça. Quanto ao delator que já contou uma história, desmentiu e voltou à versão original, bem, a mim parece evidente que não deve mais contar com o benefício da delação.
Concedê-lo seria aquiescer com a versão de que ele foi ameaçado, o que, convenham, requereria, então, uma investigação específica. Ele está sugerindo que a ameaça partiu de Dirceu?
Não dá para condescender com isso. Já aconteceu com Julio Camargo, lembram-se?, no caso Eduardo Cunha. Em delação, primeiro, ele negou a participação do deputado num esquema de recebimento de propina e depois voltou atrás. Tudo indica que falou a verdade nessa segunda vez. Não importa. Deveria ter perdido o benefício. Fim.
Ou esse troço ainda acaba virando uma bagunça e se desmoralizando. Não se deve dar a delatores o privilégio de ir ajustando suas narrativas segundo as conveniências da hora.Fonte:Reinaldo Azevedo
Fornecedora liga Odebrecht à reforma no sítio de Lula
A ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviço ligaram a empreiteira Odebrecht a obras no sítio do ex-presidente Lula, em Atibaia, interior de São Paulo. Conforme mostrou reportagem da revista VEJA em abril do ano passado, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, atendendo a pedidos do petista, fez uma ampla reforma no local. A empreiteira é acusada pela Operação Lava Jato de ter desviado 6 bilhões de reais dos cofres da Petrobras.
Segundo Patrícia Fabiana Melo Nunes contou ao jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira, a Odebrecht gastou cerca de 500.000 reais só em materiais para as obras. À época da reforma, que teve início no fim de 2010, Patrícia era proprietária do Depósito Dias, loja que forneceu produtos para a reforma. "A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht", disse Patrícia, que também admitiu ter comercializado parte dos materiais sem registro fiscal.
O Sítio Santa Bárbara está no nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar - ambos sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. Suassuna e Bittar compraram o sítio em agosto de 2010, quatro meses antes de Lula deixar o cargo, pelo valor de 1,5 milhão de reais.
Originalmente, na propriedade rural havia duas casas, piscina e um pequeno lago. Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira.Também há um lago artificial para pescaria, um dos esportes preferidos do ex-presidente.
Alguns funcionários da obra, que terminou em pouco mais de três meses, chegavam de ônibus, ficavam em alojamentos separados e eram proibidos de falar com os operários contratados informalmente na região e orientados a não fazer perguntas. Os operários se revezavam em turnos de dia e de noite, incluindo os fins de semana, e eram pagos em dinheiro.
De acordo com Patrícia, o engenheiro da Odebrecht Frederico Barbosa realizava os pagamentos semanalmente e sempre com a orientação de outra pessoa. "Eu lembro que o Quico [apelido do engenheiro] ligava para outro senhor, que orientava sobre como era para fazer as notas. Eu não tinha o telefone, o endereço, nada desse outro senhor. Só sabia que na sexta-feira, às três horas da tarde, ele passava lá para pagar. Os pagamentos giravam em torno de 75.000 a 90.000 reais por semana, em dinheiro vivo".
"Era uma mala que tinha outros valores também para pagar para os pedreiros, serventes etc. Ele ia tirando envelopes de papel pardo. Dava para ver que tinha uma organização na mala para ser rápido, pagar o pessoal e ir embora. Ele só fazia isso", contou. A empresária também lembrou que havia grande pressa para terminar a obra até 15 de janeiro de 2011 e que, durante certo período, a loja trabalhou quase exclusivamente para a obra. Os relatos da empresária seguem a mesma linha dos depoimentos ouvidos pela reportagem de VEJA no ano passado.
Na ocasião em que a reportagem visitou o local, o servente de pedreiro Cláudio Santos disse que recebeu mais do que o combinado para que o prazo fosse cumprido. "Ajudei a fazer uma das varandas da casa principal. Me prometeram 800 reais, mas me pagaram 2.000 reais a mais só para garantir que a gente fosse mesmo cumprir o prazo, tudo em dinheiro vivo", disse. "Nessa época a gente ganhou dinheiro mesmo. Eu pedi 6 reais por metro cúbico de material transportado. Eles me pagaram o dobro para eu acabar dentro do prazo. Eram 20.000 por vez. Traziam o pacotão, chamavam no canto para ninguém ver, pagavam e iam embora", contou o caminhoneiro Dário de Jesus.
O motorista e marceneiro Antônio Calor Oliveira Santos disse ao jornal ter prestado serviços de marcenaria no sítio e afirmou que os trabalhos eram chefiados por um engenheiro chamado Frederico. "Ele [Frederico] me disse que era da Odebrecht, que a Odebrecht que estava comandando aquilo. Fui pago por ele em dinheiro vivo. Me chamou a atenção a abundância de dinheiro na obra". "Todo mundo comentava que o sítio seria para o Lula, mas o Frederico nunca me disse isso", relatou. Comerciantes da última rua antes da estrada que leva ao sítio afirmam que a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia, passa quase toda semana pelo local em seu caminho para a propriedade.
