O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) realizou, entre 2011 e 2014, 6.762 empréstimos com sua empresa, a TV Gazeta de Alagoas, que totalizaram 31,1 milhões de reais. Desse total, 16,4 milhões de reais foram usados para pagar despesas de consumo, como contas de energia elétrica, água, telefone, TV por assinatura, passagens aéreas, funcionários, entre outros, conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira.
Os valores constam em um laudo da Polícia Federal, que foi finalizado em 14 de janeiro, para a Operação Politeia, um desdobramento da Lava Jato que investiga o envolvimento de Collor com esquema de corrupção na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A estatal foi "reservada", a partir de 2009, ao senador Fernando Collor (PTB-AL) pelo então presidente Lula "em troca de apoio político à base governista no Congresso Nacional", afirmou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em denúncia protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Vander Loubet (PT-MS). Segundo Janot, foi criada na BR Distribuidora, ao menos entre 2010 e 2014, "uma organização criminosa preordenada principalmente ao desvio de recursos públicos em proveito particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro".
Em horas de voos, foram pagos 140.250 reais, outros 30.874 reais foram destinados a viagens de turismo internacional, e 1.782 reais foram usados para pagar contas de energia elétrica em Campos do Jordão. Os investigadores também encontraram registros de três despesas que estavam como "Foto campanha FC 2010" ano em que Collor disputou, sem sucesso, a eleição para o governo de Alagoas, mas os valores não estavam anotados.
Os gastos de Collor com consumo são muito superiores à renda que ele declarou em todo o período, de 700.000 reais. No laudo, os investigadores destacaram, de acordo com o jornal, que o fato de Collor ter usado parte do dinheiro da TV Gazeta com despesas pessoais é relevante porque os valores não poderão ser recuperados, ao contrário do que ocorre com bens que poderiam ser readquiridos por meio de venda.
"A TV Gazeta, além de conceder empréstimos a Collor sem observar sua capacidade de pagamento, não se preocupou com o fato de que ele despendeu pelo menos metade dos recursos recebidos em consumo - e o fez com o conhecimento da empresa, pois ela registrava isso na sua contabilidade", escreveu a perícia.
Depósitos - Documentos apreendidos na TV Gazeta e em outras duas empresas das quais Collor é sócio mostraram que a empresa recebeu 9,6 milhões de reais em dinheiro vivo. Outros repasses também foram feitos sem qualquer relação com a atividade de Collor. Do montante, 523.000 reais foram depositados pelo doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da Lava Jato, e Rafael Ângulo, que distribuía propina a mando do doleiro. Entre outubro de 2012 e janeiro de 2014, os dois fizeram dezessete depósitos.
Dos 9,6 milhões de reais que a TV Gazeta recebeu, 5,6 milhões de reais foram para Collor ou para sua mulher, Caroline. Desse total, 3,3 milhões de reais foram contabilizados pelas três empresas como sendo para abater uma suposta dívida do casal. Os investigadores descobriram, no entanto, que isso era uma operação simulada. "Em alguns casos, os depósitos foram transferidos imediatamente [de volta] para Collor."Fonte:Veja
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada é condenado a 12 anos de prisão
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações decorrentes da Operação Lava Jato em Curitiba, condenou nesta segunda-feira o ex-diretor internacional da Petrobras Jorge Zelada a 12 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Moro absolveu o réu da acusação de evasão de divisas. Na mesma ação foram condenados o ex-diretor geral da área internacional da estatal Eduardo Musa (corrupção passiva e lavagem de dinheiro) e os lobistas Hamylton Padilha (corrupção ativa e lavagem de dinheiro) e João Augusto Rezende Henriques (corrupção passiva).
Para a força-tarefa de procuradores, pelo menos 31 milhões de dólares do esquema foram parar nas mãos de Zelada, de Musa e do PMDB, responsável pelo apadrinhamento político do ex-dirigente. No esquema, os lobistas Hamylton Padilha, Raul Schmidt Junior e João Augusto Rezende Henriques atuavam como intermediários da negociação, sendo que cabia a Padilha pagar a parte destinada a Eduardo Musa, a Raul Schmidt depositar a propina reservada a Zelada e a João Augusto Henriques pagar o dinheiro sujo ao PMDB. Em todos os casos, a propina era enviada diretamente para contas secretas no exterior.
De acordo com a acusação, em troca da propina, Zelada atuou diretamente no esquema ao praticar diversas irregularidades e manipulações para favorecer a companhia e ao não cumprir regras pré-estabelecidas pela Petrobras na celebração de contrato. A Comissão Interna de Apuração da própria estatal concluiu que o contrato não foi submetido à diretoria executiva da Petrobras, como recomendado, não houve a elaboração de um relatório final para a contratação da companhia, as propostas comerciais foram enviadas por e-mail e a diretoria executiva teve acesso a um relatório incompleto sobre o processo.
No início de julho, a Polícia Federal deflagrou a 15ª fase da Operação Lava Jato e prendeu o ex-diretor Jorge Zelada. As transações financeiras dele eram investigadas mais detalhadamente desde o início do ano, quando o Ministério Público Federal achou contas secretas em Mônaco com saldo de cerca de 11 milhões de euros. O dinheiro estava em nome da offshore Rockfield Internacional S.A. A fortuna de Zelada foi bloqueada por determinação do juiz Sergio Moro na mesma época em que o magistrado também decretou o congelamento de 20 milhões de euros do ex-diretor de Serviços Renato Duque.
Na sentença, Moro tratou, ainda que de forma indireta, a respeito dos ataques proferidos pelas defesas à Lava Jato." No fundo, o que se tem é que, como o acusado Jorge Luiz Zelada e sua defesa não têm como discutir o mérito da acusação, diante dos 11.586.109,66 euros sequestrados em contas secretas no exterior, a estratégia consiste em esquecer essa prova como ela não existisse e protelar o final do processo ou buscar de alguma forma argumentos para invocar alguma nulidade processual, na linha da fantasiosa perseguição aos acusados na Operação Lava Jato".
Mais a frente, afirma: "Nunca houve qualquer coação ilegal contra quem quer que seja da parte deste Juízo, do Ministério Público ou da Polícia Federal na assim denominada Operação Lava Jato. As prisões cautelares foram requeridas e decretadas porque presentes os seus pressupostos e fundamentos, boa prova dos crimes e principalmente riscos de reiteração delitiva dados os indícios de atividade criminal grave reiterada, habitual e profissional. Jamais se prendeu qualquer pessoa buscando confissão e colaboração".
Zelada foi quarto diretor da Petrobras a ser detido por conta das investigações do petrolão - antes dele foram levados para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços) e Nestor Cerveró (Área Internacional). Ao longo da Operação Lava Jato, o nome de Jorge Zelada já havia sido citado por diversos delatores como um dos destinatários da propina movimentada no escândalo do petrolão, e a própria Petrobras concluiu, em procedimento de auditoria interna, que Zelada tem responsabilidade por irregularidades na contratação do navio sonda da empresa Vantage.
Musa foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão, mas como firmou acordo de delação premiada suas sentenças nesse e nos demais processos serão somadas e não ultrapassarão dez anos de reclusão. Ele deverá cumprir os dois primeiros anos da pena em regime aberto diferenciado: deverá prestar serviços comunitários, recolher-se em casa aos finais de semana e comunicar à Justiça qualquer viagem internacional. Também delator, Padilha foi condenado a 12 anos e 2 meses, mas teve a pena reduzida para 8 anos - os quatro primeiros em regime aberto diferenciado. Já Henriques foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão.Fonte:Veja
Para a força-tarefa de procuradores, pelo menos 31 milhões de dólares do esquema foram parar nas mãos de Zelada, de Musa e do PMDB, responsável pelo apadrinhamento político do ex-dirigente. No esquema, os lobistas Hamylton Padilha, Raul Schmidt Junior e João Augusto Rezende Henriques atuavam como intermediários da negociação, sendo que cabia a Padilha pagar a parte destinada a Eduardo Musa, a Raul Schmidt depositar a propina reservada a Zelada e a João Augusto Henriques pagar o dinheiro sujo ao PMDB. Em todos os casos, a propina era enviada diretamente para contas secretas no exterior.
De acordo com a acusação, em troca da propina, Zelada atuou diretamente no esquema ao praticar diversas irregularidades e manipulações para favorecer a companhia e ao não cumprir regras pré-estabelecidas pela Petrobras na celebração de contrato. A Comissão Interna de Apuração da própria estatal concluiu que o contrato não foi submetido à diretoria executiva da Petrobras, como recomendado, não houve a elaboração de um relatório final para a contratação da companhia, as propostas comerciais foram enviadas por e-mail e a diretoria executiva teve acesso a um relatório incompleto sobre o processo.
No início de julho, a Polícia Federal deflagrou a 15ª fase da Operação Lava Jato e prendeu o ex-diretor Jorge Zelada. As transações financeiras dele eram investigadas mais detalhadamente desde o início do ano, quando o Ministério Público Federal achou contas secretas em Mônaco com saldo de cerca de 11 milhões de euros. O dinheiro estava em nome da offshore Rockfield Internacional S.A. A fortuna de Zelada foi bloqueada por determinação do juiz Sergio Moro na mesma época em que o magistrado também decretou o congelamento de 20 milhões de euros do ex-diretor de Serviços Renato Duque.
Na sentença, Moro tratou, ainda que de forma indireta, a respeito dos ataques proferidos pelas defesas à Lava Jato." No fundo, o que se tem é que, como o acusado Jorge Luiz Zelada e sua defesa não têm como discutir o mérito da acusação, diante dos 11.586.109,66 euros sequestrados em contas secretas no exterior, a estratégia consiste em esquecer essa prova como ela não existisse e protelar o final do processo ou buscar de alguma forma argumentos para invocar alguma nulidade processual, na linha da fantasiosa perseguição aos acusados na Operação Lava Jato".
Mais a frente, afirma: "Nunca houve qualquer coação ilegal contra quem quer que seja da parte deste Juízo, do Ministério Público ou da Polícia Federal na assim denominada Operação Lava Jato. As prisões cautelares foram requeridas e decretadas porque presentes os seus pressupostos e fundamentos, boa prova dos crimes e principalmente riscos de reiteração delitiva dados os indícios de atividade criminal grave reiterada, habitual e profissional. Jamais se prendeu qualquer pessoa buscando confissão e colaboração".
Zelada foi quarto diretor da Petrobras a ser detido por conta das investigações do petrolão - antes dele foram levados para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços) e Nestor Cerveró (Área Internacional). Ao longo da Operação Lava Jato, o nome de Jorge Zelada já havia sido citado por diversos delatores como um dos destinatários da propina movimentada no escândalo do petrolão, e a própria Petrobras concluiu, em procedimento de auditoria interna, que Zelada tem responsabilidade por irregularidades na contratação do navio sonda da empresa Vantage.
Musa foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão, mas como firmou acordo de delação premiada suas sentenças nesse e nos demais processos serão somadas e não ultrapassarão dez anos de reclusão. Ele deverá cumprir os dois primeiros anos da pena em regime aberto diferenciado: deverá prestar serviços comunitários, recolher-se em casa aos finais de semana e comunicar à Justiça qualquer viagem internacional. Também delator, Padilha foi condenado a 12 anos e 2 meses, mas teve a pena reduzida para 8 anos - os quatro primeiros em regime aberto diferenciado. Já Henriques foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão.Fonte:Veja
PME SERÁ VOTADO NA CÂMARA DIA 15 DE FEVEREIRO
A Câmara Municipal de Vereadores realizou na ultima quinta-feira (28), 04 (quatro) sessões extraordinárias solicitadas pelo Chefe do Poder Executivo, Osni Cardoso, para apreciação de projetos importantes, inclusive o Plano Municipal de Educação.
Na primeira sessão na ordem do dia, o Vereador Fernando Sena pediu vistas ao projeto do PME por três sessões. Alegou o edil que é preciso uma leitura mais detalhada para que a votação aconteça tranquila, atendendo os anseios da sociedade.
O requerimento foi acatado pela mesa diretora e ao final dos trabalhos houve um consenso entre todos os vereadores presentes, em torno de 14, que a votação acontecerá no próximo dia 15 de fevereiro.
Segundo a Presidente Edylene Ferreira, como o PME entrou para discussão em sessão extraordinária, ele só pode ser votado também em sessão dessa natureza. Como o Legislativo Municipal volta às atividades normais no dia 16 do próximo mês, o prazo final para votação seria dia 15, o que foi acatado por todos os demais pares, achando eles ser a melhor data para tal.Fonte:ASCOM/CÂMARA DE VEREADORES
Na primeira sessão na ordem do dia, o Vereador Fernando Sena pediu vistas ao projeto do PME por três sessões. Alegou o edil que é preciso uma leitura mais detalhada para que a votação aconteça tranquila, atendendo os anseios da sociedade.
O requerimento foi acatado pela mesa diretora e ao final dos trabalhos houve um consenso entre todos os vereadores presentes, em torno de 14, que a votação acontecerá no próximo dia 15 de fevereiro.
Segundo a Presidente Edylene Ferreira, como o PME entrou para discussão em sessão extraordinária, ele só pode ser votado também em sessão dessa natureza. Como o Legislativo Municipal volta às atividades normais no dia 16 do próximo mês, o prazo final para votação seria dia 15, o que foi acatado por todos os demais pares, achando eles ser a melhor data para tal.Fonte:ASCOM/CÂMARA DE VEREADORES
domingo, 31 de janeiro de 2016
Para evitar feto com microcefalia, gestantes com zika optam por aborto
Com receio de o feto contrair microcefalia, gestantes infectadas pelo zika vírus têm recorrido ao aborto clandestino. De acordo com publicação da Folha, três médicos relataram casos de mulheres que já optaram por interromper a gravidez com essa justificativa. Com gestações planejadas, os casos são de mulheres casadas, com nível superior e boas condições financeiras - o custo de um aborto em clínicas particulares varia entre R$ 5 e R$ 15 mil, dependendo da estrutura e do estágio da gestação.
As gestações estavam entre a sexta e a oitava semana e foram interrompidas com o uso de misoprostol (Citotec). O medicamento costuma ser obtido no mercado ilegal, já que sua disponibilização é limitada a hospitais. O infectologista Artur Timerman apontou que duas grávidas de São Paulo o procuraram nas últimas semanas com sintomas do vírus. "Elas me perguntaram se havia risco de o bebê desenvolver microcefalia. Eu disse que sim, mas não saberia estimar quanto. A decisão foi delas. Em nenhum momento, eu disse faça ou não faça", contou ao jornal.
A ginecologista Ana, do Nordeste do país, relatou casos de três pacientes, que após confirmarem a infecção do zika, decidiram abortar. "Não quiseram esperar para ver", afirmou. Com os mais de três mil casos de microcefalia associados ao Zika no país, um grupo de advogados, acadêmicos e ativistas articula uma ação para que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda o direito ao aborto quando há a má-formação.Fonte:Folha
As gestações estavam entre a sexta e a oitava semana e foram interrompidas com o uso de misoprostol (Citotec). O medicamento costuma ser obtido no mercado ilegal, já que sua disponibilização é limitada a hospitais. O infectologista Artur Timerman apontou que duas grávidas de São Paulo o procuraram nas últimas semanas com sintomas do vírus. "Elas me perguntaram se havia risco de o bebê desenvolver microcefalia. Eu disse que sim, mas não saberia estimar quanto. A decisão foi delas. Em nenhum momento, eu disse faça ou não faça", contou ao jornal.
A ginecologista Ana, do Nordeste do país, relatou casos de três pacientes, que após confirmarem a infecção do zika, decidiram abortar. "Não quiseram esperar para ver", afirmou. Com os mais de três mil casos de microcefalia associados ao Zika no país, um grupo de advogados, acadêmicos e ativistas articula uma ação para que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda o direito ao aborto quando há a má-formação.Fonte:Folha
Confira os resultados da primeira rodada do Campeonato Baiano 2016
Além do triunfo do Bahia sobre a Juazeirense por 3 a 2, mais três jogos movimentaram a primeira
rodada do Campeonato Baiano 2016 neste domingo (31).
Em Senhor do Bonfim, o Bahia de Feira derrotou o Feirense por 2 a 0 no primeiro clássico da atual edição do certame nacional. Já em Ilhéus, o Colo-Colo empatou sem gols com o Fluminense de Feira, mesmo placar da partida entre Vitória da Conquista e Flamengo de Guanambi no Estádio 2 de julho.
Com estes resultados, Vitória, Bahia de Feira e Bahia são as equipes que iniciam o Baianão com três pontos cada. Entretanto, pelo saldo de gols, o Leão da Barra é o líder do torneio seguido por Tremendão e o Esquadrão de Aço. Já Flu de Feira, Colo-Colo, Fla Guanambi e Conquista seguem com um ponto cada.
A primeira rodada se encerra apenas no dia 11 de fevereiro, quando Galícia e Jacobina jogam às 18h (Horário da Bahia) na Arena Fonte Nova, em Salvador.
Campeonato Baiano - Primeira Rodada
Sábado (30/01)
Vitória 3x0 Jacuipense
Domingo (31/01)
Juazeirense 2x3 Bahia
Bahia de Feira 2x0 Feirense
Colo-Colo 0x0 Fluminense de Feira
Flamengo de Guanambi 0x0 Vitória da Conquista
Quinta (11/02)
Galícia x Jacobina
Fonte:Bahia Noticias
rodada do Campeonato Baiano 2016 neste domingo (31).
Em Senhor do Bonfim, o Bahia de Feira derrotou o Feirense por 2 a 0 no primeiro clássico da atual edição do certame nacional. Já em Ilhéus, o Colo-Colo empatou sem gols com o Fluminense de Feira, mesmo placar da partida entre Vitória da Conquista e Flamengo de Guanambi no Estádio 2 de julho.
Com estes resultados, Vitória, Bahia de Feira e Bahia são as equipes que iniciam o Baianão com três pontos cada. Entretanto, pelo saldo de gols, o Leão da Barra é o líder do torneio seguido por Tremendão e o Esquadrão de Aço. Já Flu de Feira, Colo-Colo, Fla Guanambi e Conquista seguem com um ponto cada.
A primeira rodada se encerra apenas no dia 11 de fevereiro, quando Galícia e Jacobina jogam às 18h (Horário da Bahia) na Arena Fonte Nova, em Salvador.