A empreiteira é acusada pela Operação Lava Jato de envolvimento nos desvios da Petrobras que somam 6 bilhões de reais.
À Folha, a Odebrecht disse que não identificou relação da empresa com as obras. Já o ex-presidente Lula não quis comentar o caso.
Fonte:Folha/Veja
Segundo Patrícia Fabiana Melo Nunes contou ao jornal Folha de S. Paulo desta sexta-feira, a Odebrecht gastou cerca de 500.000 reais só em materiais para as obras. À época da reforma, que teve início no fim de 2010, Patrícia era proprietária do Depósito Dias, loja que forneceu produtos para a reforma. "A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht", disse Patrícia, que também admitiu ter comercializado parte dos materiais sem registro fiscal.
O Sítio Santa Bárbara está no nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar - ambos sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. Suassuna e Bittar compraram o sítio em agosto de 2010, quatro meses antes de Lula deixar o cargo, pelo valor de 1,5 milhão de reais.
Originalmente, na propriedade rural havia duas casas, piscina e um pequeno lago. Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira.Também há um lago artificial para pescaria, um dos esportes preferidos do ex-presidente.
Alguns funcionários da obra, que terminou em pouco mais de três meses, chegavam de ônibus, ficavam em alojamentos separados e eram proibidos de falar com os operários contratados informalmente na região e orientados a não fazer perguntas. Os operários se revezavam em turnos de dia e de noite, incluindo os fins de semana, e eram pagos em dinheiro.
De acordo com Patrícia, o engenheiro da Odebrecht Frederico Barbosa realizava os pagamentos semanalmente e sempre com a orientação de outra pessoa. "Eu lembro que o Quico [apelido do engenheiro] ligava para outro senhor, que orientava sobre como era para fazer as notas. Eu não tinha o telefone, o endereço, nada desse outro senhor. Só sabia que na sexta-feira, às três horas da tarde, ele passava lá para pagar. Os pagamentos giravam em torno de 75.000 a 90.000 reais por semana, em dinheiro vivo".
"Era uma mala que tinha outros valores também para pagar para os pedreiros, serventes etc. Ele ia tirando envelopes de papel pardo. Dava para ver que tinha uma organização na mala para ser rápido, pagar o pessoal e ir embora. Ele só fazia isso", contou. A empresária também lembrou que havia grande pressa para terminar a obra até 15 de janeiro de 2011 e que, durante certo período, a loja trabalhou quase exclusivamente para a obra. Os relatos da empresária seguem a mesma linha dos depoimentos ouvidos pela reportagem de VEJA no ano passado.
Na ocasião em que a reportagem visitou o local, o servente de pedreiro Cláudio Santos disse que recebeu mais do que o combinado para que o prazo fosse cumprido. "Ajudei a fazer uma das varandas da casa principal. Me prometeram 800 reais, mas me pagaram 2.000 reais a mais só para garantir que a gente fosse mesmo cumprir o prazo, tudo em dinheiro vivo", disse. "Nessa época a gente ganhou dinheiro mesmo. Eu pedi 6 reais por metro cúbico de material transportado. Eles me pagaram o dobro para eu acabar dentro do prazo. Eram 20.000 por vez. Traziam o pacotão, chamavam no canto para ninguém ver, pagavam e iam embora", contou o caminhoneiro Dário de Jesus.
O motorista e marceneiro Antônio Calor Oliveira Santos disse ao jornal ter prestado serviços de marcenaria no sítio e afirmou que os trabalhos eram chefiados por um engenheiro chamado Frederico. "Ele [Frederico] me disse que era da Odebrecht, que a Odebrecht que estava comandando aquilo. Fui pago por ele em dinheiro vivo. Me chamou a atenção a abundância de dinheiro na obra". "Todo mundo comentava que o sítio seria para o Lula, mas o Frederico nunca me disse isso", relatou. Comerciantes da última rua antes da estrada que leva ao sítio afirmam que a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia, passa quase toda semana pelo local em seu caminho para a propriedade.
A empreiteira é acusada pela Operação Lava Jato de envolvimento nos desvios da Petrobras que somam 6 bilhões de reais.
À Folha, a Odebrecht disse que não identificou relação da empresa com as obras. Já o ex-presidente Lula não quis comentar o caso.
Fonte:Folha/Veja
MP marca depoimento de Lula e Marisa para depois do Carnaval
O ex-presidente Lula e sua mulher, Marisa Letícia, terão pouco mais de duas semanas para elaborar uma versão para as várias perguntas que permanecem sem respostas no caso do tríplex do Guarujá, que a OAS construiu e reformou para a família presidencial. Responsável pela investigação, o promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, marcou o interrogatório de Lula e dona Marisa para o dia 17 de fevereiro.
No mesmo dia, o promotor irá interrogar o empreiteiro Léo Pinheiro, amigo de Lula e ex-presidente da OAS, e o engenheiro Igor Pontes, que fazia o papel de guia de Lula e Marisa durante as visitas do casal ao tríplex. Como VEJA revelou em sua edição mais recente, o Ministério Público paulista investiga o ex-presidente Lula e dona Marisa pelo crime de lavagem de dinheiro decorrente da ocultação da propriedade do apartamento.
Será a primeira vez que Lula e dona Marisa prestarão depoimentos como investigados. Na semana passada, o Ministério Público concedeu aos advogados do ex-presidente acesso integral aos documentos colhidos na investigação. Lula continua negando ser o proprietário do tríplex, embora o Ministério Público tenha colhido uma série de depoimentos de testemunhas que relatam as visitas do ex-presidente ao apartamento, cuidadosamente reformado pela OAS para o petista. Depois de ouvir o casal petista, o promotor Cássio Conserino deverá finalizar a denúncia.Fonte:Veja
No mesmo dia, o promotor irá interrogar o empreiteiro Léo Pinheiro, amigo de Lula e ex-presidente da OAS, e o engenheiro Igor Pontes, que fazia o papel de guia de Lula e Marisa durante as visitas do casal ao tríplex. Como VEJA revelou em sua edição mais recente, o Ministério Público paulista investiga o ex-presidente Lula e dona Marisa pelo crime de lavagem de dinheiro decorrente da ocultação da propriedade do apartamento.
Será a primeira vez que Lula e dona Marisa prestarão depoimentos como investigados. Na semana passada, o Ministério Público concedeu aos advogados do ex-presidente acesso integral aos documentos colhidos na investigação. Lula continua negando ser o proprietário do tríplex, embora o Ministério Público tenha colhido uma série de depoimentos de testemunhas que relatam as visitas do ex-presidente ao apartamento, cuidadosamente reformado pela OAS para o petista. Depois de ouvir o casal petista, o promotor Cássio Conserino deverá finalizar a denúncia.Fonte:Veja
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Ele tem o mesmo grau de confiança de qualquer outro teste de HIV
O autoteste de detecção do vírus do HIV estará disponível nas farmácias do país ainda neste semestre. A informação é do diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, que participou nesta quinta-feira (28) do lançamento da campanha de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids no Carnaval 2016.
“Ele tem o mesmo grau de confiança de qualquer outro teste. Será a oportunidade para uma parcela da população que tem vergonha de pedir o teste para o médico ou de ir a um posto de saúde fazer o teste”, disse, ao ressaltar que o teste é de triagem e a pessoa precisará confirmar o resultado com outro exame. A análise poderá ser feita com saliva ou sangue e já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância e Saúde (Anvisa).
Ele já é oferecido em vários países do mundo, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e África do Sul. A meta da Organização das Nações Unidas é de que 90% das pessoas com HIV façam o teste até 2020. No Brasil, cerca de 83% das pessoas com o vírus já passaram pelo diagnóstico.
“E essa medida certamente ajudará a alcançar os 7 pontos de gente que tem o HIV e que ainda precisa ser testada”, comentou Mesquita. O preço do teste de farmácia ainda não está definido. Nos Estados Unidos, por exemplo, o valor varia entre US$ 40 e US$ 60. “Mas claro que no Brasil esse preço é inviável e as empresas terão que fazer um preço viável aqui”, disse o diretor. Entre janeiro e setembro de 2014, foram realizados 5,8 milhões de testes no país. No mesmo período do ano passado, foram 6,4 milhões – um crescimento de 10%.Fonte:Bahia Noticias
“Ele tem o mesmo grau de confiança de qualquer outro teste. Será a oportunidade para uma parcela da população que tem vergonha de pedir o teste para o médico ou de ir a um posto de saúde fazer o teste”, disse, ao ressaltar que o teste é de triagem e a pessoa precisará confirmar o resultado com outro exame. A análise poderá ser feita com saliva ou sangue e já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância e Saúde (Anvisa).
Ele já é oferecido em vários países do mundo, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e África do Sul. A meta da Organização das Nações Unidas é de que 90% das pessoas com HIV façam o teste até 2020. No Brasil, cerca de 83% das pessoas com o vírus já passaram pelo diagnóstico.
“E essa medida certamente ajudará a alcançar os 7 pontos de gente que tem o HIV e que ainda precisa ser testada”, comentou Mesquita. O preço do teste de farmácia ainda não está definido. Nos Estados Unidos, por exemplo, o valor varia entre US$ 40 e US$ 60. “Mas claro que no Brasil esse preço é inviável e as empresas terão que fazer um preço viável aqui”, disse o diretor. Entre janeiro e setembro de 2014, foram realizados 5,8 milhões de testes no país. No mesmo período do ano passado, foram 6,4 milhões – um crescimento de 10%.Fonte:Bahia Noticias
Marinho é apresentado e se diz pronto para estrear pelo Vitória
O atacante Marinho foi apresentado oficialmente à imprensa nesta quinta-feira (28), na Toca do Leão, por Raimundo Viana, presidente do clube. O atleta comemorou o acerto com o Rubro-negro e se diz pronto para estrear, caso seja opção de Vagner Mancini para o duelo contra o Jacuipense, sábado (30), às 16h, no Barradão, pela primeira rodada do Campeonato Baiano.