Campeonato Baiano - Primeira Rodada
Sábado (30/01)
Vitória 3x0 Jacuipense
Domingo (31/01)
Juazeirense 2x3 Bahia
Bahia de Feira 2x0 Feirense
Colo-Colo 0x0 Fluminense de Feira
Flamengo de Guanambi 0x0 Vitória da Conquista
Quinta (11/02)
Galícia x Jacobina
Fonte:Bahia Noticias
Futuro de Lula dependerá de Dilma, avalia petista
Um aspecto curioso chamou a atenção de pessoas que conversaram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última semana. Embora tenha entrado na mira da Operação Lava Jato e do Ministério Público Estadual por causa de um apartamento tríplex no Guarujá, Lula só falava de economia, principalmente das expectativas quanto à reunião da presidente Dilma Rousseff com o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, realizada na sexta-feira (29).
A alguns destes interlocutores Lula explicou o motivo da fixação com a economia. Ciente dos danos que as suspeitas de envolvimento com empresas investigadas na Lava Jato têm causado à sua imagem, o petista só vê chance de recuperar a reputação em curto ou médio prazo se Dilma corrigir o rumo da economia e chegar ao fim de seu mandato com índices razoáveis de aprovação. Nas palavras de um aliado, "Lula agora está nas mãos da Dilma".
O entorno de Lula avalia que tanto o ex-presidente quanto o PT estão de mãos atadas diante da ofensiva da Lava Jato e do MP paulista contra o petista. A decisão de abrir mão do tríplex no Guarujá seguiu orientações jurídicas e, no entender de assessores do ex-presidente, é absolutamente legal. O PT, por sua vez, não pode fazer mais do que manifestar publicamente solidariedade ao ex-presidente diante do que considera como "agressões", mas não tem poder real para interferir no processo.
Na reunião da Executiva do partido na última terça (26), em Brasília, um grupo de dirigentes defendeu uma resolução política que trouxesse uma defesa explícita de Lula, mas o próprio ex-presidente abriu mão. O desagravo deve ficar para o aniversário do PT, nos dias 26 e 27 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Aliados ofereceram a Lula uma série de alternativas de defesa que passavam de alguma forma pelo Palácio do Planalto. Lula recusou. Segundo pessoas próximas, ele sabe que Dilma vê na Lava Jato a possibilidade de deixar uma marca positiva de seu governo e não está disposto a cruzar esta fronteira.
Aliados de Lula empenhados em reverter a situação esbarram em outra barreira: tanto o apartamento do Guarujá quanto o sítio usado pelo petista em Atibaia, cuja reforma teria sido paga pela Odebrecht, são assuntos estritamente pessoais, que nada tem a ver com questões partidárias ou governamentais como foi, por exemplo, o mensalão. Isso aumenta a dificuldade para abordar os temas. Apesar da avalanche de acusações, o entorno de Lula mantém a confiança de que, ao cabo das investigações, o petista sairá limpo. Com isso, parte da erosão seria estancada.
O mesmo otimismo não se repete quanto ao governo. Lula e boa parte do PT admitem em conversas reservadas que Dilma não "aprendeu a governar" e ainda age como ministra. Por isso a fixação do ex-presidente com a reunião do Conselhão. Para Lula, seria a chance de Dilma para dar uma guinada na política econômica e aproveitar o arrefecimento do pedido de impeachment para tirar o governo do atoleiro e chegar em 2018 em condições de permitir a Lula possibilidades de voltar ao Palácio do Planalto. Em conversa recente, o petista teria dito a Dilma que ela "precisa ser a presidente e não a ministra".Fonte:Estadão
A alguns destes interlocutores Lula explicou o motivo da fixação com a economia. Ciente dos danos que as suspeitas de envolvimento com empresas investigadas na Lava Jato têm causado à sua imagem, o petista só vê chance de recuperar a reputação em curto ou médio prazo se Dilma corrigir o rumo da economia e chegar ao fim de seu mandato com índices razoáveis de aprovação. Nas palavras de um aliado, "Lula agora está nas mãos da Dilma".
O entorno de Lula avalia que tanto o ex-presidente quanto o PT estão de mãos atadas diante da ofensiva da Lava Jato e do MP paulista contra o petista. A decisão de abrir mão do tríplex no Guarujá seguiu orientações jurídicas e, no entender de assessores do ex-presidente, é absolutamente legal. O PT, por sua vez, não pode fazer mais do que manifestar publicamente solidariedade ao ex-presidente diante do que considera como "agressões", mas não tem poder real para interferir no processo.
Na reunião da Executiva do partido na última terça (26), em Brasília, um grupo de dirigentes defendeu uma resolução política que trouxesse uma defesa explícita de Lula, mas o próprio ex-presidente abriu mão. O desagravo deve ficar para o aniversário do PT, nos dias 26 e 27 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Aliados ofereceram a Lula uma série de alternativas de defesa que passavam de alguma forma pelo Palácio do Planalto. Lula recusou. Segundo pessoas próximas, ele sabe que Dilma vê na Lava Jato a possibilidade de deixar uma marca positiva de seu governo e não está disposto a cruzar esta fronteira.
Aliados de Lula empenhados em reverter a situação esbarram em outra barreira: tanto o apartamento do Guarujá quanto o sítio usado pelo petista em Atibaia, cuja reforma teria sido paga pela Odebrecht, são assuntos estritamente pessoais, que nada tem a ver com questões partidárias ou governamentais como foi, por exemplo, o mensalão. Isso aumenta a dificuldade para abordar os temas. Apesar da avalanche de acusações, o entorno de Lula mantém a confiança de que, ao cabo das investigações, o petista sairá limpo. Com isso, parte da erosão seria estancada.
O mesmo otimismo não se repete quanto ao governo. Lula e boa parte do PT admitem em conversas reservadas que Dilma não "aprendeu a governar" e ainda age como ministra. Por isso a fixação do ex-presidente com a reunião do Conselhão. Para Lula, seria a chance de Dilma para dar uma guinada na política econômica e aproveitar o arrefecimento do pedido de impeachment para tirar o governo do atoleiro e chegar em 2018 em condições de permitir a Lula possibilidades de voltar ao Palácio do Planalto. Em conversa recente, o petista teria dito a Dilma que ela "precisa ser a presidente e não a ministra".Fonte:Estadão
Após polêmica, backing vocal vai substituir Thábata Mendes na XCalypso
Após a saída de Thábata Mendes dos vocais da banda XCalypso, Leya Emanuelly, backing vocal do grupo, terá a missão de substituí-la. De acordo com informações do jornal 'Extra', a estreia da moça acontece neste sábado (30), na cidade de Senador José Porfírio, no interior do Pará.
A assessoria da banda ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. O que se sabe até então é que Leya fará um outro show durante o Carnaval de Tapera, no próximo dia 10, ao lado de Ge Rodrigues, cantor sertanejo do Pará, que Ximbinha apoia.
Entenda o caso
Após três meses de parceria firmada com Ximbinha, Thábata Mendes decidiu sair do projeto tocado pelo ex-marido de Joelma. Segundo informações do jornal 'Extra', a decisão foi tomada após uma reunião entre a equipe na tarde da sexta-feira (29), em Belém.
O motivo da separação da banda foi uma discussão entre ela e o guitarrista depois de uma apresentação da banda no Rio Grande do Norte, no último dia 16, conforme informou o periódico.
Em rede social, Thábata confirmou o desligamento da XCalypso, mas não revelou o motivo. Um comunicado deverá ser divulgado em breve pela banda. "Sim, gente! É verdade, Thábata se desligou da XCalypso, é só o que posso falar... O resto não cabe a mim. Aguardem um comunicado oficial da equipe da banda", escreveu o assessor da cantora em mensagem compartilhada por ela.
Segundo o jornal, uma fonte ligada a loira revelou que ela não aguentava mais ser maltratada por Ximbinha. "Tudo o que foi publicado sobre ele é a mais pura verdade. A situação ficou insustentável para ela, que já vinha planejando isso há algum tempo", contou a fonte.Fonte:Acorda Cidade
A assessoria da banda ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. O que se sabe até então é que Leya fará um outro show durante o Carnaval de Tapera, no próximo dia 10, ao lado de Ge Rodrigues, cantor sertanejo do Pará, que Ximbinha apoia.
Entenda o caso
Após três meses de parceria firmada com Ximbinha, Thábata Mendes decidiu sair do projeto tocado pelo ex-marido de Joelma. Segundo informações do jornal 'Extra', a decisão foi tomada após uma reunião entre a equipe na tarde da sexta-feira (29), em Belém.
O motivo da separação da banda foi uma discussão entre ela e o guitarrista depois de uma apresentação da banda no Rio Grande do Norte, no último dia 16, conforme informou o periódico.
Em rede social, Thábata confirmou o desligamento da XCalypso, mas não revelou o motivo. Um comunicado deverá ser divulgado em breve pela banda. "Sim, gente! É verdade, Thábata se desligou da XCalypso, é só o que posso falar... O resto não cabe a mim. Aguardem um comunicado oficial da equipe da banda", escreveu o assessor da cantora em mensagem compartilhada por ela.
Segundo o jornal, uma fonte ligada a loira revelou que ela não aguentava mais ser maltratada por Ximbinha. "Tudo o que foi publicado sobre ele é a mais pura verdade. A situação ficou insustentável para ela, que já vinha planejando isso há algum tempo", contou a fonte.Fonte:Acorda Cidade
O mundo se curva ao ‘Aedes aegypti’
Um mosquito ameaça nocautear a orgulhosa civilização tecnológica do século XXI. Os autores de ficção imaginaram o mundo de joelhos diante de terroristas, de invasores do espaço, devolvido à Idade da Pedra por uma guerra nuclear total e até mesmo acossado pela progressão incontida de algum vírus misterioso... mas submetido a um mosquito? Isso não. Isso seria enredo de filme de terror de um tempo remoto da humanidade. No começo do século passado, a malária, transmitida por mosquitos, mandou para o hospital dez de cada 100 trabalhadores encarregados da construção do Canal do Panamá - e só oito saíam de lá com vida.
Agora, mais de 100 anos depois, um outro mosquito está levando o presidente americano Barack Obama a convocar reuniões de emergência na Casa Branca, em Washington, e, do lado de lá do oceano, tirando do sério outro senhor do mundo, o russo Vladimir Putin. "E agora nos vem uma porcaria da América Latina", disse Putin depois de ser informado sobre o potencial de destruição dos vírus transportados pelo mosquito Aedes aegypti. Obama exigiu de seus sábios a produção imediata de uma vacina contra o zika, o vírus mais temido transmitido pelo Aedes aegypti. Ouviu deles que, na melhor das hipóteses, uma vacina contra o zika levará três anos para estar em condições de ser usada em larga escala.
A semana culminou com um alerta da chinesa Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS): "O explosivo avanço do zika vírus é motivo de preocupação, especialmente diante do possível elo entre a infecção durante a gravidez e o nascimento de bebês com microcefalia". Os governos de El Salvador, Colômbia, Jamaica, República Dominicana e Equador recomendaram às mulheres evitar engravidar até 2018. Marcelo Castro, ministro da Saúde do Brasil, foi bombardeado por se sair com sugestão semelhante há algumas semanas. Disse ele: "Torço para que as mulheres peguem zika antes da idade fértil". Uma vez contaminado pelo zika, o organismo é imunizado contra novas infecções. É uma vacina natural. Como reconheceu a presidente Dilma Rousseff: "Estamos perdendo a luta contra o mosquito".
Em um mundo em que os avanços tecnológicos da medicina estão fazendo com que o número de pessoas que chegam com saúde aos 100 anos cresça rapidamente, é melancólico que a imunização contra o zika só esteja ao alcance por meio de uma pajelança, a exposição voluntária à picada do mosquito transmissor do vírus. Não é muito ousada a ideia de que em breve, nas avenidas elegantes das capitais mundiais, serão abertas clínicas de imunização contra o zika com suas criações de Aedes aegypti portadores do vírus. Nas luxuosas salas de recepção, mulheres jovens que planejam engravidar teclam em seus smartphones de última geração, enquanto esperam a vez de oferecer o braço para a picada do Aedes aegypti. Não poderá haver imagem mais dramática da rendição da humanidade ao inseto que ela, não conseguindo erradicá-lo, passar a criá-lo em cativeiro. O mosquito venceu.
Antes da vitória final, é provável que o mosquito possa saborear alguns triunfos localizados. Na mira do Aedes aegypti está a Olimpíada do Rio de Janeiro. Seus organizadores, sem outra iniciativa mais efetiva, estão fazendo barricadas atrás da retórica, lembrando que os Jogos serão realizados em agosto, inverno no Brasil, quando o clima mais seco e menos quente inibe a presença do mosquito. VEJA.com teve acesso com exclusividade ao memorando do Comitê Olímpico Internacional (COI), distribuído às confederações nacionais, em que reafirma a adequação do Rio de Janeiro para sediar os Jogos, desde que os visitantes usem "camisa de mangas compridas e calça", especialmente nos períodos da manhã e da tarde.
Para os atletas, essa recomendação é inviável e, portanto, inútil. Para quem vai apenas assistir às provas e aos jogos, é possível segui-la, ainda que com grande desconforto. Mesmo no inverno, com média história de 24 graus, a temperatura no Rio de Janeiro em agosto supera facilmente os 30 graus. No ano passado, houve dias com 34 graus e um dia com inacreditáveis 37 graus. O COI recomenda também às mulheres que pretendem ficar grávidas "discutir com o médico seus planos de viagem, para avaliar o risco de infecção".
Até novembro do ano passado, o zika, aerotransportado pelo mosquito, parecia ser um risco apenas para a população do Brasil. Na última semana, como mostram as manchetes dos principais jornais das grandes capitais mundiais, o zika atingiu o status de ameaça planetária real e presente - posição que já foi ocupada no passado pela aids, pela doença da vaca louca, pela gripe aviária e pelo ebola.
A mortalidade do zika vírus é pequena. Ele só mata pessoas infectadas que já estiverem bastante debilitadas por outras moléstias graves.Por que então o mundo está em guerra total contra o mosquito que o transmite? A resposta é encontrada na correlação existente entre a infecção pelo zika e o nascimento de bebês com sérios defeitos, principalmente a microcefalia, a atrofia cerebral. Do ponto de vista rigorosamente científico, não existem evidências irrefutáveis de que o zika vírus tenha sido a causa única de ocorrências de microcefalia, mesmo quando sua presença foi detectada ao mesmo tempo na gestante e no feto. Tanto a infecção pelo zika quanto a microcefalia são fenômenos imensamente variáveis.
A infecção pelo zika em uma mulher grávida pode provocar as esperadas manchas vermelhas na pele, febre baixa e dor de cabeça e, mesmo assim, ser branda, sem produzir danos neurológicos no bebê em gestação. Em casos assintomáticos, mesmo que a própria gestante não saiba que foi infectada pelo mosquito, o zika pode atuar agressivamente no processo de gestação. A microcefalia, por sua vez, é uma condição com inúmeras causas e sintomas.
Ela pode ser motivada por problemas genéticos, por uso de drogas ou álcool pela gestante, por exposição a substâncias químicas como o mercúrio, por outras infecções (rubéola, citomegalovírus, varicela) e até por uma dieta pobre em nutrientes e vitaminas durante a gravidez. A microcefalia pode ser fatal para o recém-nascido, pode impedir definitivamente o desenvolvimento cerebral ou apenas atrasá-lo. Diz Bruce Aylward, chefe do Departamento de Surtos da OMS: "O que temos hoje é a suspeita de associação entre o zika e a microcefalia, não a comprovação de que esse vírus é causa da condição".
Um famoso estudo apoiado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, divulgado em janeiro passado, e que norteia a linha de conduta mundial em torno do zika, chega perto de estabelecer a relação de causalidade entre a infecção viral e a microcefalia. O trabalho, porém, não fecha questão e recomenda a continuação das pesquisas a respeito. Diz ele: "São necessários mais estudos para confirmar a associação entre a microcefalia e o vírus zika durante a gestação e compreender outras consequências da gravidez que possam ser relacionadas à infecção".
O trabalho teve a participação de pesquisadores brasileiros como os da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, e da Universidade Estadual de Campinas. Segundo o estudo, foi encontrado material genético do zika em duas amostras do líquido amniótico de mulheres grávidas de fetos microcéfalos e no tecido cerebral de outras duas crianças com microcefalia, que morreram logo depois do nascimento.
As mães, brasileiras, contaram ter tido sintomas comumente relacionados à infecção pelo zika vírus durante a gravidez. Poucas semanas antes desse levantamento, o Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz Paraná, havia confirmado a capacidade do zika de atravessar a placenta durante a gestação.Fonte:Veja
Agora, mais de 100 anos depois, um outro mosquito está levando o presidente americano Barack Obama a convocar reuniões de emergência na Casa Branca, em Washington, e, do lado de lá do oceano, tirando do sério outro senhor do mundo, o russo Vladimir Putin. "E agora nos vem uma porcaria da América Latina", disse Putin depois de ser informado sobre o potencial de destruição dos vírus transportados pelo mosquito Aedes aegypti. Obama exigiu de seus sábios a produção imediata de uma vacina contra o zika, o vírus mais temido transmitido pelo Aedes aegypti. Ouviu deles que, na melhor das hipóteses, uma vacina contra o zika levará três anos para estar em condições de ser usada em larga escala.
A semana culminou com um alerta da chinesa Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS): "O explosivo avanço do zika vírus é motivo de preocupação, especialmente diante do possível elo entre a infecção durante a gravidez e o nascimento de bebês com microcefalia". Os governos de El Salvador, Colômbia, Jamaica, República Dominicana e Equador recomendaram às mulheres evitar engravidar até 2018. Marcelo Castro, ministro da Saúde do Brasil, foi bombardeado por se sair com sugestão semelhante há algumas semanas. Disse ele: "Torço para que as mulheres peguem zika antes da idade fértil". Uma vez contaminado pelo zika, o organismo é imunizado contra novas infecções. É uma vacina natural. Como reconheceu a presidente Dilma Rousseff: "Estamos perdendo a luta contra o mosquito".
Em um mundo em que os avanços tecnológicos da medicina estão fazendo com que o número de pessoas que chegam com saúde aos 100 anos cresça rapidamente, é melancólico que a imunização contra o zika só esteja ao alcance por meio de uma pajelança, a exposição voluntária à picada do mosquito transmissor do vírus. Não é muito ousada a ideia de que em breve, nas avenidas elegantes das capitais mundiais, serão abertas clínicas de imunização contra o zika com suas criações de Aedes aegypti portadores do vírus. Nas luxuosas salas de recepção, mulheres jovens que planejam engravidar teclam em seus smartphones de última geração, enquanto esperam a vez de oferecer o braço para a picada do Aedes aegypti. Não poderá haver imagem mais dramática da rendição da humanidade ao inseto que ela, não conseguindo erradicá-lo, passar a criá-lo em cativeiro. O mosquito venceu.