“Se tivesse o jogo hoje, já estava pronto. O corpo ainda vai sentir o cansaço. Mas comigo não tem essa não. A gente tem que fazer o gosta. Se tiver a necessidade para sábado, estou aí à disposição”, afirmou. Marinho garante que não veio a Salvador para passear. Ele foi emprestado pelo Cruzeiro até o fim do ano e explicou o motivo de aceitar a proposta do Leão.
“Saí do Ceará e cheguei no Cruzeiro vivendo o meu melhor. Tive a primeira a primeira oportunidade e fiz gol na estreia. Trocou o comando e simplesmente fui tirado do time (...) Recebi esse convite para cá e não é uma cidade que eu quero vim para conhecer. Quero dar o meu melhor aqui”, garantiu. Além do Ceará e Cruzeiro, o atacante de 25 anos acumula passagens pelo Fluminense, Internacional, Caxias-SC, Paraná, Goiás, Náutico e Ituano-SP.Fonte:Bahia Noticias
“Se tivesse o jogo hoje, já estava pronto. O corpo ainda vai sentir o cansaço. Mas comigo não tem essa não. A gente tem que fazer o gosta. Se tiver a necessidade para sábado, estou aí à disposição”, afirmou. Marinho garante que não veio a Salvador para passear. Ele foi emprestado pelo Cruzeiro até o fim do ano e explicou o motivo de aceitar a proposta do Leão.
“Saí do Ceará e cheguei no Cruzeiro vivendo o meu melhor. Tive a primeira a primeira oportunidade e fiz gol na estreia. Trocou o comando e simplesmente fui tirado do time (...) Recebi esse convite para cá e não é uma cidade que eu quero vim para conhecer. Quero dar o meu melhor aqui”, garantiu. Além do Ceará e Cruzeiro, o atacante de 25 anos acumula passagens pelo Fluminense, Internacional, Caxias-SC, Paraná, Goiás, Náutico e Ituano-SP.Fonte:Bahia Noticias
Após diversas audiências de Gika Lopes com a Seinfra, obras na BA 409 são retomadas
Os serviços de conservação da BA 409, que liga Serrinha a Conceição do Coite, foram retomados e estão à todo vapor. Resultados das diversas audiências do deputado estadual Gika Lopes com o secretário de Infraestrutura do Estado, Marcus Cavalcanti, e com outros representantes do órgão.
"A notícia da retomada das obras me deixou muito feliz porque o nosso povo merece uma estrada descente. Uma importante vitória diante de tantas reuniões, contatos telefônicos e muita conversa com diversos representantes da Seinfra, solicitando o retorno imediato das obras," afirmou Gika Lopes.
Fonte:Ana Rosa Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Deputado estadual Gika Lopes (PT)
Após chuvas, prefeitura de Xique-Xique decreta situação de emergência
Após fortes chuvas, a prefeitura de Xique-Xique decretou situação de emergência, nesta quinta-feira (28). De acordo com o Irecê Repórter, desde o começo do mês, já foram registrados mais de 560mm de chuva. Na cidade, ruas estão completamente alagas e a forte enxurrada invadiu comércios e diversas casas.
A correnteza levou até um jacaré com quase um metro para o meio da rua. O trânsito também está caótico e oferece riscos aos motoristas e pedestres. Muitas famílias que tiveram suas casas tomadas pela água, se abrigam em casas de parentes ou amigos.
A prefeitura também disponibilizou prédios escolares para acolher os desabrigados. Por conta dos inúmeros transtornos, o início do ano letivo foi adiado para 11 de fevereiro, e o prefeito também cancelou o carnaval de rua. “Não dá para pensar em festa diante de uma situação dessa. O foco é ajudar as famílias e, depois das chuvas trabalhar para reparar os danos”, disse o prefeito, Alfredo Ricardo (PT).Fonte:Bahia Noticias
A correnteza levou até um jacaré com quase um metro para o meio da rua. O trânsito também está caótico e oferece riscos aos motoristas e pedestres. Muitas famílias que tiveram suas casas tomadas pela água, se abrigam em casas de parentes ou amigos.
A prefeitura também disponibilizou prédios escolares para acolher os desabrigados. Por conta dos inúmeros transtornos, o início do ano letivo foi adiado para 11 de fevereiro, e o prefeito também cancelou o carnaval de rua. “Não dá para pensar em festa diante de uma situação dessa. O foco é ajudar as famílias e, depois das chuvas trabalhar para reparar os danos”, disse o prefeito, Alfredo Ricardo (PT).Fonte:Bahia Noticias
Serrinha:16° BPM - confronto às margens da BR 116
Na madrugada desta quinta-feira (28), uma guarnição da Companhia de Emprego Tático Operacional (CETO) do Décimo Sexto Batalhão de Polícia Militar reforçava o policiamento ostensivo na Cidade de Santa Bárbara, onde fica sediado um Pelotão da Terceira Companhia do Batalhão, quando homens, a bordo de um veículo, em atitude suspeita, desobedeceram ordem de parada para que fossem abordados pelos agentes da lei, empreendendo fuga. O veículo, um Fiat Siena, de placa JPV-8978, licenciado em São Sebastião do Passé, seguiu pela BR 116, sentido Serrinha, em alta velocidade, negligênciando os sinais sonoros e visuais da viatura que o acompanhava, colocando em risco a segurança do trânsito na via.
Quilômetros à frente, nas proximidades do entroncamento da BR 116 com a BA 400, que liga as Cidades de Serrinha e Lamarão, os indivíduos, percebendo um bloqueio que começava a ser montado por outra guarnição da CETO, que havia sido acionada, efetuaram disparos de arma de fogo contra os policiais que faziam o acompanhamento, havendo pronto revide à injusta agressão por parte dos militares. Em seguida, os criminosos adentraram com o veículo em uma região de matagal.
Observando que o veículo parou dentro do mato, a guarnição que vinha no encalço iniciou uma progressão a pé, quando, novamente, disparos de arma de fogo foram efetuados na direção dos policiais, ao que houve novo revide. Ato contínuo, constatou-se que um homem foi alvejado e outro fugiu matagal adentro.
O homem ferido, Genilson Mário da Silva, 25 Anos, natural de Paulo Afonso - BA (dados colhidos em documento encontrado posteriormente no veículo dos criminosos) foi imediatamente socorrido para o Hospital Municipal de Serrinha. Enquanto isso, a outra equipe, que já estava no local, após ter deixado o ponto onde havia feito o bloqueio, seguiu diligência em busca do segundo criminoso.
Além do veículo, foram apresentados na Delegacia de Serrinha os seguintes materiais: 01 revólver calibre .38, que era portado pelo indivíduo ferido, contendo 04 cartuchos deflagrados e um picotado; 03 "petecas" de Cocaína; 01 relógio e 01 aparelho celular.
Nenhum dos policiais foi ferido durante a ocorrência e Genilson Mário da Silva não resistiu aos ferimentos, indo a óbito no Hospital. Até o fechamento dessa matéria não foi encontrado o segundo criminoso.
Ascom 16° BPM
Quilômetros à frente, nas proximidades do entroncamento da BR 116 com a BA 400, que liga as Cidades de Serrinha e Lamarão, os indivíduos, percebendo um bloqueio que começava a ser montado por outra guarnição da CETO, que havia sido acionada, efetuaram disparos de arma de fogo contra os policiais que faziam o acompanhamento, havendo pronto revide à injusta agressão por parte dos militares. Em seguida, os criminosos adentraram com o veículo em uma região de matagal.
Observando que o veículo parou dentro do mato, a guarnição que vinha no encalço iniciou uma progressão a pé, quando, novamente, disparos de arma de fogo foram efetuados na direção dos policiais, ao que houve novo revide. Ato contínuo, constatou-se que um homem foi alvejado e outro fugiu matagal adentro.
O homem ferido, Genilson Mário da Silva, 25 Anos, natural de Paulo Afonso - BA (dados colhidos em documento encontrado posteriormente no veículo dos criminosos) foi imediatamente socorrido para o Hospital Municipal de Serrinha. Enquanto isso, a outra equipe, que já estava no local, após ter deixado o ponto onde havia feito o bloqueio, seguiu diligência em busca do segundo criminoso.
Além do veículo, foram apresentados na Delegacia de Serrinha os seguintes materiais: 01 revólver calibre .38, que era portado pelo indivíduo ferido, contendo 04 cartuchos deflagrados e um picotado; 03 "petecas" de Cocaína; 01 relógio e 01 aparelho celular.
Nenhum dos policiais foi ferido durante a ocorrência e Genilson Mário da Silva não resistiu aos ferimentos, indo a óbito no Hospital. Até o fechamento dessa matéria não foi encontrado o segundo criminoso.
Ascom 16° BPM
Diferença cai em 2015, mas negro ganha cerca de 59% do salário do branco
A diferença de salário entre brancos e negros/pardos diminuiu em 2015. Ainda assim, os trabalhadores negros ganharam, em média, 59,2% do rendimento dos brancos no ano passado.
Apesar de negativo, o resultado mostra um avanço em relação a 2003, quando começou a ser feita a pesquisa. Naquele ano, os negros não ganhavam nem metade (48,4%) do salário dos brancos.
Os dados fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O mesmo vale para a comparação salarial entre homens e mulheres: o resultado melhorou, mas ainda há desigualdade.
Em 2015, elas ganharam, em média, 75,4% do rendimento deles --leve alta em relação a 2014, quando o resultado havia sido de 74,2%.
Média do rendimento
Em 2015, a média da renda da população, já descontando a inflação, foi de R$ 2.265,09. Houve uma queda de 3,7% em relação a 2014 --a primeira baixa desde 2004.
A pesquisa é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Segundo o instituto, todas as regiões tiveram perda no rendimento do trabalhador, com destaque para Belo Horizonte (-4,6%), Rio de Janeiro (-4%) e São Paulo (-4%).
Na comparação entre 2015 com 2003, ano do início da pesquisa, o rendimento médio do trabalhador aumentou 28,4%, o que representa um ganho de cerca de R$ 501,25.