Antes da vitória final, é provável que o mosquito possa saborear alguns triunfos localizados. Na mira do Aedes aegypti está a Olimpíada do Rio de Janeiro. Seus organizadores, sem outra iniciativa mais efetiva, estão fazendo barricadas atrás da retórica, lembrando que os Jogos serão realizados em agosto, inverno no Brasil, quando o clima mais seco e menos quente inibe a presença do mosquito. VEJA.com teve acesso com exclusividade ao memorando do Comitê Olímpico Internacional (COI), distribuído às confederações nacionais, em que reafirma a adequação do Rio de Janeiro para sediar os Jogos, desde que os visitantes usem "camisa de mangas compridas e calça", especialmente nos períodos da manhã e da tarde.
Para os atletas, essa recomendação é inviável e, portanto, inútil. Para quem vai apenas assistir às provas e aos jogos, é possível segui-la, ainda que com grande desconforto. Mesmo no inverno, com média história de 24 graus, a temperatura no Rio de Janeiro em agosto supera facilmente os 30 graus. No ano passado, houve dias com 34 graus e um dia com inacreditáveis 37 graus. O COI recomenda também às mulheres que pretendem ficar grávidas "discutir com o médico seus planos de viagem, para avaliar o risco de infecção".
Até novembro do ano passado, o zika, aerotransportado pelo mosquito, parecia ser um risco apenas para a população do Brasil. Na última semana, como mostram as manchetes dos principais jornais das grandes capitais mundiais, o zika atingiu o status de ameaça planetária real e presente - posição que já foi ocupada no passado pela aids, pela doença da vaca louca, pela gripe aviária e pelo ebola.
A mortalidade do zika vírus é pequena. Ele só mata pessoas infectadas que já estiverem bastante debilitadas por outras moléstias graves.Por que então o mundo está em guerra total contra o mosquito que o transmite? A resposta é encontrada na correlação existente entre a infecção pelo zika e o nascimento de bebês com sérios defeitos, principalmente a microcefalia, a atrofia cerebral. Do ponto de vista rigorosamente científico, não existem evidências irrefutáveis de que o zika vírus tenha sido a causa única de ocorrências de microcefalia, mesmo quando sua presença foi detectada ao mesmo tempo na gestante e no feto. Tanto a infecção pelo zika quanto a microcefalia são fenômenos imensamente variáveis.
A infecção pelo zika em uma mulher grávida pode provocar as esperadas manchas vermelhas na pele, febre baixa e dor de cabeça e, mesmo assim, ser branda, sem produzir danos neurológicos no bebê em gestação. Em casos assintomáticos, mesmo que a própria gestante não saiba que foi infectada pelo mosquito, o zika pode atuar agressivamente no processo de gestação. A microcefalia, por sua vez, é uma condição com inúmeras causas e sintomas.
Ela pode ser motivada por problemas genéticos, por uso de drogas ou álcool pela gestante, por exposição a substâncias químicas como o mercúrio, por outras infecções (rubéola, citomegalovírus, varicela) e até por uma dieta pobre em nutrientes e vitaminas durante a gravidez. A microcefalia pode ser fatal para o recém-nascido, pode impedir definitivamente o desenvolvimento cerebral ou apenas atrasá-lo. Diz Bruce Aylward, chefe do Departamento de Surtos da OMS: "O que temos hoje é a suspeita de associação entre o zika e a microcefalia, não a comprovação de que esse vírus é causa da condição".
Um famoso estudo apoiado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, divulgado em janeiro passado, e que norteia a linha de conduta mundial em torno do zika, chega perto de estabelecer a relação de causalidade entre a infecção viral e a microcefalia. O trabalho, porém, não fecha questão e recomenda a continuação das pesquisas a respeito. Diz ele: "São necessários mais estudos para confirmar a associação entre a microcefalia e o vírus zika durante a gestação e compreender outras consequências da gravidez que possam ser relacionadas à infecção".
O trabalho teve a participação de pesquisadores brasileiros como os da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, e da Universidade Estadual de Campinas. Segundo o estudo, foi encontrado material genético do zika em duas amostras do líquido amniótico de mulheres grávidas de fetos microcéfalos e no tecido cerebral de outras duas crianças com microcefalia, que morreram logo depois do nascimento.
As mães, brasileiras, contaram ter tido sintomas comumente relacionados à infecção pelo zika vírus durante a gravidez. Poucas semanas antes desse levantamento, o Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz Paraná, havia confirmado a capacidade do zika de atravessar a placenta durante a gestação.Fonte:Veja
Congresso abre 2016: um ano curto, mas explosivo
Depois de 45 dias de recesso, deputados e senadores retomam os trabalhos nesta segunda-feira com o sentimento de que 2015 não terminou. As questões que o Parlamento deixou pendentes no ano passado estão de volta, somadas à situação econômica cada vez mais grave e aos esforços do governo para aplacar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Há também, é claro, o fator Lava Jato, que alimenta a guerra por sobreviência no Congresso. Ano de eleições e Olimpíada, contudo, 2016 promete ser curto para os parlamentares. Resta saber se o Congresso está disposto a dedicar tempo de fato à solução dos problemas do país.
A herança de 2015 preocupa o governo. O ano foi marcado pela vitória acachapante de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na corrida pela presidência da Câmara. O desafeto do Planalto impôs derrotas em série à gestão Dilma. O governo até passou a respirar com mais tranquilidade depois da derrocada de Cunha, atingido em cheio pela Lava Jato, mas ainda teme que o deputado que deu aval ao impeachment da presidente ganhe sobrevida até o fim de 2016 - e continue causando dor de cabeça. A esperança, então, está no inconstante presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que no ano passado chegou a desafiar o Planalto em matérias ligadas ao ajuste fiscal.
A pauta que vai dominar a reabertura dos trabalhos é a ação contra Dilma Rousseff. Na Câmara, nada avançará até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste sobre os embargos de Cunha sobre o rito do impeachment, o que mantém a fragilidade do governo por prazo indefinido. O Senado, por outro lado, deve se debruçar na análise da prestação de contas do governo de 2014, rejeitadas em unanimidade pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa das chamadas pedaladas fiscais, que infringem a lei de responsabilidade fiscal. Se os senadores seguirem o entendimento da corte, a situação da petista ficará ainda mais insustentável. A Casa, no entanto, tem ambiente mais favorável ao Planalto.
Publicidade
Enquanto luta para salvar o próprio mandato, o governo também articula com os congressistas a aprovação de um pacote impopular de medidas para tirar a economia do atoleiro. A principal delas é a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque, considerado vital para evitar o aprofundamento da crise. A medida encontra dura resistência entre os parlamentares.
"Sem chance de passar", resume o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Sobre as demais medidas econômicas, ele pondera que "pautas complexas dependem muito mais do governo ter base do que qualquer outra coisa". "Ao governo nunca foi negado apreciar qualquer pauta. Quando não conseguiu, foi porque faltou voto", acrescentou o peemedebista. "O problema é a falta de credibilidade. A crise que está aí tem um nome: Dilma Rousseff, que é a grande responsável pelo descontrole das finanças no país. Ela não tem autoridade moral nenhuma para exigir mais um sacrifício da nação", afirmou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).
A situação de Cunha tampouco é confortável. Na corda bamba, o presidente da Câmara tenta se sustentar no cargo a todo custo. Investigado no esquema de corrupção da Petrobras, ele é alvo de pedido de afastamento apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e responde a processo de cassação no Conselho de Ética. A aliados, demonstra a segurança de permanecer no cargo.
Ano encurtado - Enquanto a crise econômica e a consequente fragilidade do governo Dilma se aprofundam em 2016, o ano legislativo dividirá as atenções com questões externas, como os Jogos Olímpicos e as eleições municipais. "É um ano quase perdido e o governo está trabalhando intensamente para perdê-lo por completo.
Tenta mudanças com discursaria e marketing. O governo não tem condições de fazer reformas estruturantes", afirmou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). A exemplo do que ocorreu há dois anos, com a corrida presidencial e a Copa do Mundo, a expectativa é a de que a morosidade domine a atuação parlamentar no segundo semestre. Apesar disso, não haverá qualquer punição aos congressistas. O salário de mais de 33.000 reais e os benefícios do mandato permanecem intactos.Fonte:Veja
A herança de 2015 preocupa o governo. O ano foi marcado pela vitória acachapante de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na corrida pela presidência da Câmara. O desafeto do Planalto impôs derrotas em série à gestão Dilma. O governo até passou a respirar com mais tranquilidade depois da derrocada de Cunha, atingido em cheio pela Lava Jato, mas ainda teme que o deputado que deu aval ao impeachment da presidente ganhe sobrevida até o fim de 2016 - e continue causando dor de cabeça. A esperança, então, está no inconstante presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que no ano passado chegou a desafiar o Planalto em matérias ligadas ao ajuste fiscal.
A pauta que vai dominar a reabertura dos trabalhos é a ação contra Dilma Rousseff. Na Câmara, nada avançará até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste sobre os embargos de Cunha sobre o rito do impeachment, o que mantém a fragilidade do governo por prazo indefinido. O Senado, por outro lado, deve se debruçar na análise da prestação de contas do governo de 2014, rejeitadas em unanimidade pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa das chamadas pedaladas fiscais, que infringem a lei de responsabilidade fiscal. Se os senadores seguirem o entendimento da corte, a situação da petista ficará ainda mais insustentável. A Casa, no entanto, tem ambiente mais favorável ao Planalto.
Publicidade
Enquanto luta para salvar o próprio mandato, o governo também articula com os congressistas a aprovação de um pacote impopular de medidas para tirar a economia do atoleiro. A principal delas é a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque, considerado vital para evitar o aprofundamento da crise. A medida encontra dura resistência entre os parlamentares.
"Sem chance de passar", resume o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Sobre as demais medidas econômicas, ele pondera que "pautas complexas dependem muito mais do governo ter base do que qualquer outra coisa". "Ao governo nunca foi negado apreciar qualquer pauta. Quando não conseguiu, foi porque faltou voto", acrescentou o peemedebista. "O problema é a falta de credibilidade. A crise que está aí tem um nome: Dilma Rousseff, que é a grande responsável pelo descontrole das finanças no país. Ela não tem autoridade moral nenhuma para exigir mais um sacrifício da nação", afirmou o líder do PPS, Rubens Bueno (PR).
A situação de Cunha tampouco é confortável. Na corda bamba, o presidente da Câmara tenta se sustentar no cargo a todo custo. Investigado no esquema de corrupção da Petrobras, ele é alvo de pedido de afastamento apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e responde a processo de cassação no Conselho de Ética. A aliados, demonstra a segurança de permanecer no cargo.
Ano encurtado - Enquanto a crise econômica e a consequente fragilidade do governo Dilma se aprofundam em 2016, o ano legislativo dividirá as atenções com questões externas, como os Jogos Olímpicos e as eleições municipais. "É um ano quase perdido e o governo está trabalhando intensamente para perdê-lo por completo.
Tenta mudanças com discursaria e marketing. O governo não tem condições de fazer reformas estruturantes", afirmou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). A exemplo do que ocorreu há dois anos, com a corrida presidencial e a Copa do Mundo, a expectativa é a de que a morosidade domine a atuação parlamentar no segundo semestre. Apesar disso, não haverá qualquer punição aos congressistas. O salário de mais de 33.000 reais e os benefícios do mandato permanecem intactos.Fonte:Veja
sábado, 30 de janeiro de 2016
Na estreia do Baianão, Vitória bate Jacuipense com facilidade: 3 a 0
O Vitória recebeu o Jacuipense pela primeira rodada do Campeonato Baiano de 2016. Em jogo realizado no Barradão, neste sábado (30), o time da casa não tomou conhecimento do time do interior: 3 a 0, com gols dos estreantes em 2016, Arthur Maia, Marinho e Alípio.
Os dois adversários voltam a campo apenas após o carnaval. No dia 10, o Vitória vai a Ilhéus enfrentar o Vitória da Conquista, às 20h45. Já o Jacuipense joga no dia 14, contra o Galícia, às 16h, no Valfredão.
O JOGO
A bola rolou no Barradão e logo aos dois minutos o Jacuipense assustou. Fumaça invadiu a área, mas Mattis deu o bote certo. Aos sete minutos, o Vitória respondeu. Em boa tabela, Marinho recebeu de Tiago Real e chutou pelo lado esquerdo do goleiro Rodolpho.
Jogada ensaiada
Aos 10 minutos, Marinho sofre falta no bico da grande área. Na cobrança, Arthur Maia toca para Vander que chuta perto da trave do Jacuipense. O camisa 10 do Vitória começava a aparecer no jogo. Aos 12 minutos, após jogada individual, Uesles parou Maia com falta: cartão amarelo para o camisa 3 do Jacuipense.
Fumaça tentou
Aos 14 minutos, em bola metida entre a zaga, Fumaça recebeu livre. No duelo contra Fernando Miguel, melhor para o goleiro rubro-negro que mandou para escanteio, fazendo boa defesa. O Vitória respondeu com Vander. Aos 18 minutos, em jogada característica, o atacante vermelho e preto cortou para a perna direita o chutou colocad, exigindo boa defesa do goleiro do Jacuipense.
Gol impedido
Aos 23 minutos, Arthur Maia recebe a bola numa rebatida da defesa do Jacuipense. Dentro da pequena área, o camisa 10 colocou para o fundo da rede. No entanto, no início da jogada, o jogador rubro-negro estava em posição ilegal.
Agora valeu
O primeiro pode não ter valido, mas o segundo sim. Aos 30 minutos, em bom passe de Marinho, Arthur Maia marca o primeiro gol do Campeonato Baiano: 1 a 0 Vitória.
Quase pênalti
Aos 33 minutos, o árbitro marcou penalidade máxima para o Vitória. Marinho foi derrubado na área. No entanto, a marcação foi anulada por uma marcação de impedimento do bandeirinha.
Comemorou o gol
Na saída para o intervalo, Arthur Maia comemorou o gol após sua volta. “Estou muito feliz. Esse é meu retorno e estamos buscando um entrosamento maior. Vamos voltar para o segundo tempo da mesma forma”, declarou.
SEGUNDO TEMPO
Logo no início do segundo tempo, Maia fez jogada ensaiada com Maicon Silva. O lateral cruzou para Mattis na área, mas o zagueiro não tem intimidade como atacante e não conseguiu finalizar. Aos oito minutos, novamente Mattis. Dessa vez, ele completou a cobrança de escanteio, mas o goleiro Rodolpho estava atento.
Dificuldades do Vitória
A defesa do Jacuipense estava bem fechada. Aos 12 minutos, Diego Renan teve que finalizar de fora da área, porém, sem êxito.
Gol do estreante
Mesmo com a retranca do Jacuipense, o Vitória conseguiu penetrar na área. Diego Renan brigou na entrada da área e tocou para Tiago Real. O volante achou Marinho que concluiu a jogada. Aos 14 minutos, o estreante já marcou seu primeiro gol com a camisa do Vitória: 2 a 0.
Marinho inspirado
Aos 17 minutos, Amaral achou Marinho dentro da área. O atracante finalizou de perna esquerda e colocou na trave de Rodolpho. Quase o Vitória ampliou. Aos 19 minutos, Amaral soltou a bomba na cobrança de falta e isolou.
Fernando Miguel faz pênalti e defende
Aos 28 minutos, em lançamento longo, Orobó penetra no meio dos dois zagueiros do Vitória e sofre pênalti de Fernando Miguel. Cartão amarelo para o goleiro do Leão. Na cobrança, Fernando Miguel se redimiu e pegou mais um pênalti pela camisa do Vitória. Logo em seguida. Alípio entrou no lugar de Arthur Maia.
Os sibstitutos resolveram
Aos 32 minutos, Willian Henrique entrou no jogo. No mesmo minuto, ele recebeu a bola e cruzou para Alípio. O Camisa 20 só fez rolar para o fundo das redes: 3 a 0 para o Vitória. Aos 33 minutos, o Jacuipense assustou com um chute de fora da área. Fernando Miguel fez boa defesa.
FICHA TÉCNICA:
Vitória x Jacuipense
Campeonato Baiano – 1ª rodada
Local: Barradão, Salvador (BA)
Data: 30/01/2016
Horário: 16h (horário da Bahia)
Árbitro: Rafael Luis de Almeida Santos
Auxiliares: Carlos Eduardo Bregalda Gussen e Dijalma Silva Ferreira Junior
Cartões amarelos: Uesles, Pacujá e Leo Maceió(JAC); Fernando Miguel e Marinho (VIT)
Gols: Arthur Maia, Marinho e Alípio (VIT).
Vitória: Fernando Miguel, Maicon Silva, Guilherme Mattis, Ramon e Diego Renan; Amaral (Marcelo), Willian Farias, Tiago Real (Willian Henrique) e Arthur Maia (Alípio); Vander e Marinho. Técnico: Vagner Mancini
Jacuipense: Rodolpho; Pacujá, Uesles, Anderson e Jeferson; Dalmar, Léo Maceió (Ed), Muller e Marcel (Juninho), Tiago Orobó e Fumaça (Fagner). Técnico: Clébson Beleza
Fonte:Bahia Noticias
Os dois adversários voltam a campo apenas após o carnaval. No dia 10, o Vitória vai a Ilhéus enfrentar o Vitória da Conquista, às 20h45. Já o Jacuipense joga no dia 14, contra o Galícia, às 16h, no Valfredão.
O JOGO
A bola rolou no Barradão e logo aos dois minutos o Jacuipense assustou. Fumaça invadiu a área, mas Mattis deu o bote certo. Aos sete minutos, o Vitória respondeu. Em boa tabela, Marinho recebeu de Tiago Real e chutou pelo lado esquerdo do goleiro Rodolpho.
Jogada ensaiada
Aos 10 minutos, Marinho sofre falta no bico da grande área. Na cobrança, Arthur Maia toca para Vander que chuta perto da trave do Jacuipense. O camisa 10 do Vitória começava a aparecer no jogo. Aos 12 minutos, após jogada individual, Uesles parou Maia com falta: cartão amarelo para o camisa 3 do Jacuipense.