Desemprego foi de 6,9% em dezembro
Em dezembro do ano passado, o desemprego foi de 6,9%, maior para o mês desde 2007, quando tinha sido de 7,4%. De janeiro a dezembro de 2015, o desemprego no Brasil teve média de 6,8%. Em 2014, a média tinha sido de 4,8%. O aumento de 2 pontos percentuais entre os anos foi o maior registrado na série histórica, que começou em 2003.
A média de pessoas desempregadas no ano passado foi de 1,7 milhão, 42,5% maior que a de 2014 (1,2 milhão).
(Com Reuters)
Apesar de negativo, o resultado mostra um avanço em relação a 2003, quando começou a ser feita a pesquisa. Naquele ano, os negros não ganhavam nem metade (48,4%) do salário dos brancos.
Os dados fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O mesmo vale para a comparação salarial entre homens e mulheres: o resultado melhorou, mas ainda há desigualdade.
Em 2015, elas ganharam, em média, 75,4% do rendimento deles --leve alta em relação a 2014, quando o resultado havia sido de 74,2%.
Média do rendimento
Em 2015, a média da renda da população, já descontando a inflação, foi de R$ 2.265,09. Houve uma queda de 3,7% em relação a 2014 --a primeira baixa desde 2004.
A pesquisa é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Segundo o instituto, todas as regiões tiveram perda no rendimento do trabalhador, com destaque para Belo Horizonte (-4,6%), Rio de Janeiro (-4%) e São Paulo (-4%).
Na comparação entre 2015 com 2003, ano do início da pesquisa, o rendimento médio do trabalhador aumentou 28,4%, o que representa um ganho de cerca de R$ 501,25.
Desemprego foi de 6,9% em dezembro
Em dezembro do ano passado, o desemprego foi de 6,9%, maior para o mês desde 2007, quando tinha sido de 7,4%. De janeiro a dezembro de 2015, o desemprego no Brasil teve média de 6,8%. Em 2014, a média tinha sido de 4,8%. O aumento de 2 pontos percentuais entre os anos foi o maior registrado na série histórica, que começou em 2003.
A média de pessoas desempregadas no ano passado foi de 1,7 milhão, 42,5% maior que a de 2014 (1,2 milhão).
(Com Reuters)
Mau cheiro das axilas
Muitas vezes, nós percebemos mau cheiro proveniente das nossas axilas ou mesmo das axilas de outras pessoas próximas a nós. Sem dúvida, é algo extremamente desagradável de se perceber ou saber que outros estão percebendo o mau cheiro proveniente de nós. Você já se perguntou por que ocorre o mau cheiro nas axilas de uma pessoa? Essa é uma pergunta muito importante que necessita de uma resposta esclarecedora. O famoso “cecê” é explicado tanto pela Química quanto pela Biologia.
A Biologia explica que, na região das axilas, existe um grupo de glândulas sudoríparas chamadas de apócrinas, que contribuem, e muito, para o mau cheiro nessa região. A função de toda e qualquer glândula sudorípara é eliminar o suor para abaixar a temperatura interna do corpo.
O suor apresenta algumas substâncias químicas comuns, como a água, sais minerais, ureia etc. Todavia, o suor eliminado pelas glândulas apócrinas é diferente, pois, junto às substâncias já relatadas, elas também eliminam restos celulares. Como na região das axilas existem diversas bactérias, estas acabam realizando o metabolismo dos restos celulares e produzindo algumas substâncias químicas denominadas de ácidos carboxílicos. Veja a estrutura química desses compostos:
Os ácidos carboxílicos produzidos pela metabolização dos restos celulares apresentam odores fortes característicos. Veja alguns ácidos e os cheiros que eles provocam:
Ácido butírico (cheiro de manteiga rançosa)
Ácido caproico (cheiro de cabra)
CURIOSIDADE: Existem pessoas que apresentam suor excessivo na região axilar, condição conhecida como hiper-hidrose. Esse fator pode aumentar a proliferação bacteriana e, consequentemente, o mau odor.
Existe ainda a possibilidade de substâncias que apresentam enxofre na sua composição serem produzidas quando consumismos alimentos como álcool, cebola, alho e pimenta. Após a digestão, os componentes químicos desses alimentos são transformados em substâncias que apresentam odor forte e são eliminados por vários poros do corpo e também pelas glândulas sudoríparas.
Para resolver o problema do mau cheiro nas axilas, é necessário tomar alguns cuidados e medidas, a saber:
Uso de sabonetes antibacterianos e desodorantes com ação antibacteriana (as substâncias com ação antibacteriana eliminarão a presença das bactérias nas axilas);
Não usar esponjas muito ásperas. Elas podem irritar a pele na região axilar e provocar uma maior produção de suor;
O uso de desodorantes ajuda a melhorar o cheiro na região em virtude da presença de substâncias com odor agradável;
Ter menos pelos na região axilar diminui a proliferação de bactérias, mas a retirada desses pelos não pode ser feita de forma agressiva (como na depilação com cera);
Utilizar bicarbonato de sódio dissolvido em água na região axilar e nas roupas que utilizamos neutraliza os ácidos carboxílicos produzidos pelas bactérias.
Fonte:Diogo Lopes Dias-escolakids.uol.com.br
A Biologia explica que, na região das axilas, existe um grupo de glândulas sudoríparas chamadas de apócrinas, que contribuem, e muito, para o mau cheiro nessa região. A função de toda e qualquer glândula sudorípara é eliminar o suor para abaixar a temperatura interna do corpo.
O suor apresenta algumas substâncias químicas comuns, como a água, sais minerais, ureia etc. Todavia, o suor eliminado pelas glândulas apócrinas é diferente, pois, junto às substâncias já relatadas, elas também eliminam restos celulares. Como na região das axilas existem diversas bactérias, estas acabam realizando o metabolismo dos restos celulares e produzindo algumas substâncias químicas denominadas de ácidos carboxílicos. Veja a estrutura química desses compostos:
Os ácidos carboxílicos produzidos pela metabolização dos restos celulares apresentam odores fortes característicos. Veja alguns ácidos e os cheiros que eles provocam:
Ácido butírico (cheiro de manteiga rançosa)
Ácido caproico (cheiro de cabra)
CURIOSIDADE: Existem pessoas que apresentam suor excessivo na região axilar, condição conhecida como hiper-hidrose. Esse fator pode aumentar a proliferação bacteriana e, consequentemente, o mau odor.
Existe ainda a possibilidade de substâncias que apresentam enxofre na sua composição serem produzidas quando consumismos alimentos como álcool, cebola, alho e pimenta. Após a digestão, os componentes químicos desses alimentos são transformados em substâncias que apresentam odor forte e são eliminados por vários poros do corpo e também pelas glândulas sudoríparas.
Para resolver o problema do mau cheiro nas axilas, é necessário tomar alguns cuidados e medidas, a saber:
Uso de sabonetes antibacterianos e desodorantes com ação antibacteriana (as substâncias com ação antibacteriana eliminarão a presença das bactérias nas axilas);
Não usar esponjas muito ásperas. Elas podem irritar a pele na região axilar e provocar uma maior produção de suor;
O uso de desodorantes ajuda a melhorar o cheiro na região em virtude da presença de substâncias com odor agradável;
Ter menos pelos na região axilar diminui a proliferação de bactérias, mas a retirada desses pelos não pode ser feita de forma agressiva (como na depilação com cera);
Utilizar bicarbonato de sódio dissolvido em água na região axilar e nas roupas que utilizamos neutraliza os ácidos carboxílicos produzidos pelas bactérias.
Fonte:Diogo Lopes Dias-escolakids.uol.com.br
Como decifrar o claro enigma?
Lula continua fazendo de conta que nada sabe sobre o triplex no Guarujá reformado de graça pela OAS, uma das empreiteiras afundadas no Petrolão. As investigações policiais já constataram que o ex-presidente e seus parentes inspecionaram as obras mais de uma vez. Como decifrar o claro enigma?
São três as explicações possíveis. Primeira: para os Lulas, visitar imóveis que não lhes pertencem é programa turístico. Segunda: já que os convites para palestras minguaram, o camelô de empreiteira se prepara para seguir ampliando a fortuna como corretor de imóveis. Terceira: Lula está mentindo de novo.
Examine as opções e responda: qual é a única que não parece absurda aos olhos dos investigadores da Lava Jato?.Fonte:Coluna do Augusto Nunes
São três as explicações possíveis. Primeira: para os Lulas, visitar imóveis que não lhes pertencem é programa turístico. Segunda: já que os convites para palestras minguaram, o camelô de empreiteira se prepara para seguir ampliando a fortuna como corretor de imóveis. Terceira: Lula está mentindo de novo.
Examine as opções e responda: qual é a única que não parece absurda aos olhos dos investigadores da Lava Jato?.Fonte:Coluna do Augusto Nunes
Moro mantém depoimento de Dirceu nesta sexta
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, rejeitou nesta quinta-feira pedido da defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para ser informado se o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque está negociando um acordo de delação premiada. O criminalista Roberto Podval, responsável pela defesa de Dirceu, alegava que, se o Ministério Público confirmasse as tratativas para a colaboração do ex-dirigente, o depoimento do petista, agendado para esta sexta-feira, deveria ser adiado até que todas as eventuais revelações de Duque pudessem ser conhecidas.
Moro, porém, rejeitou o pedido por considerar que "não há previsão legal para suspensão da ação penal porque um dos coacusados pode estar interessado ou negociando alguma espécie de acordo com a acusação". "O acordo de colaboração premiada e a negociação que a precede devem permanecer, pela lei, em sigilo, até pelo menos a sua homologação". Com isso, está mantido para esta sexta-feira a oitiva de Dirceu.
Entre os pontos que o próprio Dirceu deve mencionar em seu depoimento ao juiz Moro estão a tese de que o lobista Milton Pascowitch teria utilizado indevidamente seu nome para comprar um jatinho do também lobista Julio Camargo e a argumentação de que a escolha do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque não passou por suas mãos.