Fumaça tentou
Aos 14 minutos, em bola metida entre a zaga, Fumaça recebeu livre. No duelo contra Fernando Miguel, melhor para o goleiro rubro-negro que mandou para escanteio, fazendo boa defesa. O Vitória respondeu com Vander. Aos 18 minutos, em jogada característica, o atacante vermelho e preto cortou para a perna direita o chutou colocad, exigindo boa defesa do goleiro do Jacuipense.
Gol impedido
Aos 23 minutos, Arthur Maia recebe a bola numa rebatida da defesa do Jacuipense. Dentro da pequena área, o camisa 10 colocou para o fundo da rede. No entanto, no início da jogada, o jogador rubro-negro estava em posição ilegal.
Agora valeu
O primeiro pode não ter valido, mas o segundo sim. Aos 30 minutos, em bom passe de Marinho, Arthur Maia marca o primeiro gol do Campeonato Baiano: 1 a 0 Vitória.
Quase pênalti
Aos 33 minutos, o árbitro marcou penalidade máxima para o Vitória. Marinho foi derrubado na área. No entanto, a marcação foi anulada por uma marcação de impedimento do bandeirinha.
Comemorou o gol
Na saída para o intervalo, Arthur Maia comemorou o gol após sua volta. “Estou muito feliz. Esse é meu retorno e estamos buscando um entrosamento maior. Vamos voltar para o segundo tempo da mesma forma”, declarou.
SEGUNDO TEMPO
Logo no início do segundo tempo, Maia fez jogada ensaiada com Maicon Silva. O lateral cruzou para Mattis na área, mas o zagueiro não tem intimidade como atacante e não conseguiu finalizar. Aos oito minutos, novamente Mattis. Dessa vez, ele completou a cobrança de escanteio, mas o goleiro Rodolpho estava atento.
Dificuldades do Vitória
A defesa do Jacuipense estava bem fechada. Aos 12 minutos, Diego Renan teve que finalizar de fora da área, porém, sem êxito.
Gol do estreante
Mesmo com a retranca do Jacuipense, o Vitória conseguiu penetrar na área. Diego Renan brigou na entrada da área e tocou para Tiago Real. O volante achou Marinho que concluiu a jogada. Aos 14 minutos, o estreante já marcou seu primeiro gol com a camisa do Vitória: 2 a 0.
Marinho inspirado
Aos 17 minutos, Amaral achou Marinho dentro da área. O atracante finalizou de perna esquerda e colocou na trave de Rodolpho. Quase o Vitória ampliou. Aos 19 minutos, Amaral soltou a bomba na cobrança de falta e isolou.
Fernando Miguel faz pênalti e defende
Aos 28 minutos, em lançamento longo, Orobó penetra no meio dos dois zagueiros do Vitória e sofre pênalti de Fernando Miguel. Cartão amarelo para o goleiro do Leão. Na cobrança, Fernando Miguel se redimiu e pegou mais um pênalti pela camisa do Vitória. Logo em seguida. Alípio entrou no lugar de Arthur Maia.
Os sibstitutos resolveram
Aos 32 minutos, Willian Henrique entrou no jogo. No mesmo minuto, ele recebeu a bola e cruzou para Alípio. O Camisa 20 só fez rolar para o fundo das redes: 3 a 0 para o Vitória. Aos 33 minutos, o Jacuipense assustou com um chute de fora da área. Fernando Miguel fez boa defesa.
FICHA TÉCNICA:
Vitória x Jacuipense
Campeonato Baiano – 1ª rodada
Local: Barradão, Salvador (BA)
Data: 30/01/2016
Horário: 16h (horário da Bahia)
Árbitro: Rafael Luis de Almeida Santos
Auxiliares: Carlos Eduardo Bregalda Gussen e Dijalma Silva Ferreira Junior
Cartões amarelos: Uesles, Pacujá e Leo Maceió(JAC); Fernando Miguel e Marinho (VIT)
Gols: Arthur Maia, Marinho e Alípio (VIT).
Vitória: Fernando Miguel, Maicon Silva, Guilherme Mattis, Ramon e Diego Renan; Amaral (Marcelo), Willian Farias, Tiago Real (Willian Henrique) e Arthur Maia (Alípio); Vander e Marinho. Técnico: Vagner Mancini
Jacuipense: Rodolpho; Pacujá, Uesles, Anderson e Jeferson; Dalmar, Léo Maceió (Ed), Muller e Marcel (Juninho), Tiago Orobó e Fumaça (Fagner). Técnico: Clébson Beleza
Fonte:Bahia Noticias
Neymar e o Fisco: a bola fora do craqueO Ministério Público Federal denuncia o atacante e seu pai e empresário à Justiça por sonegação fiscal e falsidade ideológica.
Aos 23 anos, Neymar está no auge da carreira. Há três semanas, ficou pela primeira vez entre os três melhores do mundo, feito que nenhum jogador brasileiro tinha alcançado nos últimos oito anos. Em oito meses, no ataque do Barcelona, conquistou a Liga espanhola, a Copa do Rei, a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes.
Na seleção, já é o quinto maior goleador da história, com 46 gols. Isso tudo dentro de campo. Fora dele, o atacante tem colecionado uma derrota atrás da outra. Na Espanha, é alvo de dois processos, um cível e o outro criminal, acusado de corrupção e estelionato em uma investigação que apura se ele forjou contratos para esconder parte do dinheiro que recebeu ao trocar o Santos pelo Barcelona.
Segundo a estimativa do Fisco espanhol, o brasileiro deixou de pagar 9 milhões de euros (39,4 milhões de reais, no câmbio atual) em impostos. Nesta semana, ele deve depor na Justiça espanhola sobre as acusações na área penal.
No Brasil, os problemas também estão no seu encalço. Em setembro, a Justiça determinou o bloqueio de 188,8 milhões de reais do jogador, valor da multa aplicada pela Receita por sonegação de impostos entre 2011 e 2013 em contratos com o Santos, com empresas para fazer publicidade e na transação que o levou para a Espanha. Mas o golpe mais duro contra o maior astro do futebol brasileiro veio na semana passada.
O Ministério Público Federal denunciou à Justiça Neymar e seu pai e empresário, Neymar Santos, sob as acusações de falsidade ideológica e sonegação fiscal. Além dos dois, foram denunciados o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell e o atual, Josep Maria Bartolomeu. A pena para esses dois crimes pode chegar a cinco anos de prisão.
De acordo com a denúncia sigilosa feita pelo procurador Thiago Lacerda Nobre na quarta-feira passada, a que VEJA teve acesso com exclusividade, Neymar pai e Neymar filho criaram empresas de fachada e adulteraram documentos para pagar menos impostos.
O mecanismo utilizado é simples: para escaparem dos 27,5% da mordida do Leão sobre pessoas físicas, o jogador e seu pai criaram empresas para receber a maior parte de seu salário no Santos e dos contratos de publicidade e, assim, pagar uma alíquota menor, o que significou um abatimento de mais de 50% no imposto a pagar. Em seis anos, eles abriram três empresas: a Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e a N&N Administração de Bens.
Nenhuma delas, segundo a denúncia da Procuradoria, possuía "capacidade econômico-financeira, gerencial ou operacional" para administrar a carreira de Neymar - os sócios eram o pai e a mãe de Neymar e havia apenas dois funcionários, que trabalhavam como seguranças. De 2010 a 2013, Neymar recebeu 43,78 milhões de reais do Santos, mas só 8,1 milhões em forma de salário, como pessoa física.
O restante foi por meio dos "contratos de imagem" firmados com suas empresas. Apenas em 2011, as companhias dos Neymar também selaram ao menos onze contratos com patrocinadores, que somaram quase 75 milhões de reais. Afirma o procurador, que trabalhou em conjunto com a Receita Federal:
"Fica muito claro que Neymar e seu pai constituíram as empresas com o único objetivo de receber por elas os valores dos contratos e assim pagar menos impostos". A assessoria de Neymar disse que ele e seu pai não vão se manifestar, pois não foram notificados e não têm ciência dos fatos.
Publicidade
AS ACUSAÇÕES CONTRA O PAI DE NEYMAR - Empresário do atacante, Neymar Santos ocupa lugar de destaque na denúncia do Ministério Público. Ele é suspeito de ser o principal organizador da estratégia utilizada para pagar menos impostos, ao transferir os ganhos da pessoa física para a jurídica, e de adulterar contratos para incluir dados que não existiam na época em que foram firmados
AS ACUSAÇÕES CONTRA O PAI DE NEYMAR - Empresário do atacante, Neymar Santos ocupa lugar de destaque na denúncia do Ministério Público.
Ele é suspeito de ser o principal organizador da estratégia utilizada para pagar menos impostos, ao transferir os ganhos da pessoa física para a jurídica, e de adulterar contratos para incluir dados que não existiam na época em que foram firmados(VEJA.com/VEJA)
O caso de Neymar é o mais ruidoso, seja pelos valores, seja por envolver o mais brilhante jogador de futebol do país na última década, porém está longe de ser o único. A marcação sobre esse tipo de arranjo tem se tornado mais cerrada nos últimos anos, mas sempre existiu. No ataque, a Receita, que no caso do craque do Barcelona e da seleção brasileira fez tabelinha com o Ministério Público. Na defesa, advogados tributaristas que alegam tratar-se de uma prática legítima.
Entre 2012 e 2015, outros 88 jogadores foram autuados pela Receita Federal. Afirma Kleber Cabral, vice-presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco): "Nesses casos, acreditamos que o direito de imagem foi utilizado para substituir o salário do jogador. Assim, tanto o atleta quanto o clube pagam menos impostos. Só que, na verdade, há uma relação trabalhista mascarada como prestação de serviços".
Os tributaristas contrários à interpretação da Receita afirmam que o principal problema é a rigidez do Fisco na análise da legislação. Diz Felipe Dutra, professor do Ibmec: "A discussão correta é: faz sentido ou não que a empresa exista? Se o jogador nunca usou sua imagem fora do gramado, não. Mas Neymar é uma grife, com contratos de publicidade, que traz rendimentos para o clube.
Pode alegar, com razão, que precisa de uma estrutura empresarial para melhorar a gestão de sua marca". Um empecilho para essa interpretação é o fato de as empresas em questão não terem nenhuma estrutura. Afirma o advogado Felipe Ferreira Silva, autor do livro Tributação no Futebol: Clubes e Atletas: "Sem funcionários, colaboradores ou sede, não há como provar o propósito negocial da empresa.
Hoje em dia é comum, inclusive em outros países, que os fiscos cobrem multas e impostos quando as firmas são constituídas com o fim único de reduzir ou não pagar tributos".
É por isso que, ao lado de Neymar, outros craques que entrariam facilmente numa seleção dos melhores do mundo também enfrentam problemas na Justiça. No gol está o ex-goleiro do Real Madrid Iker Casillas, hoje no Porto: em 2014, ele fez um acordo com a Receita espanhola e pagou 2 milhões de euros por "discrepância na interpretação das normas".
O meio-campo é formado por Xabi Alonso, do Bayern de Munique, investigado por crimes fiscais por usar empresas no exterior para receber direitos de imagem entre 2010 e 2012, quando jogava no Real Madrid, e pelo argentino Javier Mascherano, volante do Barcelona, condenado na semana retrasada a um ano de prisão e a pagar uma multa de 815 000 euros por sonegar 1,5 milhão de euros entre 2011 e 2012.
No ataque, ao lado de Neymar, encontra-se o argentino Lionel Messi, acusado, juntamente com o pai, de fraudes fiscais entre 2007 e 2009 que somariam 4,1 milhões de euros. No julgamento, que começa em maio, o Ministério Público pedirá pena de 22 meses de prisão, além de pagamento de multa sobre o valor devido.
Os problemas do atacante brasileiro não se resumem à interpretação da Receita. Ele também é acusado pelo Ministério Público Federal de fraudar documentos para pagar menos tributos. Em vários casos, a investigação constatou que os contratos das empresas de Neymar com o Santos e com patrocinadores são anteriores à criação delas.
Funcionava assim, segundo a denúncia: o atacante e seu pai fechavam o contrato entre a sua empresa e as outras partes, mesmo antes de ela ter sido registrada e ter um CNPJ. Depois, quando esses documentos já haviam sido obtidos, eles inseriam os dados nos contratos com data anterior.
Um exemplo: em 10 de maio de 2006, uma das empresas, a Neymar Sport, fechou um contrato com o Santos para a exploração do direito de imagem do craque, em que já constava o seu CNPJ. O problema é que esse número ainda não existia - ele só foi emitido doze dias depois, em 22 de maio. Conclui o procurador na denúncia: "Trata-se de documento antedatado e cujos negócios jurídicos foram simulados".
Um dos grandes lances da investigação é a parte referente à venda de Neymar para o Barcelona, uma negociação que foi anunciada com o valor de 57 milhões de euros, mas que na verdade envolveu cerca de 90 milhões de euros. A investigação reconstituiu passe a passe os bastidores do acerto.
Em 6 de dezembro de 2011 - quando Neymar ainda tinha contrato com o Santos até agosto de 2015 e o Barcelona estava proibido pela Fifa de contratar jogadores por ter negociado com menores de 18 anos -, o clube espanhol fez um contrato com uma de suas empresas, a N & N Consultoria, para conceder um "empréstimo" de 10 milhões de euros. Na época, a N & N não tinha nenhum funcionário e nenhum centavo de capital social.
Alguns dias depois, o então presidente do Santos escreveu uma carta em que encurtava o contrato de Neymar para julho de 2014, quando ele se tornaria free agent, ou seja, não precisaria pagar mais nada ao Santos nem aos detentores de seu passe. Coincidentemente, a mesma data acertada com o Barcelona para a transferência do atacante ao clube.
O dinheiro saiu, sem avalista nem garantia, no dia 15 de fevereiro do ano seguinte. Não só jamais foi pago como, a título de "indenização", a N & N recebeu outros 30 milhões de euros, por outro contrato, pagos em 2013 e 2014.
Para o Ministério Público, nunca houve empréstimo ou indenização, mas apenas uma "mera simulação" para esconder um adiantamento do Barcelona ao jogador a fim de garantir a sua transferência dali a três anos.
Ouvido em depoimento pelo procurador, o pai de Neymar foi de uma sinceridade ausente do futebol desde os tempos em que os jogadores davam entrevistas sem treinamento de especialistas para repetir que "o grupo está unido" e "nosso principal objetivo é sair daqui com os 3 pontos". Explicou Neymar pai: "Sabe o que o Barcelona está fazendo agora? O Barcelona ficou dois anos sem poder contratar (punido pela Fifa por negociar jogadores menores de 18 anos).
Sabe qual a gerência que eles estão estudando? A nossa". E continuou: "É só não registrar, não tem problema. Eu não registro, mas eu posso fazer um contrato e executo lá na frente". O arremate vem em seguida: "Você quer esse moleque? Não, só entrego daqui a dois anos.
Adianta uns '10 milhão aí', como a título de empréstimo, legaliza". A jogada tinha tudo para ser um golaço, mas pode se transformar na maior bola fora da carreira do craque. E quem sabe ajudar a limpar um dos últimos campos onde a corrupção ainda corre solta, os gramados de futebol.
Com reportagem de Pieter Zalis,(Veja)
Na seleção, já é o quinto maior goleador da história, com 46 gols. Isso tudo dentro de campo. Fora dele, o atacante tem colecionado uma derrota atrás da outra. Na Espanha, é alvo de dois processos, um cível e o outro criminal, acusado de corrupção e estelionato em uma investigação que apura se ele forjou contratos para esconder parte do dinheiro que recebeu ao trocar o Santos pelo Barcelona.
Segundo a estimativa do Fisco espanhol, o brasileiro deixou de pagar 9 milhões de euros (39,4 milhões de reais, no câmbio atual) em impostos. Nesta semana, ele deve depor na Justiça espanhola sobre as acusações na área penal.
No Brasil, os problemas também estão no seu encalço. Em setembro, a Justiça determinou o bloqueio de 188,8 milhões de reais do jogador, valor da multa aplicada pela Receita por sonegação de impostos entre 2011 e 2013 em contratos com o Santos, com empresas para fazer publicidade e na transação que o levou para a Espanha. Mas o golpe mais duro contra o maior astro do futebol brasileiro veio na semana passada.
O Ministério Público Federal denunciou à Justiça Neymar e seu pai e empresário, Neymar Santos, sob as acusações de falsidade ideológica e sonegação fiscal. Além dos dois, foram denunciados o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell e o atual, Josep Maria Bartolomeu. A pena para esses dois crimes pode chegar a cinco anos de prisão.
De acordo com a denúncia sigilosa feita pelo procurador Thiago Lacerda Nobre na quarta-feira passada, a que VEJA teve acesso com exclusividade, Neymar pai e Neymar filho criaram empresas de fachada e adulteraram documentos para pagar menos impostos.
O mecanismo utilizado é simples: para escaparem dos 27,5% da mordida do Leão sobre pessoas físicas, o jogador e seu pai criaram empresas para receber a maior parte de seu salário no Santos e dos contratos de publicidade e, assim, pagar uma alíquota menor, o que significou um abatimento de mais de 50% no imposto a pagar. Em seis anos, eles abriram três empresas: a Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e a N&N Administração de Bens.
Nenhuma delas, segundo a denúncia da Procuradoria, possuía "capacidade econômico-financeira, gerencial ou operacional" para administrar a carreira de Neymar - os sócios eram o pai e a mãe de Neymar e havia apenas dois funcionários, que trabalhavam como seguranças. De 2010 a 2013, Neymar recebeu 43,78 milhões de reais do Santos, mas só 8,1 milhões em forma de salário, como pessoa física.
O restante foi por meio dos "contratos de imagem" firmados com suas empresas. Apenas em 2011, as companhias dos Neymar também selaram ao menos onze contratos com patrocinadores, que somaram quase 75 milhões de reais. Afirma o procurador, que trabalhou em conjunto com a Receita Federal:
"Fica muito claro que Neymar e seu pai constituíram as empresas com o único objetivo de receber por elas os valores dos contratos e assim pagar menos impostos". A assessoria de Neymar disse que ele e seu pai não vão se manifestar, pois não foram notificados e não têm ciência dos fatos.
Publicidade
AS ACUSAÇÕES CONTRA O PAI DE NEYMAR - Empresário do atacante, Neymar Santos ocupa lugar de destaque na denúncia do Ministério Público. Ele é suspeito de ser o principal organizador da estratégia utilizada para pagar menos impostos, ao transferir os ganhos da pessoa física para a jurídica, e de adulterar contratos para incluir dados que não existiam na época em que foram firmados
AS ACUSAÇÕES CONTRA O PAI DE NEYMAR - Empresário do atacante, Neymar Santos ocupa lugar de destaque na denúncia do Ministério Público.