Publicidade
Segundo o Ministério Público, responsável pela acusação na Lava Jato, as suspeitas são de que Dirceu, réu pelos crimes de corrupção, crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, atuava em um dos núcleos do esquema de corrupção na Petrobras para arrecadar propina de empreiteiras por meio de contratos simulados de consultoria com a empresa dele, a JD Consultoria e Assessoria. Os indícios nas investigações apontam que o petista recebeu 11,8 milhões de reais em dinheiro sujo, tendo lavado parte dos recursos não só em serviços fictícios de consultoria, mas também na compra e reforma de imóveis para familiares e na simulação de aluguéis de jatinhos.
De acordo com as investigações, o esquema do ex-chefe da Casa Civil na Lava Jato movimentou cerca de 60 milhões de reais em corrupção e 64 milhões de reais em lavagem de dinheiro. Ao todo, o MP calcula que houve 129 atos de corrupção ativa e 31 atos de corrupção passiva entre 2004 e 2011, além de 684 atos de lavagem de dinheiro entre 2005 e 2014.
Conforme o Ministério Público, a montagem da organização criminosa começou em 2003, quando Renato Duque buscou apoio político do grupo de Dirceu para ser nomeado diretor de Serviços da Petrobras. Já no cargo, também segundo a peça acusatória, o então dirigente atuou em favor do cartel de empreiteiras que fraudava contratos na Petrobras, recebeu propina de operadores e repassou propina a Dirceu, Fernando Moura e Vaccari.
"A lavagem dos valores ilícitos auferidos pelos agentes criminosos em detrimento da Petrobras ocorreu em parte mediante a celebração de contratos de consultoria ideologicamente falsos com empresas controladas pelos operadores financeiros, em parte mediante transferências de altos valores em espécie entre os envolvidos, em parte mediante depósitos em contas bancárias abertas em nome de offshores no exterior e, finalmente, em parte mediante a realização de doações eleitorais ao Partido dos Trabalhadores, com participação de Vaccari, ex-tesoureiro do partido, que atuou como 'coletor' de fatia da propina direcionada a agremiação política que sustentava Duque na importante diretoria de Serviços da Petrobras", relata o MP.Fonte:Veja
Moro, porém, rejeitou o pedido por considerar que "não há previsão legal para suspensão da ação penal porque um dos coacusados pode estar interessado ou negociando alguma espécie de acordo com a acusação". "O acordo de colaboração premiada e a negociação que a precede devem permanecer, pela lei, em sigilo, até pelo menos a sua homologação". Com isso, está mantido para esta sexta-feira a oitiva de Dirceu.
Entre os pontos que o próprio Dirceu deve mencionar em seu depoimento ao juiz Moro estão a tese de que o lobista Milton Pascowitch teria utilizado indevidamente seu nome para comprar um jatinho do também lobista Julio Camargo e a argumentação de que a escolha do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque não passou por suas mãos.
Publicidade
Segundo o Ministério Público, responsável pela acusação na Lava Jato, as suspeitas são de que Dirceu, réu pelos crimes de corrupção, crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, atuava em um dos núcleos do esquema de corrupção na Petrobras para arrecadar propina de empreiteiras por meio de contratos simulados de consultoria com a empresa dele, a JD Consultoria e Assessoria. Os indícios nas investigações apontam que o petista recebeu 11,8 milhões de reais em dinheiro sujo, tendo lavado parte dos recursos não só em serviços fictícios de consultoria, mas também na compra e reforma de imóveis para familiares e na simulação de aluguéis de jatinhos.
De acordo com as investigações, o esquema do ex-chefe da Casa Civil na Lava Jato movimentou cerca de 60 milhões de reais em corrupção e 64 milhões de reais em lavagem de dinheiro. Ao todo, o MP calcula que houve 129 atos de corrupção ativa e 31 atos de corrupção passiva entre 2004 e 2011, além de 684 atos de lavagem de dinheiro entre 2005 e 2014.
Conforme o Ministério Público, a montagem da organização criminosa começou em 2003, quando Renato Duque buscou apoio político do grupo de Dirceu para ser nomeado diretor de Serviços da Petrobras. Já no cargo, também segundo a peça acusatória, o então dirigente atuou em favor do cartel de empreiteiras que fraudava contratos na Petrobras, recebeu propina de operadores e repassou propina a Dirceu, Fernando Moura e Vaccari.
"A lavagem dos valores ilícitos auferidos pelos agentes criminosos em detrimento da Petrobras ocorreu em parte mediante a celebração de contratos de consultoria ideologicamente falsos com empresas controladas pelos operadores financeiros, em parte mediante transferências de altos valores em espécie entre os envolvidos, em parte mediante depósitos em contas bancárias abertas em nome de offshores no exterior e, finalmente, em parte mediante a realização de doações eleitorais ao Partido dos Trabalhadores, com participação de Vaccari, ex-tesoureiro do partido, que atuou como 'coletor' de fatia da propina direcionada a agremiação política que sustentava Duque na importante diretoria de Serviços da Petrobras", relata o MP.Fonte:Veja
Assinar:
Postagens (Atom)