Ele é suspeito de ser o principal organizador da estratégia utilizada para pagar menos impostos, ao transferir os ganhos da pessoa física para a jurídica, e de adulterar contratos para incluir dados que não existiam na época em que foram firmados(VEJA.com/VEJA)
O caso de Neymar é o mais ruidoso, seja pelos valores, seja por envolver o mais brilhante jogador de futebol do país na última década, porém está longe de ser o único. A marcação sobre esse tipo de arranjo tem se tornado mais cerrada nos últimos anos, mas sempre existiu. No ataque, a Receita, que no caso do craque do Barcelona e da seleção brasileira fez tabelinha com o Ministério Público. Na defesa, advogados tributaristas que alegam tratar-se de uma prática legítima.
Entre 2012 e 2015, outros 88 jogadores foram autuados pela Receita Federal. Afirma Kleber Cabral, vice-presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco): "Nesses casos, acreditamos que o direito de imagem foi utilizado para substituir o salário do jogador. Assim, tanto o atleta quanto o clube pagam menos impostos. Só que, na verdade, há uma relação trabalhista mascarada como prestação de serviços".
Os tributaristas contrários à interpretação da Receita afirmam que o principal problema é a rigidez do Fisco na análise da legislação. Diz Felipe Dutra, professor do Ibmec: "A discussão correta é: faz sentido ou não que a empresa exista? Se o jogador nunca usou sua imagem fora do gramado, não. Mas Neymar é uma grife, com contratos de publicidade, que traz rendimentos para o clube.
Pode alegar, com razão, que precisa de uma estrutura empresarial para melhorar a gestão de sua marca". Um empecilho para essa interpretação é o fato de as empresas em questão não terem nenhuma estrutura. Afirma o advogado Felipe Ferreira Silva, autor do livro Tributação no Futebol: Clubes e Atletas: "Sem funcionários, colaboradores ou sede, não há como provar o propósito negocial da empresa.
Hoje em dia é comum, inclusive em outros países, que os fiscos cobrem multas e impostos quando as firmas são constituídas com o fim único de reduzir ou não pagar tributos".
É por isso que, ao lado de Neymar, outros craques que entrariam facilmente numa seleção dos melhores do mundo também enfrentam problemas na Justiça. No gol está o ex-goleiro do Real Madrid Iker Casillas, hoje no Porto: em 2014, ele fez um acordo com a Receita espanhola e pagou 2 milhões de euros por "discrepância na interpretação das normas".
O meio-campo é formado por Xabi Alonso, do Bayern de Munique, investigado por crimes fiscais por usar empresas no exterior para receber direitos de imagem entre 2010 e 2012, quando jogava no Real Madrid, e pelo argentino Javier Mascherano, volante do Barcelona, condenado na semana retrasada a um ano de prisão e a pagar uma multa de 815 000 euros por sonegar 1,5 milhão de euros entre 2011 e 2012.
No ataque, ao lado de Neymar, encontra-se o argentino Lionel Messi, acusado, juntamente com o pai, de fraudes fiscais entre 2007 e 2009 que somariam 4,1 milhões de euros. No julgamento, que começa em maio, o Ministério Público pedirá pena de 22 meses de prisão, além de pagamento de multa sobre o valor devido.
Os problemas do atacante brasileiro não se resumem à interpretação da Receita. Ele também é acusado pelo Ministério Público Federal de fraudar documentos para pagar menos tributos. Em vários casos, a investigação constatou que os contratos das empresas de Neymar com o Santos e com patrocinadores são anteriores à criação delas.
Funcionava assim, segundo a denúncia: o atacante e seu pai fechavam o contrato entre a sua empresa e as outras partes, mesmo antes de ela ter sido registrada e ter um CNPJ. Depois, quando esses documentos já haviam sido obtidos, eles inseriam os dados nos contratos com data anterior.
Um exemplo: em 10 de maio de 2006, uma das empresas, a Neymar Sport, fechou um contrato com o Santos para a exploração do direito de imagem do craque, em que já constava o seu CNPJ. O problema é que esse número ainda não existia - ele só foi emitido doze dias depois, em 22 de maio. Conclui o procurador na denúncia: "Trata-se de documento antedatado e cujos negócios jurídicos foram simulados".
Um dos grandes lances da investigação é a parte referente à venda de Neymar para o Barcelona, uma negociação que foi anunciada com o valor de 57 milhões de euros, mas que na verdade envolveu cerca de 90 milhões de euros. A investigação reconstituiu passe a passe os bastidores do acerto.
Em 6 de dezembro de 2011 - quando Neymar ainda tinha contrato com o Santos até agosto de 2015 e o Barcelona estava proibido pela Fifa de contratar jogadores por ter negociado com menores de 18 anos -, o clube espanhol fez um contrato com uma de suas empresas, a N & N Consultoria, para conceder um "empréstimo" de 10 milhões de euros. Na época, a N & N não tinha nenhum funcionário e nenhum centavo de capital social.
Alguns dias depois, o então presidente do Santos escreveu uma carta em que encurtava o contrato de Neymar para julho de 2014, quando ele se tornaria free agent, ou seja, não precisaria pagar mais nada ao Santos nem aos detentores de seu passe. Coincidentemente, a mesma data acertada com o Barcelona para a transferência do atacante ao clube.
O dinheiro saiu, sem avalista nem garantia, no dia 15 de fevereiro do ano seguinte. Não só jamais foi pago como, a título de "indenização", a N & N recebeu outros 30 milhões de euros, por outro contrato, pagos em 2013 e 2014.
Para o Ministério Público, nunca houve empréstimo ou indenização, mas apenas uma "mera simulação" para esconder um adiantamento do Barcelona ao jogador a fim de garantir a sua transferência dali a três anos.
Ouvido em depoimento pelo procurador, o pai de Neymar foi de uma sinceridade ausente do futebol desde os tempos em que os jogadores davam entrevistas sem treinamento de especialistas para repetir que "o grupo está unido" e "nosso principal objetivo é sair daqui com os 3 pontos". Explicou Neymar pai: "Sabe o que o Barcelona está fazendo agora? O Barcelona ficou dois anos sem poder contratar (punido pela Fifa por negociar jogadores menores de 18 anos).
Sabe qual a gerência que eles estão estudando? A nossa". E continuou: "É só não registrar, não tem problema. Eu não registro, mas eu posso fazer um contrato e executo lá na frente". O arremate vem em seguida: "Você quer esse moleque? Não, só entrego daqui a dois anos.
Adianta uns '10 milhão aí', como a título de empréstimo, legaliza". A jogada tinha tudo para ser um golaço, mas pode se transformar na maior bola fora da carreira do craque. E quem sabe ajudar a limpar um dos últimos campos onde a corrupção ainda corre solta, os gramados de futebol.
Com reportagem de Pieter Zalis,(Veja)
Com caras novas e velhos conhecidos, Vitória estreia neste sábado contra o Jacuipense
O Vitória estreia no Campeonato Baiano neste sábado (30), às 16h, no Barradão, contra o Jacuipense. A equipe comandada pelo técnico Vagner Mancini terá caras novas e velhos conhecidos em campo. Cria da base Rubro-negra, o meio-campista Arthur Maia está de volta ao time após ter sido emprestado ao Flamengo e Kawasaki Frontale, do Japão, o atleta está de volta ao Leão. A equipe titular ainda conta com jogadores que foram importantes na conquista do acesso para a Série A do Brasileirão como Fernando Miguel, Guilherme Mattis, Ramon e Diego Renan. Além disso, o time terá as estreias oficiais de Marinho, Willian Farias, Maicon Silva e Tiago Real.
O atacante Marinho participou de apenas dois treinos com bola antes da partida. E mesmo assim será titular diante do Leão do Sisal. O técnico Vagner Mancini elogiou o jogador e justificou a opção de escalá-lo.
“Optei pelo Marinho. Fez a parte física no Cruzeiro, então não há razão de deixar de fora. Teve pouco tempo com os demais, mas a vontade de chegar e jogar é muito grande”, justificou o treinador.
Já o Jacuipense, comandado pelo técnico Clebson Beleza, tem uma estratégia bem definida: jogar no erro do Vitória. “Vamos jogar no erro do Vitória, mas também fazendo o nosso trabalho para sair com o resultado positivo”, afirmou o técnico.
FICHA TÉCNICA
Vitória x Jacuipense
Campeonato Baiano – 1ª rodada
Local: Barradão, em Salvador
Data: 30/01/2016
Horário: 16h
Árbitro: Rafael Luis de Almeida Santos (BA)
Assistentes: Carlos Eduardo Bregalda Gussen (BA) e Dijalma Silva Ferreira Júnior (BA)
Vitória: Fernando Miguel; Maicon Silva, Ramon, Guilherme Mattis e Diego Renan; Amaral, Willian Farias, Tiago Real e Arthur Maia; Marinho e Vander. Técnico: Vagner Mancini
Jacuipense: Rodolpho, Pacujá, Anderson, Uesllis e Jeferson; Dalmar, Léo Maceió, Muller, Marcel e Tiago Orobó; Fumaça. Técnico: Clebson Beleza.Fonte:Bahia Noticias
O atacante Marinho participou de apenas dois treinos com bola antes da partida. E mesmo assim será titular diante do Leão do Sisal. O técnico Vagner Mancini elogiou o jogador e justificou a opção de escalá-lo.
“Optei pelo Marinho. Fez a parte física no Cruzeiro, então não há razão de deixar de fora. Teve pouco tempo com os demais, mas a vontade de chegar e jogar é muito grande”, justificou o treinador.
Já o Jacuipense, comandado pelo técnico Clebson Beleza, tem uma estratégia bem definida: jogar no erro do Vitória. “Vamos jogar no erro do Vitória, mas também fazendo o nosso trabalho para sair com o resultado positivo”, afirmou o técnico.
FICHA TÉCNICA
Vitória x Jacuipense
Campeonato Baiano – 1ª rodada
Local: Barradão, em Salvador
Data: 30/01/2016
Horário: 16h
Árbitro: Rafael Luis de Almeida Santos (BA)
Assistentes: Carlos Eduardo Bregalda Gussen (BA) e Dijalma Silva Ferreira Júnior (BA)
Vitória: Fernando Miguel; Maicon Silva, Ramon, Guilherme Mattis e Diego Renan; Amaral, Willian Farias, Tiago Real e Arthur Maia; Marinho e Vander. Técnico: Vagner Mancini
Jacuipense: Rodolpho, Pacujá, Anderson, Uesllis e Jeferson; Dalmar, Léo Maceió, Muller, Marcel e Tiago Orobó; Fumaça. Técnico: Clebson Beleza.Fonte:Bahia Noticias
Divulgado o testamento de David Bowie
O último desejo de David Bowie foi que suas cinzas fossem espalhadas pela ilha de Bali, seguindo rituais budistas. A informação foi divulgada pelo site do NY Post.
O testamento do artista foi registrado em Manhattan, Nova York, nesta sexta, 29. Estima-se que a fortuna de Bowie gire em torno de US$ 100 milhões, dos quais metade fica para a viúva dele, a modelo Iman. Os dois eram casados desde 1992.
Relembre a carreira de David Bowie em fotos marcantes.
Iman também herdou o apartamento onde o casal morava na cidade de Nova York. Outra residência do cantor, no mesmo estado, ficou para a filha dos dois, Alexandria, de 15 anos. A segunda metade do patrimônio de Bowie será dividida entre Alexandria (também conhecida pelo apelido “Lexi”) e o filho mais velho de Bowie, o cineasta Duncan Jones.
Jones é fruto do primeiro casamento de Bowie, com Angela Barnett. A relação tumultuada terminou em 1980, após dez anos de união, e Duncan não voltou a falar com a mãe depois da separação do casal. Bowie, inclusive, reconheceu no testamento a importância da babá do filho, já que enquanto Duncan crescia ele passou por problemas como o vício em cocaína. Marion Skene, que cuidou do garoto, deve receber US$ 1 milhão. Ele também deixou US$ 2 milhões para a amiga e assistente pessoal Corinne Coco Schwab.
David Bowie morreu em 10 de janeiro, aos 69 anos, depois de um tratamento de 18 meses contra um câncer no fígado. Dois dias antes, em 8 de janeiro, ele lançou o último disco da carreira, o elogiado Blackstar.
Eterna mutação: uma discografia selecionada com o que David Bowie fez de melhor.
O corpo de David Bowie foi cremado em segredo em Nova York, segundo o jornal britânico The Mirror. De acordo com fontes da publicação nos Estados Unidos, o artista teria pedido para "partir sem causar comoção", sem funeral ou qualquer memorial público. Desta forma, os restos dele foram cremados sem a presença de qualquer parente ou amigos.Fonte:rollingstone.uol.com.br
O testamento do artista foi registrado em Manhattan, Nova York, nesta sexta, 29. Estima-se que a fortuna de Bowie gire em torno de US$ 100 milhões, dos quais metade fica para a viúva dele, a modelo Iman. Os dois eram casados desde 1992.
Relembre a carreira de David Bowie em fotos marcantes.
Iman também herdou o apartamento onde o casal morava na cidade de Nova York. Outra residência do cantor, no mesmo estado, ficou para a filha dos dois, Alexandria, de 15 anos. A segunda metade do patrimônio de Bowie será dividida entre Alexandria (também conhecida pelo apelido “Lexi”) e o filho mais velho de Bowie, o cineasta Duncan Jones.
Jones é fruto do primeiro casamento de Bowie, com Angela Barnett. A relação tumultuada terminou em 1980, após dez anos de união, e Duncan não voltou a falar com a mãe depois da separação do casal. Bowie, inclusive, reconheceu no testamento a importância da babá do filho, já que enquanto Duncan crescia ele passou por problemas como o vício em cocaína. Marion Skene, que cuidou do garoto, deve receber US$ 1 milhão. Ele também deixou US$ 2 milhões para a amiga e assistente pessoal Corinne Coco Schwab.
David Bowie morreu em 10 de janeiro, aos 69 anos, depois de um tratamento de 18 meses contra um câncer no fígado. Dois dias antes, em 8 de janeiro, ele lançou o último disco da carreira, o elogiado Blackstar.
Eterna mutação: uma discografia selecionada com o que David Bowie fez de melhor.
O corpo de David Bowie foi cremado em segredo em Nova York, segundo o jornal britânico The Mirror. De acordo com fontes da publicação nos Estados Unidos, o artista teria pedido para "partir sem causar comoção", sem funeral ou qualquer memorial público. Desta forma, os restos dele foram cremados sem a presença de qualquer parente ou amigos.Fonte:rollingstone.uol.com.br
Lula e o PT não perceberam que a história da vítima já não cola mais
O ex-presidente Lula se reuniu nesta sexta com sua equipe de advogados para traçar a estratégia jurídica e de comunicação que deve adotar diante das investigações da fase Triplo X da Operação Lava Jato e da investigação conduzida pelo Ministério Público Estadual de São Paulo.
O Instituto Lula divulgou à tarde uma nota em defesa do petista. O comunicado diz que “são infundadas as suspeitas do Ministério Público de São Paulo e são levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio”. A nota termina com a seguinte frase: “A verdade ficará clara no correr das investigações”.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, saiu mais uma vez em defesa do chefão petista. Em nota publicada em uma rede social, afirmou que as investigações têm o objetivo de tentar “derreter o Lula” para destruir o PT.
Publicidade
Falcão escreveu: “Eles sabem qual é a liderança, qual é a força política que tem o PT. Isso já vinha antes de a gente ter a Presidência. Tem uma série de episódios para tentar destruir o PT e destruir o Lula. São os mitos: casa do Morumbi, fortuna do Lula, conta no exterior, uma série de ataques. Não passarão”.
Falcão fala por falar. Fala para falar alguma coisa. Fala para não ficar calado. Sabe, no entanto, que não há verdade no que diz. Desta feita, não se trata de lendas urbanas, de um diz-que-diz-que… A propriedades-problema têm uma série de desculpas, mas não têm explicação.
Essa tática do PT envelheceu, e Lula e seus companheiros ainda não se deram conta. Quando os brasileiros imaginavam que Lula era realmente um homem pobre — ou com uma vida tão remediada como a deles —, então colava essa conversa de preconceito contra o operário, de tentativa de destruir Lula, de esforço para dar fim ao PT.
Agora não mais. Agora o PT é poder, Lula é um homem rico, e já não se encaixa mais no figurino da vítima.
Diz-se muito que a melhor defesa é o ataque. É bom Lula repensar a máxima. No seu caso, a melhor defesa é mesmo tentar se defender.Fonte:Reinaldo Azevedo
O Instituto Lula divulgou à tarde uma nota em defesa do petista. O comunicado diz que “são infundadas as suspeitas do Ministério Público de São Paulo e são levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio”. A nota termina com a seguinte frase: “A verdade ficará clara no correr das investigações”.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, saiu mais uma vez em defesa do chefão petista. Em nota publicada em uma rede social, afirmou que as investigações têm o objetivo de tentar “derreter o Lula” para destruir o PT.
Publicidade
Falcão escreveu: “Eles sabem qual é a liderança, qual é a força política que tem o PT. Isso já vinha antes de a gente ter a Presidência. Tem uma série de episódios para tentar destruir o PT e destruir o Lula. São os mitos: casa do Morumbi, fortuna do Lula, conta no exterior, uma série de ataques. Não passarão”.
Falcão fala por falar. Fala para falar alguma coisa. Fala para não ficar calado. Sabe, no entanto, que não há verdade no que diz. Desta feita, não se trata de lendas urbanas, de um diz-que-diz-que… A propriedades-problema têm uma série de desculpas, mas não têm explicação.
Essa tática do PT envelheceu, e Lula e seus companheiros ainda não se deram conta. Quando os brasileiros imaginavam que Lula era realmente um homem pobre — ou com uma vida tão remediada como a deles —, então colava essa conversa de preconceito contra o operário, de tentativa de destruir Lula, de esforço para dar fim ao PT.
Agora não mais. Agora o PT é poder, Lula é um homem rico, e já não se encaixa mais no figurino da vítima.
Diz-se muito que a melhor defesa é o ataque. É bom Lula repensar a máxima. No seu caso, a melhor defesa é mesmo tentar se defender.Fonte:Reinaldo Azevedo
Pesquisa mostra que 64% dos americanos irão cancelar viagens a áreas afetadas pelo zika
Uma pesquisa realizada pela empresa de gestão de risco de viagens On Call International constatou que 64% dos entrevistados americanos iriam cancelar sua viagem a países afetados pelo vírus zika. Os resultados têm como base uma pesquisa do Google Consumer com 1.934 consumidores nos Estados Unidos com 18 anos ou mais.
Entre as mulheres, 69% disseram que iriam cancelar os seus planos de viagem, de acordo com a pesquisa. O vírus zika transmitido por mosquito está presente em 23 países e territórios nas Américas. Brasil, o país mais atingido, relatou em torno de 4.000 casos da malformação congênita devastadora chamada microcefalia, que têm forte suspeita de estar relacionado com o zika.
Mulheres grávidas ou que possam engravidar dentro de um mês antes de visitar um país afetado pelo zika devem adiar seus planos de viagem para evitar a infecção, afirmou o chefe da área médica da On Call Internacional, Robert Wheeler, em comunicado.
Ásia - Os governos da Ásia emitiram alertas em uma tentativa de conter o avanço do zika, que rapidamente se espalha pela América Latina. Japão, Coreia do Sul, Malásia, Camboja, Austrália, Índia, Hong Kong e Vietnã estão entre as regiões que emitiram avisos para a população, principalmente mulheres grávidas. No Japão, o Ministério de Relações Exteriores pediu para que mulheres evitem viajar durante a gravidez para o Brasil e outros países afetados.
O governo também sugeriu para todos os viajantes o uso de roupas de mangas compridas e calças, repelentes e que evitem deixar baldes ou outros recipientes que possam acumular água, além de relatar às instituições médicas sobre o aparecimento de sintomas. As autoridades de saúde também pediram testes de pacientes suspeitos que voltarem de áreas afetadas.
Na Coreia do Sul, além do aviso para que mulheres grávidas evitem a região da América Central e do Sul, o governo irá multar médicos que não avisarem imediatamente as autoridades sobre pacientes infectados ou com sintomas. O Ministério de Saúde e Bem-Estar também incluiu o zika vírus entre as doenças infecciosas com ameaça para a saúde. Austrália, Malásia, Camboja, Hong Kong e Índia alertam a população a informar as autoridades sobre sintomas e pedem para que mulheres grávidas adiem viagens.Fonte:Veja
Entre as mulheres, 69% disseram que iriam cancelar os seus planos de viagem, de acordo com a pesquisa. O vírus zika transmitido por mosquito está presente em 23 países e territórios nas Américas. Brasil, o país mais atingido, relatou em torno de 4.000 casos da malformação congênita devastadora chamada microcefalia, que têm forte suspeita de estar relacionado com o zika.
Mulheres grávidas ou que possam engravidar dentro de um mês antes de visitar um país afetado pelo zika devem adiar seus planos de viagem para evitar a infecção, afirmou o chefe da área médica da On Call Internacional, Robert Wheeler, em comunicado.
Ásia - Os governos da Ásia emitiram alertas em uma tentativa de conter o avanço do zika, que rapidamente se espalha pela América Latina. Japão, Coreia do Sul, Malásia, Camboja, Austrália, Índia, Hong Kong e Vietnã estão entre as regiões que emitiram avisos para a população, principalmente mulheres grávidas. No Japão, o Ministério de Relações Exteriores pediu para que mulheres evitem viajar durante a gravidez para o Brasil e outros países afetados.
O governo também sugeriu para todos os viajantes o uso de roupas de mangas compridas e calças, repelentes e que evitem deixar baldes ou outros recipientes que possam acumular água, além de relatar às instituições médicas sobre o aparecimento de sintomas. As autoridades de saúde também pediram testes de pacientes suspeitos que voltarem de áreas afetadas.
Na Coreia do Sul, além do aviso para que mulheres grávidas evitem a região da América Central e do Sul, o governo irá multar médicos que não avisarem imediatamente as autoridades sobre pacientes infectados ou com sintomas. O Ministério de Saúde e Bem-Estar também incluiu o zika vírus entre as doenças infecciosas com ameaça para a saúde. Austrália, Malásia, Camboja, Hong Kong e Índia alertam a população a informar as autoridades sobre sintomas e pedem para que mulheres grávidas adiem viagens.Fonte:Veja
Empreiteira gastou R$ 380 mil em mobília para o tríplex
A construtora OAS pagou até mesmo eletrodomésticos da cozinha de um tríplex do Guarujá (SP) que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo investigadores, a empresa adquiriu geladeira, no valor de 10.000 reais, forno de micro-ondas, 5.000 reais; tampo de pia de resina americana, 50.000 reais; e forno elétrico, 9.000 reais, do imóvel que está sob investigação da Operação Lava Jato e do Ministério Público de São Paulo por suspeita de ter sido usado para pagamento de propina. A cozinha e o quarto teriam custado à empreiteira 380.000 reais.
Oficialmente, o imóvel está em nome da OAS, mas há indícios de que pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. O promotor Cássio Conserino, do MP-SP, intimou o casal para prestar depoimento sobre o tríplex no próximo dia 17 a partir de depoimentos que revelaram a presença de Marisa Letícia supervisionando a obra. Todo o apartamento foi reformado pela construtora em obra que teria custado 777.000 reais. A empreiteira é alvo da Operação Lava Jato sob a acusação de ter pagado propina em troca de obras na Petrobrás.
Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, no interior paulista, que também pertenceria ao ex-presidente, recebeu cozinha planejada da mesma loja que custou 180.000 reais. A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá, foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nesse caso, paga em espécie.
A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo, segundo os investigadores, é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que, após deixar o governo, sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas.
No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram 312.000 reais. Incluindo os armários do imóvel, a conta chega em 560.000 reais. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra e que pediu para não ser identificada, a Kitchens vendeu, ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de 33.000 reais referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça.
Outros itens - Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou 23.817,85 reais. Outra, que dá acesso à cobertura, 19.352 reais. O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em 28.204,65 reais. O rodapé em porcelanato, 14.764,71 reais. O deck para piscina, 9.290,08 reais. O elevador instalado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento conforme a escolha do cliente, e custou 62.500 reais.
O jornal O Estado de S.Paulo tentou contato com a OAS ontem por telefone e e-mail, mas não obteve resposta. O ex-presidente Lula tem sustentado que ele não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. "Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do Estado de Direito e da democracia".
(Com Estadão Conteúdo)
Oficialmente, o imóvel está em nome da OAS, mas há indícios de que pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. O promotor Cássio Conserino, do MP-SP, intimou o casal para prestar depoimento sobre o tríplex no próximo dia 17 a partir de depoimentos que revelaram a presença de Marisa Letícia supervisionando a obra. Todo o apartamento foi reformado pela construtora em obra que teria custado 777.000 reais. A empreiteira é alvo da Operação Lava Jato sob a acusação de ter pagado propina em troca de obras na Petrobrás.
Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, no interior paulista, que também pertenceria ao ex-presidente, recebeu cozinha planejada da mesma loja que custou 180.000 reais. A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá, foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nesse caso, paga em espécie.
A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo, segundo os investigadores, é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que, após deixar o governo, sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas.
No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram 312.000 reais. Incluindo os armários do imóvel, a conta chega em 560.000 reais. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra e que pediu para não ser identificada, a Kitchens vendeu, ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de 33.000 reais referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça.
Outros itens - Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou 23.817,85 reais. Outra, que dá acesso à cobertura, 19.352 reais. O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em 28.204,65 reais. O rodapé em porcelanato, 14.764,71 reais. O deck para piscina, 9.290,08 reais. O elevador instalado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento conforme a escolha do cliente, e custou 62.500 reais.
O jornal O Estado de S.Paulo tentou contato com a OAS ontem por telefone e e-mail, mas não obteve resposta. O ex-presidente Lula tem sustentado que ele não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. "Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do Estado de Direito e da democracia".
(Com Estadão Conteúdo)
Presidente da Andrade Gutierrez negocia delação e pode entregar segredos de Lulinha
O ex-presidente Lula tem uma espécie de dupla identidade. No mundo da fantasia, ele é a viva alma mais honesta do Brasil, não está sob investigação das autoridades nem tem responsabilidade sobre o petrolão e o mensalão. O líder messiânico, o novo pai dos pobres, seria a representação da virtude e da nobreza de propósitos. Já no mundo real, onde os fatos se sobrepõem a versões, emerge uma figura bem diferente - e bastante encrencada.
A Procuradoria da República no Distrito Federal investiga se Lula fez tráfico de influência em favor da Odebrecht, que contratou a peso de ouro suas palestras enquanto atacava os cofres da Petrobras. O Ministério Público de São Paulo decidiu denunciar Lula por ocultação de patrimônio depois de colher evidências de que a OAS bancou a reforma de um tríplex no Guarujá que pertence à família do ex-presidente. Agora, é a vez de a Lava-Jato chegar ao petista. Delegados e procuradores têm "alto grau de suspeita" de que a OAS, a fim de quitar propinas, deu imóveis a políticos. O caso do tríplex de Lula será esquadrinhado nessa nova etapa da operação, que foi batizada, devido ao seu DNA incontestável, de Triplo X.
O mito imaginário, quem diria, tornou-se um cliente contumaz da Justiça. Hoje, apurações sobre corrupção grossa deságuam sucessivamente nele. Autoridades já reuniram provas das relações umbilicais de Lula com a Odebrecht, a OAS e a UTC, cujo dono, Ricardo Pessoa, disse ao Ministério Público ter repassado 2,4 milhões de reais, via caixa dois, à campanha à reeleição do ex-presidente. Suspeita de também participar do assalto à Petrobras, a Andrade Gutierrez deve engrossar o cordão de empreiteiras que cerca o petista. Preso desde junho do ano passado, o presidente licenciado da construtora, Otávio Azevedo, negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Os procuradores insistem para que ele conte detalhes da operação de compra de participação societária na Gamecorp - empresa que tem Fábio Luís, o filho mais velho de Lula, como sócio - pela antiga Telemar, que tem a Andrade Gutierrez entre seus controladores. Azevedo recusou-se até aqui a explicar a real motivação da operação. Os procuradores, em contrapartida, não aceitam assinar o acordo de colaboração enquanto não receberem a explicação devida.
Para sair do impasse e fugir de uma condenação pesada à prisão, Azevedo decidiu narrar seus segredos aos investigadores. Ele dirá que a antiga Telemar, que foi rebatizada de Oi, comprou cerca de 30% da Gamecorp, por 5 milhões de reais, em 2005, a pedido de Lula. Naquela época, o presidente sabia que o banqueiro Daniel Dantas apresentara uma oferta para se tornar sócio da Gamecorp.
Como queria Dantas longe de seu filho e de seu governo, o petista, segundo Azevedo, pediu aos donos da Telemar/Oi, entre eles a Andrade Gutierrez, que apresentassem uma oferta agressiva de compra dos papéis da empresa de seu primogênito. Assim foi feito. Três anos depois dessa transação, o governo Lula mudou a legislação para permitir que a Telemar/Oi se fundisse com a Brasil Telecom, sob o pretexto de criar um gigante brasileiro no setor de telecomunicações.
Azevedo confidenciou a advogados e executivos que, após essa segunda transação, viabilizada graças à mudança da legislação feita sob medida por Lula, sócios da Gamecorp e integrantes do governo começaram a exigir mais ajuda financeira da Andrade Gutierrez. Pressionada, a empreiteira, por meio da Oi, passou a contratar periodicamente serviços da própria Gamecorp. Serviços que, conforme Azevedo, não eram necessários.
Publicidade
Assim, estabeleceu-se um canal permanente de repasse de dinheiro para Fábio Luís e seus sócios - entre eles, Fernando Bittar e Jonas Suassuna, proprietários formais do sítio em Atibaia que é usado como refúgio por Lula e que, tal qual o tríplex no Guarujá, teve parte de sua reforma paga pela OAS. A assessoria de imprensa da Oi confirmou que a empresa contrata regularmente serviços da Gamecorp, mas se recusou a fornecer os valores dos contratos. Na campanha presidencial de 2014, integrantes da chapa de Dilma Rousseff chegaram a reclamar dos desembolsos da Andrade Gutierrez, acusando Azevedo de ser um tucano enrustido.
Ele desabafou com um amigo: "O PT não pode reclamar depois de tudo o que fiz por eles". Azevedo disse que a pressão partia do ministro Edinho Silva, então tesoureiro da campanha à reeleição, e de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete e atual assessor especial da presidente. Como se sabe, a parceria com a empreiteira transformou Fábio Luís, outrora um monitor de zoológico, num empresário de sucesso.Fonte:Veja
A Procuradoria da República no Distrito Federal investiga se Lula fez tráfico de influência em favor da Odebrecht, que contratou a peso de ouro suas palestras enquanto atacava os cofres da Petrobras. O Ministério Público de São Paulo decidiu denunciar Lula por ocultação de patrimônio depois de colher evidências de que a OAS bancou a reforma de um tríplex no Guarujá que pertence à família do ex-presidente. Agora, é a vez de a Lava-Jato chegar ao petista. Delegados e procuradores têm "alto grau de suspeita" de que a OAS, a fim de quitar propinas, deu imóveis a políticos. O caso do tríplex de Lula será esquadrinhado nessa nova etapa da operação, que foi batizada, devido ao seu DNA incontestável, de Triplo X.
O mito imaginário, quem diria, tornou-se um cliente contumaz da Justiça. Hoje, apurações sobre corrupção grossa deságuam sucessivamente nele. Autoridades já reuniram provas das relações umbilicais de Lula com a Odebrecht, a OAS e a UTC, cujo dono, Ricardo Pessoa, disse ao Ministério Público ter repassado 2,4 milhões de reais, via caixa dois, à campanha à reeleição do ex-presidente. Suspeita de também participar do assalto à Petrobras, a Andrade Gutierrez deve engrossar o cordão de empreiteiras que cerca o petista. Preso desde junho do ano passado, o presidente licenciado da construtora, Otávio Azevedo, negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Os procuradores insistem para que ele conte detalhes da operação de compra de participação societária na Gamecorp - empresa que tem Fábio Luís, o filho mais velho de Lula, como sócio - pela antiga Telemar, que tem a Andrade Gutierrez entre seus controladores. Azevedo recusou-se até aqui a explicar a real motivação da operação. Os procuradores, em contrapartida, não aceitam assinar o acordo de colaboração enquanto não receberem a explicação devida.
Para sair do impasse e fugir de uma condenação pesada à prisão, Azevedo decidiu narrar seus segredos aos investigadores. Ele dirá que a antiga Telemar, que foi rebatizada de Oi, comprou cerca de 30% da Gamecorp, por 5 milhões de reais, em 2005, a pedido de Lula. Naquela época, o presidente sabia que o banqueiro Daniel Dantas apresentara uma oferta para se tornar sócio da Gamecorp.
Como queria Dantas longe de seu filho e de seu governo, o petista, segundo Azevedo, pediu aos donos da Telemar/Oi, entre eles a Andrade Gutierrez, que apresentassem uma oferta agressiva de compra dos papéis da empresa de seu primogênito. Assim foi feito. Três anos depois dessa transação, o governo Lula mudou a legislação para permitir que a Telemar/Oi se fundisse com a Brasil Telecom, sob o pretexto de criar um gigante brasileiro no setor de telecomunicações.
Azevedo confidenciou a advogados e executivos que, após essa segunda transação, viabilizada graças à mudança da legislação feita sob medida por Lula, sócios da Gamecorp e integrantes do governo começaram a exigir mais ajuda financeira da Andrade Gutierrez. Pressionada, a empreiteira, por meio da Oi, passou a contratar periodicamente serviços da própria Gamecorp. Serviços que, conforme Azevedo, não eram necessários.
Publicidade
Assim, estabeleceu-se um canal permanente de repasse de dinheiro para Fábio Luís e seus sócios - entre eles, Fernando Bittar e Jonas Suassuna, proprietários formais do sítio em Atibaia que é usado como refúgio por Lula e que, tal qual o tríplex no Guarujá, teve parte de sua reforma paga pela OAS. A assessoria de imprensa da Oi confirmou que a empresa contrata regularmente serviços da Gamecorp, mas se recusou a fornecer os valores dos contratos. Na campanha presidencial de 2014, integrantes da chapa de Dilma Rousseff chegaram a reclamar dos desembolsos da Andrade Gutierrez, acusando Azevedo de ser um tucano enrustido.
Ele desabafou com um amigo: "O PT não pode reclamar depois de tudo o que fiz por eles". Azevedo disse que a pressão partia do ministro Edinho Silva, então tesoureiro da campanha à reeleição, e de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete e atual assessor especial da presidente. Como se sabe, a parceria com a empreiteira transformou Fábio Luís, outrora um monitor de zoológico, num empresário de sucesso.Fonte:Veja
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Cidade com todos os vereadores presos tem acordo de 'delação coletiva'
Oito dos nove vereadores da pequena cidade mineira de Centralina, presos por desvio de dinheiro público, firmaram acordo de colaboração com o Ministério Público do Estado. A informação foi dada pelo promotor Marcus Vinicius Ribeiro Cunha, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, nesta sexta-feira.
Em 19 de janeiro, quatro membros do Legislativo municipal foram levados pela polícia na primeira fase da Operação Viagem Fantasma, que apura o desvio de recursos públicos por meio do recebimento de diárias de viagens que na realidade nunca aconteceram. A segunda fase da operação, deflagrada nesta quinta-feira, levou os outros cinco.
Para firmar o acordo de delação premiada, os vereadores precisaram renunciar ao cargo e entregaram bens para ressarcir os cofres públicos. São eles: Eurípedes Batista Ferreira (PROS), Ismael Pereira Pere (PT), Hélio Matias de Souza (PSL), Rodrigo Lucas (SDD), Carla Rúbia Bernadino (SDD), Cleison Vieira (PDT), Roneslei do Carmo Soares (PR) e Wandriene Fereira de Moura (PR). A vereadora Sônia Martins de Medeiros Rosa (PP) ainda não fechou acordo - ela será ouvida na segunda-feira.
Segundo Cunha, a investigação mostrou que durante os anos de 2013, 2014 e 2015, assessores de deputados estaduais e federais emitiam comprovantes de viagens a Brasília e a Belo Horizonte que nunca foram realizadas. Na casa do vereador Roneslei do Carmo (PR), foi apreendido um bloco de faturas em branco. O rombo nos cofres públicos pelas diárias falsas supera 200.000 reais.
Bebidas e carne para churrasco - Além da investigação batizada de Viagem Fantasma, há outras quatro investigações sobre crimes de desvio de dinheiro público contra os nove vereadores. De acordo com Cunha, em 2013, oito membros do Legislativo receberam 2.000 reais cada um para aprovar a Lei Orçamentária da cidade nos moldes como havia pedido o prefeito da cidade, Elson Martins de Medeiros (PP).
O poder Executivo pedia autorização para remanejar 35% dos recursos públicos por meio de decreto, sem precisar passar pela aprovação da Câmara. O vereador Helio Matias (PSL), líder da oposição, recebeu 7.000 pelo favor. Em 2014, o mesmo crime voltou a ocorrer, mas, dessa vez, todos receberam 1.000 reais cada, que foram entregues pela vereadora Sônia - irmã do prefeito.
O Ministério Público também apura, em três investigações distintas, a suspeita de que os nove vereadores camuflaram a compra de bebidas alcoólicas e comida para consumo particular, incluindo carne para churrasco, por meio da emissão fraudulenta de notas fiscais de produtos que deveriam ser destinados à Câmara.
Além dessas apurações, há outras duas que não envolvem todos os vereadores. Uma delas investiga fraudes em empréstimos consignados. Conforme relatou o promotor, alguns membros do Legislativo fraudavam seus holerites, aumentando o valor do salário para subir a margem de crédito junto a instituições financeiras. Com o auxílio do ex-contador Cleber Rocha, que também foi preso nesta quinta-feira, os vereadores recebiam integralmente o salário, sem o devido abatimento da dívida, e era a Câmara quem pagava pelos empréstimos. Ainda não há estimativa de quanto o esquema custou aos cofres públicos.
A sexta investigação descobriu que, apenas no ano de 2007, foram adquiridos quase 4.000 litros de combustível pela Câmara. "Nem veículo tinha à época", disse Cunha. O vereador Cleison Vieira, então presidente da Câmara, é um dos presos desta quinta e também responde a esse inquérito.Fonte:Veja
Em 19 de janeiro, quatro membros do Legislativo municipal foram levados pela polícia na primeira fase da Operação Viagem Fantasma, que apura o desvio de recursos públicos por meio do recebimento de diárias de viagens que na realidade nunca aconteceram. A segunda fase da operação, deflagrada nesta quinta-feira, levou os outros cinco.
Para firmar o acordo de delação premiada, os vereadores precisaram renunciar ao cargo e entregaram bens para ressarcir os cofres públicos. São eles: Eurípedes Batista Ferreira (PROS), Ismael Pereira Pere (PT), Hélio Matias de Souza (PSL), Rodrigo Lucas (SDD), Carla Rúbia Bernadino (SDD), Cleison Vieira (PDT), Roneslei do Carmo Soares (PR) e Wandriene Fereira de Moura (PR). A vereadora Sônia Martins de Medeiros Rosa (PP) ainda não fechou acordo - ela será ouvida na segunda-feira.
Segundo Cunha, a investigação mostrou que durante os anos de 2013, 2014 e 2015, assessores de deputados estaduais e federais emitiam comprovantes de viagens a Brasília e a Belo Horizonte que nunca foram realizadas. Na casa do vereador Roneslei do Carmo (PR), foi apreendido um bloco de faturas em branco. O rombo nos cofres públicos pelas diárias falsas supera 200.000 reais.
Bebidas e carne para churrasco - Além da investigação batizada de Viagem Fantasma, há outras quatro investigações sobre crimes de desvio de dinheiro público contra os nove vereadores. De acordo com Cunha, em 2013, oito membros do Legislativo receberam 2.000 reais cada um para aprovar a Lei Orçamentária da cidade nos moldes como havia pedido o prefeito da cidade, Elson Martins de Medeiros (PP).
O poder Executivo pedia autorização para remanejar 35% dos recursos públicos por meio de decreto, sem precisar passar pela aprovação da Câmara. O vereador Helio Matias (PSL), líder da oposição, recebeu 7.000 pelo favor. Em 2014, o mesmo crime voltou a ocorrer, mas, dessa vez, todos receberam 1.000 reais cada, que foram entregues pela vereadora Sônia - irmã do prefeito.
O Ministério Público também apura, em três investigações distintas, a suspeita de que os nove vereadores camuflaram a compra de bebidas alcoólicas e comida para consumo particular, incluindo carne para churrasco, por meio da emissão fraudulenta de notas fiscais de produtos que deveriam ser destinados à Câmara.
Além dessas apurações, há outras duas que não envolvem todos os vereadores. Uma delas investiga fraudes em empréstimos consignados. Conforme relatou o promotor, alguns membros do Legislativo fraudavam seus holerites, aumentando o valor do salário para subir a margem de crédito junto a instituições financeiras. Com o auxílio do ex-contador Cleber Rocha, que também foi preso nesta quinta-feira, os vereadores recebiam integralmente o salário, sem o devido abatimento da dívida, e era a Câmara quem pagava pelos empréstimos. Ainda não há estimativa de quanto o esquema custou aos cofres públicos.
A sexta investigação descobriu que, apenas no ano de 2007, foram adquiridos quase 4.000 litros de combustível pela Câmara. "Nem veículo tinha à época", disse Cunha. O vereador Cleison Vieira, então presidente da Câmara, é um dos presos desta quinta e também responde a esse inquérito.Fonte:Veja
Publicitária presa disse ter ouvido ‘zum-zum-zum’ sobre tríplex de Lula no Guarujá
Segundo seu advogado, a publicitária Nelci Warken, presa temporariamente na 22ª fase da Operação Lava Jato, disse nesta sexta-feira, em depoimento à Polícia Federal, ter ouvido um "zum-zum-zum" e boatos de que o ex-presidente Lula tinha um apartamento no condomínio Solaris, no Guarujá, empreendimento da Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, que foi assumido pela empreiteira OAS. De acordo com o defensor Alexandre Crepaldi, Nelci disse que apenas "ouviu dizer" que Lula teria um imóvel no condomínio, afirmou que não tem provas sobre isso e declarou que não conhece e nem viu o petista nem a ex-primeira-dama Marisa Letícia na unidade no Solaris.
A nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Triplo X e deflagrada na quarta-feira, faz uma varredura em todos os apartamentos do condomínio Solaris, cuja construção a enrolada empreiteira OAS, investigada por participar do petrolão, assumiu a construção dos imóveis após um calote da Bancoop. A cooperativa deu calote em seus associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT, quebrou em 2006 e deixou quase 3.000 famílias sem seus imóveis, enquanto petistas graúdos, como o ex-presidente Lula, receberam seus apartamentos. Embora oficialmente a fase esteja focada nas atividades criminosas do escritório de São Paulo da empresa Mossack Fonseca, que providenciava a abertura de offshores e tinha contas no exterior para esquemas de lavagem de dinheiro, a relação do próprio presidente Lula e de seus familiares com um tríplex reservado a eles pela construtora OAS também será investigada pela Polícia Federal e pelos procuradores da Lava Jato.
Em abril do ano passado, VEJA informou que, depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Leo Pinheiro, a empreiteira assumiu a construção de prédios da cooperativa. O favor garantiu a conclusão das obras nos apartamentos de João Vaccari Neto, por exemplo. Conforme revelou VEJA nesta semana, no processo que tramita em São Paulo, Lula será denunciado por ocultação de propriedade. Aliás, o nome da operação Triplo X se refere aos tríplex investigados.
Aos policiais, a publicitária Nelci Warken negou ser testa de ferro de um esquema que envolve a abertura de empresas offshore para repassar propina do petrolão, disse que "não é laranja de ninguém" e afirmou que a tríplex 163-B no Solaris, em nome da offshore Murray Holdings, é de sua propriedade e foi registrado como sendo da companhia para que ela pudesse preservar o patrimônio, que estava sendo alvo de cobranças fiscais. A defesa da publicitária, feita pelo criminalista Alexandre Crepaldi, admitiu ao site de VEJA que a transferência dos bens de Nelci para a Murray pode significar "algum ilícito é de ordem fiscal", mas negou a possibilidade de a transação ter sido uma estratégia para lavar dinheiro.
Para os investigadores da Lava Jato, chama atenção a descoberta de que a Murray teve uma execução decretada por dívidas de cerca de 1,22 milhão de reais, mas apenas o tríplex 163-B, avaliado em 1,8 milhão de reais, conseguiria quitar o débito. As suspeitas ficaram mais fortes depois da constatação que a empresa Paulista Plus Promoções Ltda, que tem Nelci Warken como proprietária, teve o imóvel transferido para a Murray. Um terreno baldio, uma consultoria de imóveis em um local atualmente disponível para locação e duas empresas registradas no mesmo endereço da Mossack Fonseca, no Panamá, reforçaram os indicativos, segundo o Ministério Público, de que Nelci era uma laranja do esquema.
Em depoimento à Polícia Federal, porém, Nelci Warken alegou que o tríplex registrado em nome da Murray no condomínio Solaris foi comprado por ela depois de a Bancoop ter sugerido que parte de uma dívida da entidade com ela fosse abatida do valor do imóvel. Segundo o advogado Alexandre Crepaldi, após o abatimento de uma dívida por serviços de banners e placas prestados à Bancoop, Nelci pagou prestações do imóvel, depois aportes mais expressivos quando o empreendimento foi repassado da cooperativa para a empreiteira OAS. Por fim, a publicitária precisou, segundo o defensor, de um empréstimo e teve de vender um flat para quitar a escrituração do tríplex.
"Tudo que ela conseguiu foi fruto de mais de 40 anos de trabalho na área de publicidade. Sempre fez publicidade para empreendimentos imobiliários e às vezes ela recebia em imóvel. No caso do Solaris, ela comprou na planta negociando uma dívida. Nunca teve relação em nível de diretoria ou presidência da Bancoop", alegou Crepaldi.Fonte:Veja
A nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Triplo X e deflagrada na quarta-feira, faz uma varredura em todos os apartamentos do condomínio Solaris, cuja construção a enrolada empreiteira OAS, investigada por participar do petrolão, assumiu a construção dos imóveis após um calote da Bancoop. A cooperativa deu calote em seus associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT, quebrou em 2006 e deixou quase 3.000 famílias sem seus imóveis, enquanto petistas graúdos, como o ex-presidente Lula, receberam seus apartamentos. Embora oficialmente a fase esteja focada nas atividades criminosas do escritório de São Paulo da empresa Mossack Fonseca, que providenciava a abertura de offshores e tinha contas no exterior para esquemas de lavagem de dinheiro, a relação do próprio presidente Lula e de seus familiares com um tríplex reservado a eles pela construtora OAS também será investigada pela Polícia Federal e pelos procuradores da Lava Jato.
Em abril do ano passado, VEJA informou que, depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Leo Pinheiro, a empreiteira assumiu a construção de prédios da cooperativa. O favor garantiu a conclusão das obras nos apartamentos de João Vaccari Neto, por exemplo. Conforme revelou VEJA nesta semana, no processo que tramita em São Paulo, Lula será denunciado por ocultação de propriedade. Aliás, o nome da operação Triplo X se refere aos tríplex investigados.
Aos policiais, a publicitária Nelci Warken negou ser testa de ferro de um esquema que envolve a abertura de empresas offshore para repassar propina do petrolão, disse que "não é laranja de ninguém" e afirmou que a tríplex 163-B no Solaris, em nome da offshore Murray Holdings, é de sua propriedade e foi registrado como sendo da companhia para que ela pudesse preservar o patrimônio, que estava sendo alvo de cobranças fiscais. A defesa da publicitária, feita pelo criminalista Alexandre Crepaldi, admitiu ao site de VEJA que a transferência dos bens de Nelci para a Murray pode significar "algum ilícito é de ordem fiscal", mas negou a possibilidade de a transação ter sido uma estratégia para lavar dinheiro.
Para os investigadores da Lava Jato, chama atenção a descoberta de que a Murray teve uma execução decretada por dívidas de cerca de 1,22 milhão de reais, mas apenas o tríplex 163-B, avaliado em 1,8 milhão de reais, conseguiria quitar o débito. As suspeitas ficaram mais fortes depois da constatação que a empresa Paulista Plus Promoções Ltda, que tem Nelci Warken como proprietária, teve o imóvel transferido para a Murray. Um terreno baldio, uma consultoria de imóveis em um local atualmente disponível para locação e duas empresas registradas no mesmo endereço da Mossack Fonseca, no Panamá, reforçaram os indicativos, segundo o Ministério Público, de que Nelci era uma laranja do esquema.
Em depoimento à Polícia Federal, porém, Nelci Warken alegou que o tríplex registrado em nome da Murray no condomínio Solaris foi comprado por ela depois de a Bancoop ter sugerido que parte de uma dívida da entidade com ela fosse abatida do valor do imóvel. Segundo o advogado Alexandre Crepaldi, após o abatimento de uma dívida por serviços de banners e placas prestados à Bancoop, Nelci pagou prestações do imóvel, depois aportes mais expressivos quando o empreendimento foi repassado da cooperativa para a empreiteira OAS. Por fim, a publicitária precisou, segundo o defensor, de um empréstimo e teve de vender um flat para quitar a escrituração do tríplex.
"Tudo que ela conseguiu foi fruto de mais de 40 anos de trabalho na área de publicidade. Sempre fez publicidade para empreendimentos imobiliários e às vezes ela recebia em imóvel. No caso do Solaris, ela comprou na planta negociando uma dívida. Nunca teve relação em nível de diretoria ou presidência da Bancoop", alegou Crepaldi.Fonte:Veja
Lula admite que usa sítio em Atibaia. Mas não explica por que empreiteiros reformaram o local
Diante do avanço das investigações da Operação Lava Jato sobre a reforma no sítio usado pelo ex-presidente Lula em Atibaia, no interior paulista, o petista decidiu nesta sexta-feira admitir que frequenta o local, cuja existência foi revelada por VEJA em abril do ano passado. Foi a pedido do próprio Lula que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro fez uma ampla reforma no local. A empreiteira é acusada pela Operação Lava Jato de ter desviado 6 bilhões de reais dos cofres da Petrobras.
"Desde que encerrou o segundo mandato no governo federal, em 2011, o ex-presidente Lula frequenta, em dias de descanso, um sítio de propriedade de amigos da família na cidade de Atibaia", diz nota divulgada pelo Instituto Lula. O texto afirma que o fato pertence à esfera pessoal da vida de Lula, mas que há uma tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos com "o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente". Não há uma só palavra dedicada a explicar por que o ex-presidente pediu ao empreiteiro hoje condenado a mais de dezesseis anos de cadeia uma reforma no sítio.
A escritura de posse do sítio Santa Bárbara está em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar - ambos sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. Suassuna e Bittar compraram o sítio em agosto de 2010, quatro meses antes de Lula deixar o cargo. Pagaram 1,5 milhão de reais pela propriedade. Amigos e políticos, contudo, identificam o local como sendo do ex-presidente.
Reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo envolve mais uma empreiteira na reforma do sítio usado pelos Lula da Silva. A ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviço afirmam que a Odebrecht gastou cerca de 500.000 reais só em materiais para as obras. À época da reforma, que teve início no fim de 2010, Patrícia era proprietária do Depósito Dias, loja que forneceu produtos para a reforma. "A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht", disse Patrícia, que também admitiu ter comercializado parte dos materiais sem registro fiscal.
Originalmente, na propriedade rural havia duas casas, piscina e um pequeno lago. Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira. Também há um lago artificial para pescaria, um dos esportes preferidos do ex-presidente.Fonte:Veja
"Desde que encerrou o segundo mandato no governo federal, em 2011, o ex-presidente Lula frequenta, em dias de descanso, um sítio de propriedade de amigos da família na cidade de Atibaia", diz nota divulgada pelo Instituto Lula. O texto afirma que o fato pertence à esfera pessoal da vida de Lula, mas que há uma tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos com "o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente". Não há uma só palavra dedicada a explicar por que o ex-presidente pediu ao empreiteiro hoje condenado a mais de dezesseis anos de cadeia uma reforma no sítio.
A escritura de posse do sítio Santa Bárbara está em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar - ambos sócios de Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente. Suassuna e Bittar compraram o sítio em agosto de 2010, quatro meses antes de Lula deixar o cargo. Pagaram 1,5 milhão de reais pela propriedade. Amigos e políticos, contudo, identificam o local como sendo do ex-presidente.
Reportagem desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo envolve mais uma empreiteira na reforma do sítio usado pelos Lula da Silva. A ex-dona de uma loja de materiais de construção e um prestador de serviço afirmam que a Odebrecht gastou cerca de 500.000 reais só em materiais para as obras. À época da reforma, que teve início no fim de 2010, Patrícia era proprietária do Depósito Dias, loja que forneceu produtos para a reforma. "A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht", disse Patrícia, que também admitiu ter comercializado parte dos materiais sem registro fiscal.
Originalmente, na propriedade rural havia duas casas, piscina e um pequeno lago. Quando a reforma terminou, a propriedade tinha mudado de padrão. As antigas moradias foram reduzidas aos pilares estruturais e completamente refeitas, um pavilhão foi erguido, a piscina foi ampliada e servida de uma área para a churrasqueira. Também há um lago artificial para pescaria, um dos esportes preferidos do ex-presidente.Fonte:Veja
Delação de empreiteiro vai envolver dois auxiliares de Dilma no escândalo do petrolão
Em fase de negociação com a Procuradoria Geral da República, o acordo de delação premiada de Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, tem tudo para criar novos embaraços para o Palácio do Planalto e para a presidente Dilma Rousseff.
A proposta de acordo, em que Azevedo detalha aquilo que tem para contar às autoridades, envolve dois dos auxiliares mais próximos da presidente da República em uma ofensiva para fazer com que a empreiteira despejasse mais dinheiro na campanha da então candidata petista à reeleição.
Nos chamados "anexos" da delação premiada, que resumem os tópicos principais da colaboração, Otávio Azevedo afirmou que a pressão por dinheiro, em pleno ano eleitoral de 2014, partiu do então tesoureiro da campanha petista, Edinho Silva, hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete e atual assessor especial de Dilma Rousseff. A mensagem, segundo o executivo, era clara:
se a Andrade Gutierrez não se engajasse mais efetivamente na campanha petista, seus negócios com o governo federal e com as empresas estatais estariam em risco em caso de vitória de Dilma. Em outras palavras, o executivo, preso em junho do ano passado pela Operação Lava-Jato, relatou o que entendeu como um achaque.
A negociação, iniciada no ano passado, está em fase final na Procuradoria, mas tem enfrentado alguns empecilhos. Até recentemente, os procuradores insistiam para que o executivo fosse além do esquema de corrupção na Petrobras e no setor elétrico.
Eles queriam incluir na delação negócios suspeitos na área de telecomunicações, onde o executivo, durante anos, exerceu forte influência - antes de assumir a presidência da Andrade, Otávio Azevedo comandava a Oi, que faz parte do mesmo grupo empresarial. Ele esteve à frente, por exemplo, do polêmico processo de fusão da empresa com a Brasil Telecom. Também foi um dos responsáveis pela decisão de aportar recursos na Gamecorp, a empresa de entretenimento de Fábio Luís, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O aporte, como se sabe, se deu pouco antes de sair a decisão do governo que abriu caminho para fusão, tão almejada pela companhia. Até recentemente, Azevedo vinha resistindo a incluir esses temas no acordo, o que fez com que a negociação emperrasse na Procuradoria.
A pressão do alto comando da campanha de Dilma Rousseff sobre a Andrade Gutierrez tinha uma explicação. Os petistas reclamavam que a empreiteira, embora fosse detentora de grandes contratos no governo e em estatais, vinha apoiando a candidatura do tucano Aécio Neves. A queixa se transformou em ameaça. A Andrade acabou abrindo os cofres.
De agosto a outubro, a empreiteira doou oficialmente 20 milhões de reais ao comitê de Dilma. A primeira contribuição, de 10 milhões de reais, se deu nove dias após Edinho Silva visitar Otávio Azevedo na sede da empreiteira -- àquela altura, a Andrade já havia repassado mais de 5 milhões à campanha de Aécio e não tinha doado ainda um centavo sequer ao comitê petista.
Por ora os procuradores têm apenas os tópicos da delação do executivo. É a partir da assinatura do acordo que começarão os depoimentos - em que ele dará os detalhes de cada um dos assuntos relacionados na proposta de delação. Nas investigações da Lava-Jato, não é a primeira vez que Edinho Silva é acusado de pressionar empreiteiras a dar dinheiro para a campanha.
Alvo de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal, ele já havia aparecido nesse mesmo papel na delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Até aqui, a menção a Giles Azevedo é tida como um dos pontos mais sensíveis da delação, justamente por seu potencial de dano à presidente da República. De todos os auxiliares de Dilma Rousseff, ele é o mais próximo da presidente. É dos poucos autorizados, no governo e fora dele, a falar em nome da petista.
Em notas enviadas a VEJA, o ministro Edinho Silva informou que se encontrou com o então presidente da Andrade Gutierrez e que as doações feitas pela empreiteira foram todas legais e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. Giles Azevedo, que era o coordenador da campanha de Dilma, disse que esteve uma única vez com Otávio Azevedo em 2014, mas não informou o motivo da reunião.Fonte:Veja
A proposta de acordo, em que Azevedo detalha aquilo que tem para contar às autoridades, envolve dois dos auxiliares mais próximos da presidente da República em uma ofensiva para fazer com que a empreiteira despejasse mais dinheiro na campanha da então candidata petista à reeleição.
Nos chamados "anexos" da delação premiada, que resumem os tópicos principais da colaboração, Otávio Azevedo afirmou que a pressão por dinheiro, em pleno ano eleitoral de 2014, partiu do então tesoureiro da campanha petista, Edinho Silva, hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete e atual assessor especial de Dilma Rousseff. A mensagem, segundo o executivo, era clara:
se a Andrade Gutierrez não se engajasse mais efetivamente na campanha petista, seus negócios com o governo federal e com as empresas estatais estariam em risco em caso de vitória de Dilma. Em outras palavras, o executivo, preso em junho do ano passado pela Operação Lava-Jato, relatou o que entendeu como um achaque.
A negociação, iniciada no ano passado, está em fase final na Procuradoria, mas tem enfrentado alguns empecilhos. Até recentemente, os procuradores insistiam para que o executivo fosse além do esquema de corrupção na Petrobras e no setor elétrico.
Eles queriam incluir na delação negócios suspeitos na área de telecomunicações, onde o executivo, durante anos, exerceu forte influência - antes de assumir a presidência da Andrade, Otávio Azevedo comandava a Oi, que faz parte do mesmo grupo empresarial. Ele esteve à frente, por exemplo, do polêmico processo de fusão da empresa com a Brasil Telecom. Também foi um dos responsáveis pela decisão de aportar recursos na Gamecorp, a empresa de entretenimento de Fábio Luís, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O aporte, como se sabe, se deu pouco antes de sair a decisão do governo que abriu caminho para fusão, tão almejada pela companhia. Até recentemente, Azevedo vinha resistindo a incluir esses temas no acordo, o que fez com que a negociação emperrasse na Procuradoria.
A pressão do alto comando da campanha de Dilma Rousseff sobre a Andrade Gutierrez tinha uma explicação. Os petistas reclamavam que a empreiteira, embora fosse detentora de grandes contratos no governo e em estatais, vinha apoiando a candidatura do tucano Aécio Neves. A queixa se transformou em ameaça. A Andrade acabou abrindo os cofres.
De agosto a outubro, a empreiteira doou oficialmente 20 milhões de reais ao comitê de Dilma. A primeira contribuição, de 10 milhões de reais, se deu nove dias após Edinho Silva visitar Otávio Azevedo na sede da empreiteira -- àquela altura, a Andrade já havia repassado mais de 5 milhões à campanha de Aécio e não tinha doado ainda um centavo sequer ao comitê petista.
Por ora os procuradores têm apenas os tópicos da delação do executivo. É a partir da assinatura do acordo que começarão os depoimentos - em que ele dará os detalhes de cada um dos assuntos relacionados na proposta de delação. Nas investigações da Lava-Jato, não é a primeira vez que Edinho Silva é acusado de pressionar empreiteiras a dar dinheiro para a campanha.
Alvo de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal, ele já havia aparecido nesse mesmo papel na delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Até aqui, a menção a Giles Azevedo é tida como um dos pontos mais sensíveis da delação, justamente por seu potencial de dano à presidente da República. De todos os auxiliares de Dilma Rousseff, ele é o mais próximo da presidente. É dos poucos autorizados, no governo e fora dele, a falar em nome da petista.
Em notas enviadas a VEJA, o ministro Edinho Silva informou que se encontrou com o então presidente da Andrade Gutierrez e que as doações feitas pela empreiteira foram todas legais e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral. Giles Azevedo, que era o coordenador da campanha de Dilma, disse que esteve uma única vez com Otávio Azevedo em 2014, mas não informou o motivo da reunião.Fonte:Veja
OMS vê proliferação 'explosiva' do zika; Américas podem ter 4 milhões de casos
Com meses de atraso e sob pressão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) soou o alerta sobre o zika vírus, apontou para uma proliferação "explosiva" e pode declarar emergência internacional no início da semana que vem. No total, 4 milhões de pessoas podem ser contaminadas nas Américas ainda neste ano, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
O cálculo tem como base a previsão de que o Brasil chegue a 1,5 milhão de infectados até dezembro. A diretora da entidade, Margaret Chan, anunciou a convocação de uma reunião de especialistas para segunda-feira com a meta de definir uma estratégia e sinalização de mudança de posição de sua entidade.
Caso seja declarado como emergência, o surto seria o quarto na história a ganhar tal status - após H1N1, pólio e Ebola. A reportagem apurou, em Brasília, que a situação preocupa o Itamaraty e já estaria havendo uma pressão do governo brasileiro para que, em caso de emissão de um alerta mundial, não seja incluída a recomendação para que as pessoas não visitem o Brasil durante os próximos meses (com carnaval e Olimpíada no Rio).Fonte:Estadão
O cálculo tem como base a previsão de que o Brasil chegue a 1,5 milhão de infectados até dezembro. A diretora da entidade, Margaret Chan, anunciou a convocação de uma reunião de especialistas para segunda-feira com a meta de definir uma estratégia e sinalização de mudança de posição de sua entidade.
Caso seja declarado como emergência, o surto seria o quarto na história a ganhar tal status - após H1N1, pólio e Ebola. A reportagem apurou, em Brasília, que a situação preocupa o Itamaraty e já estaria havendo uma pressão do governo brasileiro para que, em caso de emissão de um alerta mundial, não seja incluída a recomendação para que as pessoas não visitem o Brasil durante os próximos meses (com carnaval e Olimpíada no Rio).Fonte:Estadão
Ministério Público denuncia Neymar por sonegação fiscal e falsidade ideológica
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou na última quinta-feira (28) o atacante Neymar, do Barcelona, por crimes de sonegação fiscal e falsidade ideológica. Segundo informações da coluna Bastidores FC, do globoesporte.com, o documento foi entregue sobre sigilo na 5ª Vara de Justiça Federal de Santos e também tem como indiciados o pai do atleta, Neymar dos Santos, o presidente do Barcelona, Sandro Rosell e o empresário Josep Maria Bartomeu.
Com isso, a Justiça analisará o pedido e decide se transformará os quatro em réus. A suspeita do procurador-chefe do MPF de São Paulo, Thiago Lacerda Nobre, é sobre a suspeita de dinheiro que foi recebido pelas empresas do atleta durante as negociações para o clube catalão. Por falta de declaração dos valores recebidos, o jogador foi multado e teve R$ 188 milhões retidos para garantir o pagamento das autuações.Fonte:Bahia Noticias
Com isso, a Justiça analisará o pedido e decide se transformará os quatro em réus. A suspeita do procurador-chefe do MPF de São Paulo, Thiago Lacerda Nobre, é sobre a suspeita de dinheiro que foi recebido pelas empresas do atleta durante as negociações para o clube catalão. Por falta de declaração dos valores recebidos, o jogador foi multado e teve R$ 188 milhões retidos para garantir o pagamento das autuações.Fonte:Bahia Noticias
Associação Comunitária de Tabuleiro e Adjacências ganha título de Utilidade Pública
A pedido do deputado Gika Lopes, a Associação Comunitária de Tabuleiro e Adjacências, localizada em Serrinha, ganha título de Utilidade Pública. A notícia foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (29).
Segundo o deputado, com este título, a associação de Tabuleiro e adjacências ganhará diversos benefícios que vão desde o reconhecimento de sua idoneidade e maior credibilidade, a sua participação para auxílios concedidos pelo Poder Público.
Ana Rosa Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Deputado estadual Gika Lopes (PT)
Segundo o deputado, com este título, a associação de Tabuleiro e adjacências ganhará diversos benefícios que vão desde o reconhecimento de sua idoneidade e maior credibilidade, a sua participação para auxílios concedidos pelo Poder Público.
Ana Rosa Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Deputado estadual Gika Lopes (PT)
Vereadora Edylene Ferreira: " ME PREPAREI PARA SER PREFEITA DE SERRINHA."
Edylene Ferreira,presidente da câmara de vereadores de Serrinha,será o divisor entre a vitória e a derrota entre os principais candidatos a prefeito nesta cidade.Leva no currículo a aprovação do TCM de todas as suas contas do Legislativo,também, primeira Mulher a comandar a casa da cidadania,a mais votada na última eleição,e conta com o apoio pesado do sogro,o Médico e ex-prefeito Ferreirinha." Estamos analisando com carinho o momento politico,estamos atentos."disse Edylene.
Delator que muda de versão não pode ter benefício
Há duas ocorrências envolvendo delações premiadas que, obviamente, impõem que se repensem procedimentos. Vamos ver. Fernando Moura, que já havia incriminado José Dirceu, mudou a versão na semana passada em depoimento ao juiz Sérgio Moro. Minimizou a atuação do ex-ministro no petrolão.
Os procuradores ameaçaram, então, cancelar os benefícios de sua delação. Ele não teve dúvida e mudou a história uma segunda vez, voltando a incriminar Dirceu. Disse nesta quinta, referindo-se ao pagamento de propina: “Eu tenho certeza de que ele tinha [conhecimento]”.
Moura era amigo do petista havia 30 anos. Ao falar ao juiz, chegou a sugerir que seus depoimentos tivessem sido deturpados pelos procuradores. Nesta quinta, admitiu ter mentido. E foi além. Afirmou ter sentido que sua família estava sendo ameaçada, o que teria motivado a mentira. Um homem lhe teria indagado na rua sobre seus dois netos, que moram no Rio Grande do Sul.
Publicidade
Moura disse que, em 2005, a conselho de Dirceu, passou quatro meses do exterior. O esquema criminoso lhe teria repassado dinheiro a pedido do petista Renato Duque, que era diretor de Serviços da Petrobras.
Bem, parece evidente que as coisas não podem ser feitas desse modo. Não havendo a prova material, documental — e não há, porque a natureza da apuração lida com provas circunstanciais — de que uma versão ou outra é a verdadeira, em qual acreditar?
Sim, sabemos do esquema criminoso que foi montado e tendemos a apostar que fale a verdade agora. Que seja. Mas uma coisa me parece certa: alguém com esse comportamento não pode ter o benefício da delação premiada. Não fosse a ameaça feita pelos procuradores, ele teria voltado atrás da mentira contada em juízo?
Vamos à segunda ocorrência, na qual Moura também está envolvido. Seu primeiro depoimento com acusações contra Dirceu não tinha sido gravado nem em áudio nem em vídeo. Reportagem da Folha informa que há outros casos.
Há declarações sem registros audiovisuais de Alberto Youssef e seus principais auxiliares — Rafael Angulo Lopez e Carlos Alexandre de Souza Rocha — sobre a entrega de dinheiro em espécie para vários políticos. Os três teriam incriminado, por exemplo, o deputado Nelson Meurer (PP-PR), denunciado por Rodrigo Janot ao STF. Teori Zavascki ainda não se pronunciou a respeito.
De fato, a lei não impõe, apenas sugere, esse tipo de registro. Parece, quando menos, uma medida prudencial, não é mesmo? Vejam lá o caso do delator que mudou de ideia duas vezes: quando prestou depoimento ao juiz Sergio Moro, sugeriu que os procuradores haviam deturpado a sua fala.
A Procuradoria-Geral da República se limitou a lembrar a não obrigatoriedade, não explicando as razões para ter dispensado o registro audiovisual.
Não há uma só explicação boa. Se a lei não o obriga, que o bom senso o faça. Quanto ao delator que já contou uma história, desmentiu e voltou à versão original, bem, a mim parece evidente que não deve mais contar com o benefício da delação.
Concedê-lo seria aquiescer com a versão de que ele foi ameaçado, o que, convenham, requereria, então, uma investigação específica. Ele está sugerindo que a ameaça partiu de Dirceu?
Não dá para condescender com isso. Já aconteceu com Julio Camargo, lembram-se?, no caso Eduardo Cunha. Em delação, primeiro, ele negou a participação do deputado num esquema de recebimento de propina e depois voltou atrás. Tudo indica que falou a verdade nessa segunda vez. Não importa. Deveria ter perdido o benefício. Fim.
Ou esse troço ainda acaba virando uma bagunça e se desmoralizando. Não se deve dar a delatores o privilégio de ir ajustando suas narrativas segundo as conveniências da hora.Fonte:Reinaldo Azevedo
Os procuradores ameaçaram, então, cancelar os benefícios de sua delação. Ele não teve dúvida e mudou a história uma segunda vez, voltando a incriminar Dirceu. Disse nesta quinta, referindo-se ao pagamento de propina: “Eu tenho certeza de que ele tinha [conhecimento]”.
Moura era amigo do petista havia 30 anos. Ao falar ao juiz, chegou a sugerir que seus depoimentos tivessem sido deturpados pelos procuradores. Nesta quinta, admitiu ter mentido. E foi além. Afirmou ter sentido que sua família estava sendo ameaçada, o que teria motivado a mentira. Um homem lhe teria indagado na rua sobre seus dois netos, que moram no Rio Grande do Sul.
Publicidade
Moura disse que, em 2005, a conselho de Dirceu, passou quatro meses do exterior. O esquema criminoso lhe teria repassado dinheiro a pedido do petista Renato Duque, que era diretor de Serviços da Petrobras.
Bem, parece evidente que as coisas não podem ser feitas desse modo. Não havendo a prova material, documental — e não há, porque a natureza da apuração lida com provas circunstanciais — de que uma versão ou outra é a verdadeira, em qual acreditar?
Sim, sabemos do esquema criminoso que foi montado e tendemos a apostar que fale a verdade agora. Que seja. Mas uma coisa me parece certa: alguém com esse comportamento não pode ter o benefício da delação premiada. Não fosse a ameaça feita pelos procuradores, ele teria voltado atrás da mentira contada em juízo?
Vamos à segunda ocorrência, na qual Moura também está envolvido. Seu primeiro depoimento com acusações contra Dirceu não tinha sido gravado nem em áudio nem em vídeo. Reportagem da Folha informa que há outros casos.
Há declarações sem registros audiovisuais de Alberto Youssef e seus principais auxiliares — Rafael Angulo Lopez e Carlos Alexandre de Souza Rocha — sobre a entrega de dinheiro em espécie para vários políticos. Os três teriam incriminado, por exemplo, o deputado Nelson Meurer (PP-PR), denunciado por Rodrigo Janot ao STF. Teori Zavascki ainda não se pronunciou a respeito.
De fato, a lei não impõe, apenas sugere, esse tipo de registro. Parece, quando menos, uma medida prudencial, não é mesmo? Vejam lá o caso do delator que mudou de ideia duas vezes: quando prestou depoimento ao juiz Sergio Moro, sugeriu que os procuradores haviam deturpado a sua fala.
A Procuradoria-Geral da República se limitou a lembrar a não obrigatoriedade, não explicando as razões para ter dispensado o registro audiovisual.
Não há uma só explicação boa. Se a lei não o obriga, que o bom senso o faça. Quanto ao delator que já contou uma história, desmentiu e voltou à versão original, bem, a mim parece evidente que não deve mais contar com o benefício da delação.
Concedê-lo seria aquiescer com a versão de que ele foi ameaçado, o que, convenham, requereria, então, uma investigação específica. Ele está sugerindo que a ameaça partiu de Dirceu?
Não dá para condescender com isso. Já aconteceu com Julio Camargo, lembram-se?, no caso Eduardo Cunha. Em delação, primeiro, ele negou a participação do deputado num esquema de recebimento de propina e depois voltou atrás. Tudo indica que falou a verdade nessa segunda vez. Não importa. Deveria ter perdido o benefício. Fim.
Ou esse troço ainda acaba virando uma bagunça e se desmoralizando. Não se deve dar a delatores o privilégio de ir ajustando suas narrativas segundo as conveniências da hora.Fonte:Reinaldo Azevedo
Assinar:
Postagens (Atom)